Sisters Valentine escrita por MewKouhii


Capítulo 7
A Corte Borboleta


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!!!
*Desvia de larsers*
Estava doente, agora estou em temporada de provas... As coisas só vão para pior D8Classifiquem como milagre eu postar esse caps >_



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            Ciel e Sebastian seguiam o mordomo Kurt até os aposentos da Lady. Neste momento os olhos de Ciel se mantinham fixos em Kurt e em cada movimento dele, enquanto Sebastian se mantinha mais atento aos detalhes da colossal mansão.

Ciel POV

Este lugar não é uma mansão comum, a sensação que ela passa é algo como uma agonia... É como se a própria mansão escondesse algo de nós. Vou tomar as medidas necessárias para descobrir todos os cantos desse local.

            - Entretido em alguma coisa, Ciel-san?

A voz do mordomo Kurt me espantou. Virei meu rosto para olhá-lo, mas ele apenas estava de costas com um semblante irônico.

            - Apenas observando – Conclui por fim.

            - Observar um lugar como esses é perda de tempo. Não há nada aqui para entreter seus olhos curiosos e infantis – Falou em um tom de soberania Kurt.

            - Hunf – Suspirei raivoso com o comentário.

            - Boo-chan, ignore o comentário desses tipos de mordomo – Disse Sebastian ainda fixo nos cantos da mansão.

            - “Tipos de mordomo”? – Indaguei.

            - Pelo que eu vejo, Kurt-san passou muito tempo com humanos. Talvez tenha perdido totalmente seu instinto demoníaco. Certo, Kurt-san? – Sorriu malicioso Sebastian.

O outro mordomo parou subitamente. Mantive minha atenção nele sem perder um tom de sua respiração calma. Será que ele pretende nos atacar?

Pulei para o lado de Sebastian, aquele mordomo parecia ter congelado.

            - Por aqui – Disse por fim Kurt.

Eu e Sebastian nos entreolhamos por longos minutos. Aquele mordomo realmente estava refletindo sobre o que Sebastian disse? Bom, não importa. Preciso descobrir algo amais sobre essas cortes.

Kurt parou em frente a uma porta de aparência bastante juvenil. Era de madeira clara e tinha pequenos detalhes com anjos entalhados neles. O mordomo procurou algo nos bolsos e logo pegou uma chave prata e abriu o recinto com facilidade.

            - Fiquem a vontade – Sorriu Kurt.

Adentrei no local e suas lamparinas logo foram acesas. Era um quarto bastante luxuoso, tinha uma cama de casal no centro e encostada junto da parede, do lado da cama havia uma pequena cômoda de mármore, do outro lado do quarto havia uma escrivaninha de cor preta e enorme, próximo à cama havia uma janela que vinha do teto até o chão e obviamente levava até uma varanda e por fim, existiam quatro armários gigantescos que ficavam do outro lado da cama.

            - É um quarto bonito – Comentou Sebastian – Lady se importará se checarmos o local?

            - Com toda certeza que não. Estarei no escritório da Lady – Falou Kurt com um semblante amigável – Se precisarem de algo é só abrirem as janelas da varanda e procurarem por Heiny-san, ela com certeza deve estar cuidando dos jardins – E o mordomo saiu fechando a porta.

Observei o quarto por mais alguns minutos até meus olhos pararem em alguns papéis jogados em cima da escrivaninha.

            - Prefere que eu procure algo nos armários, Boo-chan? – Perguntou-me Sebastian.

            - Está bem. Fiquei interessado naqueles papéis...

Fui até a escrivaninha e sentei-me na pequena cadeira de coloração igualmente escura. Peguei algumas cartas e li seus remetentes, estranhamente eram os mesmos remetentes, “Amélia Valentine”, “Tomás Valentine”, “Faustus Globim” e alguns outros nomes que não me interessaram.

Estava quase desistindo de procurar por alguma pista, até que bati os olhos no nome “Corte” voltando as mãos rapidamente na carta.

            - “Corte Borboleta” – Li no início da carta.

            - Achou algo, Boo-chan? – Virou-se Sebastian que checava os guarda-roupas.

            - Acho que sim – Afirmei enquanto abria a carta antes aberta obviamente pela Lady.

Passei os olhos rapidamente sobre a carta para somente analisá-la, realmente era uma carta da família real, era escrita com tinta negra em um papel de coloração dourada com vários detalhes magníficos

            - Não irá ler? – Perguntou-me Sebastian.

