Imperfect Life escrita por larah16, annylopez


Capítulo 10
O fim


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoas lindas?Demorei né?Pois é...mas tive uns problemas...primeiro porque quebrei o braço, então ficou impossível de vir aqui postar...mas agora que estou melhorando vim tirar o atraso. Peço desculpas mesmo, vou tentar não demorar mais tanto!Capítulo tenso, boa leitura!!!ps: músicas em hyperlink, clique com o botão direito e selecione 'abrir em nova janela'.



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Capítulo 9 – O Fim

Bella PDV


Voltei para casa naquele fim de tarde de domingo, sem rumo. Ainda sem saber o que poderia fazer para tentar concertar a situação caótica que se formava dentro de casa. Há muito tempo eu devia ter feito algo, mas precisou alguém me abrir os olhos. Mas será que já não era tarde demais?

Cheguei em casa e subi direto para o meu quarto. Deitei em minha cama, ainda sem ter uma boa ideia. Minha cabeça doía, devido ao cansaço mental. Era muita coisa para ser digerida de uma vez, eu precisava de um bom descanso. Talvez, eu deixasse para resolver aquilo amanhã.

Música: Pink – Family Portrait

De repente, eu ouço um estrondo de vidro estilhaçando e sentei na cama rapidamente. Logo depois os gritos da minha mãe penetraram meus ouvidos.

- Chega! Que droga! Eu não agüento mais! – a voz do meu pai soou pela casa.

- É MESMO? A CULPA É TODA SUA. SUAS FILHAS SÃO PERDIDAS POR SUA CAUSA!

- Sério?! Mas quem é que ficava em casa cuidando delas? Você nunca ligou para elas, Renée!!

- E você se preocupou, Charlie? Você é um imprestável! Só se casou comigo porque eu estava grávida daquela peste! – minha mãe acusou. – Eu sim! EU sempre te amei!

- Olha só o que está dizendo! Não acredito como tive coragem de me casar com você! Eu achei que te conhecia!

- Mas eu te conheço! É um insensível, um canalha, um TRAIDOR!

Seguiu-se um silêncio. Nessa hora eu já estava no corredor, paralisada, enquanto via Adriana chorar compulsivamente da porta do seu quarto. Sem perder mais tempo, resolvi acabar com aquela barbaridade. Fui até o quarto e encontrei minha mãe chorando e meu pai jogando suas roupas em uma mala.

- Mas que porra é essa aqui?! – perguntei, exigindo respostas.

Só o choro irritante da minha mãe enchia o quarto.

- Mãe, pára de chorar, por favor, seu choro é insuportável. – falei e me virei para o meu pai. – Pai, o que pensa que está fazendo?

Ele me olhou por um segundo e respondeu, voltando á ‘arrumar’ a sua mala.

- Eu cansei de viver nesse mundo de mentiras, Bella. Me desculpe.

- Como assim pai?! Tá maluco, é?

- Não, eu não estou. Eu só...estou cansado..essa vida não é para mim.

- E por isso você vai desistir? Vai largar tudo? – falei, desacreditada. – Pai o que a minha mãe disse não é verdade...ela te ama..eu sei disso. – contrapus.

- Não adianta mais...

- Mas e eu? E minha irmã?

- Eu...eu não sei, Bella..

- Pai, pensa...você não vai se livrar dos problemas fugindo deles. Você vai sofrer e vai nos fazer sofrer também. – falei, com as lágrimas rolando. – Eu não quero ter duas casas...não quero ter que dividir meus finais de semana...eu não quero ter duas famílias. E é isso o que vai acontecer se você sair por aquela porta com essa mala nas mãos! – falei, ofegante.

Senti um aperto no coração devido àquelas palavras soarem tão verdadeiras. Não ia ser nada emocionante ter que passar a vida morando em dois lugares diferentes. Era uma situação insuportável ter os pais separados, eu não queria aquilo para ninguém..nem para mim. Charlie parecia irredutível. Nada que eu falasse iria fazer ele mudar de ideia. Ele não tinha mudado a expressão.

