Confusões e Romances na Inglaterra escrita por Aya Reddington
Notas iniciais do capítulo
Espero que me perdoem pela demora para postar...
Boa Leitura
Beijoos
[Aria Venaro]
O fim de semana passou rápido demais, minha mãe me obrigava a beber sangue a cada duas horas, para agilizar o processo de cura da minha perna, não que eu estivesse reclamando, pelo contrário, eu adorava beber sangue, mas parecia meio fútil naquele momento me preocupar, com a droga da minha perna quebrada, já tínhamos problemas o suficiente.
Como por exemplo, os lobisomens que queriam arrancar a minha cabeça, os dragões que estavam hospedados no jardim de minha casa, sorte que nós morávamos, bem longe de qualquer humano bisbilhoteiro, a briga de Alec e Gabriel, as visões aterrorizantes de minha irmã mais nova, e é claro a minha função como líder das lideres de torcida da escola.
Eu estava ferrada.
Agora meus pais e os pais de Alec decidiram que seria mais seguro se os gêmeos fossem, comigo e com meu irmão para a a escola, não havia como tudo isso piorar.
*Na segunda - feira de manhã*
Havia sim como tudo isso piorar, além de eu não conseguir nem encostar o pé no chão, todas as meninas e inclusive alguns meninos da minha escola resolveram dar em cima do Alec, descaradamente e bem na frente, sendo que ele literalmente me carregava no colo, para as minhas aulas. Quando nós entramos na sala de aula da Senhora Meireles, mulher chata e irritante, ela fez aquela perguntinha idiota e básica.
-O que houve com a sua perna?- ela perguntou de um modo preocupado, sei que ela se preocupa muito com a minha saúde física, ela me detesta e preferia que um caminhão passasse por cima de mim.
-Não está vendo que a minha perna está quebrada, será que a senhora é tão burra a ponto de não perceber que tem uma tala enorme no meu pé, e que essa criatura esta me carregando, por algum motivo importante.- eu apontei para Alec.
-Não precisa ser grosseria, Srtª Venaro, podem se sentar, agora.- ela disse enquanto se sentava em sua cadeira.
-Bom dia Aria, como quebrou a sua perna?- Tom perguntou enquanto se virava na cadeira da frente, já que Alec se sentava em sua cadeira ao seu lado.
-Bom dia Tom, eu cai de uma árvore, sábado.- ele assentiu e olhou para Alec depois para mim, soltou um risinho contido, e se virou para a frente.
Eu corei feito um pimentão, Alec olhou curioso para mim e eu apenas acenei negativamente, deitei minha cabeça na carteira e fiquei observando Alec, que também me olhava, ambos sorrimos.
Meus professores foram compreensivos quanto à minha perna quebrada, pelo menos a maioria deles, meu professor de educação física, quase teve uma sincope quando viu a minha perna.
-E agora o que serão dos jogos sem as animadoras de torcida?- ele perguntou para os céus, como se a resposta caísse de lá.
-Acalme-se posso treina-las sem precisar fazer os movimentos.- eu disse tentando acalmá-lo sem obter sucesso.
-Minha irmã pode ajudar.- Alec disse, o treinador olhou para ele.
-Quem é sua irmã?- ele perguntou, um brilho estranho apareceu em seus olhos.
-Jane, ela deve estar na aula de literatura agora, posso pedir que ela lhe encontre depois do almoço.- Alec disse.
-Obrigado garoto.- o treinador disse e saiu rapidamente. Alec me pegou no colo e saímos dali.
-Sabe eu sei andar, ainda não perdi essa habilidade.- eu lhe disse, enquanto passávamos por um grupo de adolescentes que nos olhavam curiosos
-Eu sei, mas prefiro te carregar.- ele disse sorrindo, eu corei.
Ficamos andando pela escola por um tempo, mentira só ele andou já que eu estava impossibilitada no momento.
