O Host ainda encarava os dois túmulos, Haruhi continuava fitando eles com certa admiração e alegria no olhar.

Honey: Haru-chan... – Chama a atenção dela – Você conheceu os pais de Kuri-Kuri-chan?

Haruhi: Claro, eles eram ótimas pessoas!

Tamaki: ISSO É TÃO DRAMÁTICO!!! – Assoa no lencinho – A VIDA É TÃO BELA!!! A MORTE É TÃO DRÁSTICA!!! POR QUÊ???

Kyoya: Não é para tanto, Tono.

Tamaki: OH! MAMÃE! – Olha para Kyoya – Me resgate desse mar de lágrimas sem fim!!!

Kyoya: ... – Gota.

Kuki logo se virou para a enorme casa.

Kuki: Será que Keki-nee-chan está bem?

Kaoru: Aposto que sim, Katsura-san, afinal de contas... – Sorri – Ela está com o meu irmão...

Kuki: KYAAH! Então ela está com aquele hentai! – Indo em direção à porta – Eu vou resgatá-la!

Kaoru segurou Kuki pela cintura impedindo ela de entrar na casa.

Kaoru: Espere eles, Katsura-san...

Kuki: Ah... – Suspiro – Não tem escolha nee~~~~

Kaoru: Eu pensei que também ficasse triste com... – Constrangido – Bem... Com tudo isso sabe?

Kuki: Não! Keki-nee-chan tem mais problemas do que eu e Kuri-nee-chan juntas... – Encara Kaoru – Por outro lado... Ela não é a única com problemas nee~~~~

Kaoru: Está se referindo a mim, não é mesmo?

Kuki: Como adivinhou??? x3

Kaoru: Katsura-san.

Kuki: Hai?

Kaoru se aproximou do ouvido de Kuki e pronunciou quase que em um murmúrio um “Eu te amo”.

Kuki: KYAHHH!!! – Tapa – O-O-O-O que pensa que e-está fazendo??? – Extremamente corada.

Kaoru: Se você guardar esse segredo...

Kuki: Hum? – Atenta.

Kaoru: Eu guardo o seu...

Kuki: VOCÊ PROMETEU! – Sussurro – Você disse que não iria contar sobre minha bipolaridade para ninguém! Maldito...

Kaoru: Eu não posso te torturar um pouco?

Kuki: Idiota...

Kaoru encarou Kuki que estava vermelha, ela abriu a porta da enorme casa e empurrou-o junto dela.

Kuki: V-Você não precisa fingir que isso o que disse... E-Era um segredo – Corada – Isso é uma declaração.

Kaoru: Mas mesmo assim você não poderá contar para ninguém – Riso.

Kuki: A única pessoa que deve saber disso...

A gêmea Katsura se aproximou do ruivo com a mão em sua face.

Kuki: Sou eu e... F-Fico feliz... Por isso.

Kaoru: K-Kuki-chan? – Cora.

Kuki: Hehe, você me chamou de “Kuki-chan”?

Kaoru ficou vermelho e virou o rosto para o lado.

Kuki: Kawaii...

Kaoru: O-O que disse?

Kuki: Nada.

Kuki se aproximou rapidamente de Kaoru, mas somente conseguiu distribuir um pequeno selinho nele, pois um estrondo no andar de cima chamou a atenção deles.

Kaoru: NII-SAN!!!

Kuki: Hunf... – Segura o Hitachiin pela manga – Você não precisa se preocupar com ele.

Kaoru: Como disse...?

Kuki: Obviamente... Ele deu um ataque de perversão.

Enquanto no andar de cima.

Keki estava de pé e próxima a cama, ela estava com um cano de ferro em suas mãos e Hikaru estava jogado na cama com a mão na cabeça.

Hikaru: NÃO PRECISAVA ME BATER! VIOLENTA!

Keki: “VIOLENTA”? VOCÊ QUERIA ME ESTUPRAR?

