Ao Acaso escrita por Laura Penha


Capítulo 21
Explicações, separações e ensinamentos


Notas iniciais do capítulo

Yoshi!
Desculpem a demora!
Aí está um capítulo novinho, espero que gostem e que mandem reviews.
Anh... E... Por favor, não me matem (ainda).
Kissis! :*
Boa leitura



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- Bem... – Comecei, prevendo o quanto seria difícil explicar toda essa situação. – Tem certeza de que quer saber?

- Eu preciso saber. – Ele acariciou meu rosto com a mão direita e me deu um beijo rápido. – Agora fazemos parte da vida um do outro.

Sasuke sabia como me atingir, isso eu não poderia negar nem se tivesse uma arma apontada para mim. Suspirei, me sentei na cama do hospital e bati de leve no lugar livre ao lado de onde estava sentada. Ele entendeu e sentou-se também.

- Nasci com todo meu futuro planejado por minha mãe. Colégios em que iria estudar, amigos que iria ter, meu modo de vestir, andar, falar... Até sorrir. – Dei um sorriso melancólico e suspirei novamente. – Segundo ela eu me formaria em administração e me casaria com Sai, cheguei bem perto disso...

- Bem perto?

- Minha primeira vez foi com ele.

- M-Mas você não tinha dito que... Que...

- Nunca falei que era virgem. – Falei dando de ombros. – Minha mãe colocou alguma coisa na minha bebida. Acordei no outro dia com Sai do lado e uma mancha vermelha nos lençóis. – Encarei a cara assustada dele e continuei. – Aos dezesseis anos, sabia que não queria me casar com Sai, muito menos administrar as empresas Haruno. Meu sonho era ser médica, tanto que conversei com minha mãe sobre isso, mas não deu muito certo.

Mostrei-lhe a enorme cicatriz do meu pulso do braço esquerdo – Este foi o primeiro aviso de que não queria que eu saísse do caminho que ela havia criado. Minha mãe conseguiu uma permissão especial para que eu e Sai nos casássemos, falando que eu estava grávida.

- E estava? – Ele perguntou.

- Não. – Respondi suspirando. – Conversei com Sai, ele me ajudou a fugir. Cheguei em Konoha e procurei minha tia, Tsunade, que se ofereceu para me ajudar. Me deu casa, comida, emprego... Minha mãe tentou me levar de volta, mas minha avó, sua mãe, impediu. – Meus olhos estavam repletos de lágrimas que eu impedia que caíssem. – Sabe o que mais me intriga? – Baixei minha cabeça e fiquei mirando o chão enquanto as lágrimas caiam. – Meu pai nunca fazia nada. Nunca disse para que ela parasse de me machucar.

As lembranças que antes me consumiam, agora estavam me libertando. Nunca achei boa ideia conversar sobre o que aconteceu, pois passado é passado, e lembrar é simplesmente doloroso.

Sasuke puxou minha cabeça e a encostou em seu ombro. Era incrível como ele sabia o que fazer e quando fazer. Decidi acabar logo com a história. - Meu pai morreu na noite em que nos conhecemos e, hoje de manhã, recebi uma ligação. Uma ameaça da minha mãe.

- Isso é tudo? – Ele perguntou como se eu tivesse com mais segredos que um cofre de... Segredos? (Autora diz: Eita, piadinha sem graça! T.T)

- Acho perigoso que você esteja tão próximo de mim.

- Você está delirando! – Sasuke colocou uma de suas mãos em minha testa. – Deve ser o excesso de soro!

- Não estou delirando! Você viu o que aconteceu com a Ino! – Gritei.

Eu era sempre sozinha por causa das imposições de minha mãe e, quando me vi livre, Ino foi a primeira amiga verdadeira que tive. Vê-la daquele jeito realmente não me agradou em nada, ainda mais sabendo que ela estava assim por culpa minha. Ver Sasuke na mesma situação... Talvez pior... Não consigo nem pensar.

- Não vai acontecer nada, Sakura. – Ele falou com a voz rouca.

Sasuke Pov

Eu sentia que a mãe de Sakura era o que iria dar um fim ao que mal havia começado, mas não podia deixá-la ir assim. – Sasuke... Acho melhor terminarmos. – Ela falou encarando o chão.

- Eu não estou preocupado com minha segurança.

- Não precisa. – Ela me deu um selinho. – Estou me preocupando por você.

Ela tirou o soro com tudo da mão, se levantou, por impulso segurei sua mão. – Pense melhor. – Me levantei também e a puxei contra meu corpo em um abraço. – Sei que faz pouco tempo. Sei que eu não sou o cara mais expressivo do mundo... E talvez nem o mais sensível, mas... Fui eu quem se apaixonou por você.

