Keki POV ON

Um chão frio e feito de madeira estava sob os meus pés...

Não entendo... Onde estou?

Keki: Papai? Mamãe?

Fiquei em frente de uma porta branca e entreaberta, eu não queria entrar nela e fiz de tudo, senti vontade de chorar e um medo terrível, mas nada acontecia... Só me restava assistir...

Keki: Quem...?

Olhei entre a abertura da porta e vi minha mãe agarrada ao braço esquerdo do meu pai, enquanto uma mulher apontava uma arma para eles... Eu não sabia quem era... Não sabia por que estava ali... Mas ela apontava uma arma para os dois...Ou seja, iria matá-los...

Keki: NÃ-....!

Um estrondo... Logo os dois estavam atirados no chão e muito sangue se formava à volta dos dois, sentia lágrimas verdadeiras e quentes escorrerem sobre minha face e um medo pior do que o anterior tomou conta de meus olhos e coração, fiquei traumatizada e não pude fazer nada...

Kuki: O que aconteceu?!

Não demorou muito para Kuki ficar da mesma forma que eu... Kuri havia chamado nosso avô, a assassina à nossa frente apontou a arma para nós duas, o medo era pior do que qualquer outro...

Avô: CUIDADO!

Meu avô se jogou na nossa frente, apenas recebendo pouco impacto do tiro quando nos desviou para fugir daquele local.

Avô: Kuri já está com a sua avó dentro do carro! Vamos para a minha mansão, a polícia já cerca o local!

Um barulho de vidro se formou a assassina obviamente deveria ter fugido pela janela...

Mas o medo continuava me consumindo... Consumindo Kuki ... Quero sair daqui... QUERO SAIR DAQUI! DROGA!

Kuki: Keki... Keki!

Keki: Não... Não!!!

Keki POV OFF

Kuki: ACORDA!

Keki acordou do seu sonho suando e com lágrimas escorrendo de seus olhos, seu pijama estava totalmente encharcado e molhado e ela estava com seus olhos dilatados.

Keki: KUKI!

Ela se jogou em direção de Kuki chorando ainda mais, Kuri sentou do lado dela e a abraçou.

Kuri: Foi um pesadelo... Calma... Calma...

Keki: Eu tive aquele pesadelo...

Kuki: “Aquele pesadelo...”? Oh não, Nee-chan, se acalme, estamos bem aqui...

Keki continuava chorando fortemente, o relógio marcava já a hora de levantar e ir ao Ouran...

Elas iriam se atrasar hoje.

                                               -x-

Kyoya: Se elas se atrasarem mais ainda, teremos que abrir sem elas hoje.

Honey: NÃO!!! EU GOSTO MUITO DELAS! NÃO QUERO QUE ELAS PERCAM AS ATIVIDADES DE HOJE!!! IEEEE!!!! Ç_Ç – Sendo puxado pelo Mori.

Haruhi estava dois passos distante de todos, ela começou a pensar ligeiramente e logo fez um sinal de idéia.

Honey: Já sabe o que é, Haru-chan? *O*

Logo o Host já estava em volta de Haruhi que apenas fitava todos com remorso.

Haruhi: Sei...

Tamaki: Então... Conte-nos filhinha....

Haruhi: Não.

Hikaru: HARUHI! ISSO É IMPORTANTE!

Tamaki: Quem é você para chamá-la assim tão intimamente? – Nervoso.

Hikaru: Não é hora para isso Tono!

Ele logo se assustou encarando Hikaru bravo.

Haruhi: Bem...

Logo a porta do Host se abriu e todos olharam para as trigêmeas à frente de todos.

Todos menos Haruhi: KATSURAS!

Kuri: Oh, nos atrasamos um pouco, perdoe-nos.

Mitsukuni deu um salto e logo se agarrou à Kuri.

Honey: KURI-KURI-CHAN! FICAMOS PREOCUPADOS COM VOCÊS!

Kuri: Por que preocupados? – Acaricia a cabeça dele – Acordamos um pouco tarde... Só isso...

Haruhi: Estão bem...?

Haruhi olhava Kuri já sabendo muito bem o que havia acontecido e apenas recebendo um olhar carinhoso de volta.

Kuri: Não é nada de importante...

Kuki: WAH!!! – Coloca a mão na boca em sinal de surpresa.

Kaoru: O que foi Katsura-san?

Kuki: Eu lembrei que hoje é dia 15 de Março...

Como um salto, Keki ficou azul e logo cabisbaixa, Hikaru notou o movimento estranho e a fitou.

Kyoya: Não me lembro de nenhuma comemoração importante para este dia... – Pega um calendário e começa a checá-lo.