- Adeus, Bella. – falou.

Aquelas palavras vieram como um soco em meu peito. Eu arfei, enquanto ele fechava a mala.

- Conta para ela Charlie! Conta porque você está tão decidido! – Renée falou.

- Do que ela está falando pai?

Ele pegou a mala, sem responder. Enquanto caminhava até mim, Renée soluçou falando novamente.

- Conta que você vai correr para os braços da sua vagabunda!

- Você não sabe o que está falando. – meu pai disse.

- Ahh não sei? – Renée falou, sarcástica. – Eu tenho provas, seu idiota! Acha que eu sou burra?

Continuei estacada na porta, enquanto processava a informação.

Eu entendi bem...meu pai estava traindo a minha mãe?

- É talvez seja sim. É verdade. E quer saber? Foi ótimo! Assim eu não tinha que te aturar! Foi a melhor coisa que eu fiz, pois assim eu encontrei a felicidade, ao contrário da vida que desperdicei com você! – ele falou. – Dá licença, Bella. – ele falou, carrancudo.

- Pai...como pôde? – perguntei, soluçando. – Como teve coragem? – falei, destroçada por dentro.

- Do mesmo jeito que estou tendo agora para deixar vocês. – falou.

Ele me empurrou para o lado, quando eu não conseguia mover as pernas. Pouco depois eu ouço o baque da porta da sala sendo fechada com força.

Encarava o chão incrédula e arrasada! Infelizmente, o que eu mais temia aconteceu. Agora sim eu me sentia perdida. Tudo o que eu queria era que eles se acertassem, nunca...nunca me passaria pela cabeça que fosse acabar assim. E pelo pior motivo do mundo. Traição. Odiava isso. Charlie não só traiu a minha mãe, como traiu á todas nós.

Como meu pai fora capaz de fazer isso? Quer dizer, como o Charlie, por quem eu conhecia por pai, teve toda essa audácia de nos deixar? Era difícil acreditar que ele, que sempre foi um pai trabalhador, estivesse jogando nossa família no buraco. Ele tem uma outra vida para começar...mas e a gente?

- Porque?...Como?...Porque? – eu ainda perguntava á mim mesma.

- Porque ele é um idiota, minha filha. Ele dedicava todo o seu tempo livre para ficar com a vagabunda dele, a Sue. É por isso que ele se tornou o pai maravilhoso que ele é. Aquela viagem de trabalho era só um pretexto para ele ficar com aquela puta!

- Bella... – Renée falou. –Bellaa!! – falou mais alto.

Olhei para ela.

- Você está bem?

- Nossa, mas que pergunta! – bufei, - É claro que eu não estou bem! Caso você não percebeu a nossa família acabou. A. CA. BOU! Entende?

- Eu não tenho culpa se ele...

- Não tem culpa?! Ah, conta outra. Você, Renée! – apontei o dedo para ela. – Não enche a boca para falar mal dele porque você não é nenhuma santa!

- Será que não vê que o único culpado aqui é ele?

- Claro, com certeza. Ele que fez toda essa merda sozinho, né? Você nunca se perguntou porque ele amou outra mulher ao invés de você?

Ela negou com a cabeça, simplesmente.

- Não é de hoje, Bella. Seu pai nunca me amou. Éramos felizes porque sabíamos conviver juntos, mas...

- As coisas mudam..e as pessoas mudam. –falei, apontando para ela novamente. – Se vocês sabiam conviver tão bem, porque não continuaram juntos até hoje?

- Bella, me entenda..

- Nunca! Não se sinta digna de compaixão depois de tudo o que você falou! – gritei, me lembrando que ela me chamara de peste. Era isso o que eu era. Um estorvo na vida dela.  – O que deu em você para falar aquelas coisas?

- Eu só falei a verdade.

