Um estampido ensurdecedor fora escutado e logo todos desapareceram, sendo puxados por uma espécie de corda presa aos seus umbigos e tudo tivera ficado escuro.

            Assim que senti chão firme debaixo dos meus pés nem fiz questão de abrir meus olhos, pois sabia que iria vomitar. Definitivamente, aparatar é a pior coisa do mundo.

            - Eu acho que vou vomitar – a voz da Rebecca soou ao meu lado.

            - Então somos dois – o Todd falou do outro lado. Eu fui abrindo lentamente os meus olhos.

            Estávamos em uma rua que eu conhecia muito bem, mas até agora somente eu, Todd e Rebecca estávamos nela. Então mais um estampido surge seguido de outros dois, e os outros aparecem de um beco.

            - Isso me parece a viajar nas sombras – o Percy resmungou.

- Só que a vontade de vomitar não passa nunca – Annie resmungou também.

- Eve porque você não aparatou ali? – a Nath perguntou indicando o beco.

- Eu esqueci – murmurei sorrindo, fazendo todos ali rirem, eu só não sei de quê. Acho que a aparatação fez mal a eles, pobres semideuses. – Mas acho melhor irmos, se vamos ter que entrar no Ministério é melhor nos prepararmos – eu comecei a seguir em direção a minha casinha que não é tão casinha assim. Mas eu notei que eles não me seguiam. – O que vocês estão esperando? – perguntei antes de indicar o caminho para ela.

Quando chegamos ao portão eu tive que tocar a campainha. Irônico não? A dona da casa ter que tocar a campainha para poder entrar.

- Oi Bart – falei assim que avistei o senhor de idade que era chefe da segurança.

- Srta. Miller? – falou sorrindo vindo ao meu encontro abrindo o portão. – Achei que só a veria no próximo verão.

- Resolvi fazer uma visita – dei o meu melhor sorriso. – Ãnh... Bart, minha mãe está em casa?

- Não, o que foi que você aprontou? – ele perguntou arqueando as sombracelhas.

- Por que vocês sempre acham que eu aprontei alguma coisa? – respondi inocentemente. Os outros semideuses começaram a rir me fazendo revirar os olhos.

- Ah, vejo que trouxe companhia Eve! – exclamou Bart.

- Deixe – me apresentar-los. A loira de olhos cinzas é Annabeth Chase.

- Oi – Annie disse acenando recebendo um sorriso de Bart.

- As meninas de cabelos castanhos e lisos ali são: Clarisse La Rue – Clarisse fez um movimento com a cabeça – e a irmã dela, Natasha McHunter – McHunter ainda deu um sorriso – A de cabelos negros e olhos castanhos é Luce Hale – ela deu um de seus sorrisos encantadores fazendo com que todos revirassem os olhos – Esses dois aqui ao meu lado, são Todd Jones e Rebecca Evans – eles acenaram para Bart – aquele garoto de cabelos castanhos e olhos – me virei para ver que cor estavam os olhos dele – verdes é o Mackenzie Grigori – ele riu ao perceber o que eu fiz -, a Nath e o Peter você já conhece Bart, e bem, esse cara moreno de olhos iguais ao meu é o Percy Jackson – eu falei rindo. – Bart, você pode por favor arrumar quartos para todos?

- Como quiser senhorita, e bem, sejam bem-vindos – ele retirou-se dali após fechar o portão. Ergui meu olhar a tempo de ver o feitiço estendendo-se do limite do portão, até encontrar-se formando uma espécie de cúpula invisível, acho que os outros também viram isso.

Eu os guiei através dos jardins em direção a casa. Assim que entramos lá eu os deixei a vontade.

- Bem galera, a casa é de vocês – eu falei -, mas a piscina está proibida até a gente chegar do Ministério, ou a gente pode ir para a piscina e a missão fica para amanhã – todos assentiram menos Annabeth.

- Isso mesmo, deixem a missão para amanhã e o nosso tempo estará completamente curto, se alguém já não tiver conseguido capturar o medalhão – nós abaixamos a nossa cabeça. Ela suspirou. – Vem, a gente precisa fazer um plano – eu revirei os olhos enquanto descia as escadas.

- Annie, é melhor a gente se instalar, depois nós nos reunimos, olha, ainda são – eu busquei um relógio – nove horas da manhã, ou seja, nós temos ainda tempo para irmos hoje lá.

Eu os levei aos quartos, cada um ocupou um. Mas no do Percy eu levei mais um tempo.

- Sua casa é enorme – comentou. Eu ri.

- Vem comigo – eu o puxei pela mão até o meu quarto. – Acho que eu estou te devendo uma coisinha – ele tinha um olhar vago. Eu comecei a procurar até que eu encontrei o que buscava dentro da gaveta da escrivaninha. Eu o prendi nas minhas mãos e segui até Percy. – Estenda a mão – ele fez e assim eu depositei o pomo de ouro em sua palma.

- Eve isso é um...?

- Pomo de ouro. Eu falei que iria te dar um, e eu não sou de quebrar promessas.

- Sério, não precisa – ele falou erguendo a mão, mas eu a fechei envolta do pomo.

- Você é meu irmão, e eu quero te dar isso como presente por você ter cuidado de mim...

- Eve, eu não fiz nada mais do que a minha obrigação – ele me abraçou.

- Acho melhor irmos – nós descemos as escadas abraçados, quer dizer, o braço dele estava envolto do meu ombro, e o meu da cintura dele.

- Agora como todos já estão aqui, alguma idéia de como entrar no local? – a Annie falou.

- Lutando! – Clarisse exclamou.

- Isso não vai funcionar, não lá - o Mackenzie falou. – Se ao menos tivéssemos uma planta do local...