Keki sentou em uma das mesas de clientes do Host Club e apoiou a cabeça em uma das mãos, ainda cabisbaixa.

Tamaki: E o que há com ela? – Aponta para Keki.

Kuri: Bem...

Kuri/Kuki: Hoje é o aniversário de casamento de nossos pais...

Kaoru lembrou que Kuki havia dito que não tinha pais e logo já foi prevendo o que poderia vir em seguida.

Kuki: Vamos visitá-los hoje...

Honey: PODEMOS IR JUNTO? *O*

Kuki: Bem, não é o que estão pensando eles-...

Tamaki: Não precisa ficar envergonhada minha doce anja! – Chovendo flores à sua volta – Vamos visitá-los! Adoraríamos ver quem são os pais dessas belas andorinhas angelicais...

Kuri: Ei, príncipe-sapo, se quer REALMENTE vir conosco, terá que ir com a limusine de nossos avôs...

Tamaki: Tudo bem, só quero saber o por que...

Kuri: QUER IR CONOSCO OU NÃO?

 Todos: QUEREMOS!

Kuri: Então podemos ir depois das atividades de tarde do clube!

Honey: O-K-A-Y! ;P

Hikaru se aproximou de Keki que continuava sentada em uma mesa do Host e cabisbaixa.

Hikaru: Por que está tão preocupada com isso?

Keki: Não é que eu esteja preocupada...

Hikaru sentou do outro lado da mesa ficando de frente para ela, o resto do Host conversava já pronto para abrir. Ele notou as lágrimas escorrerem do seu rosto e limpou os olhos dela, temendo perguntar a ela o porquê de estar chorando, foi direto ao Host Club, pronto para as atividades.

                                               -x-

Kyoya: Me surpreende ver que as amigas da Haruhi-san possuem ... Limusine....

Haruhi: Ricos malditos... ¬¬#

Kuri: Chega de conversa, cadê o Kurashima-san?

Kyoya: “Kurashima-san”?

Logo o mordomo (gato) saiu da limusine e abriu a porta dela para todos entrarem.

Kuri: A-ARIGATOU K-K-KURASHIMA-SAN! *O*

Kyoya olhou o mordomo com um olhar mortal, o mordomo nem se importou e logo entrou na limusine para guiá-los.

Kurashima: Seria conveniente de sua parte apresentá-los, não acha?

Kyoya estava rabiscando o seu caderno tão fortemente que quase chegou a atravessá-lo com a caneta, logo arrancou uma folha e mostrou para Kuri.

Kuri: “Não é da sua conta me apresentar para cretinos.”?... – Encara Kyoya maléficamente – Não sei de quem você está falando.

Kyoya olhou para ela fortemente nervoso.

Kuri: Okay, sem apresentações então.

Kaoru olhou para Haruhi, desconfiando que ela já soubesse do fato de Kuki não ter pais, pensou e logo não conseguiu chegar a conclusão de que iria ver os pais delas, afinal elas não tinham pais, como iria vê-los?

            Todos continuavam conversando até que a limusine parou em um terreno gigantesco de grama e todos olharam pela janela com uma expressão de dúvida.

Kurashima: Podem descer. – Abre a limusine.

Kyoya: Dá próxima, vou com o meu próprio carro, entendeu cretino?

 Kurashima: Isso não depende de mim Kyoya-san – Sorri.

As Katsuras caminharam no enorme campo de grama baixa até chegarem em um muro alto e um portão ao centro.

Tamaki: Eles moram aqui? Uau... É um campo bonito em...

Keki: Pois é...

Keki girou uma chave no portão, logo se revelou uma casa enorme de madeira e cheia de cômodos, as cores que predominavam na casa era o azul claro e o vinho, era uma casa limpa e a grama em volta dela estava cortada.

Honey: WAAAAH!!! QUE CASA MARAVILHOSA! PARECE ATÉ AQUELAS DE BONECAS!

Mori: Hai.

Kaoru: Kuki-san...

Kuki: Hai?

Kaoru: Você me disse que... Bem... Onde estão seus pais?

Kuki ia responder quando Keki deu um grito.

Keki: AQUI!

Todos foram ver o que era, entre o enorme campo havia um enorme jardim com árvores de mais de cinco metros de altura, com muitas cerejeiras e próximo a uma dessas árvores havia dois túmulos com flores velhas no meio deles.

Hikaru: Quem foram os parentes que morreram aqui? Tios? Primos? Avós?

Keki: Iee (Não)... Pais.

Todos ficaram sérios e surpresos, Haruhi chegou perto do túmulo sorridente.

