Um Amor Proibido em Hogwarts. escrita por B_M_P_C


Capítulo 5
Promessa...


Notas iniciais do capítulo

Prestem atenção nesse capítulo, ele é importante :D
Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/137475/chapter/5

         Sério, Scorp sabia o que estava fazendo, ele mandou o Al e o James descascarem e lavarem os legumes e verduras, enquanto eu e Lilly achávamos os ingredientes que ele precisaria, fora os temperos.

         Colocamos tudo em cima da mesa, e ele começou a cozinhar, enquanto nós arrumávamos a mesa lá fora.

         -Eu não acredito que você sabe cozinhar – eu murmurei pra Scorp, assim que eu entrei, depois de terminar de montar, e ajeitar a mesa, que sorriu, mexendo a comida que ele estava preparando.

         -Bem, podemos dizer que sim, eu não almoço no mesmo horário que minha família nas férias, então eu preciso fazer comida, e eu aprendi – ele falou fechando a tampa da panela e olhando pra mim – Questão de sobrevivência, sabe? – eu sorri e dei ombros, eu não precisava aprender a cozinhar, sempre tinha alguém que cozinhasse pra mim, e podemos dizer que eu podia ser uma aluna excelente em poções, mas cozinhando, eu tinha uma lista trágica de experiências más sucedidas. Na última vez, minha mãe definitivamente achou mais inteligente que eu não aprendesse a cozinhar, e quando tivesse idade, deveria fazer tudo com magia – E você, sabe cozinhar?

         -Não quer que eu te conte a minha lista trágica de experiências na cozinha, ou quer? – eu perguntei fazendo uma cara de “anjinha”, e Scorpius riu, fingindo medo.

         -Não, acho que isso me responde Rose – ele disse ainda com um sorriso no rosto, eu dei ombros, odiava cozinhar, e não fazia questão de aprender, mas se ele quisesse me ensinar, não teria problema... – Qualquer dia desses eu te ensino – ele falou e piscou pra mim, eu revirei os olhos e sorri.

         -Certo Scorp, só esteja com a varinha em mãos pra apagar o fogo, e reparar os danos – falei sendo irônica, e sentei na mesa, (sim em cima da mesa mesmo, não na cadeira) da cozinha, como já estava tudo pronto lá fora e a salada também, o único que ainda estava trabalhando era Scorp. Olhei pro meu relógio de pulso, já que o relógio da vovó não mostrava as horas, e sim onde nós estávamos. Tinha dó da vovó, aquele relógio tinha mais ponteiros do que qualquer outro relógio do mundo. Bem, era quase meio dia, e Scorpius já estava tirando a panela e o resto das coisas que ele tinha feito do fogão, e do forno.

         Eu o ajudei, é claro, assim que eu e ele colocamos as primeiras panelas na mesa, Al já estava trazendo alguma coisa que Scorp tinha assado, e James, tinha ido chamar todo mundo, e pregar alguma peça no Hugo, que ainda estava dormindo.

         - Aquele desgraçado vai ver, ele me fez perder a minha manhã cozinhando! – falou James esfregando as mãos, com certeza, pensando em um plano bem maligno.

         -Você cozinhando uma vírgula James, quem cozinhou foi o Malfoy – falou Lilly, que estava se divertindo jogando alguns gnomos pra fora do terreno da vovó – Nós só organizamos a mesa.

         -O que deu muito trabalho, aliás, e ele não ajudou agente a roubar os biscoitos – James falou revirando os olhos pra Lilly e entrando. Eu revirei os olhos, Scorpius e Al estavam rindo de alguma coisa, e eu fui até onde eles estavam.

         -Para cara, já falei, não tem nada demais em saber cozinhar – Scorpius falou pra Al, que riu, e fez uma cara de quem não acreditava em Scorp.

         -Sei, pra mim isso é talento reprimido pra ser mulherzinha da casa – falou Al implicando com Scorpius, que revirou os olhos, e olhou pra mim, em súplica.

