Imperfect Life escrita por larah16, annylopez


Capítulo 9
O Domingo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo...postei porque ele é dedicado á minha chará Laly, se não fosse por ela eu não postaria mais. A partir de agora as coias começam a esquentar. Música em hyperlink, é só clicar com o botão direito e selecionar abrir em nova janela! Boa leitura!



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Bella PDV

Domingo. E amanhã, para a minha ‘alegria’ seria segunda, dia 23.

O que é que tem de importante nessa data?

Ah nada. É só o meu aniversário de 15 anos. Nada de mais. Só isso.

Legal, né?

Meu pai fez o favor de voltar do seu trabalho no domingo, dizendo que ia me levar para almoçar. Eu tentei recusar, dizendo que não precisava, mas ele insistiu e não quis discutir e mandou eu me arrumar para sairmos todos juntos.

Aproveitei a oportunidade e escolhi uma das roupas mais bonitas. Passei um pouco de maquiagem, mas nada de exagerado. Cheguei na escada e pude ouvir eles conversando na sala.

- Você não tem que gastar dinheiro. – minha mãe falou.

- E nem você! Dá licença que quem está oferecendo isso á ela sou eu! – meu pai falou, um pouco irritado.

- Você fica ausente o tempo inteiro e depois fica querendo recompensá-las com esses passeiozinhos.

- Pára de me atormentar mulher! Que saco. Você só sabe reclamar. Poxa vida, me deixa em paz. É o máximo que eu posso fazer, não está vendo?

- Humpf. – ela bufou. – Que belo esforço.

- Você acha que eu não sinto falta de estar aqui com elas? Que tipo..

Do alto da escada, eu continuava a fitá-los, decepcionada. Eles não tinham dado por minha presença até Adriana aparecer na escada. Ela notou o clima e sorriu, descendo a escada.

- Estou pronta! Podemos ir? – perguntou, contente.

Meus pais se viraram para ela, com um sorriso nos lábios. Sim, só chegavam aos lábios. Desci as escadas, trincando os dentes. Deus, eles eram tão caras de pau! E eu já não agüentava mais ouvir aquelas briguinhas.

- Está linda filha! E então, vamos? – Charlie falou para mim.

Assenti fracamente, olhando seu rosto. Ele tinha envelhecido, mas ainda parecia jovem. Ele estava tenso por causa da briga de agora á pouco. Ele sorria, mas seu rosto estava enrijecido e a felicidade que ele queria passar não chegava aos seus olhos. Eles estavam escuros, e eu entendi que aquilo era apenas uma fachada para esconder o que ele realmente estava sentindo. Mas eu sabia, porque os olhos são as portas da alma.

- O táxi está esperando, vamos acabar logo com isso. – minha mãe falou, soando áspera.

Meu pai virou-se para ela, lançando um olhar um tanto magoado e raivoso. Saímos de casa num clima hostil demais para o meu gosto. Qual é? Eles estavam querendo comemorar meu aniversário ou ficar brigando? Eu me perguntava o que aconteceu com esses dois. O que aconteceu com todo aquele amor de algum tempo atrás? Será que o amor era assim, um dia ele está em chamas e no outro só restam as cinzas queimadas?

Passamos a viagem toda em silêncio, até que paramos numa rua movimentada do centro. Descemos do táxi e meu pai pagou o motorista. Ele sorriu ao olhar para nós e pegou na mão da Adriana.

- Vamos, é logo ali do outro lado da rua. – ele disse, começando a andar.

Ele ia na frente com a Adriana, eu ia um pouco atrás e minha mãe atrás de nós. Ela estava calada e bastante pensativa, enquanto eu via ela limpar uma lágrima do canto do olho. Ela estava chorando.

Chegando na esquina da rua, Adriana soltou a mão do meu pai e começou a correr em direção aos carros. Ainda bem que meu pai foi mais rápido que ela, alcançando-a antes que chegasse  na rua. Me aproximei dos dois e ainda pude ouvir meu pai falando.

- Adriana! Eu te avisei para não ir...porque você não me esperou? – ele falou calmo, mas seu rosto estava vermelho puro.

- Desculpa pai..

- Vem cá minha filha..não solte a mão do papai, tá bom?