- Ah obriga pela parte que me toca. É bom saber que a minha mãe me acha um estorvo! – falei. – Pára de ser descarada Renée, e assume os seus próprios erros! Você não tem um pingo de valor não é? Tanto Charlie quanto você acabaram com tudo! TUDO! – cuspi.

Eu não agüentava mais ficar ali. A dor estava difícil demais para suportar. Virei as costas para sair, mas antes olhei para ela de novo.

- Espero que consiga conviver com a culpa de tudo isso.

Voltei para meu quarto sem esperar pela sua resposta. Eu já estava exausta. Minha cabeça latejava e meu corpo tremia. Não sabia como ainda estava de pé. Deitei na cama e esperei as lágrimas caírem, assim eu poderia pensar com um pouco mais de clareza depois. Mas elas não vieram. Somente a dor aguda em meu peito comprimido era minha única companhia.

Mal agüentando todo o cansaço, minhas pálpebras pesadas fecharam sem a minha intenção.

[...]

IMPORTANTE!

TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade)

SINTOMAS!:  - Depressão;

- Ansiedade (suores, pulso acelerado, palpitações);

- Lapsos e distorções na percepção do tempo, amnésia dissociativa - é caracterizada por uma incapacidade de recordar informações pessoais importantes, em geral de natureza traumática ou estressante, demasiadamente extensa para ser explicada pelo esquecimento normal.

- Dores de cabeça;

- Disfunção sexual; (Geralmente, ela é definida como uma incapacidade de sentir prazer ou até apresentar dores durante as relações sexuais.)

- Transtornos alimentares;

- Preocupações ou tentativas suicidas;

- Uso ou abuso de substâncias psicoativas. (CIGARRO)

O transtorno dissociativo de identidade, originalmente denominado Transtorno de múltiplas personalidades, conhecido popularmente como dupla personalidade, é uma condição mental onde um único indivíduo demonstra características de duas ou mais personalidades ou identidades distintas, cada uma com sua maneira de perceber e interagir com o meio. O pressuposto é que ao menos duas personalidades podem rotineiramente tomar o controle do comportamento do indivíduo. Porque o indivíduo que sofre uma dissociação não se desliga totalmente da realidade, ele pode aparentar ter múltiplas personalidades para lidar com diferentes situações. Outros sintomas podem incluir: despersonalização — que se refere a sentir-se irreal, removido de si próprio e desconectado do processo físico e mental do "eu"; o paciente sentir-se como um espectador ou observador de sua vida e pode enxergar a si próprio como se estivesse assistindo a um filme; Eles podem descobrir objetos, produções ou manuscritos que eles não reconhecem; eles podem se referir a si próprio na primeira pessoa do plural (nós) ou na terceira pessoa (ele, eles);

http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_dissociativo_de_identidade

[...]

Renée PDV

Limpei as lágrimas, enquanto fitava Bella adormecida em sua cama. Seu rosto estava nítido, mas sem expressão. O Dr. Kennedy escrevia atentamente em sua prancheta, enquanto eu esperava ansiosa pelo seu pré-diagnóstico. Já era terça-feira e Bella não parecia dar nenhum sinal de que iria recobrar a consciência. E aquilo me doía profundamente saber que era por culpa minha.

- E então doutor? – perguntei quando ele parou de escrever.

- Olha, Sra. Swan..

- Renée, por favor.

- Ok, Renée. A sua filha teve um choque muito grande e o cérebro não suportou tanta pressão. Chamamos isso de TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade)*. Isso pode trazer algumas conseqüências...mas é certo que ela não demorará muito mais para acordar. É passageiro.

- E quais são as conseqüências? – perguntei, temerosa.

- Bom, ela pode vir a ter amnésia, e também pode acarretar problemas de dupla personalidade.

- Dupla personalidade?

- Sim, é um tipo de mecanismo que a possibilita o indivíduo a enfrentar situações traumáticas ou dolorosas. É quando uma pessoa demonstra características de duas personalidades distintas, cada uma com o seu modo de perceber e interagir com o meio.

