Passos pela Rua escrita por Paula Chan


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Notas sobre a Fanfic: Deixem-se avisar que a história discutirá e vivenciará alguns preconceitos referentes aos próprios personagens. No entanto, ele será apenas um dos elementos da história que se baseará somente na personalidade do personagem criado e em como ele vive, não sendo ele a opinião da autora.



Ou seja, a maneira como eles pensam em relação às divisões de classes, por exemplo, são apenas características dos personagens que possivelmente será modificada mais para frente com a vinda de alguns capítulos.



Resumindo: Não me matem e nem pensem que eu estou sendo preconceituosa ou tentando generalizar ou qualquer coisa do tipo. Isso é apenas uma história de romance para passar o tempo.




Agora sim,


Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/13957/chapter/2

Capitulo I

Draco Malfoy respirava fundo, contando o numero cem de trás para frente no desespero de acalmar-se como podia dentro daquele cubículo em que estava viajando. Aspirando e expirando... novamente tentando ignorar a própria dor de cabeça, o corpo trêmulo e a vontade quase insana de berrar. Mas ele não podia fazê-lo, porque se fizesse no fim daquilo, sofreria a ameaça de sentir-se fraco, enlouquecido e conseqüentemente, deselegante.

E Draco Malfoy precisava manter-se firme, em pose e seguro mesmo que estivesse desmoronando por dentro e quase delirando em busca de socorro.

Remexia-se no assento. Jamais em toda sua precoce vida se imaginaria sentado em um carro popular. O banco era desconfortável, o espaço muito pequeno estava lhe dando claustrofobia e mesmo com sol despontando ao alto estável e quente, aquele automóvel era frio e de uma segurança e asseio tanto quanto suspeitos.

Sentado no banco da frente ao lado do motorista.

Vinte anos de sua vida e jamais havia estado alguma vez naquele pedaço de espaço do automóvel. Ou ele próprio dirigia seus carros importados ou Carl, o motorista, fazia o trabalho de levá-lo onde bem quisesse, sem muita conversa, porém, com muita responsabilidade e agilidade.

Carl.

Começara a sentir saudades daquele velho tolo. Ele ao menos sabia como dirigir, ao contrário do individuo que se encontra em seu lado.

Draco contorceu o rosto em claro desagrado lembrando-se de detestar o único ser vivo – fora ele mesmo – que também adentrara naquele veiculo e que há duas horas precisas mantivera-se em pleno e mais completo silencio apenas dirigindo e atento a estrada – ou aos próprios devaneios.

Aquilo estava começando a realmente lhe irritar. Se teria que conviver agora sob a companhia daquele homem então que ao menos tocassem algumas palavras de vez em quando, precisamente explicando a ele pela milésima nona vez como suas vidas ficariam a partir daquele momento!

A dor de cabeça piorara. Onde foram parar os malditos comprimidos?!

“Estamos chegando”.

Ele escutou a voz compassiva ao seu lado, virando-se para olhá-lo com ressentimento e notando que ele ainda permanecia dirigindo aquele automóvel casualmente como se tudo ao redor deles estivesse no mais pleno estado normal.

Cerrando os brancos dentes alinhados, perguntou irado:

“Como pode estar tão calmo?”

Asou em resposta apenas respirou fundo não pronunciando qualquer palavra. Discutir com Draco naquele momento não ajudaria em nada. Pelo menos alguém naquela relação teria que se dar ao trabalho de ser maduro e consistente; Além do que, francamente, agressividade e desespero contíguo e descontrolado eram sintomas comuns a classe baixa e menos desfavorecida. Nada contra eles, lógico, apenas que... Estas coisas não combinavam em nada com a educação e instrução que havia recebido desde muito pequeno, então por mais que a situação em si estivesse sim o abalando e corroendo, ele guardaria e tentaria ser – como estava conseguindo até o momento – o mais racional e tranqüilo possível. E esperava realmente que Draco revertesse a este mesmo pensamento, recompondo-se.

-o-o-H/D-o-o-

Chegaram em frente a uma simples casa de tijolos, mas bem adornada; Pintada no exterior de verde-mar e rodeada por um pequeno jardim que servia de plantio a tulipas amarelas e rosas de cor vinho. Em frente à casa e ao acanhado quintal de cimento, havia um muro pintado de branco e um portão de ferro centrado na frente, suavemente enferrujado.