            - Claro – Estranhei sua falta de paciência –“Lady Valentine, aceitamos você na corte borboleta com uma condição bastante pacífica, você não poderá ter contatos com o submundo nem nenhum tipo de contato com pessoas de má fama. Agradecemos sua real colaboração ao conseguir realizar casamentos por parte da família real. Somente para relembrá-la, a corte borboleta é uma corte que estuda/trabalha/pesquisa/guarda informações sobre acontecimentos paranormais dentro de nossa pátria. Agradecemos sua colaboração novamente, qualquer dúvida siga até o conselheiro real.”

Fiquei alguns segundos encarando aquelas letras de negrura grandiosa e depois encarei Sebastian que estava com sua mão direita apoiando seu queixo no ar enquanto fixava seus olhos na escrivaninha.

            - Boa pista – Sussurrou o mordomo.

            - Boa?! Não respondeu quase nada de nossas dúvidas! Ainda precisamos saber como essa corte funciona dentro da nobreza...

            - Por ora, seria uma boa idéia pedirmos ajuda pala Heiny-san.

            - Ainda acha que todos desta mansão não estão mentindo pelas nossas costas? – Perguntei indignado pela inocência do mordomo.

            - Apenas ouço as informações, Boo-chan, não disse que acreditava nas palavras dos Valentines.

            - Mas-...!

Mal terminei de chamar a atenção de Sebastian e o mesmo já tinha aberto as janelas que davam para a possível varanda, em seguida chamou pela costureira de Lohanny que não demorou muito para subir as escadas que ligavam o quintal direto à varanda.

            - Algum problema, Sebastian-san? – Perguntou docemente a costureira.

            - Boo-chan quer respostas para suas dúvidas – Falou frio o mordomo.

A costureira parecia estar muito acostumada à frieza do demônio, pois apenas deu de ombros e virou-se para mim sorrindo normalmente.

            - Que dúvidas são essas, pequeno conde? – Sorriu a costureira fazendo-me corar levemente pela beleza que ela radiava.

            - B-Bem... – Preparei-me para falar tentando não corar mais – Preciso saber sobre essa tal “corte borboleta”. Tudo. – Complementei.

            - Tudo?! Não seja apressado! Isso é muito longo para se contar em tão pouco tempo! – Pasmou-se a costureira.

            - “Em tão pouco tempo” ? – Estranhei.

            - Lady logo virá para o seu quarto. Acha mesmo que deixamos vocês entrarem aqui de bom grado? Lady não gosta de visitas em seu quarto! – Pasmou-se mais ainda a costureira.

            - Então Kurt-san nos traiu dizendo-... – Sebastian foi interrompido.

            - NADA DISSO! – Tentou esclarecer-se Heiny – Kurt-san deixou vocês entrarem aqui porque ele também é o chefe de Lohanny-san!

Espantei-me por poucos instantes ao recordar que Kurt era não somente o pai de Lohanny, mas também era o seu próprio chefe e escravo, era algo bastante confuso para entender... De fato demorarei para processar todas essas informações em minha mente.’

            - Nos diga depressa então! – Exclamei para Heiny.

            - Claro – Apressou-se a costureira – A corte borboleta é uma corte que lida com casos paranormais dentro da Inglaterra. A corte tem o nome de borboleta, pois a mãe de nossa Lady foi a principal fundadora da corte.

            - Mas por que “borboleta”? – Perguntei rapidamente.

            - Pois a marca do contrato dela era uma borboleta – Afirmou Heiny.

            - Espere! Então a mãe de Lohanny-san tinha um pacto com Kurt? – Perguntei.

            - Ele falou algo sobre isso alguma vez... Mas não me lembro muito bem... – Assumiu Sebastian enquanto prestava atenção na conversa.

            - Exatamente. Victória Valentine casou-se com Kurt com vinte anos. Lohanny nasceu quando nossa senhora estava bastante doente – Falou Heiny.

            - Acredita que Victória-san ficou doente por causa de Lohanny-san? – Perguntou o mordomo à Heiny.

            - Não creio nisso... – Disse Heiny.

Um estrondo tomou conta do som natural que vinha dos jardins. Lohanny estava nos jardins indo até seu quarto.

            - B-Bem...! Não temos mais tempo para conversas! Peço que vá até o conselheiro real! – Falava a costureira totalmente atrapalhada – Ele responderá esta pergunta em meu nome. Não fará mal algum, vão! – Heiny apontou para a porta do quarto.

            Eu e Sebastian saímos do quarto com rapidez ainda podendo ouvir a breve voz de Lohanny perguntando algo como “está bem?” para a costureira que obviamente ainda não deveria ter se acalmado. Está família não é comum, de fato.

