Pov Bella

- o que faz aqui? – perguntei seria, olhando com ódio para meu ex-marido, que sorriu sínico.

- vim visitar meus filhos gatinha. – ele falou e tentou passar. Mas eu o impedi.

- eles não estão aqui, foram dormir na casa de uma amiga.

- hum, já fizeram amizades? Que bom. – ele falou e olhou para o relógio.

- tudo bem, se quiser voltar amanha, eles estarão aqui. – falei e fui fechar a porta em sua cara, mas fui impedida pelo seu pé.

- que isso Bella? – ele perguntou serio. – não me convida para entrar?

- para que?

- onde acha que vou passar a noite? – ele riu.

- não aqui. – falei e ri sarcástica.

- que isso Amorzinho, eu posso ate tirar seu atraso hum.

- Imbecil! Saia da minha casa. – falei com ódio dele.

- calma Bells, quer dizer que não sente saudades. – ele perguntou sínico.

- pode estar certo que não. – falei entre dentes. – agora saia, por favor. – pedi e fechei a porta. Mas de nada adiantou, pois ele insistiu em bater na porta, não agüentei mais e fui ate ela de novo, de jeito nenhum ele dormiria na minha casa.

- o que? – perguntei o olhando com desprezo.

- ta, exagerei. – ele disse por fim. – me deixe entrar e dormir, não vou lhe incomodar.

- e não ira mesmo, por que não vai para La Push, visite seu pai. - Ele insistiu e bateu novamente.

- o que é Jacob?

- tudo bem Bella, vou para a casa do meu pai. – ele falou derrotado. – mas que horas posso vir pegar Cici e Joey?

- pra onde ira levá-los? – perguntei desconfiada.

- já que não posso ficar na sua casa, vou levá-los ate La Push. – ele falou serio.

- tudo bem. – falei e suspirei. – eles estarão aqui depois das nove. – falei e disse um tchau, encerrando o assunto. Era muito idiota mesmo, por que ele tinha que aparecer logo hoje? Deixando-me P da vida. Tentei me acalmar o Maximo que pude tomando mais duas taças de vinho, e parei por ai, pois já estava me sentindo leve, sinal de que estava quase me embriagando.

Sentei-me um pouco e olhei o relógio novamente, faltavam dez minutos exatos, suspirei e me olhei novamente no espelho, retoquei um pouco minha maquiagem e sorri, estava com uma pequena carranca devido o estresse, mas relaxei um pouco depois das taças de vinho. Mas passou totalmente ao ouvir a campanhia tocar de novo, só podia ser ele. Arrumei-me mais um pouco e fui abrir a porta, e sorrir ao constatar que estava certa, era ele, Edward Cullen, lindo, gostoso e perfeito a minha frente. Ele usava uma calça jeans azul escura e uma blusa social branca, que destacava seu peitoral, certo, fiquei meio que parada feito idiota olhando o quanto ele estava gato.

- oi. – ele falou de um jeito tímido, romântico, encantador e muito, muito sensual. E como sempre, pegou minha mão e beijou delicadamente.

- oi. – falei e mordi os lábios sorrindo um pouco. Adorava quando ele fazia isso.

- desculpe a demora, mas Cathy me atrasou um pouco. – ele falou um pouco envergonhado.

- oh, não esta atrasado. – falei sorrindo. – esta bem pontual. – falei e o olhei como antes, admirando sua beleza.

- nossa, esta certa. – ele disse rindo e olhando para o relógio. – é que estou arrumado a tanto tempo.

- tudo bem. Vamos?

- claro. – ele falou e pegou minha mão passando pelo seu braço e me fazendo esquecer de tudo. De Jacob, de trabalho, de amanha, de meus filhos e suas reações ao verem o pai depois de tanto tempo, de tudo.

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Edward disse que iríamos em um restaurante de Seattle. Era um restaurante italiano muito famoso, e era de um conhecido de sua família. O jantar estava sendo perfeito, a comida era excelente, Edward pediu um ótimo vinho, mas mal toquei nele, não queria ultrapassar meu limite de álcool, depois de conversarmos mais um tempo sobre assuntos diversos Edward me chamou para uma dança no salão que ficava bem próximo a nossa mesa. Concordei e ele me levou em uma dança calma, lenta e envolvente. Ele era tão perfeito, nunca pensei que ainda existisse um homem como ele, cavalheiro, educado, honrrado e tão dedicado a sua família como ele é.

- cansada? – ele perguntou sorrindo, ele percebeu que eu estava diminuindo ritmo.

- um pouco. – falei e olhei para ele, mas precisamente para seus olhos, seus lindos olhos verdes, que mais pareciam com duas esmeraldas, que tinham o poder de me hipnotizar. Ele sorriu e me levou ate a mesa novamente.