Hikaru: N-Não fale coisas sem sentido idiota! – Vermelho de raiva e constrangimento – Eu somente iria te ajudar a levantar!!!

Keki: E para isso precisa abrir o primeiro botão da minha blusa? ¬¬

Hikaru: Minha mão escorregou...

Keki: E precisa olhar para minhas pernas?

Hikaru: Eu estava olhando para você...

Keki: MENTIROSO! QUER QUE EU TE BATA DE NOVO COM ESSE CANO DE FERRO??? – Mostra arma nas mãos.

Hikaru: Você entendeu tudo errado! – Vermelho – Por que sempre que eu tento te ajudar... Você faz isso comigo? – Cara de cachorrinho.

Keki se comoveu facilmente com a cara que o ruivo fez, soltou o cano das mãos e logo ficou envergonhada.

Keki: Seja mais exato no que quer fazer...

Hikaru: ...

Keki: O que você queria fazer...? – Desconfiada.

Hikaru: Hã? Eu? Bem... N-Nada! Eu somente queria...

Keki agachou para pegar o cano de ferro novamente.

Hikaru: EU SÓ QUERIA TE BEIJAR!

Keki se levantou com um salto e ficou vermelha, cobriu as faces e ficou ajoelhada em seguida.

Hikaru se levantou e foi em sua direção, ajoelhou junto dela e abraçou-a.

Hikaru: Vamos... Os outros devem estar preocupados.

                                    -x-

Mori: Estão demorando...

Kuri: É meio óbvio que Keki-nee-chan travou outra briga com aquele ruivo desengonçado... – Suspiro.

Kyoya: Você é a única desengonçada daqui e ainda por cima é estúpida.

Kuri: NANI? – Se aproxima dele com um olhar mortal – POR ALGUM ACASO EU OUVI DIREITO O QUE DISSE?

Kyoya: Não, você é surda demais para tal ato – Anotando.

Kuri deu um tapa no caderno que voou a dois metros longe deles.

Kyoya: ...

Kuri: ...

Honey aproximou-se deles vestido de juiz e com uma bandeirinha.

Honey: 1....2.....3... JÁ!

Os dois rivais saíram em disparada para pegar o caderno, não se via mais nada a não ser uma montanha de poeira.

O caderno logo voou da montanha de poeira deles e caiu nas mãos de Haruhi.

Haruhi: Hã?

Os dois rivais nem notaram o que havia acontecido e não demorou muito para que Haruhi abrisse o caderno e logo em seguida congelou.

Honey: Ei! Haru-chan!!! O que está escrito ai? – Pulando para alcançá-la.

Kyoya percebeu a conversa e saiu como um raio pegando o caderno e fechou-o guardando para si.

Kyoya: H-Haruhi-san, é bom q-que v-você e-esqueça o que leu.

Haruhi: Er... Bem... Isso é... Estranho – Assume.

Kuri colocou sua mão direita no ombro de mesmo lado de Haruhi, ela virou-se para encarar a Katsura.

Kuri: Fujioka Haruhi... Conte-me o que viu +_+

Haruhi: Eu... – Medo – Bem...Er... NADA!

Kuri: “NADA”?

Haruhi: É! – Encara Kyoya com olhar furioso – Estava em branco, somente isso.

Kuri: Sério...? Então ta... – Vai ao cantinho escuro.

Logo a porta da enorme casa se abriu e os Hitachiins e as duas outras gêmeas Katsuras saíram do local.

Tamaki: O que foram fazer? U_U

Keki/Kuki: Nada... – Entreolha.

Hitachiins: Nada mesmo... – Figas.

Honey: O-K-A-Y! Que tal fazermos um piquenique aqui??? *O*

Kaoru: O quê? Mas próximo ao jardim?

Keki: Será uma ótima idéia!

                                    -x-

Não demorou muito para que Tamaki e Haruhi ajudassem a pedir condimentos e ingredientes para fazer vários doces.