Haruhi: Faz um bom tempo que não vejo vocês!

Haruhi passou a mão sobre as escritas dos túmulos limpando um pouco de pó que havia por lá e revelando o que havia escrito neles.

Katsura Violet , 18 de Dezembro de 1953 / 15 de Março de 1998.

Katsura Karushi , 5 de Novembro de 1956 / 15 de Março de 1998.

Hitachiins: Eles morreram no dia do aniversário de casamento...? – Tristes.

Kuri: Sim! Mas não se preocupem! Nós viemos vê-los em todas as comemorações importantes tanto para eles quanto para nós!

Honey: Kuri-Kuri-chan, é tão amável! x3

Kuri: N-Não é isso – Cora – Eu só quero o melhor para eles.

Kyoya: Qual foi o motivo da morte?

Kuki e Keki se entreolharam e logo Keki foi em direção da casa enquanto todos apenas a observavam.

Kuki: Assassinato.

Todos novamente ficaram espantados.

Kaoru: Era por isso que você disse sobre... “A morte de seus pais”?

Kuki: Sim, sinto muito mesmo... Não quero preocupar vocês...

Tamaki: NEM PENSAR! – Segura os ombros de Kuki – Você pode contar conosco quando quiser! Somos amigos, não somos?

Kuri: Se você tocar nela de novo, terá um terceiro túmulo aqui ¬¬#

Tamaki: HAHAHA! – Engole em seco – Mesmo assim, pode nos contar!

Kuki: Ok... Nesse dia... Eu iria ver o que havia de errado com os meus pais pois ouvíamos estrondos no andar onde eles se encontravam, mas Keki foi na frente e ... Bem... Ela acabou vendo toda a cena enquanto eu só pude ver eles já mortos e Kuri... Apenas nos ajudou.

Todos ouviam a história pacientemente e surpresos com tudo.

Hikaru foi atrás de Keki que havia entrado na casa, abriu a porta e viu que havia uma escada, subindo por lá foi em um dos cômodos e se deparou com Keki encolhida em um dos cantos do quarto empoeirado, ela estava tentando conter as lágrimas com as mãos e os soluços enquanto limpava o rosto vermelho.

Keki: F-Foi aqui...

Hikaru: O que foi? – Ajoelha na frente dela. 

Keki: E-Eles morreram aqui...

                                   Hikaru POV ON

Não agüentei mais meus impulsos e a abracei lá mesmo, tentando reconfortá-la, ela se debatia e protestava inocentemente, mesmo assim eu continuei a abraçando enquanto ela perdia as forças e comecei a sentir suas lágrimas escorrerem pela minha camisa.

Hikaru: Tudo vai ficar bem... Eu estou aqui...

Keki: Gyuh....

Ela se encolheu como se tivesse levado uma facada, eu a segurei mais forte.

Keki: Foi o que meus pais disseram...

Eu entendi que ela estava sofrendo mais do que eu poderia entender, a abracei pela cintura e a levantei, ela continuava protestando e chorando, coloquei ela deitada sobre a cama enquanto fiquei do lado dela segurando sua mão.

Hikaru: Se acalme...

Keki: Saia daqui!... V-Você é só um pervertido... Que brinca comigo... Vá... Embora!

Hikaru: - Riso – Como eu poderia? E deixar minha gatinha aqui?

Keki: N-NÃO ME CHAME ASSIM! B-BAKA! – Corada.

Hikaru: Amo seu jeito tsundere... Keki... Eu amo você... Por que não consegue entender isso?

Keki: MENTIROSO! – Empurra-o para longe.

Não agüentei mais, segurei os pulsos frágeis dela e fiquei sobre ela na cama, ela tentou se soltar fincando suas unhas contra minhas mãos, mas eu tentava suportar a dor mesmo assim.

Hikaru: Pare de chorar... – Beija a pálpebra do olho direito – Você fica tão linda desse jeito... Corada, chorando, imóvel e totalmente nervosa... Posso te violar?

Keki: KYAAH! SAIA DAQUI! HENTAI! HENTAI! – Chutando abdômen dele.

Hikaru: Eu estava brincando ¬¬’

Keki: MESMO QUE VOCÊ DIGA ISSO... NÃO POSSO CONFIAR EM VOCÊ! SAIA.... SAIA DE CIMA DE MIM! ME SOLTE! MALDITO!

Beijei seu rosto chamando a atenção dela para mim, em seguida soltei um dos pulsos dela e juntei meus lábios com os dela.

Keki: N-Não... Não me beije...

 Ela falava entre os beijos que eu dava nela para acalmá-la, logo ela já estava totalmente rendida.

 Keki: Idiota...