            Ciel POV OFF

            Ciel se encontrou com Isabel violentamente fazendo com que ambos caíssem para lados opostos. Sebastian levantou Ciel enquanto tentou ajudar Isabel igualmente.

            - D-Desculpe! – Gritou o pequeno conde – Não vi a senhorita!

            - Sem problemas – Sorriu dócil Isabel – Eu é quem estava errada em ter trombado assim com você! Loha-chan iria ficar triste se soubesse que corri nos corredores novamente... – A pequena fez uma cara de dó com beicinho para acompanhar.

            - Não iremos falar para ela nada! – Falou o conde rindo com a situação de Isabel.

            - Ei! Não ria da minha desgraça! – Falou a pequena como se fosse algo colossal.

            - Me perdoe pequena – O conde acariciou a cabeça da menor com doçura.

            - Okay! Mas da próxima eu tentarei desviar! – Disse Isabel indo saltitando os corredores.

O conde esperou alguns segundos até que Isabel saísse de sua vista e virou-se para seu mordomo.

            - Ela não irá desviar.

            - Sem chance – Afirmou o mordomo acompanhado com um riso.

                                                           -x-

            Henrique e Antônio estavam na cozinha preparando Deus-Sabe-O-Que junto de Faustus que parecia mais preocupado com a grande desgraça que os irmãos (tentavam) preparar.

            - Vocês podem se retirar da cozinha, pelo amor da rainha? – Falou Faustus enquanto tentava detê-los.

            - Eu sei, mas Antônio... – Falou Henrique enquanto revirava os olhos.

            - Enquanto eu o que? Cale a boca maldito! – Berrou Antônio indignado com o comentário do irmão mais velho.

            - Mas é verdade ora! – Gritou Henrique tentando preparar alguma coisa.

            - Se Heiny-san ver isso ela vai enfartar... Jesus... – Comentou Faustus enquanto coçava sua nuca.

            - Fique calmo Faustus-san! Eu sei muito bem preparar chantilly! – Comentou Antônio orgulhoso.

            - Não sabe nada! Você não faz nem ovo! – Gritou Henrique para o mais novo.

            - Pai do céu... Sorte que Heiny-san não se encontra nesse inferno... – Faustus se aliviava com este pensamento em voz alta.

            - É porque sou o próprio diabo dele.

Faustus se virou subitamente e viu Heiny à suas costas. Os irmãos Leertoon pararam de se atacar com palavras enquanto Heiny se dirigia até eles como um comandante em frente aos soldados.

            - ESCUTEM AQUI! SE VOCÊS NÃO PREPARAREM ESSE MALDITO BOLO EM MENOS DE UMA HORA, EU JURO QUE ARRANCO SEUS “COMPANHEIROS”! – Berrou irada a costureira.

Os dois irmãos tremeram e saíram correndo da cozinha.

            - Tente ser mais amável Heiny-san...

            - Vá a merda!

            - Ah... Delicada como um hipopótamo – Riu Faustus.

            - Se você não quer que eu te mate agora com um rolo de massa enfiado “naquele lugar”. É bom que prepare esse bolo em menos de uma hora.

            - HEINY-SAN!!!~~~~ - Gritou em desespero o mordomo – MAS EU SOU MUITO JOVEM PARA MORRER!!! AINDA MAIS DESSA FORMA!!!

            - VÁ LOGO! – Gritou Heiny e saiu da cozinha.

            - Kowai... Kowai... – Faustus se enfiou debaixo da mesa como um cachorro.

                                               -x-

            Já era de tarde e Sebastian foi até o escritório de Lohanny a pedido de Ciel para avisá-la se alguém poderia acompanhá-los.

A porta do escritório foi aberta e Lohanny se espantou ao ver que era Sebastian do outro lado.

            - Ora, mas o que quer de mim? – Indignou-se Lohanny.

            - Lohanny-san. Por favor, pode nos emprestar uma carruagem o mais rápido o possível?

            - Bem, poder eu posso... O problema é... Pra quê? – Estranhou a Lady.

            - Boo-chan precisa visitar o conselheiro da rainha – Respondeu Sebastian – Ele só quer respostas.

            - “Respostas” nee... – Refletiu Kurt.

            - Está bem – Disse por fim Lohanny – Mas Faustus irá acompanhá-los.

            - Lady, esqueceu-se do mais importante? – Perguntou Kurt à sua filha.

            - Claro que não! – Virou-se para Sebastian – Faustus tem contatos com a família real. Se precisarem que sua presença na casa do conselheiro seja “apagada”. Será uma boa idéia que ele vá em meu nome.

            - Em outras palavras, Lady, Faustus-san irá subornar o conselheiro? – Perguntou Sebastian.

