Nossos Filhos escrita por Suellen-san


Capítulo 3
Kanon e Shaka


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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- Ikki! – O virginiano olhava aquela criaturinha fazer uma cara estranha. – Ikki!

- QUE FOI? – Gritou de outro cômodo o cavaleiro de bronze.

- Tem algo estranho.

- Se tem. Porque não olha?

- Ah! – Aproximou-se mais recuou. – Está estranho. Vem vê! Vem!

- Estou ocupado, loiro.

Shaka bufou, só uma pessoa o chamava de loiro, mas o cavaleiro de bronze estava mesmo curtindo com a cara dele. Os dois estavam no templo de Virgem e o dono do local não estava gostando nada do que via. Até o cavaleiro de bronze entrar no local onde o loiro estava.

- Ela só fez coco. – Tentou não sorrir da cara do virginiano. – É só limpar.

- Tem certeza que não é nenhum espírito ruim... Digo... Ela não esta possuída por entidades malignas? – Falou Shaka.

- Só você Shaka. – Aproximou-se do bebê. – Um anjinho desse e você acha que é um monstro? Tio Shaka é mal, não é? – Falou para a menina que riu.

- Eu não sou mal. – Fez um bico.

- Mas ela gosta de você. – Começou a tira a fralda. – Pega o outro antes que ele chore.

- Mas...

- Mas...?

- Eu não sei como se pega um bebê.

- Olha ela que eu pego o outro. – Seguiu para o outro cômodo. - Atena! – Exclamou tento que se dividir em dois.

Shaka ficou fitando a criança que mexia os pés, quando colocava na boca o virginiano tirava. Ela acha que o indiano estava brincando consigo e fez de novo. O loiro não estava gostando, mas a pequena adorava quando ele tira os pés dela da boca e ria com vontade.

- Viu como ela gosta de você. – Ikki entrou e colocou o menino ao lado da menina. – Você tem medo deles.

- Você virou babá por acaso? – Questionou o loiro.

- Shaka, eu falei que Marin e Shina não têm tempo de cuidar dos gêmeos. – Tirou a fralda do menino. – Engraçado que eles parecem com o pai.

- Eu não entendo porque Deba resolveu ser pai deles.

- Por quê? – Que pergunta era aquela? - Pensa comigo. – Voltou-se para o loiro. – Elas são mulheres, se amam e para ter um filho é necessário ter um sexo oposto. Até onde eu sei um homem tem que transar com uma mulher para ter um...

- IKKI! – Interrompeu – o. - Vai deixar os dois traumatizados.

- Shaka! – Riu do comentário do outro. – Esquece isso. – Os bebês nunca iam entendê-lo. - Deba só deu os espermatozóides e Marin que carregou os dois. Shina deu os óvulos e nasceram esses anjinhos.

- Por incrível que parece eles parecem mesmo ser iguais aos pais.

A menina de nome Diana era a cara da mãe Shina, mas morena escura já o menino de nome Aragon era a cara de Marin até os cabelinhos vermelhos ele tinha, mas os olhos dos dois são castanhos iguais ao pai. Ficou uma mistura harmoniosa entre os três.

Marin e Shina também começaram um relacionamento, pensaram até em adotar, mas a amazona de Águia queria conhecer a maternidade. Shina não queria qualquer espermatozóide então depois de convencer o cavaleiro de touro a doar esperma assim os três poderiam ser pais. Aldebaran sempre que podia cuidava dos filhos, mas ele estava em missão. As mães foram chama de última hora e o cavaleiro de fênix resolveu ajudá-la, cuidando dos anjinhos na casa de Shaka.

- E onde esta Kanon? – Questionou o cavaleiro de bronze.

- Ele está em missão. – Falou o indiano. – Talvez volte amanhã.

Pensou no amante e não viu o que o cavaleiro de bronze fazia na sua frente. Quando deu por si ficou vermelho igual a um pimentão.

- EI! – Tapou com o corpo a visão dos bebês. – Vai ficar nu na minha casa? – Virou de costa.

-Relaxa loiro.

- Relaxa? – Deu uma olhada só vendo o cavaleiro de bronze de cueca. – O que eles vão pensar?

- Que é hora do banho. – Pegou o menino. – Pega ela.

- Mas...?

- E tira a roupa.

