Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 32
Capítulo 32: Nisso que dá confiar em um vira-lata.


Notas iniciais do capítulo

capitulo cheio de surpreas ae, maolada :)
falo com vcs lá embaixo :*



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Passaram-se duas semanas. Agora faltavam apenas oito dias para o Baile babaca. As meninas ainda pensavam que iriam conseguir me convencer a ir.

  Eu tinha evitado Chad. Tinha passado mais tempo com Jake e as meninas, e, claro, com Brian.

  Se eu contasse o que ele faz para me agradar, vocês não acreditariam.

  Ele esta tão... perfeito, tão lindo, tão príncipe de contos de fadas! E nem tem dado indiretas sobre a sua vontade de fazer... aquilo. Tá, talvez a mão dele não concordasse com seu cérebro, mas eu sabia que ele estava se esforçando. Até por que, não era difícil de deduzir como era a vida dele antes. E, ficar em “abstinência” de qualquer coisa era uma merda.

  Papai não me perguntou nada do “namoro”, o que está me deixando com uma pulga atrás da orelha. Sei lá, provavelmente ele poderia perguntar pelo menos desde quando.

  Eu estava com uma crise de alergia, já que está vindo o inverno e os gatos estão trocando de pelo por isso. Você podia me seguir pela trilha de papéis decorados da Hello Kitty que Avril comprou para mim. Serio.

  Estávamos voltando de um shopping perto da casa da minha mãe. Eu, Avril, Carol e June. Elas me chamavam para ir sempre que queriam comprar as coisas da festa. Sim, elas ainda não tinham comprado tudo.

  Mamãe iria viajar para a Flórida. Iria ficar na casa de uma amiga. Essas viagens eram freqüentes, mamãe tem dinheiro. Ela até me chamou, mas eu não quis ir. Me pediu também para tomar conta da casa. Papai tinha concordado, contanto que Jake ou Dean dormissem lá também. Ele acha que eles iriam me proteger.

  Dean não está o mesmo de antes comigo. Isso está me matando.

-Vou para casa, June e eu temos que fazer um trabalho de português.

  Avril disse, ajeitando os óculos escuros. Assenti, respirando fundo e pegando o celular no bolso.

  Estava na hora de ir para casa.

-Também já vou indo. Minha cabeça está explodindo.

  Reclamei, me despedindo das garotas e entrando no carro.

  Ao chegar em casa, empacotei minhas coisas e me despedi de papai.

-Vou passar a noite na casa da mamãe.

-Quem vai ficar com você lá?

-Vou ligar para o Jake.

  Disse, descendo as escadas.

  Quando cheguei no andar de baixo, depois de cinco espirros, esbarrei em uma pessoa.

-Meu deus, que nariz é esse?

  Olhei para cima e vi Brian com um ar preocupado.

-Não é nada, é só...

  Pigarreei, limpando a garganta.

-Alergia.

-Hum. Vai a onde doente desse jeito?
-Mamãe vai viajar, lembra? Vou ficar na casa dela essa noite, é bom me afastar dos gatos.

  Eu disse, limpando o nariz com as costas da mão. Ele ergueu uma sobrancelha.

-Com quem?

-Sozinha.

-Comigo, então.

  Quando chegamos na casa de mamãe e saímos do carro, cacei os comprimidos antialérgicos na bolsa.

-Antialérgicos dão um sono desgraçado, então, vou desmaiar no sofá daqui a alguns minutos. Pode ver tevê, pode ir embora, pode comer, pode dormir. Você sabe o que você não pode fazer.

  Eu disse, me deitando no sofá e encostando-me nele. Brian passou o braço por mim e me abraçou, mudando de canal. Deixou em Jogos Mortais.

-Posso deixar aqui?

-Por que não poderia?
-Sei lá, você vai conseguir dormir depois?

  Revirei os olhos, me encolhendo de frio.

-Não sei que garotinhas você estava costumado a pegar, mas eu não sou que nem elas.

  Quando acordei, senti um cheiro de comida forte e gostoso. Minha barriga se manifestou. Calcei os chinelos, espirrando pelos cantos, pegando o pacotinho de lenços na cômoda.

  Vi Syn comendo com um garfo comida chinesa.

-Comida chinesa com garfo?

-Não gosto desses pausinhos, pega mal.

  Ri, me sentando na mesa ao seu lado.

-Não vai comer?

  Perguntou, gesticulando para um potinho branco fechando do meu lado.

-Agora não.

  Syn colocou o potinho vazio na mesa e puxou a cadeira para perto de mim, me encarando.

-Se sente bem?

-Sim...

  Ele me lançou aquele olhar para falar serio.

-... não.

  Admiti, descansando os ombros.

-Quer ir á um hospital?

-Pra que? A única coisa que eles vai falar é que eu tenho q tomar antialérgico e descansar, o que é o que estou fazendo.

  Dei de ombros, me arrastando até o sofá.

-Você vai embora que horas? Já está tarde.

-Vou passar a noite aqui.

  Disse, se levantando e sentando-se ao meu lado.

-Pode colocando na Warner, hoje tem Supernatural.

   Foram-se passando dias. Eu vinha dormir aqui na casa de mamãe quase toda noite, já que já era inverno, e os gatos estão soltando pelo como loucos. Avril e June vieram uma noite, Jake em outra, e o resto Syn ficou aqui. Parece que ele respeitava minha condição de doente, e agora sua mão boba não estava mais tão boba assim.

