Passos pela Rua escrita por Paula Chan


Capítulo 1
Epilógo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/13957/chapter/1

Passos Pela Rua.

Prólogo

Malfoy.

Há três anos atrás Draco Malfoy freqüentava unicamente festas privadas, exclusivas e fechadas como as que ocorriam em restaurantes do mais alto nível social; como Alain Ducasse au Plaza Athenee, em Paris, Acqualle na Alemanha ou até mesmo muitas vezes aceitava os inúmeros convites enviados implorando por algum vestígio de sua ilustre e célebre presença em Aragawa no Japão. Nestas ocasiões, ele simplesmente mandava algum empregado preparar uma bagagem necessária e dirigia-se ao próprio Jatinho Eclipse 500 com o interior altamente decorado e assinado por Versace; Presente lhe dado pelo próprio Gianni Versace antes de seu falecimento em 97.

Aproveitava as viagens e residia durante no máximo um mês inteiro no Four Seasons Chinzanso Hotel Tokyo, um dos seus hotéis favoritos na companhia de Asou Haruto ¹ que fazia suas viagens permanecerem ainda mais... Agradáveis.

Asou foi o primeiro homem que o manteve na linha durante um tempo e o primeiro a quem decidiu por manter-se fiel e cultivar um relacionamento sério, mesmo que morassem em países diferentes, possuíssem culturas diferentes e extravagâncias semelhantes. Porém, contrariando as línguas mais despeitadas e as apostas mais parvas, o romance dos dois rendeu e prevaleceu até o fim.

...Ou pelo menos até a mais extensiva e indescritível tolice que um ser humano notável e peculiar como Asou-kun poderia fazer: Entrar para uma forte e detectável rede de corrupções financeiras envolvendo empresas do Japão, Russa e Estados Unidos. Furtar amuo milhões e milhões de dólares dos mais diversos grandes cofres provenientes da terra do Tio Sam definitivamente não foi umas das melhores idéias que seu namorado já teve.

Definitivamente não foi.

E há três anos atrás, Draco Malfoy tinha uma vida normal, luxuosa, rica e aconchegante e considerava-se – de certa forma – demasiadamente satisfeito e feliz.

Mas isto há três anos atrás...

-o-o-H/D-o-o-

Potter.

Harry Potter. Assim que nasceu seus pais lhe haviam colocado este nome com o sonho único de que este se tornaria o maior orgulho da família! E a realidade não adiantou-se muito disto. Pois segundo o primogênito, o sonho ainda não se realizara e no fundo temia irreversivelmente que não conseguisse dar esta alegria e satisfação aos seus queridos pais.

E ele se envergonhava de si mesmo e se exigia em demasia, em alguns casos, deixava-se afundar em depressão e tenra solidão. Mas apesar de tudo se negava persistentemente a desistir, procurando fortalecer-se rapidamente e dedicar-se ao bom humor e ao aproveitamento raro e simples da vida. Além de seus amigos, de seus pais e de si mesmo, Harry Potter ardilosamente batalhava para vencer e crescer na vida, pois somente ele sabia o quanto merecia e o quanto aqueles ao seu redor precisavam de sua ajuda. De alguma salvação. E ele desejava poder ajudá-las.

Por conta disso de segunda a sábado Harry acordava as 06h30 da manhã e levantava uma simples mochila usada até seus ombros com o básico para o dia de serviço, seguindo em passos calmos e expressão ainda sonolenta até o local de trabalho variante naquele dia.

Daquele horário até 13h15 ele servia diversos empresários indo de mesa em mesa no restaurante próximo a alguns prédios mal acabados e maltratados próximos as periferias da grande cidade. Quando terminava seu expediente o jovem se despedia dos colegas, ia até o fundo do estabelecimento, na despensa, e trocava-se rápido para seguir as 18h00 até seu próximo serviço, como ajudante da Biblioteca Mário de Andrade onde se encarregava de armazenar, separar e organizar devidamente nas infinitas prateleiras as remessas de diversos livros vindos em cada dois meses.

Se acostumara desde muito cedo a se fortalecer e emergir forças com bebidas energéticas e quando podia – escondidamente – tomava junto a elas comprimidos que o ajudassem a manter-se acordado e em constante atividade. Quando vinha a suspeita que seu organismo pudesse surtar corria sem pensar duas vezes até a algum posto hospitalar e fazia exames que mostrassem seu estado, se nada muito grave surgisse então deixava o susto de lado e retomava a rotina diária.

Das 21h30 até 23h50 para ganhar um bom dinheiro extra, Harry acompanhava o amigo Ronald no trabalho de estacionar carros e mais carros que os senhores da alta sociedade deixavam em frente a um dos salões mais caros e populares da cidade. E este era entre todos; o seu trabalho favorito, pois dirigia muitos carros que jamais sonharia em ter! Mesmo que por alguns instantes ou quando ele e Ron enlouqueciam de repente e passeavam com eles durante ainda mais tempo por alguns longos quilômetros se divertindo e zombando de todas aquelas poses orgulhosas e frescas que exalavam dos seus “simpáticos” clientes.

Tudo até a hora de retornar com o carro ao estacionamento e logo depois entregá-lo a seu devido dono para que este no final passeie os olhos minuciosos por toda a lataria procurando qualquer sinal de descuido e moléstia. Quando a inspeção silenciosa terminava, seus olhos e seu queixo erguido se dirigiam até o manobrista e dependendo da noite de cada um deles – e de seus níveis de soberba, a gorjeta ganha poderia chegar até cem reais – por cada carro estacionado e entregue.

Claro que muitas vezes em noites frias e chuvosas e até as mais amenas, no fim podia voltava para casa com apenas quinze reais de aumento, estacionando até trinta carros por noite; Pois quer queira ou não a gorjeta não é obrigatória e muitos daqueles homens e mulheres da alta sociedade eram verdadeiros avarentos! Antes preferiam a morte a ter de lhe dar algum centavo!

Quando o serviço terminava, Potter na maioria dos casos caminhava junto a Ron para a casa do amigo e dormia por lá mesmo, na parte de cima do boliche que praticamente já pertencia a ele.

Desabava com a roupa social e até mesmo com o tênis e adormecia. Aproveitando todos os mínimos minutos que tinha para descansar.

Esta era uma parte da vida de Harry Potter há três anos atrás.

E apesar de tudo, ainda sim, esta era a menor dentre todas as outras partes...

-o-o-H/D-o-o-



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹: Sim!! Quem assistiu “Um litro de lágrimas” sabe de quem estou falando!... Não que seja necessariamente ele, peguei o nome apenas para fazer uma breve homenagem a este verdadeiro amigo que todos gostariam de ter/ser.


Mais uma história para ajudar afundar meu barquinho.



Obrigada,




Até mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Passos pela Rua" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.