Katsuras: Como conseguiram ir tão rápido?

Haruhi: Tamaki-senpai ligou para o mercado.

Kyoya: Mas o mercado não entrega em casa...

Tamaki: Claro que não! Eu pedi ao meu mordomo.

Kuki: Como...?

Tamaki: Helicóptero ^^

Haruhi: Ricos malditos ¬¬#

Honey: Vamos comer!!! ITADAKIMASU! – Engole um pedaço de bolo de morango de uma só vez.

O piquenique seguiu adiante cheio de risadas e os ataques depressivos de Tamaki, que apenas ajudava a fazerem todos rirem mais ainda, mas Haruhi permanecia imóvel e séria demais, apesar de não ter demonstrado muito.

Kaoru: Já são cinco horas!

Hikaru: Mas já?

Honey: WAAAH!!! – Com a barriga enorme – Estou satisfeito~~~

Keki: E como não estaria?

Kuki: Você comeu TODOS os bolos ¬¬”

Tamaki: Certo! Então já vamos indo!

Todos ajudaram a guardar a toalha colorida do piquenique e logo já iam embora a outra limusine.

Keki: Não querem ir com a gente?

Kyoya: Ficaremos bem, Keki-san.

Tamaki: Não queremos ser incômodos!

Kuki: D-De jeito algum! – Cora – Podem ir com a gente não nos iremos...! – Interrompida.

Tamaki: Ficamos felizes por terem sido tão amáveis conosco, mas preferimos não dar mais trabalho a vocês... – Coça a nuca constrangido.

Kuki: Está bem...

Keki: BYE! – Acena.

Todos se despediram e logo as Katsuras iam para a mansão de seus avôs.

Kuki: Eles ficaram realmente bem?

Kuri: Aqueles loucos? Hunf... Duvido que não! Haru-chan deve estar conversando com aquele loiro e com o resto do Host!

Keki: Sim, sim.

Kuki: Ah... – Triste – Eles poderiam ter ido junto conosco.

Kurashima: Você é bem amável, Kuki-sama, mas é melhor deixar seus amigos fazerem o que desejam, eles não irão ter problemas em relação a isso.

Kuki: Obrigada, Kurashima-san.

                                    -x-

Kuri POV

Deitei em minha cama e adormeci, infelizmente não demorou muito e o meu bendito celular começou a tocar.

Kuri: Droga, quem diabos ligaria no meio da noi-...

Encarei estática a tela do celular que apenas confirmava ser Haruhi ligando.

Kuri: Ah... – Atende – Alô?

Haruhi: Alô??? Kuki-chan???

Kuri: Não...

Haruhi: Ufa! Pensei que estava ligando no celular errado!

Kuri: Então por que não falou logo o meu nome criatura? ¬¬

Haruhi: É divertido, mas Kuri-chan... Preciso falar sobre o caderno de Kyoya-senpai...

Kuri: WAAAHHH!!! – Salta da cama – SIM!! PODE FALAR! SOU TODA A OUVIDOS!!!

Haruhi: Eu não posso falar o que estava escrito!

Kuri: Ora, mas então por que diabos ligou-me dizendo tudo isso?

Haruhi: É que eu estava pensando de alguma forma para te contar... Kyoya-senpai me mataria se soubesse que fui eu que contei!

Kuri: Ele não vai saber... – Triste.

Haruhi: Se você souber assim de repente, a única suspeita que ele terá será eu!

Kuri: Okay, diga-me seu plano...

Haruhi não respondeu, parecia ainda repensar no que disse.

Haruhi: É só você ir a casa dele...

Kuri: FICOU LOUCA? EU? NA CASA DELE?

Olhei minhas irmãs dormindo e comecei a falar mais baixo.

Kuri: Isso é masoquismo!

Haruhi: É a única forma! É só encontrar o caderno e abri-lo.

Kuri: Mas em qual página?

Ninguém mais me respondeu, ela havia desligado na minha cara?

