Glowing escrita por LarSoares13


Capítulo 8
Capítulo 7 - The Way You Make me feel


Notas iniciais do capítulo

(n/a): Segue o link da música de trilha sonora do capítulo, coloquem para carregar e quando aparecer o "*" no início de alguma frase pode apertar play!
http://www.youtube.com/watch?v=MT3DNhP-S5w



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O silêncio foi absoluto, ao menos por trinta segundos onde todos ali pareciam apreciar o barulho das gotas pesadas sobre o telhado e assistiam a tempestade embaçar as vidraças. Mal conseguíamos ouvir qualquer outro barulho, a intensidade da chuva não permitia. Ninguém tinha reagido à mudança climática, talvez por já estar sendo esperada. Nenhum movimento, nenhuma palavra, absolutamente nada.

— Liguem a televisão, urgente! – disse Harry com certo desespero, jogando-se no sofá repentinamente. Não sei dizer em que outro cômodo da casa ele estava.

Liam pegou o controle remoto e todos desviaram a atenção para a LCD na parede não tão distante. Vidrados. O noticiário não era animador, não mesmo. Um tornado se formou no país, não era de grande intensidade, mas mesmo assim, poderia causar muitos danos. O alarme era esse: ficar em casa, não sair, não enfrentar os fortes ventos. O país inteiro estava paralisado, ninguém deveria sair de onde estava. Explicando, eu teria que ficar lá com os meninos. Por quanto tempo? Indeterminado, mas não seria por menos de dois dias.

— Não acredito! – Harry levantou-se, indignado, bufando e começou a andar de um lado ao outro.

— Se acalma aí, Harry! – Niall disse.

— Cara, eu vou ficar preso por dois dias ou mais aqui! Sem festas, sem garotas, sem shows, sem nada! – gritou.

Ninguém respondeu nada, viraram-se e deixaram-no resmungando sozinho.

— Falando em garota, - Louis introduziu – Giulia vai ter que ficar aqui.

Repetiu meus pensamentos, que droga. Todos olharam de imediato em minha direção, inclusive Harry que por instantes parou de resmungar.

— É mesmo. – disse Liam.

— Eu vou pro meu quarto. - bufou Harry, pouco mais calmo, porém aparentemente não satisfeito.

Vendo-o seguir às escadas, suspirei. A estadia ali não seria tão fácil. Tinha quase certeza que Harry não gostava de mim ou trocara de corpo com uma mulher de TPM.

— O Harry está muito tenso e estressadinho ultimamente. – Zayn riu.

Tensão. Ninguém riu do comentário, estavam ponderados demais na situação que a piadinha não surtiu efeito algum.

— Eu acho que deveria ir para casa. – sim, meu comentário foi estúpido, mas insisti.

— De modo algum, Giulia. – disse Liam – Você viu o noticiário? Ninguém pode sair de onde está, um tornado está se formando!

— É, vai ter que ficar. – completou Louis.

Nossa, aquilo realmente não poderia estar acontecendo. Sim, isso é um sonho para qualquer garota comum, mas não pra mim. Aquilo parecia mais um castigo isso sim – não que não gostasse da companhia dos meninos – conviver com Harry por dias não me parecia uma boa escolha.

Eis que meu celular começa a tocar, com certa dificuldade procuro-o em meio às coisas dentro da mochila e consigo achar.

— É a Rachel, minha “mãe inglesa”. – disse, olhando para os quatro ainda sentados e me encarando.

— Atenda e diga que você vai ficar na casa de uma amiga sua. – sugeriu Niall.

Respirei fundo, olhei novamente para Liam e suspirei.

— Alô, Rachel? – atendi – Sim, eu estou bem. Não se preocupe que vou ficar na casa da Aly, ligo mais tarde. Beijos.

Desliguei e logo em seguida liguei para Aly pedindo que ela dissesse à Rachel que eu estava em sua casa. Sorte que ela não perguntou o porquê do favor.

— Tudo bem, já que você vai precisar ficar aqui, vou te mostrar o quarto. – Liam levantou-se do sofá e estendeu sua mão para me ajudar.

Segurei-a e levantei, subimos as escadas e seguimos até o fim de um comprido corredor. Liam abriu a porta e deparei-me com um cômodo imenso, com pouca claridade que deixava o ambiente aconchegante, uma das paredes era revestida em espelhos, tinha uma cama de casal bem grande com lençóis vermelhos e travesseiros brancos.

Entrei e ele logo em seguida. Percebi o lustre de diamantes sobre minha cabeça e senti um cheiro suave de rosas. Liam sentou na poltrona próxima à porta do que devia ser o banheiro e sorriu ao ver minha expressão.

— Você gostou? – perguntou.

— Claro, - olhei-o e sorri ainda mais – é maravilhoso.

— Que ótimo. Essa porta aqui do lado é o banheiro – apontou – E já que vai precisar de roupas, você se incomoda em usar algumas masculinas?

— Não. – simplesmente respondi. Nunca usei roupas masculinas, mas não iria sair dali e como Liam disse, eu precisaria.

— Certo, mais tarde de trago algumas. – levantou-se, ainda com um sorriso encantador – Vou descer, aproveite.

...

Depois de um jantar agradável em partes, todos dirigiram-se aos quartos e ficou por isso mesmo.  Tomei um banho quente e àquela altura eu já me sentia bem à vontade na presença de qualquer um ali, mais ou menos, não fossem as exceções de Harry – o rabugento – e Zayn - bem, a pessoa por quem eu tinha uma queda.

