Quando o sol reinou no céu, Peter havia voltado a sua forma humana, a luta com Ketherine o levou a exaustão, era impossível saber qual parte do corpo doía mais. A batalha que Peter se meteu durante toda madrugada, fora de longe a mais brutal, Ketherine era ágil, forte e imprevisível, mas como lobo em plena noite de lua sangrenta, Peter fora um oponente a altura.

A luta entre ele se arrastou por toda a floresta e noite adentro, pelo caminho ficaram rochas e arvores destruídas, e um longo rastro de sangue. Ao longo do percurso peles foram arrancadas, dentes foram quebrados e ossos também, mas ambos não se entregaram a dor e continuaram fortemente em suas batalhas.

Peter e Ketherine tinham muitos assuntos inacabados, ao começar pela tentativa fracassada de Peter em matá-la. Muitas coisas ocorreram enquanto ele andava pelo mundo, tentando entender a natureza de sua própria espécie, em Mystic Falls finalmente ele se encontrrou e ficou de bem com sua nova realidade, mas foi lá também, que ele deu inicio a todos os problemas que se arrastaram a Daggerhorn.

MYSTIC FALLS (ALGUNS ANOS ATRÁS)

“Peter chegou a Mystic Falls por acaso, não era seu objetivo chegar a cidade, mas após o período de lua cheia, ele precisara de um lugar para descansar. Alguns dias depois de chegar a cidade, ele conhecera Helena, uma jovem garota confusa entre dois amores, ao conhecê-la ele conheceu também Stephen Salvatore, um jovem vampiro,  que foi criado por Ketherine que era apaixonada por ele, e Damon Salvatore era seu irmão e apaixonado por Helena. Peter e Helena ficaram próximos, pois a beleza de Peter e sua humanidade conquistaram a jovem moça, despertando assim a fúria de Stephen. A principio Ketherine gostou da idéia, pois Peter estava a tirar Helena de seu caminho, mas quando Stephen o ataca ferozmente, Peter revida e acaba o matando brutalmente. Este acontecimento fora o estopim para que uma grande luta começasse, Damon, por sua vez, não se abalou com o ocorrido, ele sempre desejou tirar seu irmão de seu caminho, e ele não acreditara que Helena podia se apaixonar pelo lobo, mas Ketherine estava disposta a vingar a morte de seu amado. Ela usara Helena para atrair Peter a uma emboscada, Damon a ajudou, pois para ele a presença de Peter não teria mais utilidade, Ketherine o mataria e Helena estaria livre para ele, mas as coisas não ocorrerá como o planejado e muitos saíram feridos”

DAGGERHORN (PRESENTE)

Ao se levantar Peter olhou ao redor, pois Ketherine poderia estar escondida em qualquer lugar para se aproveitar de sua condição humana e frágil. Aparentemente estava seguro, pois a ultima coisa de que ele se lembrara era de atrair Ketherine a armadilha que ele preparara minutos antes do anoitecer. Peter havia a atraído para uma antiga mina, cheia de verbena que ele cultivara nos últimos meses.

Peter voltou a mina para certificar-se que seu plano fora eficiente. Ao adentrar a mina e andar alguns metros, ele a avistou, ela estava caída no chão, mas ainda consciente.

- Você acredita que isso é o bastante? – Ketherine o provocou, mas estava impossibilitada de se mover.

- Isto me parece o suficiente! – Peter respondeu com desdém.

Ela riu.

- No final de tudo terei o que quero! – Ela continuou – Você pode até me matar agora, mas já fiz o que tinha para fazer.

- Não, você falhou. Ainda estou aqui – Ele se abaixou ao seu lado – E seu exercito está morto.

- Existem muitas formas de morrer Peter – Ela se explicou, seu tom era sarcástico – Você morrerá, mas não pelas minhas mãos. Sabe... Damon tinha razão, o plano dele é muito melhor que o meu, queria estar viva para ver.

- O que quer dizer? – Peter começou a se preocupar comas insinuações de Ketherine.

- Eu quero dizer... Que neste exato momento, ela já é uma de nós! – Ela riu, mas já estava quase sem força.

Peter se levantou e pensou, lembrou-se da ausência de Damon em Daggerhorn e também se recordou de seus planos, ele queria que Valerie o matasse.

- Ele está com ela, não esta? – Peter a agarrou e a levantou no ar com apenas uma das mãos, ela estava fraca demais para reagir.

- A única coisa que você pode fazer  - Ela disse – É esperar que ela venha ao seu encontro. Com sorte, ambos podem morrer juntos. Poético não acha?

Peter a jogou contra a parede e partir no mesmo instante ao encontro de Valerie, na sua forma humana ele levaria muitas horas para chegar, mas ele não tinha outra escolha, voltou às pressas a Daggerhorn e pegou seu cavalo.

- Espere! – Tina gritou ao ver Peter deixando o vilarejo.

Peter parou seu cavalo.

- Agora não posso conversar – Ele a advertiu – Valerie está em perigo.

- Como soube disso? – Ela perguntou aflita – Onde está Ketherine?

- Ela está numa mina abandonada ao norte – Ele respondeu apressado – Há verbena lá, avise a todos. Preciso ir.

- Henry já está a caminho – Ela avisou – Ele saiu assim que o sol nasceu, tentamos impedi-lo, acreditamos que isso seja uma emboscada.

- Fique aqui e cuide de todos! – Peter a aconselhou e partiu ao encontro de Valerie.

ENQUANTO ISSO...

Valerie estava preste a cruzar uma fronteira sem volta, a fronteira da morte que a levaria a um novo plano, o plano dos imortais. Ela havia fugido de seu destino uma vez, mas parecia que não conseguiria fugir dele novamente.

O sangue de Damon já estava escorrendo por seu braço, ela precisaria prová-lo para que a transformação ocorresse, caso contrário ela morreria em alguns dias, o sangue que restara em seu corpo não era o suficiente para viver e seu corpo necessitaria se recuperar rapidamente para conseguir repor o sangue perdido, isso daria a ela mais alguns dias.

Ao levantar o braço para permitir que seu sangue caísse diretamente na boca de Valerie, ele se desequilibrou, com uma das mãos ele se apoiou na cama e sacudiu a cabeça, sua visão não estava tão nítida.

- O que está acontecendo comigo? – ele perguntou para si mesmo em voz alta.

Valerie nada falou, apenas ficou a observar o comportamento estranho de Damon.

- Isso é verbena! – Tim falou ao entrar no quarto.

Damon o olhou perplexo.

- O que fez? – Ele perguntou aborrecido e muito mais fraco.

- Na manha anterior servi um chá a Valerie – Tim não parecia estar com medo – Era um chá especial de verbena. Nosso sangue está repleto de veneno.

A se ver enganado Damon tentou atacá-lo, mas a verbena estava em seu corpo o deixando cada vez mais fraco.

- Como conseguiu escapar do sótão? – Damon perguntou angustiado com o veneno.

- Sempre achei que Thompson e Burk não eram confiáveis. Suzanne nunca acreditou – Ele se explicou – Por isso sempre fiquei atento, sempre guardei verbena numa caixa no sótão, por sorte você me colocou lá. Usei verbena neles também.

Ao cair impossibilitado no chão, Tim se aproveitou de sua fraqueza e o trancou no porão da mansão. Ele também havia espalhado verbena pela casa

Após isso, ajudou Valerie a se recompor, tentando fazê-la comer e beber algo, mas sua fraqueza era tão forte que sua tentativa falhou. Ela estava muito fraca, ele passou a acreditar que o sangue de um vampiro seria a única coisa que poderia salva-la da morte.