Depois dessa cena meu pai apontou para o restaurante á nossa frente. Bon’Apetit. Era um típico restaurante italiano. Entramos no local e o cheiro agradável de comida adentrou minhas narinas. Meu pai pegou o número da mesa e nós fomos nos sentar. Era uma mesa ao lado da janela, o que possibilitou uma bela vista das ruas movimentadas de Manhattan.

- Eu escolhi esse restaurante porque eles servem a melhor comida italiana. – meu pai comentou.

- Hummm. – murmurei.

- Ânimo querida! Você está fazendo 15 anos! – meu pai tentou me animar.

- Que diferença faz? Eu não gosto de comemorar meu aniversário.

- Porque?

- Porque eu não gosto de comemorar o que eu não gosto que aconteça.

- Que pensamento mais bobo, minha filha.

- Idiota, isso sim. Vê se, por favor, escolhe logo o que vai querer, porque eu não estou com muita paciência hoje. – minha mãe falou, interrompendo.

- Renée aqui não, por favor né? Se você não está a fim vai para casa. Ninguém está te obrigando a ficar aqui. – Charlie cortou-a.

Minha mãe olhou para ele, raivosa, e depois olhou o restaurante atrás de um garçom. Ela estalou os dedos ao avistar um e ele veio rapidamente em nossa direção.

- Sì? – perguntou.

- Eu vou querer um filé de frango com salada, e um molho especial. – minha mãe pediu.

- Eu quero batata frita!

Sorri balançando a cabeça, enquanto o garçom dizia á Adriana que não tinha batatinha no cardápio.

- Aaahh, então..eu quero..ah eu não sei!

- Pode deixar filhinha. Eu vou querer um bife á lá Caif e um molho madeira para acompanhar. E pode trazer o prato de crianças para ela. – meu pai falou.

- Pode trazer apenas uma salada e um suco para mim. – falei e ele anotou o pedido. – Obrigada.

- Vá bene. – o garçom falou e se retirou.

O silêncio que se prolongou estava me matando. Decidi conversar antes que eu começasse a pensar na minha morte.

- E aí, pai? Como foi o trabalho em Nova York? – perguntei.

Meu pai olhou para mim, um pouco assustado. Ele pigarreou.

- Nova York? – perguntou. Eu sorri e assenti com a cabeça. – Bom...err..ahh, foi bom.

- Humm. E o que é que o senhor foi fazer lá exatamente?

- Hã...err...eu fui ajudar o delegado em uma investigação lá.

 - Umm. Investigação de quê?

Ele pareceu pensar, um pouco preocupado.

Porque ele estava hesitando tanto?

O garçom chegou, trazendo os nossos pedidos. Ele colocou os pratos e rapidamente saiu. Meu pai deu um novo pigarro e falou.

- Bom. Parabéns, filha. Eu quero que saiba que isso aqui não é nada, pois você merecia muito mais. Eu sei que eu não sou um pai muito presente, então eu peço perdão por isso. – ele fungou. – Eu espero que seja muito feliz.

- Obrigada, pai. – falei, constrangida. Já esquecendo a sua hesitação em responder á pergunta anterior.

[...]

O almoço foi rápido, depois demos uma caminhada no centro e logo depois voltamos para casa, depois da minha mãe reclamar que estava cansada. Fui a primeira a entrar em casa e fui direto para o meu quarto. Adriana veio atrás de mim, e meus pais entraram no quarto juntos.

Adriana entrou por último e deixou a porta aberta. Deitamos na cama, uma de frente para outra. Ela estava com um semblante triste e desolado.

- O que há, Adriana? – perguntei, querendo ajudar.

Ela negou com a cabeça.

- Fala logo o que é. Você não ia estar assim por nada.

Uma lágrima saiu de seus olhos e eu levei o dedo para enxugá-la.

- Eu não agüento mais essas brigas. – ela falou, contendo o choro.

- Eu também não. Eu também não. – murmurei, afagando-lhe a cabeça.

Olhar a situação pelo lado dela não era nada fácil. Não devia ser muito aceitável para uma criança ver sua própria família se acabando. Era uma experiência assustadora e traumatizante. Eu nem conseguia imaginar o que ela devia estar sentindo.

- Ela não merece isso, eu já te falei. Ela é uma menina muito indisciplinada...e.. – ouvi minha mãe falar alto.