            - Suborno? Oh, não! Suborno iria ser uma mancha no tecido branco da família! Faustus apenas terá a gentileza de ir em meu nome – Lohanny sorriu maléficamente.

            - Seu nome é tão temido assim? – Riu Sebastian – Está bem. Agradeço a gentileza de sua cordialidade.

            - Aproveite – Pronunciou Kurt enquanto acompanhava Sebastian sair do escritório.

Sebastian POV

“Aproveite”? Ora, ora... Parece até que essa cordialidade será limitada, Kurt-san.

Sebastian POV OFF

                                               -x-

            A carruagem já estava pronta, Faustus iria guiá-la e esperava que Sebastian e Ciel viessem. Logo que eles vieram, se despediram e foram até o objetivo.

            Os três logo chegaram na casa do conselheiro real. Era mais como uma mansão com enormes canteiros de flores por todos os lados, a mansão era totalmente branca com enormes replicas de estátuas bastante conhecidas por sua fama mundial. A mansão parecia possuir menos de trinta cômodos e as cores davam um toque feminino ao local.

Ciel do outro lado apenas sentia um forte arrepio na espinha e um enorme mal-pressentimento.

            - Elizabeth não mora aqui, mora? – Perguntou Ciel à Faustus.

            - Sua jovem noiva não mora aqui – Estranhou a pergunta.

            - Foi o que pensei – Disse depressivamente Ciel enquanto desejava sua morte.

            - Algum problema, Boo-chan? – Falou Sebastian enquanto ajudava-o à descer da carruagem.

Não demorou para que o lacaio da mansão abrisse as portas notando a presença da carruagem da Lady.

Os três entraram na mansão e Ciel sentia cada vez mais um arrepio enorme em si.

            - Oh!Invites sont venus me voir?(Convidados vieram me ver?)  – O conselheiro logo apareceu para todos.

Ciel nunca desejou tanto na vida morrer do que naquele instante. O conselheiro nada mais era do que o maldito francês Aleister Câmara. O antigo visconde de Druitt loiro que Ciel possivelmente tentou seduzir quando estava disfarçado de garota.

            - Ora... Se não é... Pf.. Ora, se não é Aleister-san! – Sebastian segurava seu riso o máximo o possível, mas isso parecia impossível ao ver a expressão pasma de Ciel.

            - Quando você virou o conselheiro da rainha? – Perguntou ainda pasmado Ciel.

            - Nem deu um oi sequer! Que informalidade! Kami-sama não perdoa pessoas que não dão “oi” para pessoas de alto porte na sociedade! – Falava Aleister da forma mais dramática possível no mundo – Se eu morrer sem um “oi” não será culpa minha, nãoo!!! Será culpa sua! Conde Ci-...!

Sebastian deu um tapa em Aleister para que ele não revelasse o nome de Ciel, mas foi um tapa tão forte que parecia mais uma lâmina que quase cortou a mandíbula do francês.

            - Obrigado – Ciel referiu o agradecimento ao mordomo.

            - Não tem de que – Respondeu Sebastian limpando as mãos.

                                               -x-

            Na sala do conselheiro real, Aleister já estava com uma bolsa de gelo em sua bochecha direita enquanto estava cercado de lacaios.

            - Ora, xe não é voxê! – Aleister tentava falar ainda com a bochecha inchada dificultando sua fala – O que querem de mim?

            - Desejamos saber mais sobre a corte borboleta – Falou direto Ciel com a expressão pasma de Faustus.

            -  Ah!! Claro que xim! – Aleister tirou a bolsa de gelo da bochecha ainda vermelha – A corte borboleta tem sido a mais importante na nobreza atualmente. Quando Victória Valentine desapareceu, a posse de “líder da corte” foi para a Lady Valentine. Conhece-a?

            - Mais do que imagina – Respondeu Ciel ainda desejando sua morte.

            - Okay. Lady Valentine tem tido um enorme interesse nos exorcistas nestes últimos oito anos e-...

            - O QUÊ?! – Indagou pasmo Ciel – Lady Valentine tem quantos anos afinal?

            - Quatorze... – Respondeu o conselheiro.

            - Então ela está atrás dos exorcistas desde que tinha seis anos!?!?!?!

Todos da sala menos Aleister assustaram-se e fitaram os olhos bruscamente no antigo visconde.

            - Sim. Ela está na corte desde seus seis anos de idade... – Aleister fitava sua mesa sério.

            - IMPOSSÍVEL! – Gritou Ciel.