         -Al, para de implicar com Scorp, pelo menos ele sabe cozinhar, agente mal coloca os pés em uma cozinha, e ela já explode se pensarmos em cozinhar – eu falei abraçando Scorp, que retribui o abraço, passando seu braço pela minha cintura. Al começou a rir, lembrando com certeza, da vez que explodimos, com ajuda do James, o fogão da casa dos Potter – Lembra quando explodimos o fogão da sua casa, quando agente tinha nove pra dez anos?

         -Nem lembra, eu fiquei de castigo – ele comentou com um sorriso maroto nos lábios. Nós ouvimos algumas vozes, surpresas vindas de dentro da casa, e eu e Scorp no separamos, eu não queria que Scorp fosse morto, por meu pai.

         Nem preciso falar que quando os adultos saíram pra fora, e sentiram o cheiro delicioso da comida do Scorp ficaram boquiabertos, né?

         -Quem foi que cozinhou? – perguntou minha vó olhando pra nós desconfiada, eu, Al, James, e Lilly reviramos os olhos, ela não tinha fé em nossos dotes culinários, e sinceramente nem eu.

         -Foi o Scorp – eu respondi, vendo Hugo, que estava ainda de pijama, e parecia todo molhado. Na mão de James um balde o acusava da marotagem, sorri com a cena, e depois voltei os olhos pra minha avó, que olhava Scorp assustada.

         -Como assim, querida? Scorpius cozinhou? – ela perguntou mais uma vez e eu sorri pra minha vó, que abraçou Scorp.

         -Ah! Finalmente, uma pessoa que não explode as coisas na cozinha – ela disse e Scorp sorriu – Mas me responda Scorpius, como você aprendeu a cozinhar? – Scorp deu ombro, mas não respondeu, nem precisou, minha avó, fez todo mundo sentar, e começar a comer.

         A comida estava deliciosa, James e Hugo comiam que nem porcos, sério mesmo, enfiavam tudo na boca, e era de dar medo, se não fosse acostumado. Eu, Al, e Scorp estávamos implicando um com o outro, enquanto comíamos. Tia Gina e Tio Harry pareciam discutir sobre algo, mamãe e Lilly estavam conversando sobre algum romance trouxa que as duas gostavam. E meu pai, bem, meu pai encarava Scorp e a comida.

         -Tem certeza que não tem veneno aqui? – perguntou meu pai pra minha mãe baixinho, que revirou os olhos, e não respondeu, eu acho que só eu devo ter escutado, mas pela reação de Scorp, ele também escutou. Ele terminou de comer, e saiu da mesa, pedindo licença, eu olhei pro Al, que me olhou me perguntando algo, eu revirei os olhos, e me levantei olhando pro meu pai.

         -Obrigada pai, você e suas grosserias são muito tolas e infantis – eu falei e encarei meu pai mortalmente, e depois saí atrás de Scorp. Ele estava sentando perto de um grande carvalho, longe de nós, e vi que Gale estava de seu lado, sério aquela coruja seguia Scorp só podia.

         -Scorp – eu falei me sentando do lado dele, e vendo a expressão do rosto de Scorp, ele estava triste – Desculpa pelo meu pai... – Scorp, colocou a mão em minha boca, fazendo com que eu a calasse.

         -Relaxa Rose, não é por causa do seu pai – ele respondeu, e olhou para o céu – É que... – eu sabia que ele ia acabar contando tudo, mas ele parecia não querer, só que ele tinha, se ficasse guardando tudo só pra ele, Scorp ia ter um ataque.

         -Scorp, me conta tudo, agora – eu falei, ou melhor exigi, e ele suspirou e eu vi que ele estava prestes a chorar, eu o abracei – Por favor Scorp, me conta...