Kuri: Que droga, qual página?

Pensei um pouco... Será que ela queria que eu visse o caderno inteiro? Ou era por que ela não sabia qual página era? Droga, Haruhi! Poderia pelo menos me responder!

Keki: Kuri?

Olhei para o lado e me deparei com Keki acordada.

Kuri: Teve outro pesadelo?

Keki: ... Sim.

Kuri: Venha aqui.

Apontei para minha cama, desde pequena Keki tinha mania de querer dormir com alguma de nós se tivesse algum pesadelo.

Keki: Não preciso...

Kuri: Hum? Então durma de novo...

Keki: Pode buscar um copo d’água para mim, Nee-chan?

Kuri: Você está de brincadeira? Sabe que horas são? DUAS DA MANHÃ!

Keki: Ignorante ¬¬

Kuri: TÁ!

Por que será que Keki é sempre assim?... Hunf... Tive que me levantar e ir até a cozinha, que ficava mais ou menos a uma distância gigante do nosso quarto. Não demorou muito para que eu achasse a cozinha.

Kuri: O problema agora é achar um copo...

?????: Ali nos armários.

Virei-me espantada e azul de medo, percebi que era apenas Kurashima com uma vela acesa na mão.

Kuri: K-Kurashima-san? Poderia ter avisado!

Kurashima: Gomenasai, só tentei ajudar.

Fui indo em direção ao quarto, mas decidi ir ao dos meus avôs para dar uma “boa noite”, ouvi murmúrios no escritório e percebi que vovó conversava com alguém no telefone.

Kuri: Vó... – Parei ao tentar ouvir o que ela dizia.

Avó: ESTÁ DE BRINCADEIRA! NÃO POSSO PAGAR TUDO ISSO!

Fui até a sala correndo e peguei o outro telefone, o coloquei no ouvido e fiquei atenta à conversa.

?????: É seu último dia, Sana-san!

Avó: Eu não posso pagar toda essa quantia! Sabe quanto tempo gastei para reabilitar nossas condições de vida?

?????: Não estou me importado com isso senhora! Você terá mais uma semana, após isso, terá que ser presa pela justiça.

Só de ouvir a pequena parte da conversa comecei a sentir um frio na espinha, vovó iria ser presa?

?????: Eu já disse, ou é cem milhões, ou será presa!

Avó: Não posso pagar!

?????: Mas como pode não conseguir pagar isso se suas netas estudam em um colégio de ricos?

Avó: O que disse?

Minha avó iria descobrir, não poderia deixar isso acontecer, pois quem pagava nossa matrícula éramos nós mesmas no Host!

Kuri: AVÓ!

Minha avó olhou-me espantada e logo desligou o telefone sussurrando algo que pude entender ser “Darei um jeito”, ela virou-se para mim e me encarou.

Avó: Está ai há quanto tempo?

Kuri: O suficiente.

Avó: Você não... Ouviu a conversa...

Kuri: Que conversa? – Menti.

Avó: Nenhuma – Suspira.

Kuri: Oyasumi...

Avó: Oyasumi!

Sai do escritório e fechei a porta, certificando-me que ela não iria ligar novamente, fui ao quarto.

Keki: E a minha água?

Kuri: Vovó estava no telefone com um cobrador!

Keki pareceu ficar mais atenta a nossa conversa.

Keki: E...

Kuri: Ela tem mais uma semana para pagar as contas...

Keki: Desse jeito ela irá à falência!

Kuki se levantou e logo se entreteve com a conversa.

Kuki: Será melhor começarmos a trabalhar em outro lugar além do Ouran.

Keki: Mas...! – Interrompida.

Kuri: Não temos escolhas.

Kuki: Eu havia previsto isso há muito tempo, existe uma cafeteria próxima ao Ouran, eles aceitam turnos da tarde.

Kuri: Perfeito, o que acha, Keki-nee-chan?

Keki: Ok... - Tristonha.