- Não entendo..

- A senhora não precisa ficar preocupada...as chances de isso acontecer serão bem poucas. E no caso da amnésia também é temporária. Após algum tempo ela recupera a memória.

Aquiesci com a cabeça, sem conseguir falar.

Saber que a minha Bella poderia passar por tantos problemas me afetou como uma facada. Eu sabia que eu era inteiramente culpada por aquilo. Mas agora o jeito era esperar que ela acordasse. E eu esperava que nada de mais acontecesse. Seria trabalhoso demais lidar com uma filha sem memórias, ou com problemas de personalidade.

Fui dormir esperando que amanhã ela pudesse finalmente acordar.

Bella PDV

Acordei na segunda, com dor de cabeça. Percebi que ainda estava vestida com a mesma roupa e que estava deitada como se tivesse deitado para dormir. Estranho. Eu não me lembrava de ter deitado para dormir, apenas me jogado na cama.

Levantei e vi uma bandeja com café da manhã em cima da mesinha. Fui até o banheiro e assustei com o meu estado, ao ver meu reflexo no espelho. Estava com enormes olheiras roxas. Tirei a roupa ali mesmo e tomei um banho demorado.

Saí do banho sentindo meu estômago roncar. Estava sem forças, e precisava me alimentar porque ainda tinha muito que pensar. Não tinha esquecido o que aconteceu na noite passada e que me fez sentir um buraco sendo aberto dentro de mim sempre que pensava naquilo. Já meu corpo reagia a um cansaço que eu não sabia de onde vinha. Saindo do banheiro olhei novamente a bandeja, e peguei um pão dando uma mordida. Assustei quando uma voz atrás de mim falou.

- Está com fome?

Dei de ombros.

- Como está se sentindo? – Adriana perguntou.

- Não sei. Eu não sinto nada.

- Estávamos preocupada com você. Achamos que..

- Preocupadas porque? – perguntei, enquanto vestia uma roupa.

- Bella...err..você ‘dormiu’ por dois dias inteiros... – fez aspas no ar quando disse dormir.

- É o quê? – perguntei.

- Você dormiu dois dias. Bella, hoje é quarta-feira. – ela falou. Minha expressão era de pura incredulidade. – O médico disse que você estava meio que em estado de pré-coma, ou seja, em sono profundo. Acontece depois de um trauma, o cérebro ‘desliga’ quando atinge o seu limite máximo. – falou.

Engoli em seco, fitando-a e querendo acreditar naquilo.

- Então, quer dizer que meu cérebro desligou? – perguntei, sarcástica.

- Tecnicamente falando, sim. Foi isso o que aconteceu.

A minha voz que saiu pareceu extremamente impiedosa.

- Garota, vai procurar algo de mais útil para fazer, vai. Não me enche o saco.

Ela fez uma carranca e fez um bico.

Ué, o que eu fiz?

Novamente meu estômago reclamou. Não sabia o porque de tanta fome. Levei a bandeja até a cama e comecei a comer o pão e as frutas que tinham lá. Adriana continuava a me encarar.

- Mamãe disse que você nunca vai perdoar ela, é verdade?

- Nunca é uma palavra muito forte. Mas eu não sou capaz de perdoá-la, não quando ela é culpada de tudo. – confessei.

- Sei que algum dia você vai entendê-la. – falou, se levantando.

- Você ainda acredita nela?

- Eu não a julgo. Estarei sempre ao lado dela.

- Humpf. – bufei. – Vai lá então, fiel cachorrinho.

Ela saiu do quarto á passos largos.

Dei de ombros. Eu não queria falar de assuntos que não me agradavam. E era assim que eu iria tratar quem quisesse me perturbar.

‘É isso o que eu estou fazendo querida. Pode deixar comigo, eu cuido disso.’ – uma voz falou, dentro da minha cabeça.