         -Tudo bem Rose, eu vou te contar – ele sussurrou em resposta – O que está acontecendo é que, meus pais me odeiam Rose, e eu tinha a esperança de que uma parte deles continuasse a gostar de mim, tipo, eu entrei na Grifinória, mas eles podiam entender que não sou eu quem escolho a minha casa, certo? Mas não, todos esses anos, tendo que superar as férias lá em casa, com uma frieza, e brigas todos os dias, e todos os natais, e feriados que eu passei na escola, completamente sozinho... – o quê? Scorpius sempre omitiu o fato que não ia pra casa, ele dizia que seus pais iam passar pega-lo mais tarde, que mentiroso, eu o olhei séria – Eu não queria te magoar Rose, nem fazer com que você brigasse com sua família por minha causa, desculpa ter mentindo, o Al sabe, só que resolvemos não contar... Simplesmente isso é horrível, eu sei que eu sou um cara durão, chato, e frio de vez em quando, mas... Isso é quase insuportável Rose, se sentir rejeitado pela própria família! – ele estava chorando, eu vi uma lágrima em seu rosto, e eu o abracei, deixando que Scorp chorasse em meu ombro, ele era durão, e nunca parecia triste ou abalado, mas eu sabia que ele precisava desabafar. Eu nunca me imaginei sendo ignorada pela minha família, mas deveria ser horrível.

         Scorp chorou, e eu o abracei forte, eu estava ali com ele, e sempre estaria.

____________________________________

Scorpius narrando:

         Eu chorei que nem um bebê, e sei que isso foi uma idiotice, mas eu não aguentava mais, e Rose fazia com que eu me sentisse importante, ela e Al, eram as únicas pessoas que se importavam comigo. E Rose, bem, ela era incrível, além do mais, se eu não falasse, ela ficaria preocupada, e talvez ate magoada.

         Não sei quanto tempo eu chorei, nem quanto tempo Rose ficou me acalmando, e eu sabia que ela estaria ali, sempre que eu precisasse. Então eu fui me acalmando, e a olhei com um sorriso bobo.

         -Desculpa, eu encharquei a sua camiseta, eu não deveria estar te preocupando – eu falei tentando fazer com que ela tirasse a expressão de preocupação, e foi aí que eu vi que ela estava quase chorando também.

         -Ah... Rose desculpa – eu falei a abraçando, e ela começou a chorar, não que nem eu, mas ela parecia triste.

         -Ah... Scorp nem vem, eu estou falando sério, enquanto você sofria com seus problemas, eu nem sabia e ignorava o fato, me desculpa Scorp – ela falou, e eu assenti, mas ela não precisava ser desculpada, nem eu. Só que nós dois estávamos entregues aos nossos sentimentos, nada do que falávamos fazia muito sentindo, e foi aí que eu vi que Al, estava sentando nos olhando, e ele deu um sorriso tímido. Ele havia me visto chorar.

         -Desculpa Scorp, Rose, eu deveria ter vindo antes – ele sussurrou, e Rose, passou um braço pelo meu pescoço, e o outro pelo o do Scorp, fazendo com que déssemos um abraço em grupo.

         -Meninos, prometam uma coisa, só uma coisa – ela falou nos olhando, assim que nos separamos, ela já estava normal, e eu e Al assentimos – Não vamos deixar com que nossa amizade acabe, nunca, por qualquer que seja o motivo, prometam, que vamos ser pra sempre amigos. Eu prometo, e vocês? – ela falou perguntando pra mim, e pra Al, que sorrimos, e ela sorriu também.

         -Eu prometo – falou Al, abraçando Rose, e me cumprimentando, com o nosso aperto de mãos.

         -Eu também prometo – eu respondi, e abracei Rose, e depois cumprimentei novamente Al com o nosso aperto de mãos.

          E então nós três começamos a rir. Nós não sabíamos ainda, mas o que tínhamos feito, foi importante, selamos uma magia mais poderosa do que conhecíamos, e isso salvaria a nossa vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, choraram junto? Odiaram o momento emo? Sugestões, críticas, elogios? Mande seu review :)
Bjoos ;*