- Ela só é assim porque você não soube cuidar dela. – meu pai respondeu, áspero.

E lá vamos nós.

- Charlie! Olha, a Isabella não quer saber de nada. Eu já falei para ela que ela tem que fazer uma faculdade boa, para ter sucesso na vida, mas ela não me ouve.

- Então deixe ela fazer o que ela quer.

- Não!! Vai lá falar com ela. Vê se faz alguma coisa de útil! – minha mãe falou, um pouco mais baixo, mas ainda assim eu escutei.

Um minuto depois meu pai apareceu na porta do meu quarto. Seu rosto estava vermelho e ele respirava com um pouco de dificuldade. Adriana saiu do quarto, já sabendo o que vinha por aí. Tentei continuar calma, não queria brigar logo com meu pai.

Música: Simple Plan – Perfect

- Escuta, pai...eu não sei o que está pensando, mas eu...

- Não. Você é quem vai me escutar! – ele falou, nervoso. – Olha aqui..eu quero que você faça o que a sua mãe quer. Não é nada de mais, e ela só está querendo o seu bem. Você está perdendo o seu tempo, enfiada nesse quarto escrevendo, ou tocando teclado. Será que você não vê que chegou a hora de crescer?!

- O problema pai..é que eu não sou tão egoísta e nem tão consumista igual a minha mãe. Eu não quero que a ganância pelo dinheiro me faça igual a ela! – olhei para ele. – E nem igual á você, que trabalha igual á um condenado.

- Mas a gente só quer o que é melhor para você. Não vê que eu trabalho para poder dar as coisas que vocês precisam? Desde quando você era pequena a gente cuidou de você...agora a gente só quer te colocar no caminho certo...

- Pai...por acaso eu cresci de acordo com seus planos? A vida muda....e eu sou apenas um ser humano, não posso ser perfeita!

- Mas não é o bastante! Enxergue o futuro pela frente! Se continuar com essa sua ignorância petulante, vai acabar se estabacando em algum lugar!

Olhei para ele indignada. Eu não acredito que ele estava falando aquilo para mim. De minha mãe eu até esperava por isso...mas do meu pai?

- Eu nunca vou ser boa o bastante para vocês, não é? Vocês não conseguem enxergar o meu sacrifício por detrás de tudo o que eu faço.

- Você precisa colocar algo na sua cabeça, filha. A vida não é um mar de rosas...

- EU NÃO QUERO SABER! Você nem se importa mais comigo! – balancei a cabeça, sentindo um bolo na garganta. – Tudo o que a gente passou...já se perdeu num passado que nem parece mais real. Já chega, eu não agüento mais!

Peguei minha bolsa pequena e rumei em direção á porta. Passei sem tocar em meu pai. Senti ele me seguir até a sala. Antes de eu chegar na porta ele falou.

- Aonde você vai?

- Não sei...qualquer lugar é melhor do que aqui.

- Espera aí, você não pode sair assim..vamos conversar!

- Conversar? Você chama isso de conversa? A gente nem consegue conversar civilizadamente sem terminar em briga! Você não entende e acho que nunca vai me entender. – falei. – A gente perdeu tudo, pai. Vocês acabaram com tudo!

E saí.

Eu nunca iria aceitar aquilo. Ele podia estar falando para o bem que fosse, mas eu nunca seria feliz fazendo algo que eu não gosto. Eu preferia ser pobre, mas fazer algo que eu gostasse e ser feliz assim. O dinheiro não compra a felicidade.

Fui em busca do meu refúgio. O único lugar que me transmitia paz e sossego. Eu precisava tomar um ar e espairecer para poder pensar melhor. O Centra Park estava cheio como sempre. A tarde estava com um pouco de sol, e como ainda era domingo, muitas pessoas tiravam o dia para encontrar os amigos, ou para fazer piqueniques com a família.

Família.

Pensar naquilo fazia meu coração doer ao lembrar o quanto minha família estava se perdendo. Era devastador imaginar o quanto o tempo podia mexer com nossas vidas. A minha família, que era boa, acabou se transformando no que ela realmente era. Uma coisa vaga, sem amor e sem responsabilidade por parte de ninguém, uma coisa totalmente sem importância.