Saí do banheiro e vesti uma calça de algodão que tinha em minha mochila e coloquei uma camisa branca com mangas que Liam me emprestou. É bem engraçado você vestir alguma coisa e se sentir minúscula dentro da mesma, a camisa ficou gigante em mim. Sequei o cabelo e deitei na cama. Tranqüilidade, apenas a música da chuva e o calor do cobertor.

Meia hora, uma hora, duas horas. Eu não conseguia fechar os olhos e embalar em sono. Não estava dormindo muito bem esses últimos dias, não sei explicar.

*Eram quase uma hora da manhã, saí da cama e com cautela saí do quarto, desci as escadas e entrei na cozinha. Peguei um copo no armário e enchi de água, fiquei em frente à janela ainda observando a chuva e fazendo certo esforço para engolir a pílula para me ajudar a dormir.

— Giulia? – não sei exatamente o que aconteceu, mas minha pele arrepiou e quase me engasguei.

A luz da lua que vinha da janela iluminava o rosto perfeito de Zayn. Irresistível. Quando percebi que era ele, engoli em seco, respirei e em um ato reflexivo dei um passo atrás, encostando-me no balcão.

— Desculpa o susto. – passou a mão nos cabelos e deu uma risadinha – Quem você achou que era?

— Ninguém... Não sei. – e foi o que consegui pensar como resposta.

Ele deu dois passos a frente, ficando bem próximo de mim. Desviei o olhar para o chão e juntei os pés. Quando me dei conta minha pele já tinha arrepiado novamente e senti minhas bochechas queimando.

— Olha, - Zayn começou, fazendo-me olhar em seu rosto, contra minha vontade – Os caras sabem, bem... Que eu meio que, que...

Zayn Malik sem saber o que falar e eu já pressentia do que se tratava, só não queria admitir. Meu Deus, estava em desespero por dentro, não sabia o que falar e ele gaguejando só piorava a minha situação.

— Eles sabem sobre a história da cafeteria. – desta vez, ele desviou o olhar.

Engoli em seco, estava nervosa, sem reação. Como seriam os próximos minutos? Que desespero, eu precisava de um tempo, precisa respirar.

— Não fazia idéia que Liam te conhecia. – continuou – E quando te vi hoje de manhã fiquei sem graça, porque eu fui idiota com aquela cantada que te dei no outro dia e...

— Você não foi idiota. – o interrompi e ele olhou em meus olhos.

Que droga de arrepios. Eu estava tentando continuar, enfim esbanjar alguma reação ou contornar a situação, mas enquanto olhava em seus olhos eu não pensava em nada certo a dizer.

— Olha, hoje passamos o dia rindo e se conhecendo, digo, eu, você e os caras. – e continuou olhando dentro dos meus olhos, me fazendo delirar, pensar em coisas inimagináveis – Essas semanas eu tenho pensado bastante em você e eu nem te conhecia.

Droga mil vezes. Que nervoso, que vontade de lagrimar, que situação, que infernos de suor nas mãos, eu poderia desmaiar ali mesmo.

— E hoje eu pude realmente te conhecer e – parou e colocou uma das mechas de meu cabelo atrás da minha orelha – eu acho que gosto de você, Giulia.

Meu coração ainda batia, eu ainda respirava? Não senti absolutamente nada, completamente sem reação, mas minhas pernas tremiam e pareciam que iam me guiar ao chão.

Zayn se aproximou e colou seu corpo ao meu, colocou as duas mãos em minha cintura e eu podia sentir minha respiração falhando, minhas pernas tremendo, podia sentir todos os arrepios. Sua respiração quente circulava pelo meu pescoço, torturando-me aos poucos, suas mãos passeavam pela minha cintura e meu corpo já seguia o suave embalo de seu corpo, quase que numa dança. Senti meu corpo sendo guiado, ele continuava em seu joguinho de torturas e quando percebi já estava encostada na parede do outro lado da cozinha, presa aos mesmos movimentos. Meus olhos estavam fechados e deixei um gemido escapar pela boca, foi quando ele desencostou a face de meu pescoço e colocou uma de suas mãos em meu rosto, acariciando minha bochecha com a ponta de seu nariz. Eu precisava, eu queria um beijo.

Suas duas mãos desceram às minhas coxas e colocou-me envolta à sua cintura, fui carregada até o balcão no centro da cozinha e ele continuava passeando seus dedos na minha cintura, novamente. Não resisti, sou uma fraca, não me contive.

— Me beija,– sussurrei em seu ouvido, num tom suplicante– por favor.

Nossos narizes estavam colados, sentia sua respiração em minha boca e nada podia ser mais tentador. Então seus lábios encostaram suavemente nos meus, sua língua invadiu minha boca e todos aqueles movimentos estavam deixando-me louca. Eu podia sentir o fôlego ir embora. O beijo se intensificou e eu juro que não sentia mais minhas pernas, minhas mãos formigavam contra seus cabelos e essa sensação era tão gostosa quanto o beijo, ele apertava minha cintura e eu só queria que aquilo nunca acabasse. Dane-se o resto.


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Notas finais do capítulo

Desculpem galera, eu andava meio sem inspiração e demorei para postar este capítulo, mas espero que ainda lembrem de ler e prometo postar os outros em menos tempo!

xx