Ficou assustado com o que o cavaleiro de fênix falou depois se voltou para a menina que tinha colocado na boca um dos pés. Ficou entre pegá-la e não, até sentir um cosmo adentrando no templo.

Kanon sentiu o cosmo do amado e ao entrar na suíte o viu com uma cara estranha. Reparou no local e viu peças de roupas no chão. Shaka seguiu os olhos do amado e engoliu a cego, mas piorou ao ouvirem Ikki.

- Shaka! – Falou o cavaleiro de bronze. - Eu não tenho o dia todo. Vem logo e sem roupa senão vamos ficar resfriado.

- Kanon... – O indiano tentou argumentar, mas...

O marina não esperou nada entrou no banheiro seguido do loiro que esperou pelo pior, mas ao verem Ikki e o menino na banheira relaxou. O menino sorria com a água caindo pelo seu corpo, o cavaleiro de bronze olhou os dois e sorriu, mas lembrou-se de que faltava alguém.

- Shaka! – Falou Ikki. - A menina.

Um feixe de luz voltou ao outro cômodo a tempo de pegar a menina que rolava pelo móvel onde estava, Kanon a pegou e a levou ao banheiro. Ikki pediu que o loiro entrasse para dar um banho na menina assim como ele fazia. Mas foi o marina que tirou a roupa e adentrou na banheira com a menina que sorriu como o irmão ao ser banhada.

- Cuidado Kâ a água pode cair nos olhos dela. – Falou o loiro.

- Não se preocupe loiro. – Ikki observou a cena. – A espuma não vai cair nos olhinhos dela, não é? – A menina sorriu ao ouvir a voz do marina. – Gosta de água, não é? – Jogou a água na cabeça com cuidado para não bater nos olhos. – E agora o rosto.

Shaka estava admirado com o modo que o amante cuidava da menina. Não conhecia esse lado do amado. Após o banho, limpos e alimentados, os três os viram dormindo. Ikki viu que estava sobrando e foi dar uma volta, talvez o geminiano quisesse falar algo com o amante. Assim que Kanon percebeu que estava sozinho com o loiro comentou.

- Estava pensando.

- Em que? – Shaka olhava os dois dormindo.

- Porque não temos o nosso filho?

- Bem... – Como ia contar o que lhe afligia. – Kâ, eu não sei se vou ser um bom pai. Talvez eu não leve jeito para ser um pai...

- Ei! – Colocou o indicador nos lábios do amante o calando. – Se fosse assim as mães nunca teriam filhos.

- Mas...

- Mãe e pai não nascem sabendo serem pais. Eles aprender com esses anjinhos. – Voltou-se para os dois que dormiam juntos como se estivesse na barriga da mãe. – E você seria um ótimo pai só acho que não de bebês. – Levou uma beliscada. – Ai!

- Eu sou um bom pai para um bebê.

- Então quer mesmo ter um menino, ou melhor, uma menina aqui?

- Porque uma menina? – Ficou curioso o virginiano.

- Talvez porque elas gostem mais você do que eles.

- Que lógica maluca.

- Não acho. Talvez eu queira ser o único homem da sua vida.

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Algum tempo depois...

Os dois estavam em um orfanato Greco, a moça foi super simpática e a papelada estava toda pronta. Ambos foram levados até onde estavam as crianças, mas ao passar pelo berçário o virginiano escutou algo.

Deixou os dois seguirem em frente e o loiro entrou no local, em um dos berços havia uma criança, uma menina para ser exato. Não sabia quantos anos ela tinha, mas aparentava ser da idade dos gêmeos das amazonas.

-Shaka? – Falou o marina.

- Kâ, vem cá. – Não precisou se vira para saber o amante estava atrás de si. – Falaram que não havia crianças menores, mas tem uma.

- O que me diz Senhorita?

A mulher não sabia o que dizer. Sim. Não havia mais crianças menores só maiores de seis anos, viu o olhar do homem de cabelos azuis e resolveu contar.

- Ela é doente.

- Doente? – O loiro não viu nada. – Para mim ela parece perfeita.

- Bem... Parece que ela não vê bem, Senhor. A mãe a abandonou na porta do orfanato e percebemos que ela não via muito bem. Infelizmente não temos recurso para saber o que ela tem, mas às vezes quando brincamos com ela, a menina não via o que fazíamos.