Ok. Pode me chamar de cabeça dura, mas nada me faria entender meus pais. Quando se é uma adolescente, a gente quer que prevaleça a nossa opinião, e os nossos sonhos. Eu até podia estar errada nisso também, mas nada que eu fizesse ou deixasse de fazer iria mudar a minha cabeça. Para mim, meus pais sempre iriam estar errados, afinal, se eles se achavam tão espertos porque estavam acabando com a família? Eu podia ver.  Era como um muro sustentado por um só fio, se você não o construísse direito ele desmoronava.

Nunca, ninguém ia saber tudo o que realmente tem que fazer para as coisas darem certo. A gente tinha que errar para aprender. E eu queria errar. Eu queria seguir minha vida e depois dizer lá na frente...é, eu aprendi a viver. Era uma perspectiva muito tosca, mas era o que eu imaginava.

Será que eu tinha alguma saída?

O que é que se faz para consertar uma coisa dessas?

Se alguém souber a resposta...por favor, me diz como, porque eu não quero que minha vida acabe assim.

Charlie PDV

Bella saiu, batendo a porta com força.

Mas que saco!

Tudo culpa da Renée e seus defeitos. Eu nunca iria aceitar aquela mulher! Não era isso o que eu queria para a minha vida. Ela acabou com tudo quando me contou que estava grávida. Eu gostava dela, mas realmente não era amor. Eu sempre amei outra.

E o que mais me irrita, é saber que ela está atrás de mim, e eu continuo me vendo preso á essa farsa de casamento!

Tenho que dar logo um fim nisso. Quero poder ficar com quem eu amo de verdade e ter uma vida digna ao lado dela.

É isso. Hoje eu coloco um fim nessa droga de casamento!

Bella PDV

Pisquei me livrando das lágrimas que ameaçavam cair, enquanto eu atravessava a rua. Atravessei, limpando os olhos com as costas da mão. Senti o ar puro me invadindo, e procurei um banco para sentar. Minha garganta doía por segurar o choro. Assim que eu sentei, desatei a chorar.

Chorei por tudo. Pela minha família estar se acabando, por eu não conseguir fazer nada para impedir, por eles quererem manipular meus sonhos. Tudo. Era uma dor muito grande e estava ficando difícil suportá-la sozinha.

Meu choro era silencioso, mas profundo. A cada lágrima, eu reprimia um grito. Um grito de raiva, por aquilo estar acontecendo justamente comigo. Pensei em ligar para a Ângela, até ouvir uma voz.

- Bella, você por aqui? – perguntou, e eu reconheci a voz. – Isabella, você está chorando? O que aconteceu?

Reconheci a voz de Edward e imediatamente virei o rosto para o outro lado. Eu não queria que ele me visse daquele jeito.

- Ei..o que aconteceu? Algum problema? – perguntou, parecendo preocupado.

Limpei as lágrimas e funguei contendo o choro. Pisquei várias vezes, e pigarreei limpando a voz.

- Não é nada. – falei, virando para ele.

Seus olhos se arregalaram ao me ver. Outras lágrimas encheram meus olhos, por eu estar tão fraca naquele momento.

- Impossível. Vai...me conta o que houve.

Fiz que não com a cabeça.

- Ah vai, por favor. – ele me olhou, intensamente. –Eu queria tanto poder te ajudar.

- Mas você não pode... - falei, tentando fugir daquela situação.

- O que aconteceu? Brigou com o namorado?

- Não. É pior do que isso.

- É alguma coisa com a sua família, então? – perguntou, sério.

Olhei dentro dos olhos dele, e afirmei com a cabeça. Ele esperou, querendo que eu falasse.

- Eu estou com alguns problemas lá em casa. – falei. Ele continuou parado, me fitando. – Minha família está...

E de repente eu estava ali, contando meus problemas para alguém que eu mal conhecia. Ele ouviu todo o meu desabafo, sem pronunciar muita coisa. Minhas lágrimas voltaram a cair, e no final, eu estava chorando em seus braços. Eu chorava e ele afagava a minha cabeça lentamente, fazendo com que eu me acalmasse. Era totalmente insano, mas eu me sentia segura e confortável ali.

- Eu te entendo. Mas você tem que ser forte, apesar da situação ser difícil.

- Eu não consigo. Isso é maior do que eu.

