– Filha acorda! – era a segunda vez que Liza estava tentando me acordar para mais um dia de aula. – Peter vem acordar sua filha!

Peter logo apareceu e eu o senti perto de mim, mas não me mexi.

– Alguém aqui está querendo que eu faça cócegas para acordar? – ele mal havia terminado a frase e já estava me fazendo cócegas.

– Ta pai já acordei, pode parar! – falei depois de não agüentar mais segurar o riso. – Pai!

– Que bom que acordou, eu já estava pensando que você tinha ficado imune ao meu ataque de cosquinha. – meu pai disse rindo, mas depois ficou meio sério. – Agora vai tomar banho e se trocar para ir à escola. – disse ele saindo do quarto com a minha mãe, me deixando só. Pelo menos por um tempo mínimo.

– Bom dia Soph! – era Samantha, minha irmã de criação. – Dormiu bem, sua dorminhoca?

– Até parece que você não dorme Sam. – falei com uma voz de sono, levantando-me da cama rapidamente. – Já se arrumou? Vai com a mesma roupa que saiu ontem?

– Não, dormi assim mesmo. E só para constar, aquele seu namoradinho passou aqui mais cedo e eu disse que você ainda estava dormindo. Ele deixou um beijo para você. – assim que Sam disse fiquei super feliz e com um enorme sorriso estampado no rosto.

– Então vamos logo trocar de roupa, agora sim quero ir para escola. – falei a Sam, enquanto ia em direção ao banheiro. – Vamos logo Sam!

– Ta bom Soph, já estou indo. – Sam disse e saiu do meu quarto bem devagar.

Fui para o banheiro e, quando abri a porta, dei de cara com Thomas, o meu mais chato irmão de criação, me olhando, pois estava deitado no chão.

– Co-como você entrou aqui? – gaguejei surpresa.

– Bom dia pra você também Soph, e... – eu odeio quando ele faz isso.

– E o que Thomas?

– E eu dormi aqui. – mas que raiva desse garoto.

“Por que você dormiu aqui? Vai embora, quero tomar banho!” gritei em meus pensamentos, sabia que ele me ouviria.

– Já estou indo. – ele disse e saiu do meu banheiro e do meu quarto.

Quando acabei meu banho, voltei ao quarto ouvindo uma voz me chamar do lado de fora da casa:

– Soph! Soph!

Quando olhei pela janela vi Kenneth do lado de fora. Me escondi rápido, pois estava só de toalha. Peguei meu telefone e liguei para ele.

– Oi Kenn! O que você está fazendo aqui?

– Oi Soph, estou lhe esperando para irmos à escola juntos. Aceita meu convite?

– Claro! Só um minutinho.

– To esperando.

– Ah, outra coisa, meus irmãos vão conosco, tudo bem? – eu disse, já escolhendo uma roupa para botar.

– Tudo bem. – quando ele me respondeu eu já estava pronta para ir.

– Agora só falta achar minha mochila e já vou, beijos.

– Outros para você também.

Achei minha mochila atrás da porta e desci. Quando cheguei à sala meus pais e meus irmãos estavam a minha espera.

– Até que enfim Soph achei que não ia descer. – Sam sempre implica comigo quando eu demoro.

– Tava falando com o Kenn, Sam. – eu disse e depois virei-me para meus pais dando-lhes um abraço. – Tchau pai! Tchau mãe!

– Tchau crianças. – disseram juntos e deram-nos um beijo na testa. – Não se esqueçam de arrumar as malas quando chegarem. – Liza falou. – Vamos sair hoje à noite.

– Ta bom mãe! – respondemos juntos.

Saímos da casa e encontramos Kenn em cima de seu lindíssimo carro cinza, do outro lado da rua.

– Que gata! – disse ele. – Não vai ficar com frio Soph? – perguntou, dando-me um selinho.

– Não! – eu estava vestindo um jeans com all-star e uma blusa de meia manga, enquanto ele tava com uma bermuda, uma camiseta, uma jaqueta jeans e uma sandália. – E você, não tem que manter a aparência?

– Sim, mas isso não vem ao caso! Vamos?

– Oi garoto! – Sam disse, se manifestando.

