Angels Cry escrita por SnakeBite


Capítulo 20
Capítulo 20: Syn Autoritário


Notas iniciais do capítulo

pra quem achou que eu estaa sumida, EU NAO ESTOU !!! O//



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  Meus cabelos estavam grudados no meu pescoço, e eu estava completamente suada. Eu sentia os raios de sol batendo na minha cara, e um cobertor enrolado em minhas pernas. Senti uma dor de cabeça enorme me atingir quando abri os olhos.

  Oh, merda.

  O que diabos tinha acontecido ontem?!

  Vi Brian sentado numa cadeira encostada na janela, e me coloquei sentada o mais rápido possível.

-AHH!

  Cai da cama, batendo de costas no chão, toda torta, o cobertor ainda enrolado nas minhas pernas. Escutei uma risada calorosa de Brian.

-Brian ELWIN HAN...

-Ah, cala essa boca, garota.

  Me levantei, cambaleando, e apontei para ele. Meu corpo todo doía, e minhas pernas latejavam, minha cabeça parecia que fora pisoteada por hipopótamos obesos.

-O QUE VOCÊ FEZ COMIGO ?!

-Você não lembra? Você adorou.

  Ele ergueu as sobrancelhas, mordendo mais um pedaço de uma maçã em sua mão. Arregalei os olhos, congelando. Ele não teve a coragem de ter feito isso comigo, não é?

-VOCÊ! SEU IDIOTA! Não acredito nisso, eu tenho que tomar um banho urgente! MEU DEUS, não, eu tenho que te matar primeiro!

  Comecei a bater que nem uma louca em seus braços, Brian se levantou, colocou a maçã na mesa do computador e segurou os meus pulsos, girando-os e prendendo-os nas minhas costas, puxando-me contra si.

-Me larga, HOMEM! AHHHHH!

-Olha aqui, pequena, é melhor você parar de gritar, ou então eu faço algo de que você vai se arrepender muito depois.

  Eu franzi os lábios, ainda encarando seus olhos.

-Eu não sou tão idiota a ponto de ter feito isso enquanto você estava bêbada. Eu sei que você iria arrancar a minha cabeça no dia seguinte, e eu não queria isso. Alem disso, era você que não parava de dar em cima de mim.

  Fiquei muda, sem saber o que falar.

-Como eu posso ter certeza de que você não fez nada, se eu não me lembro de nada?

  Ele ergueu uma sobrancelha, sorrindo torto.

-Você está de roupas, não está?

  Senti meu rosto ficar vermelho e quente, e eu gesticulei para que ele me soltasse. Ele, ainda com ar de superior, me soltou, pegando a maçã e a girando no ar.

-Vem tomar café logo, pequena.

-Pare de me chamar assim.

-Olha que eu invento outro apelido bem pior, heim?

  Ele riu, sumindo do quarto.

  Parecia que eu estava carregando pesos. Eu mal consegui me direcionar á mesa de café, sem gemer de dor a cada passo.

  Depois do café, eu tomei banho e vesti uma roupa de alguma das garotas que Brian pegou e que esqueceram roupas aqui. Ele tinha uma loja inteira, sério. Saí do quarto dele e o vi em pé no quarto de seus pais, o cabelo molhado e pingando, mexendo na fivela do cinto, sem blusa.

  Por segundos eu não consegui parar de piscar.

-Por que você sempre faz isso quando ficar com vergonha?

  Ele perguntou, sorrindo, enquanto procurava algo no armário de seu pai.

-N-não sei do que está falando...

-Ah, cale essa boca mentirosa!

  Ele riu, vindo em minha direção.

-É a segunda vez que me manda calar a boca, se eu fosse você, não falaria pela terceira.

  Ele parou bem na minha frente, e disse lentamente:

-Cala. A. Boca.

-Seu babaca.

  Me virei, revirando os olhos.

-Ué, você iria fazer isso? Ah, que decepção.