Depois fomos para o almoço, Alec comprou uma pizza enorme para mim, Jane e John estavam sentados conversando, Alec me colocou sentada e me deu uma garrafa de inox prateada, abri a tampa e inalei o cheiro de sangue, beberiquei um pouco, delicioso.
-Assaltaram um banco de sangue?- eu perguntei. Alec assentiu rindo um pouco.
-Que tipo é?- eu perguntei.
-AB positivo, é difícil de se encontrar, mas eu fiz um esforço sua mãe me disse que era seu favorito.- Alec disse, Jane e John não pareciam prestar atenção em nossa conversa.
-Obrigada.- eu disse lhe dando um beijo na bochecha. Ele sorriu.
Meu celular tocou estridente e exigente.
Olhei o visor.
"Casa"
-Alô?- Eu perguntei.
-Filha, venham para casa, agora.- meu pai disse do outro lado da linha. Sua voz estava aflita.
-O que houve?- eu perguntei.
-Temos visitas.- ele disse.
-Quem?- eu perguntei. Meu irmão e os gêmeos me olhavam tensos.
Meu pai demorou para responder, suspirou e respondeu.
-Um lobisomem.- Todos nós congelamos.
-Venham logo.- meu pai disse, antes de desligar.
Saímos rapidamente do refeitório, Alec me carregou até o estacionamento e me colocou no carro, ele dirigiu rapidamente pela rodovia e chegamos em casa.
Estava muito silencioso, mas eu podia detectar uma batida de coração forte e lenta. O vento me trouxe um cheiro de almíscar forte. Meus instintos foram acionados e eu rosnei no mesmo segundo que Jane, Alec e John rosnaram.
-É o mesmo cheiro daquele garoto que nos sequestrou, Aria.- Alec disse eu assenti. Entramos na casa e o garoto loiro nos esperava em pé, todos os vampiros da casa o olhavam sorrateiramente, como se esperassem que ele atacasse, mas ele estava tranquilo, Sophia era a que estava mais perto dele. Eu rosnei quando percebi isso.
-Quieta Aria, ele veio nos ajudar.- Sophia disse.
-Quem é você, pulguento?- Jane e John perguntaram em uníssono.
-Ele tem nome.- Sophia disse entre dentes.
-Tudo bem, já estou acostumado a esse tipo de reação.- ele disse para Sophia.
-Não importa, demonstrem educação.- Sophia disse.
-O que esta fazendo aqui?- eu perguntei.
-Meu nome é Erick Wolfkiller, sou um lobisomem, filho biológico de Simon Wolfkiller, o primeiro lobisomem do mundo.E ele planeja destruir todos os vampiros na Lua de Sangue, em alguns dias.
-Espera, espera ai, seu pai é um lobisomem original, ou seja uma das criaturas mais poderosas do mundo?- eu perguntei.
-Sim, quanto mais velho o lobisomem, mais forte ele é.- Erick explicou.
-Hum, para os vampiros é o contrário, quanto mais novo mais forte.- eu disse.
-Sim, meu pai foi o primeiro lobisomem, não sei muito bem como ele se transformou, mas ele passou aquilo para mim e para minha irmã. Ele nos deu seu veneno, nos fez ingeri-lo, alguns dias depois nos tornamos lobisomens. Por isso temos algumas características diferenciadas, podemos dormir, ter filhos, nossos olhos continuam da cor de quando eramos humanos, podemos nos transformar a qualquer momento.
-E por que esta aqui?- Alec perguntou.
-Não vou permitir que meu pai, machuque pessoas inocentes.- ele disse.
-Renunciou sua família, para nos ajudar?- minha mãe perguntou.
-Sim, pessoas inocentes não devem ser machucadas, por um desejo tão fútil e egoísta.- ele disse.
-Obrigada querido, por se preocupar conosco, mas onde está a sua irmã?- minha mãe perguntou à ele.
-Em Portugal, ela foi buscar uma planta que pode proteger vocês, por enquanto de alguns lobisomens que meu pai pode mandar atrás de vocês.-ele disse.
-Mas como seu pai destruiria os vampiros?- eu perguntei.