  Ontem mesmo nós fomos no shopping, e compramos as alianças, depois de eu ter perturbado o coitado.

  Alugamos todos os Jogos Mortais em um dia. Víamos uma temporada de Supernatural em outro. Jogávamos em outro, ou então apenas namorávamos. Eu estava doente, mas ainda tinha minhas necessidades, que isso fique claro.

  Hoje era dia 2, amanhã era o baile.

  Syn, deitado na cama, e eu, encostada em seu peito, escutávamos o DVD dele do AC/DC. Suas mãos brincavam com mechas do meu cabelo, estávamos em silencio por minutos, exceto pelos meus assobios em ritmo da musica.

-Vá ao baile comigo.

  Ri.

-Não.

  A dias ele fazia a mesma pergunta, e sempre a mesma resposta.

-Por favor.

-Não, Syn.

-É por causa do Jake?

  Engoli a seco.

  Era sim por causa do Jake.

  Por causa do Jake e do Dean.

  Parece que, quando surge um problema quase resolvido, outro ainda pior surge é terrível.

-Ele sabe que estamos namorando, é claro que eu posso levar você.

-Prometi a ele que não iria ao baile.

  A campainha tocou, e eu me sentei.

-Deve ser a pizza, vai anteder, vou tomar banho e já desço.

  Eu disse, levantando e caminhando até o banheiro. Liguei o chuveiro e me enfiei lá debaixo.

  Não sabia realmente se iria. Não queria ir, mas parecia que algo estava sendo perdido. Sem contar nessa sensação de que algo vai dar errado que me tormenta há dias. Uma sensação muit ruim.

  O que com certeza é uma besteira da minha cabeça.

  Embora motivos não faltem.

  Pare, Lisa, pare com isso! , me ordenei em pensamentos, sacudindo a cabeça. Vai dar tudo certo, está tudo se acertando agora, com Brian.

  Mamãe chegará amanhã mesmo, depois de quase três semanas fora. Sinceramente, eu sentia falta de papai e das minhas bolas de pelo. Até mesmo do Clark, aquele cachorro babão.

  Só não queria encarar o babaca do Chad nem tão cedo. Ainda não havia perdoado-o por ter batido no Syn.

  Me vesti, colocando um casaco pro cima da blusa e desci as escadas, descalça, descendo as escadas.

-Ah, vai dizer que não gostava quando agente...

-Shhhh, pare com isso, agora!

  Escutei Syn conversando com alguém, em sussurros.

-Você vai me causar problemas se continuar aqui, vai embora.

-Não sente saudades?

  Carol?

  Oh, não. Carol.

  Franzi a testa, desacelerando os passos, me escondendo na escada.

-Carol, vai embora agora.

-Duvido que Lisa te satisfaça como eu.

-Anda!

  Olhei e vi Carol beijando Syn. Por que ele não a afastava?

  Senti um tapa na cara. Minha garganta ardeu na hora, engoli a seco, trincando os dentes. Não, não, não, não! Não podia ser!

  Me levantei, andando os poucos passos até a sala. Syn a largou e me encarou, a expressão desnorteada, enquanto Carol mantinha um sorriso cúmplice na cara, como quando nós pregávamos uma peça em Tiffany ou Ashley.

  Isso não podia estar acontecendo.

  Respirei fundo.

-Lisa, eu...

-Não precisa explicar nada. Não me deve explicação alguma, certo?

  Eu disse, dando um sorrisinho amarelo. Não chore, não demonstre fraqueza, Lisa, ele não merece. Não de esse gostinho a eles.

-Lisa. Peraí!

-Não encoste em mim, Brian!

  Eu disse, me desviando dele.

-Eu deveria ter acreditado no meu irmão quando ele falou que você não prestava.

  Seu queixo caiu, sua expressão foi junto; fez uma falsa cara de chocado que me revirou o estomago. Era isso, ele estava apenas brincando comigo, assim como fazia com as outras. Por que eu não acreditei?

  Ou melhor: por que eu achei que poderia ser uma exceção?

-Vai se juntar a ela num motel barato, e saia da minha casa com essa merda.

  Eu disse, entregando-lhe o anel, pegando o copo com algum liquido alcoólico que ele bebia de sua mão, bebendo e colocando o copo na mesa.

-Vamos, amor.

  Carl chamou. Vadia, eu a chamava de amiga. Eu sabia que ela não era muito confiável, mas isso?

  Eu não sabia definir como eu me sentia agora. Me sentia traída, como se roubassem todo o chão de meus pés. Tentava engoli as lagrimas. Tentava ser forte, enquanto algo corroia-me por dentro, lenta e dolorosamente.

-Ela está de palhaçada, Lisa! Não acredite nela, é só...

-SUMA. DAQUI. AGORA.

  Eu disse, separada e lentamente, e apontei para a porta. Brian me encarou, cedendo, e declarou, enquanto andava de trás.

-Não vamos resolver nada de cabeça quente agora, ok? Eu te ligo.

  E eu não atendo.

-Tchauzinho.

-Morra, vadia.

  Respondi á Carol, em um sussurro, vendo-a chegando para perto de Brian. Eles fecharam a porta.

  Sentei-me no chão, enterrando o rosto nas mãos, soluçando.


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Notas finais do capítulo

espero q nao me matem D:
gostaram? odiaram? vao me matar msm?
D.



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