Suspirei me lembrando daquele domingo. Tudo já conspirava para ser um péssimo dia, desde o começo. Será que era essa a peça que o destino iria me pregar? Que destino era esse que acaba com a vida das pessoas?

Senti uma pontada de dor ao lembrar de como Charlie teve coragem de falar tudo aquilo e ir embora, como se tudo fosse tão simples. É difícil saber qual dos dois era o errado nessa história. De um lado, Charlie, que apesar de nos dar tudo o que precisávamos, nunca foi presente, e nos traiu. Do outro lado, Renée, que sempre cobrou muito e exigia tudo de Charlie. Era tão ambiciosa e só pensava no próprio umbigo. Ela era tão cabeça dura que ela mesma acabou com o casamento, por ser tão egoísta e mesquinha.

E finalmente eu me pergunto: Porque diabos, então, esses dois se casaram?

“- E você se preocupou, Charlie?! Você é um imprestável! Só se casou comigo porque eu estava grávida daquela peste!”

As palavras de Renée vieram á tona. Como se meu próprio cérebro respondesse á minha pergunta.

Então era isso...meu pai se casou obrigado, e minha mãe me achava um empecilho na vidinha dela.

‘Pois é...olha só quanta consideração.. – a voz soou em minha cabeça, novamente.

- É. Eu sou muito amada..queria que isso não tivesse acontecido.. – pensei.

‘Mas aconteceu, querida...agora é bola pra frente. Ergue essa cabeça e pára de ser essa menina chorona.’ – a voz ecoou novamente.

Que merda é essa?!

‘É a merda aqui que está querendo te ensinar a ser uma nova Bella! Tá a fim? Você descansa e eu comando. ’

Balancei a cabeça veementemente e com força. Eu devo estar ficando louca. Estou conversando com meu próprio cérebro. Qual é, Bella? Isso não é normal. Mas, apesar de ser totalmente estranho, pois eu sabia que ela tinha razão. Eu até poderia assumir essa outra personalidade se fosse para fugir dos problemas...pelo menos eu poderia lhe dar com eles de forma diferente.

Peguei a bandeja do café e levei até a cozinha. Ainda não sabia como encarar Renée, ela estava cochilando no sofá. Então, coloquei a bandeja na cozinha e voltei para meu quarto. Me detive na escada quando ouço Renée perguntar.

- Bella? Você está bem?

Bufei.

- Não faça perguntas patéticas, sua idiota.

Subi para o quarto, batendo a porta em seguida. Peguei meu diário embaixo da cama e escrevi tudo o que acontecera. Algum dia eu sabia que iria relê-lo, e talvez, pudesse entender o motivo por tudo isso estar acontecendo.

Edward PDV

A inquietação em meu coração não havia cessado. Desde o dia em que encontrara Bella parecia que essa agonia havia se instalado em mim. De alguma forma, eu sabia que as coisas não estavam muito bem.

Eu queria vê-la, e mais do que tudo eu queria confortá-la. Ela mexeu comigo de um jeito que garota nenhuma havia feito. Sua face, seus olhos povoavam a minha mente dia após dia. Eu não a tirava do pensamento. Todo dia eu me pegava pensando nela e isso só me fazia querer estar perto. Sentir aquele cheiro de morangos emanando de sua pele, que eu já tanto gostava.

- Edward! O almoço está pronto. – Carlisle gritou da cozinha.

- Ok. Eu já viu!

Carlisle estava de férias, e eu estava aproveitando o máximo a última semana de férias, antes das aulas voltassem.

Todo dia eu ia até o Central Park, na esperança de encontrar Bella novamente por lá. Mas sempre voltava para casa frustrado. A garota havia sumido. Hoje era quarta, e eu iria novamente ao parque, assim como fazia todos os dias até encontrá-la.

Bella PDV

- E isso é tudo.

- UAU. E...e como você está se sentindo? – Ang perguntou. – A sua mãe me ligou, e ontem eu passei o dia inteiro aqui esperando que acordasse.