Coloquei uma de minhas mãos entre seus cabelos sentindo o aroma de morango exalar deles. – Eu já pensei, e não quero que aconteça nada com você. – A senti estremecer quando murmurei um “eu também” ao seu ouvido.

A beijei calmamente, sentindo que este seria o último beijo que trocaríamos.

Lembrei então de nosso jardim, nossa primeira “briga”, a procura por morangos, nosso jantar desastroso. Tantas lembranças que não seriam mais tão importantes para ela, mas para mim... Senti meu rosto esquentar, mas não liguei para isso no momento. Só queria ter mais uma lembrança da garota de cabelos rosados que em tão pouco tempo eu amei.

Nos separamos e não houve troca de palavras, seria mais doloroso se houvesse. Sakura baixou a cabeça, pegou sua bolsa e atravessou a porta. Fiquei lá, parado, esperando que ela voltasse e dissesse que mudou de ideia. Senti meu rosto esquentar novamente, passei a mão e senti meu rosto úmido.

Concluí com pesar que eram lágrimas e também que ela não iria voltar.

Nunca conheceria uma mulher como ela, que conseguisse me atingir tanto em apenas dois dias. Mas ela sempre será minha Sakura.

Itachi Pov

               

Faz uma semana que Sasuke está nesta monotonia. Faculdade/ Casa. (Tá, eu não sei o que é monotonia, mas, continuando... ¬¬)

Tentei fazê-lo ficar mais felizinho, mas foi meio impossível, já que ele e uma mulher, cujo nome ele não me revelou, terminaram no segundo dia de namoro. Tentei mulheres da vida, festas, baladas, clubes do livro e boates gays (Não queira nem saber como conheci este último), e ele nem aí.

Por falar em boate gay, combinei de me encontrar lá hoje a noite com o Robertão.

Não interprete mal! Eu e ele somos só amigos (coloridos)! Amigos!

Eu e Sasuke estamos na sala de jantar, e ele ainda nem tocou na comida. Juro que se ele continuar desse jeito eu vou explodir em cinco... Quatro... Três... Dois... Um! – COME A COMIDA, SEU BOCÓ!

- Hn.

- Voltou a falar só monossílabas?

- Uhum.

Bati garfo e faca na mesa com toda a força que eu tinha e um barulho estrondoso foi ouvido. – Dar ataques emo não vai trazê-la de volta, Sasuke!

- O que sugere? – Olha, estamos fazendo uma evolução! Uma frase completa!

- Conquiste ela novamente. – Dei de ombros.

- Você fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo. – Ele murmurou com uma gota na cabeça.

- Mas é fácil! Depois que tive aulas de conquista com Kakashi-sensei, eu sei de tudo! Yoshi! – Sasuke murmurou um outro “Hn”. – Vou entender isso como um “vamos tentar!”. De agora em diante me chame de sensei!

É hora de ensinar meu irmãozinho a ser uma outra pessoa!

Ter um irmão emo, não é bom.

Ter um irmão emo em depressão, não é bom.

Dar um mafagafo pro Itachizinho e ver o sorriso que ele vai dar depois? Não tem preço! *-*

Autora Pov

               

- Fez o que lhe mandei?

- Sim, senhora. E, ao que parece, ela está assustada com o que houve com a amiga, e acabou com o namorado.

Os olhos verdes de Sayuri se iluminaram em dúvidas. – O que houve com a amiga?

- Pensei que a senhora havia mandado uma gangue para –

- Não, não fui eu. – Ela suspirou pesadamente. Não havia planejado mortes ou espancamentos, pois seu objetivo era trazer sua filha de volta. Passou a mão em seus longos cabelos negros e levantou-se da cadeira indo até a enorme janela do edifício das empresas Haruno.

Tinha planejado assustá-la com ameaças e dar-lhe pequenos sustos, mas alguém estava fazendo mais que o necessário e pondo sua filha em perigo. – Chame Karin! – Ordenou com urgência.

O homem vestido de modo incomum se preparou para sair da sala, quando foi parado pela mesma voz. – Continue seguindo Sakura, e fique de olho na ruiva.

- Sim, senhora.

- Pode ir agora.

Continuou encarando a vista da janela. Uma vista privilegiada, com toda a certeza. Triste, lembrou-se que aquela sala pertenceu a seu marido, e que ele deve ter aproveitado a mesma vista que ela.

“Sakura, minha querida... Por que nos abandonou?”, cerrou o punho fortemente, “Por sua culpa seu pai morreu. Por sua culpa estou sozinha agora. Por sua culpa!”. Encarou os remédios em sua mesa e num impulso jogou-os no lixo.

Teria sua filha de volta, a mesma querendo ou não!


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Notas finais do capítulo

Dramático???
Eu sei T.T
Próximo tem comédia, prometo!
Bem... Reviews são bem vindas.
Beijinhos e até o próximo.
:*



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