– Oi garota! – Kenn respondeu, riu e depois lhe deu um beijo na bochecha. – Oi Thom!

– Oi Kenne! – Thom respondeu e entramos no carro, liguei o rádio e fomos para a escola.

Quando chegamos meus irmãos saíram do carro me deixando a sós com Kenn. Desliguei o rádio e estava quase saindo do carro quando ele falou:

– Está tudo bem Soph? Ficou calada o caminho todo.

– Está, é que... Eu e minha família vamos ter que sair de Norkfolk, parecemos ter bem menos do que afirmamos ter, e vamos ter que nos separar...

– E eu não posso ir junto? Afinal, eu terei que ir ano que vem mesmo. Adiantar minha mudança não fará diferença para mim.

– Não sei, você terá que pedir ao Peter. Não havia pensado nisso antes.

– Eu falo com ele antes de vocês irem.

– Vamos para aula. – falei, lhe dando um beijo demorado.

– Vamos. – Kenn falou e saímos do carro.

Fomos para as aulas. De manhã não teve nada de mais, mas depois do almoço teve teste surpresa. Sentei-me ao lado de Thom na hora do teste, e como ele estava lendo os pensamentos do professor e os meus, me deu as respostas certas. Eu não estava com cabeça para fazer nada.

Kenn me levou de volta para casa e me ajudou a arrumar minha mala, enquanto conversávamos. Contei para ele que iríamos para Forks, que iríamos encontrar a família de Carlisle, grande amigo de Peter.

Às sete horas Peter e Liza chegaram e foram logo nos apressando para sair. Peter deixou que Kenn fosse conosco e ele já tinha até feito uma pequena mala para ir conosco, antes mesmo de saber se poderia ir ou não.

Estávamos todos na sala quando Liza perguntou-nos se estava tudo pronto para irmos.

– Está sim. – falamos juntos.

Nossas malas já estavam na sala, então a levamos para a garagem. Coloquei minha mala rosa e a malinha de Kenn dentro do porta-malas do meu carro. Sam e Thom colocaram as suas dentro do porta-malas do carro de Thom e Liza e Peter, dentro do carro de Peter. Logo saímos, Peter foi na frente mostrando o caminho para nós. Thom foi atrás de Peter e Kenn atrás de Thom. Nessa família os homens não deixam que as mulheres dirijam, a menos que seja extremamente necessário.

Chegamos à casa de Carlisle duas horas depois. Forks não fica longe de Norkfolk. Assim que estacionamos os carros, a mando de Peter, vi várias pessoas, casais, dentro da casa. Havia apenas uma pessoa na porta. Assim que saímos dos carros essa pessoa, um homem de aparentemente trinta e poucos anos, se aproximou de Peter.

– Olá Peter, quanto tempo! – disse o homem.

– Carlisle! Quanto tempo! Essa é a minha família. – disse Peter apontando para nós.

– Olá. – respondemos todos juntos.

– Vamos levar as malas para dentro? – disse Carlisle gentilmente. – Vocês vão ficar quanto tempo?

– Claro! Mas só vou ficar aqui até achar uma casa por perto para minha família e eu ficarmos. – respondeu Peter, enquanto pegávamos as malas e dirigia-nos para dentro da casa.

– Bom crianças esses são os Cullen. – Peter disse.

Depois que deixamos nossas malas em quartos de visitas, voltamos para a sala. Todos estavam me olhando como quem vê um fantasma. E eu olhava para todos, até que reparei que um garoto me olhava mais do que os outros.

– Bom, vamos às apresentações. – disse Carlisle, quebrando o silêncio. – Esta é Esme, minha mulher. Alice e Jasper, Rosalie e Emmett, Edward,– o garoto que me olhava mais – Bella e Renesmee. – Carlisle terminou apontando para uma pequena garotinha de colo, não devia ter mais que cinco anos.

– Bem... Esta é Elizabeth, minha mulher. – Peter começou.

– Liza. – mamãe o corrigiu e todos rimos.

– Thomas e Samantha, Sophia e Kenneth. – Peter terminou de nos apresentar.

– Podem nos chamar de Thom, Sam, Soph e Kenne. – falamos, meio que juntos. Todos riram, de novo.