Draco – ainda dentro do carro – concentrou o olhar em sua volta.

“Pelo menos a maldita rua é asfaltada!... Isso deve significar civilização”.

As maiores partes das casas eram muito simples, algumas até mais que... Que aquela que seria obrigado a viver.

Alguns muros eram pichados e outros descascados ou já bastante envelhecidos. Infelizmente, ou não, o imóvel que teria que permanecer ficava ao fim de uma rua sem saída. Criando um trocadilho miserável do seu estado atual.

Sabia que se encontravam no subúrbio. Nunca em toda sua vida havia estado em um. O máximo que conseguira foi visto em fotos ou imagens de revistas ou jornais. No entanto, jamais dera importância alguma para aquilo.

Não era a sua vida. Não era da sua conta.

“Vamos Draco, desça logo”.

Asou-kun já a muito tempo do lado de fora, se voltou para o louro antes de abrir e atravessar o portão de ferro trancado antes com cadeado.

Draco acariciou as pálpebras e olhou-o assombrado.

“Você não espera que eu saia daqui, não é? Olhe este lugar!”.

Asou revirou os olhos, cansando-se daquilo.

“Já discutimos sobre isso, Draco. Desça ou fique ai dentro até levarem você”.

Dito aquilo o japonês moreno atravessou o portão, segurando algumas chaves. Analisando e passando seus olhos finos por todo o canto, avaliando o lugar.

Enquanto isso, Draco ainda permanecia dentro do carro elevando-se em pânico; Perguntando-se pela milésima quarta nona vez por que não arranjara um namorado um pouco mais honesto e um pouco menos ambicioso?!

Fechando o vidro e decidindo-se que não poderia permanecer lá dentro para sempre, ele abre a porta no carro minúsculo e sai, respirando fundo e fechando a porta.

Em frente ao muro e ainda ao lado do carro ele observa ainda as outras casas, acompanhando um jovem rapaz saindo de dentro de uma delas.

Ele carregava uma mochila nas costas, meio detonada, vestia uma camisa escura com algumas estampas, uma bermuda e tênis.

Passou as chaves pelo portão e desceu alguns degraus de escadas até chegar à calçada.

Este rapaz ajeitou a camisa e passou a mão pelos cabelos, tentando arrumá-los, antes de começar a caminhar seguindo reto pela calçada e passando em sua frente, do outro lado da rua.

Aquilo deve ser um modelo típico de jovem suburbano”.

Pensou, ainda encarando o rapaz.

Este talvez percebendo seu olhar analítico ou curioso demais pelo carro estacionado na rua, que nunca vira antes, levantou ambas as iris verdes e encontrou a figura engajada de Draco do outro lado da rua imóvel e o encarando curioso.

Draco quase encolheu-se no lugar quando seu olhar passou a ser correspondido pelo outro rapaz que de repente parou de caminhar e virou-se para ele; olhando-o com um interesse e um leve sorriso.

Passaram alguns segundos assim.

Harry nervoso sabe se lá porque e Draco começando a ficar desconfiado de uma maneira realmente negativa.

Por que ele continua me encarando deste jeito?”.

... Será que ele está pensando em me assaltar?”.

E se ele morar mesmo nesta rua? Meu Deus! Ele quer me estuprar! Ele vai pular esse maldito muro de noite e tentar me estuprar!”.

Harry via as leves mudanças ocorridas no rosto de Draco enquanto este pensava concentrado e acabou achando-as estranhas, mas divertidas. Talvez aquele fosse seu mais novo vizinho. Aumentando ainda mais o sorriso, Harry acenou amigavelmente para Draco esperando que ele respondesse e assim quem sabe puxaria uma conversa e lhe daria as boas vindas...

Mas a reação de Draco foi totalmente diferente. O louro acordou do transe em que estava e sentia o tarado pervertido querendo se aproximar e acenando para si com um sorriso psicótico. Imediatamente se afastou do carro, virou-se de costas e voou alucinado para dentro da mesma casa que momentos antes Asou-san lhe chamara, lembrando-se de fechar o portão em meio a sua fuga e desaparecer diante dos olhos claros e desentendidos do moreno.

Mas o que eu fiz?”.

Harry perguntou-se bobamente enquanto direcionava um ultimo olhar realmente curioso ao portão fechado e se voltava, lentamente, a caminhar.

Hn... Que cara estranho...”.

-o-o-H/D-o-o-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Passos pela Rua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.