- Eu não sei, sabe..eu não sinto nada. É um vazio. Um poço sem fim.

- E como você reagiu no dia?

- Eu não lembro...a única coisa que eu sei é que deitei na cama e apaguei. Agora eu não consigo chorar, apenas convivo com a dor em meu peito.

- Humm..e então, vai passar os últimos dias em casa?

- Vou sim. Renée disse que ligou na lanchonete e eles me dispensaram. – falei, sem emoção.

- Sei.

Ângela veio me visitar logo depois do almoço. Ela estava bastante apreensiva e queria saber o que tinha acontecido. É claro, Renée não ia contar. Então eu tive que fazer isso, mesmo não querendo.

- E o que você vai fazer agora?

Dei de ombros.

- Sinceramente...eu não sei.

E era verdade. Uma parte de mim dizia que nada mais será como antes. A outra, dizia que eu só suportaria viver se mudasse, para tentar enfrentar o problema com outros olhos.

A única coisa que eu sabia, realmente, era que tudo seria diferente.

Pink – Family Portrait

Mamãe, por favor, pare de chorar, não agüento o barulho
A sua dor me machuca e isso está me deixando deprimida
Ouço vidros quebrarem e me sento na cama
Eu disse ao pai que você não queria dizer aquelas coisas desagradáveis que disse

Vocês discutem sobre dinheiro, sobre meu irmão e eu
E é isto que encontro em casa, este é o meu abrigo
Não é fácil crescer na 3ª guerra mundial
Sem nunca saber o que pode ser o amor
Vai ver, não quero que o amor me destrua como fez à minha família

(Refrão)Podemos resolver isto? Podemos ser uma família?
Prometo ser boazinha, mamãe, faria qualquer coisa
Podemos resolver isto? Podemos ser uma família?
Prometo ser boazinha, papai, por favor, não vá embora

Papai, por favor pare de gritar, eu não aguento o barulho
Faça a mamãe parar de chorar, Porque preciso de vocês por perto
A minha mãe te ama, não importa se o que ela diz é verdade
Eu sei que ela te magoa, mas se lembre que eu também te amo
Eu fugi hoje, fugi do barulho, fugi
Não quero voltar para aquele lugar, mas não tenho outra alternativa, outro lugar
Não é fácil crescer na 3ª guerra mundial
Sem nunca saber o que pode ser o amor
Vai ver, não quero que o amor me destrua como fez à minha família

Refrão


No nosso retrato de família, parecemos muito felizes
Vamos fingir, vamos agir como se fosse natural
Não quero ter de dividir os feriados
Não quero ter dois endereços
Não quero um meio irmão mesmo
E não quero que a minha mãe tenha de mudar seu sobrenome

No nosso retrato de família, parecemos muito felizes
Parecemos muito normais, vamos voltar a isso
No nosso retrato de família, parecemos muito felizes
Vamos fingir, vamos agir como se fosse natural

Papai, não vá(3x)
volte, por favor
Se lembra que naquela noite em que você saiu, você tomou minha estrela brilhante?
Papai, não vá(3x)
Não nos deixe sozinhos
Mamãe vai ser legal
Eu vou ser bem melhor, eu disse pro meu irmão
Oh, eu não vou mais derramar o leite no jantar
Eu vou ser bem melhor, vou fazer tudo certo
vou ser sua garotinha sempre
vou dormir cedo à noite


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Notas finais do capítulo

E aí? Perceberam a mudança na Bella? O Edward pensando nela...a briga da Renée e do Charlie...O que acharam?
Alguém imagina aonde isso vai dar? Será que a Bella vai ter mesmo esse problema de dupla personalidade?
Gente, é agora que as coisas começam a caminhar melhor...os próximos capítulos estão...bem...o que posso dizer...imperdíveis!! rsrsrs

Espero que tenham gostado!
Comentem que eu trago o próximo mais rápido!!

Beeijos da Lara!



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