  Fiquei calada, enquanto ele entrava em seu quarto, para pegar alguma blusa. Respirei fundo.

-Aonde você vai?

-Nós vamos ver um filme.

-Quem disse?

-Eu estou dizendo.

  Ele nem se quer olhou pra mim, como se eu fosse concordar com isso.

-Mas eu ainda nem fui pra casa.

-Vai logo, o filme começa ás três.

  Já eram três da tarde?!

-O QUE?

-Você dorme muito, bela adormecida.

  Meu pai nem ligou, parece que Avril tinha ligado lá para casa dizendo que eu iria dormir na sua casa. Isso me fez pensar: ela estava mesmo do lado dele? Por que, não é possível, ele deve ter ligado pra ela e pediu pra ela ligar pro meu pai e falar aquilo.

  Ela não é adivinha.

-Que filme vamos ver?

  Perguntei, imersa em pensamentos, enquanto ele dirigia em direção do shopping.

-O Ritual.

  Assenti, futucando o celular. Senti seus olhos em mim durante alguns segundos, e depois o celular foi tomado da minha mão, assim que eu recebia uma ligação.

-Oi, Avril.

-Me dá essa merda aqui, porra!

  Pedi, tentando pegar o celular da mão dele.

-Ah, nós vamos ver um filme. Pode vir se quiser, chame Jake.

  O que ele estava fazendo?

  Brian riu no telefone, e se despediu de Avril com um “ate logo, então”, e colocou o meu celular no bolso da frente.

-O que você está fazendo?

-Não quero você vidrada em telefone nenhum.

-Isso não diz respeito á você.

-E daí?

  Ele deu de ombros, como se isso fosse algo sem muita utilidade.

  Nós entramos no shopping, e fomos ao cinema. Enquanto eu estava na fila da pipoca, Brian se encarregava de comprar os ingressos.

-Com licença, você é a Lisa?

  Alguém me chamou, e quando eu virei, vi um garoto alto e lindo. Era moreno, os cabelos lisos e jogados, os olhos verdes e profundos. Franzi a testa e sorri pequeno, assentindo com a cabeça.

-Sou sim... Desculpe, quem é você?

-Não se lembra? Ah, claro que não. Sou eu, Dean.

  Meu deus.

-Dean?

  Sorri, os olhinhos brilhando.

  Dean era meu namoradinho na primeira série, e irmão de uma amiga que não vejo mais. Eu não podia acreditar que ele estava aqui, não nos víamos desde a primeira serie!

  Rimos um do outro, e eu ergui os braços para abracá-lo.

-Como você está? E Jenna?

  Jenna era a sua irmã. Ele sorriu, me abraçando também.

-Estmos bem, ela foi para Harvard.

-Sério?

  Ele assentiu.

-E você, como você está, baixinha?

  Ele bagunçou meus cabelos, me fazendo rir. Ele tinha um jeito tão... irmão mais velho!

-Eu estou bem.

-E a galera?

-Avril ainda está doidona, Elena nerd...

-Jake ainda ciumento?

-Nem me fale.

  Revirei os olhos.

-Olá.

  Escutei Brian aparecer por trás de mim, segurando-me pela cintura.

-Hey.

  Dean respondeu, acenando.

-Quem é?

  Ele sussurrou pra mim.

  Por que diabos sua mão ainda estava, autoritariamente, na minha cintura?!

-Brian, esse é o Dean, meu namoradinho da primeira serie.  

  Sorri.

-Ah, prefiro o titulo de “amigo”. Não que eu não tenha gostado de ser chamado assim naqueles tempos.

  Rimos.

-Namorado novo?

  Ele perguntou, encarando Brian.

-Não, Brian é só um...

-Sim, sou.

  Abri a boca, tentando procurar palavras para contestar, mas não sabia o que falar.

  Encarei Syn com um olhar matador.

-Posso falar com ele rapidinho?

  Puxei Syn para longe dele, nem ligando para a fila da pipoca.


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Notas finais do capítulo

mereço reviws?



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