Silêncio. Shaka queria pegá-la, mas tinha medo, um corpo tão frágil. Para a surpresa dos dois foi o marina que pegou a com cuidado para não assustá-la. Sorriu ao ver que a menina não estranhou.

- O que acha? – Falou o marina.

- Ela nos achou. – A mulher ficou pasma com a palavra do virginiano. – Me deixa pegá-la, Kâ.

- Assim. – Colocou com calma a menina nos braços do loiro. – Segure com força, mas nem tanto.

Shaka a pegou com todo cuidado que possuía, nunca pegou uma criança daquele tamanho nem mesmo os gêmeos. Tinha medo de pegá-los e machucá-los, mas seus medos acabaram ao sentir aquele pequeno ser nos seus braços.

- Arrume as coisas dela. – Falou o marina.

A mulher nada falou, talvez por saber que ela voltaria para o orfanato quando os dois se tocassem que a menina ia dar trabalho. Porém ao ver o loiro saindo com os olhos fechados do local sem bater em nada ou ser guiado pelo outro, um pensamento a invadiu. Talvez os Deuses estivessem mesmo enviados um anjo loiro com um fiel guerreiro para levar a jovem princesa ao reino de felicidade.

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Duas semanas depois...

Kanon compreendia que o amado estava preocupado com os exames da filha deles, mas desde que sairá do orfanato o loiro não abriu os olhos. Duas semanas e nem uma espiada. Suspirou o marina e olhou a menina. A pele tão escura quando a noite, os cabelos curtos negros, os olhos castanhos claros e uma saúde de ferro.

- Seu pai talvez nunca mais abra os olhos se você não vê. – Passou um óleo nas mãos. – Acho até que vou ter que me acostumar a não ver mais os olhos azuis intenso. – Observou a menina que o olhava feliz pelo que vinha. - E agora mocinha relaxe.

Depois do banho como um ritual, o marina fez uma massagem que diziam que os bebês relaxavam. Shaka era quem fazia isso, mas foi pegar os exames. Resolveu esquecer um pouco dos problemas e aproveitar o momento. Quando sem querer derrubou o pote de vidro que estava sobre um cômodo.

Um sorriso surgiu nos seus lábios ao presenciar a cena. Talvez... Não. As pessoas do orfanato estavam erradas, a menina nunca foi cega, mas não ouvia bem. O alto estrondo fez a menina chora forte assustada.

- Calma meu anjo. – Falou próximo ao ouvido dela ao pega nos braços. – Estou aqui para protegê-la. – Notou que ela parou de chorar. – Seu pai ficara tão feliz quando eu.

Beijou a testa dela e continuou o que fazia. Bastante feliz, um cirurgia corretiva ou os novos métodos que havia pelo mundo iam trazer os sons ao anjinho.

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Os olhos intensos ficaram vidrados nos dois, ainda tentava entender o que o amante dizia. Não foi difícil entender que ela não era cega e os exames confirmaram avaliações feitas pelos melhores médicos. Mas saber que ela tinha algum problema auditivo só porque Kanon derrubou um pote de vidro e o eco do quarto assustou a menina.

- Nosso anjinho é normal, amor. – Falou Shaka feliz.

- Ela sempre foi normal, loiro. – Sorriu. - Só que as pessoas não viam ou não queriam ver.

- Boa noite, Sofia!

Beijou a testa da menina que foi colocada no berço perto da cama do casal. Até o dia da operação que segundo o médico especializado não era nada anormal. Uma camada de carne cresceu em uma parte do ouvido interno da menina, fato raro, um simples cirurgia, e ela voltaria a ouvir.

Sofia ouvia sussurros e em breve ouviria os verdadeiros sons que o mundo lhe oferecia. Sim. Os Deuses colocaram dois anjos no seu caminho e um dia ela seria colocada em um caminho de alguém que necessitasse. Porque Sofia nasceu sem nome e sem família, mas assim que foi pega pelo marina e passada para os braços do homem mais próximo de um Deus sua vida mudou completamente.


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Notas finais do capítulo

Eu não entendo nada de cirurgia ou doença. Sim. Inventei essa loucura porque não tive tempo de pesquisar. Acho que ficou bom.

Caso alguém tenha notado aqui expliquei um pouco sobre o trio (Deba, Marin e Shina). O motivo foi simples porque eu escrevi primeiro esse e me veio à ideia dos três.



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