-Destruir não é bem o termo, ele...como posso explicar, conhece as histórias dos vampiros que queimavam na luz do sol e etc?- ele perguntou. Todos assentimos.
-Então, era real essa parte, mas há quatro mil anos um vampiro fez o ritual na Lua de Sangue, fazendo com que os vampiros brilhassem ao invés de serem queimados, meu pai deseja desfazer isso, para que toda a raça dos vampiros seja aniquilada.
-Como se faz esse ritual?- meu pai perguntou.
-Sacrifícios de um lobisomem, um vampiro e um humano, o veneno do vampiro e do lobisomem devem ser misturados com o sangue do humano, a Selenita deve ser mergulhada nesse liquido, durante a Lua de Sangue. Ai esta feito.
-E tem como não permitir que isso aconteça?- minha mãe perguntou.
-Não, ou um vampiro faz isso e sela a maldição do lobisomem, ou vise-versa.- Erick disse.
-E a maldição do lobisomem é a prata?- John perguntou.
-Sim, mas o método de arrancar a cabeça é o mais usado, nós ficamos mais vulneráveis quando estamos nos transformando, a transformação dura em média dois minutos, mas é o tempo necessário para matar alguns lobos em transformação, ainda mais se você é rápido.- ele disse.
-Ótimo, quando sua irmã chega?- Aro perguntou.
-Em dois dias.- ele disse.
-Você ficará em nossa casa, depois de fugido de sua casa para nos ajudar, ficará aqui.- meu pai disse.
-Obrigado, senhor Venaro.- ele disse cordialmente.
-Apenas Victor, Erick, não necessidade para tanta formalidade.- meu pai disse.
-Venha comigo Erick, vou lhe mostrar seu quarto.- minha mãe disse e Erick foi com ela para o andar de cima.
-Tudo bem Aria?- Sophia perguntou.
-Sim, só preciso me sentar.- eu disse enquanto Alec me colocava no sofá e se sentava ao meu lado.
-Ele esta em perigo, o pai dele vai mata-lo só por que ele esta nos ajudando.- eu disse.
-Nunca vi um lobisomem que estivesse disposto a arriscar sua vida, para proteger um vampiro.- Aro disse.
-Concordo com você meu amigo.- meu pai disse.
-Uma guerra acontecerá, muitas vidas ela levará, mas espero que o sacrifício dele não seja em vão.- Sophia disse.
[Simon Wolfkiller]
-Onde meus filhos estão?- eu perguntei à Beliel.
-Não os vejo desde a reunião do Conselho.- ele me respondeu.
Onde eles estavam?
Os procurei por todo o castelo, mas não encontrei nenhum vestígio de que eles estiveram ali nas ultimas horas.
-Simon precisamos de um humano, um vampiro e um lobisomem para o ritual.- Beliel disse.
-Encontre qualquer humano, um de nossos escravos irá servir.- eu lhe disse.
-E enquanto ao vampiro e o lobisomem?- ele perguntou.
Me lembrei daquela garota ruiva uma idéia passou pela minha cabeça.
-Um hibrido de vampiro com humano e um de lobisomem com humano, talvez sirva, assim mataremos dois coelhos com uma cajadada só.- eu lhe disse.
-Onde encontraremos os híbridos?- ele perguntou novamente.
-Acho que nossos queridos amigos Venaro não se importariam de perder um filho para o nosso ritual.
-Aria?- ele disse.
-Poderia ser qualquer um, mas gosto da idéia de matar Aria.- eu lhe disse, um sorriso sádico apareceu em meu rosto.
-E quanto ao hibrido de lobisomem, que eu saiba não existe nenhum....- ele deixou a frase morrer.
-Meus filhos serão os sacrifícios.- eu lhe disse. Pude ver a confusão em seus olhos.
-Mas eles são seus filhos.- ele balbuciou.
-Todos temos de fazer sacrifícios, para conseguirmos o que queremos.- eu lhe respondi.
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Espero que tenham gostado...
Beijoos