- Eu também pensava assim. Até que meus pais começaram a brigar, igualzinho aos seus. Eu ia lá, conversava com os dois e tentava acalmá-los. As brigas continuavam, mas eu decidi que queria dar um basta, então foi a minha vez de brigar. Eu me impus, e conseguir fazer eles enxergarem que todas aquelas brigas eram desnecessárias.

Fiquei um pouco em silêncio, absorvendo toda aquela informação.

- Mas eu não sei o que fazer. Eles brigam por coisas piores do que só eu. – falei. – É evidente que logo eu terei duas casas diferentes.

- Não precisa terminar assim. – falou, tirando uma mecha do meu cabelo da frente do meu rosto.

- Eu não posso reverter, isso não está em minhas mãos. – falei, descontente.

- Vai passar, vai passar. – ele falou, me puxando para outro abraço.

- Obrigada por me ouvir, foi muito gentil.

- Não foi nada.

Ficamos ali por um bom tempo conversando, nos conhecendo melhor. Conversar com ele era fácil, porque ele era aquele tipo de pessoa ‘transparente’. Quer dizer, ele era realmente tudo aquilo que ele dizia ser, sem mentiras, sem máscaras. Também acabei descobrindo que ele vive com o pai dele, porque a mãe fugiu depois de algum tempo. É. Realmente a história dele chegava a ser mais triste que a minha.

Como podem existir mães que abandonam seus próprios filhos?

Edward PDV

- Nossa. Agora eu aprendi uma coisa. A gente fica se matando por causa dos nossos problemas, enquanto tem pessoas por aí em situações bem piores. – Bella falou.

- Pois é. É por isso que agora eu não me deixo fraquejar. – falei e depois estalei os dedos lembrando de algo. – Lembro que você disse que faria aniversário amanhã... – tirei a correntinha do bolso. – Isso é para você.

Levantei a pulseira no ar e mostrei á ela. Era uma pulseira simples, com três corações ao redor. Peguei seu braço e coloquei a pulseira ali.

- É linda...mas...como você sabia que ia me ver para me entregar? – ela perguntou, curiosa.

- Eu não sabia. – dei de ombros. – Mas eu te procuraria até o fim do mundo.

Ela sorriu abertamente, fazendo meu coração saltar dentro do peito.

- Obrigada. – falou, mordendo os lábios.

Ela sorriu e eu sorri de volta. Não conseguia desgrudar meus olhos dos seus, pareciam me hipnotizar. Ela começou a ficar constrangida, mas eu não conseguia desviar meus olhos dos dela.

Então, num ato impensado, encostei minha testa na sua. Comecei a respirar rapidamente, me sentindo desnorteado por tê-la tão perto. Meus lábios se aproximaram dos seus e quando estava prestes a sentir os seus lábios, ela pigarreou.

Bella PDV

- Bom, acho que eu tenho que ir. – falei.

Já estava começando a não gostar dessa...atração por ele. Porque ele me fazia sentir aquilo? Eu não podia...eu não queria.

Levantei do banco, apressada.

- Não...espera...porque já tem que ir? – perguntou, me acompanhando.

- Porque...porque sim, ué.

- Ok. Então, até mais.

- Desculpa, mas eu tenho mesmo que ir. Tchau.

Música: Manu Gavassi – Garoto Errado

Eu não podia me aproximar dele. Eu não podia me levar por essas sensações que eu desconhecia. Eu tinha que me contentar em ter ele como um menino que eu tinha alguma ligação.

Não estava certo essas sensações de vergonha, o coração bater mais rápido, perder a respiração. Ter borboletas voando no meu estômago não era legal. Mas apesar de tudo isso, eu o queria perto de mim. Queria sentir sua presença, seu cheiro agradável de homem, sentir seus lábios tocarem os meus...

ISABELLA!!

Tá, parei.

Eu não podia tê-lo. Além do mais, eu só o encontrava por acaso, e nem tinha um contato maior com ele. Por isso era melhor tirá-lo da cabeça antes que isso começasse a piorar. Eu juro, eu faço tudo para eu não me apaixonar!

Continua...


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Notas finais do capítulo

E toda a hesitação de Charlie nesse almoço hein? E que revelação foi aquela! Ele sempre amou outra!

E a Bella fugindo do Edward...de novo! Aff...alguém mais aí quer bater nela? o/ kkkkkk.

Quero reviews people! Kisses.



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