Logo pedimos a conta, e fomos para casa, ele como sempre cavalheiro abriu a porta para mim, como fez lá em casa, quando fui entrar no carro, quando fui sair do carro em frente ao restaurante e novamente quando saímos do restaurante. Ao chegar a minha casa não foi diferente, ele repetiu o mesmo gesto e coloco meu braço em volta do seu, me acompanhando ate a porta.

- quer entrar um pouco? – perguntei torcendo que sim. – tomar um vinho. – falei e sorri, eu já estava em casa mesmo, podia extrapolar um pouco.

- claro. – ele falou e sorriu e entrou depois de mim.

- sente- se. – falei e me dirigi a cozinha. – vou pegar o vinho.

- eu ajudo você então. – ele falou e me acompanhou ate a cozinha. – hum, Cici me falou do pai dela. – ele disse puxando um assunto diferente, não queria falar em Jacob, mas minha surpresa foi grande ao saber que minha filha tinha conversado sobre o pai com outra pessoa, ela geralmente não faz isso com ninguém nem mesmo com Alice, que ela já adorava.

- serio? – perguntei curiosa. Passei-lhe o vinho e o abridor, depois peguei duas taças no armário e uns petiscos na geladeira.

- sim. – ele disse surpreso. – por quê?

- é que ela é tão fechada com esse assunto. – falei e suspirei. – não comigo, mas com outras pessoas.

- ah, entendo. – ele disse terminando de abrir o vinho e nos servindo. – eu perguntei enquanto estava na casa de Alice. Evelyn, Lissy e Alice tinham saído e ela ficou comigo enquanto elas voltavam, me ajudando a olhar as crianças.

- e o que ela lhe falou?

- bem, ela disse que sabia que ele te traia. – ele falou e bebeu um pouco do vinho. – e disse que também sabia que vocês não se amavam mais, e que você não gosta dele, por estar afastado dos filhos.

- é verdade. Eu não ligo para Jacob, mas são filhos dele, e as crianças sofrem com o abandono dele.

- mas ele ainda não veio visitá-los mesmo, nem uma ligação apenas? – ele perguntou compreensivo.

- ate hoje a tarde não. – falei e bebi um pouco do meu vinho. – mas ele apareceu aqui hoje a noite, um pouco antes de você chegar. – falei e vi Edward me olhar surpreso.

- ah, mas ele foi vê-los? Na casa de Alice. – ele falou um pouco preocupado.

- não. – falei o confortando. – eu não disse onde eles estavam, só falei que foram à casa de uma amiga.

- ah, e ele foi embora?

- não, foi para casa do pai dele em La Push.

- ah, ele é de La Push.

- sim. – falei e bebi mais um pouco. – ele vira pega-los amanha, depois das nove.

- hum, que bom para as crianças. – ele falou companheiro a minha aflição.

- sim. Mas eu ainda tenho medo de quando ele for embora, eles ficaram arrasados e isso me parte o coração. Principalmente por Joey.

- Cici é muito madura e compreensiva. – Edward falou admirado e um pouco orgulhoso por minha filha. – ela é um doce.

- obrigada. – falei orgulhosa, Cici era mesmo um doce e muito compreensiva.

- mas Joey também ficara bem. – Edward falou tentando me acalmar. – o levarei para brincar com Cathy, eles são bem apegados.

- obrigada por tudo Edward. – falei e uma lagrima escapou de meus olhos. Vi Edward se aproximando em silencio, ele me abraçou e beijou minha cabeça, ele queria apenas me reconfortar, demonstrando que estaria aqui para o que der e vier, eu teria o seu apoio.

- sempre poderá contar comigo Bella. – ele falou e me abraçou mais forte. – você é uma ótima mãe, e seus filhos sabem disso, apenas esta recente demais para eles.

- eu sei. – falei me sentindo melhor, Edward me fazia sentir-me segura.

- agora vamos mudar de assunto? Esse é muito tenso. – ele tentou brincar para quebrar o clima. Ri acompanhada por ele, e ficamos bebendo na sala mesmo.

Depois da segunda garrafa de vinho eu podia dizer que não estava me sentindo muito eu mesma. Edward alem de tudo era divertido, me fazia rir contando todas as coisas que Alice aprontava quando queria alguma coisa, então sem a menor vergonha me lembrei de hoje.

- Alice é demais. – me levantei e fui ate minha bolsa. – não vai acreditar no que ela aprontou hoje. – falei me sentando perto dele e procurando as malditas camisinhas que ela enfiou na bolsa.

- mais uma? – ele perguntou rindo.

- achei! – comemorei vendo as camisinhas, elas estavam em um bolso interno da bolsa, e estavam embaladas e amarradas com uma fita de cetim. – aqui, ela colocou essas camisinhas na minha bolsa, disse que você é muito distraído. – ri, mas parei assim que olhei sua cara, ele me olhava intensamente. Mordi os lábios e depois passei a língua neles, estavam secos.