- Esperem aqui – eu sai correndo para o escritório da minha mãe revirando as gavetas. – PETER, VEM AQUI! – gritei, segundos depois ele apareceu na porta do escritório. – Me ajuda a encontrar a planta do Ministério, eu sei que a minha mãe guarda em algum local por aqui...

- Eu acho que já vi ela quando nós estávamos brincando por aqui – ele foi em direção a uma pilha de papeis que havia próximo a porta, e eu fiquei revirando os que haviam sobre a mesa. – Achei! – eu corri ao encontro dele. Nós saímos da sala e fomos para a outra. Peter estendeu a planta do Ministério no chão, digamos que ela é um pouco maior que um mapa, e indica todas as seções dele, inclusive quem está andando pelos locais. Ele indicou com o dedo o local das portas na seção três. – É aqui que nós devemos ir.

- Agora aos problemas. Um: Como nós vamos passar para lá? Dois: Como nós vamos entrar no Ministério da Magia? – perguntei.

- Eu iria sugerir como o Trio de Ouro – a Nath falou -, mas nós não temos Porção Polisuco, e também não temos um mês para prepará-la, muito menos os ingredientes.

- E a aparatação? – a Annabeth perguntou.

- É impossível você aparatar no Ministério da Magia, eles tem um sistema Anti-Aparatação ligado vinte e quatro horas – a Annabeth bufou, então uma idéia veio a minha cabeça. – Mas há um modo! – todos olharam para mim com uma esperança no olhar.

- Você não pode está falando sério! – Peter falou, ele entendeu.

- É o único modo – falei dando de ombros. – E o mais arriscado, um erro e podemos parar em um outro lugar do mundo, ou ficar perdidos entre as dimensões.

- Pó de Flu – Peter suspirou, digamos que ele não era lá esses fãs de viagem de Flu. – Eu odeio isso!

- Nós não podemos ir agora? – A Luce perguntou.

- Nesse momento não, Luce – respondi. – O horário deve ser algum em que os Aurores não estarão em turno.

- Provavelmente no almoço – a Nath falou.

- E então, bem, será fácil para mim, Nathale e Peter entramos lá – Mackenzie falou. – Mas quanto a vocês?

- Eles podem se fingir de bruxos de outras escolas, que nossos amigos – falei. – Como por exemplo, Luce, você fala francês?

- Sim, todos os filhos e filhas de Afrodite falam – ela respondeu orgulhosa.

- Perfeito, você é amiga da Nathale, e estuda em Beauxbottons, uma das escolas bruxas da França, e se perguntarem se você é Veela, você fala que talvez possa ser encontrado sangue de veelas em gerações passadas na sua família, entendido?

- Je suis magicien du france, et j'étudie sur Beauxbottons, et oui, j'ai le veela du sang  - Luce falou e todos nós a encaramos com cara de “Onde eu aperto para aparecer a legenda?” – Eu disse: Eu sou uma bruxa francesa, e estudo em Beauxbottons, e sim, talvez eu tenha sangue de veela – todos nós soltamos longos ‘Ah!’

- Ok, já que a Luce é perfeita para se passar por uma aluna de Beauxbottons, nós precisamos descobrir qual será a escola de vocês – falei.

- Que tal ser uma das escolas americanas? – a Nath deu a idéia.

- O quê? Nós USA tem escolas de magia e eu não sabia? – o Percy falou.

- Todo os lugares do mundo tem maninho – falei.

- Verdade, meu pai queria até que eu me transferisse de Hogwarts para ficar mais próximo do Acampamento... – O Mackenzie começou, mas eu não dei tempo para ele completar.

- Mack, repete isso que você acabou de falar – eu disse.

- Meu pai queria até que eu me transferisse de Hogwarts para ficar mais próximo do Acampamento – ele começou a sorrir, assim como Annie, eu, Nath e Peter.

- Os demais serão amigos do Mackenzie, amigos de infância, e todos americanos, estudantes da Escola – eu parei. – Mack qual era o nome da escola que seu pai queria te transferir?

- Academia Speedwy.

- Estudantes da Academia Speedwy, okay? – eles assentiram. Eu me dirigi à lareira e peguei um pote que havia lá em cima. – Todo mundo fazendo fila! – disse sorrindo. – Vocês iriam pegar um pouco do conteúdo desse pote e iram entrar na lareira e dizer em alto e bom som: Ministério da Magia.

- Mackenzie você vai primeiro, nós vamos em grupos para não ocorrer nenhum erro. Os grupos serão os mesmos.

Mackenzie, Clarisse e Natasha entraram na lareira e pegaram um pouco do pó de flu e jogaram sobre si dizendo “Ministério da Magia”.

 Os próximos foram Nathale e Luce, logo seguidos por Percy, Peter e Annabeth, eu sorri para o Percy antes de ver eles desaparecem deixando um rastro de fumaça para trás.

- Bart! – gritei.

- Pois não? – ele apareceu sorrindo como sempre.

- Eu irei visitar a mamãe no trabalho, não fale nada para ela, eu quero fazer uma surpresa – eu disse sorrindo, ele apenas assentiu. Como todos confiam em mim.

- Preparados? – perguntei para os únicos que restavam ali: Todd e Rebecca.

- Isso vai me fazer vomitar? – Rebecca perguntou.

- Não, isso é mais leve que a aparatação. Só recomendo que permaneçam com a respiração presa, e de olhos e boca fechados – nós entramos na lareira e repetimos o processo. Minha visão ficou turva e depois senti algo me puxando para trás, por mais que eu não quisesse algum tipo de fumaça ainda atravessou o meu nariz indo em direção ao meu pulmão, me fazendo tossir muito, eu pude sentir os braços de Todd envoltos ao meu corpo.