Angels Cry escrita por SnakeBite
Notas iniciais do capítulo
pra quem achou que eu estaa sumida, EU NAO ESTOU !!! O//
Meus cabelos estavam grudados no meu pescoço, e eu estava completamente suada. Eu sentia os raios de sol batendo na minha cara, e um cobertor enrolado em minhas pernas. Senti uma dor de cabeça enorme me atingir quando abri os olhos.
Oh, merda.
O que diabos tinha acontecido ontem?!
Vi Brian sentado numa cadeira encostada na janela, e me coloquei sentada o mais rápido possível.
-AHH!
Cai da cama, batendo de costas no chão, toda torta, o cobertor ainda enrolado nas minhas pernas. Escutei uma risada calorosa de Brian.
-Brian ELWIN HAN...
-Ah, cala essa boca, garota.
Me levantei, cambaleando, e apontei para ele. Meu corpo todo doía, e minhas pernas latejavam, minha cabeça parecia que fora pisoteada por hipopótamos obesos.
-O QUE VOCÊ FEZ COMIGO ?!
-Você não lembra? Você adorou.
Ele ergueu as sobrancelhas, mordendo mais um pedaço de uma maçã em sua mão. Arregalei os olhos, congelando. Ele não teve a coragem de ter feito isso comigo, não é?
-VOCÊ! SEU IDIOTA! Não acredito nisso, eu tenho que tomar um banho urgente! MEU DEUS, não, eu tenho que te matar primeiro!
Comecei a bater que nem uma louca em seus braços, Brian se levantou, colocou a maçã na mesa do computador e segurou os meus pulsos, girando-os e prendendo-os nas minhas costas, puxando-me contra si.
-Me larga, HOMEM! AHHHHH!
-Olha aqui, pequena, é melhor você parar de gritar, ou então eu faço algo de que você vai se arrepender muito depois.
Eu franzi os lábios, ainda encarando seus olhos.
-Eu não sou tão idiota a ponto de ter feito isso enquanto você estava bêbada. Eu sei que você iria arrancar a minha cabeça no dia seguinte, e eu não queria isso. Alem disso, era você que não parava de dar em cima de mim.
Fiquei muda, sem saber o que falar.
-Como eu posso ter certeza de que você não fez nada, se eu não me lembro de nada?
Ele ergueu uma sobrancelha, sorrindo torto.
-Você está de roupas, não está?
Senti meu rosto ficar vermelho e quente, e eu gesticulei para que ele me soltasse. Ele, ainda com ar de superior, me soltou, pegando a maçã e a girando no ar.
-Vem tomar café logo, pequena.
-Pare de me chamar assim.
-Olha que eu invento outro apelido bem pior, heim?
Ele riu, sumindo do quarto.
Parecia que eu estava carregando pesos. Eu mal consegui me direcionar á mesa de café, sem gemer de dor a cada passo.
Depois do café, eu tomei banho e vesti uma roupa de alguma das garotas que Brian pegou e que esqueceram roupas aqui. Ele tinha uma loja inteira, sério. Saí do quarto dele e o vi em pé no quarto de seus pais, o cabelo molhado e pingando, mexendo na fivela do cinto, sem blusa.
Por segundos eu não consegui parar de piscar.
-Por que você sempre faz isso quando ficar com vergonha?
Ele perguntou, sorrindo, enquanto procurava algo no armário de seu pai.
-N-não sei do que está falando...
-Ah, cale essa boca mentirosa!
Ele riu, vindo em minha direção.
-É a segunda vez que me manda calar a boca, se eu fosse você, não falaria pela terceira.
Ele parou bem na minha frente, e disse lentamente:
-Cala. A. Boca.
-Seu babaca.
Me virei, revirando os olhos.
-Ué, você iria fazer isso? Ah, que decepção.
Fiquei calada, enquanto ele entrava em seu quarto, para pegar alguma blusa. Respirei fundo.
-Aonde você vai?
-Nós vamos ver um filme.
-Quem disse?
-Eu estou dizendo.
Ele nem se quer olhou pra mim, como se eu fosse concordar com isso.
-Mas eu ainda nem fui pra casa.
-Vai logo, o filme começa ás três.
Já eram três da tarde?!
-O QUE?
-Você dorme muito, bela adormecida.
Meu pai nem ligou, parece que Avril tinha ligado lá para casa dizendo que eu iria dormir na sua casa. Isso me fez pensar: ela estava mesmo do lado dele? Por que, não é possível, ele deve ter ligado pra ela e pediu pra ela ligar pro meu pai e falar aquilo.
Ela não é adivinha.
-Que filme vamos ver?
Perguntei, imersa em pensamentos, enquanto ele dirigia em direção do shopping.
-O Ritual.
Assenti, futucando o celular. Senti seus olhos em mim durante alguns segundos, e depois o celular foi tomado da minha mão, assim que eu recebia uma ligação.
-Oi, Avril.
-Me dá essa merda aqui, porra!
Pedi, tentando pegar o celular da mão dele.
-Ah, nós vamos ver um filme. Pode vir se quiser, chame Jake.
O que ele estava fazendo?
Brian riu no telefone, e se despediu de Avril com um “ate logo, então”, e colocou o meu celular no bolso da frente.
-O que você está fazendo?
-Não quero você vidrada em telefone nenhum.
-Isso não diz respeito á você.
-E daí?
Ele deu de ombros, como se isso fosse algo sem muita utilidade.
Nós entramos no shopping, e fomos ao cinema. Enquanto eu estava na fila da pipoca, Brian se encarregava de comprar os ingressos.
-Com licença, você é a Lisa?
Alguém me chamou, e quando eu virei, vi um garoto alto e lindo. Era moreno, os cabelos lisos e jogados, os olhos verdes e profundos. Franzi a testa e sorri pequeno, assentindo com a cabeça.
-Sou sim... Desculpe, quem é você?
-Não se lembra? Ah, claro que não. Sou eu, Dean.
Meu deus.
-Dean?
Sorri, os olhinhos brilhando.
Dean era meu namoradinho na primeira série, e irmão de uma amiga que não vejo mais. Eu não podia acreditar que ele estava aqui, não nos víamos desde a primeira serie!
Rimos um do outro, e eu ergui os braços para abracá-lo.
-Como você está? E Jenna?
Jenna era a sua irmã. Ele sorriu, me abraçando também.
-Estmos bem, ela foi para Harvard.
-Sério?
Ele assentiu.
-E você, como você está, baixinha?
Ele bagunçou meus cabelos, me fazendo rir. Ele tinha um jeito tão... irmão mais velho!
-Eu estou bem.
-E a galera?
-Avril ainda está doidona, Elena nerd...
-Jake ainda ciumento?
-Nem me fale.
Revirei os olhos.
-Olá.
Escutei Brian aparecer por trás de mim, segurando-me pela cintura.
-Hey.
Dean respondeu, acenando.
-Quem é?
Ele sussurrou pra mim.
Por que diabos sua mão ainda estava, autoritariamente, na minha cintura?!
-Brian, esse é o Dean, meu namoradinho da primeira serie.
Sorri.
-Ah, prefiro o titulo de “amigo”. Não que eu não tenha gostado de ser chamado assim naqueles tempos.
Rimos.
-Namorado novo?
Ele perguntou, encarando Brian.
-Não, Brian é só um...
-Sim, sou.
Abri a boca, tentando procurar palavras para contestar, mas não sabia o que falar.
Encarei Syn com um olhar matador.
-Posso falar com ele rapidinho?
Puxei Syn para longe dele, nem ligando para a fila da pipoca.
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mereço reviws?