Ciel POV

Então quer dizer que a carta que li... Era uma carta de seis anos atrás??? Como ela conseguiu entrar tão jovem em uma corte? Nem mesmo eu... Nem mesmo eu consegui tal milagre! Como uma jovem dessa idade... Uma garota, conseguiu? Claro que seus poderes demoníacos ajudam, mas... Mesmo assim... Estou surpreendido!

Ciel POV OFF

            - É algo surpreendente mesmo... Até mesmo eu quando recebi a notícia fiquei pasmo - Disse Aleister.

            - Voltando ao assunto – Falou Sebastian – Quem são os membros da corte?

            - Os membros da corte são pessoas da maior confiança da rainha! Principalmente ladys, condes e parentes da rainha ou membros da própria coroa e do exército – Falou Aleister com os olhos brilhando.

            - Você tem alguma informação amais? – Perguntou Ciel ao conselheiro real.

            - Hm... – Refletiu Aleister enquanto vasculhava alguns papéis e cartas – Bem, até agora o máximo que a corte chegou das informações foram as de que Victória continua viva e os exorcistas tem um tipo de “base” em alguma cidade do interior...

            - Que tipo de base? – Perguntou Sebastian.

            - Até onde eu sei é uma cidade perdida no meio do nada – Respondeu Aleister.

            - Existem lugares assim em Londres? – Perguntou Ciel à Sebastian.

            - Em Londres não, mas em algum estado da Inglaterra acho que sim... – Sebastian se colocou pensativo novamente – Talvez Oxford?

            - É uma região bastante afastada. Não acho que Oxford seja esse tipo de lugar – Assumiu o conselheiro – Mais dúvidas?

            - Não, somente isso, obrigado – Ciel se despediu e saiu pela porta acompanhado pelo mordomo Sebastian.

Faustus se virou para o nobre francês e sussurrou.

            - Viemos pelo nome de Lady Valentine.

            - Oh! Céus! Acalme-se que eu não direi nada do que estava aqui! – O conselheiro caiu no choro – Eu juro! Eu juro pela rainha!!!

            - Sem problemas, Aleister... – Chamou Faustus.

            - Sim?

            - Você não tem permissão para dizer todas as informações?

            - Não. Por isso tive que me conter... Mas acho que não consegui – Coçando a nuca nervoso – Tem alguma prova que veio em nome de Valentine?

O jovem mordomo de negro não disse nada, apenas pegou uma pequena medalha dentro do bolso e mostrou, a medalha era o mesmo símbolo do pacto de Lohanny com Kurt. Duas borboletas em volta de um circulo em um roxo cegante, mas na medalha as cores cegantes eram substituídas pelo dourado do ouro.

                                               -x-

            Lohanny permanecia fixa na janela de seus aposentos junto de Kurt que acompanhava cada um de seus movimentos.

            - Por que estão demorando tanto? – Perguntou frustrada Lohanny.

            - Talvez o conde Ciel fora ver como estão as condições atuais de sua família.

            - Não acho que fora isso Kurt.

            - Então o que? – Perguntou o mordomo.

            - Não sei, mas nada de bom com certeza – Lohanny continuou fixa nas janelas.

            - Sempre pessimista... – Olha para a janela – Veja! Já voltaram! Para que serviu todo o seu desespero?

            - Só pensei que estavam nos denunciando.

            - Do quê? – Kurt fechou as cortinas na cara de Lohanny – Não precisamos temer o que eles fazem. Eles não sairão de nossa vista.

Lohanny sorriu, mas em seus pensamentos ela ainda estava assustada ao ver um outro nobre com um demônio como pactante. Não era que ela tinha medo de demônios, afinal era uma, mas não tinha lembranças boas de demônios puros. Afinal, suas lembranças ainda estavam atrapalhadas.

            - Quem sou eu? De onde eu vim? Por que estou aqui? Poderei proteger Isabel? Poderei sobreviver por mais tempo? Morrerei? – Dizia Lohanny seguidamente com rapidez – Todas essas perguntar não estão respondidas! Eu preciso... Eu preciso saber...

            - O quê? – Kurt perguntou.

            - Preciso saber de tudo - Pronunciou Lohanny - E afinal, onde estão os irmãos Leertoon? 

- Preparando o chá da tarde - Respondeu Kurt.

- Jesus, faça o chá você mesmo...


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Notas finais do capítulo

Felizes? °v°
Esclarecendo algumas coisas:
Oxford - Na época Vitoriana (Época que passa Kuroshitsuji) Oxford (estado britânico) era pouco habitado.
Aleister Câmara (Visconde de Druitt) - Poucas puras informações dizem que Aleister é francês. Considerem que aqui ele é francês :3