The Beginning Of The End escrita por Caa Gold


Capítulo 12
All that time she was silent still




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Amelia estava invisível no céu, voando ao encontro de seu novo mestre. O equilíbrio da nefilim se esvaíra por completo, e o que todos temia, acontecera. Agora nada faria ela voltar a ser o que um dia fora. Sua alma jamais conseguiria se recuperar. O dano já estava feito. A criatura não possuia sentimento algum além do ódio; virara uma máquina guiada pelos demônios. Sua mente, que era o que mantinha a nefilim consciente de seu equilíbrio não mais existia.

A mulher se aproximava de um terraço em um pequeno prédio. Ela não estava sozinha.

O arcanjo sombrio à esperava. A nefilim pousou sobre o concreto, caminhando ao encontro do arcanjo, ajoelhando perante o mestre, as asas dobradas para trás, demonstrando respeito ao anjo.

O arcanjo olhou para a nefilim com uma mistura de cobiça mas ao mesmo tempo enojado de tal criatura.

– Levante-se nefilim! - Ordenou.

A criatura obedeceu olhando-o.

O rosto de Amelia estava completamente deformado. Estava pálida. Seus lábios, bochechas, pescoço não tinham um traço sequer de vermelho ou qualquer outra cor que não fosse o branco pálido. Além disso, as veias negras percorriam o seu rosto, que só de olhar, causava repugnância À um ser tão demôniaco, além dos olhos, tão negros quanto sua aura. Amelia jamais voltaria a existir, estava morta para sempre.

– A partir de agora, você me pertence. - O filho do Alvorecer estava confiante, previa sua vitória sobre o irmão. - Tenho pena de você nefilim... Tão forte, mas ao mesmo tempo tão frágil... - O arcanjo começou a andar em torno dela. - Eu jamais faria o que os Winchester lhe fizeram. Muito menos o que Bobby lhe fez, ele nunca te considerou da família Amelia, o que lhe fez pensar que isso um dia mudaria? Enquanto ao Castiel... Ele se tornou um anjo caído tal como o seu pai foi! Não ligava em machucar os sentimentos das pessoas, especialmente os de sua podre mãe... Castiel brincou com você, usou você... Tal como fizeram com sua mãe.

A mão da nefilim se fechou, seus cabelos mais esvoassavam parecendo chamas.

– Isso mesmo nefilim. - O arcanjo observou extasiado o poder da criatura. - E quando chegar a hora da batalha, deixarei que você mate cada um deles.

– Obrigada mestre, farei isso com prazer.

Lúcifer e Amelia não estavam mais sozinhos. O anticristo surgira perante o pai, fazendo uma reverência exagerada.

– Meu Pai...

– Jesse... Devo dizer que fez um ótimo trabalho.

– Obrigado Pai, fiz pelo senhor.

– Atenção! Todos vocês! - O Arcanjo Negro anunciou em voz alta. Centenas de demônios apareceram no terraço, cada um em seu reptáculo. Os demônios de ajoelharam como havia feito a nefilim.

– A Batalha vai começar meus filhos! Logo o mundo inteiro estará sob meu pés. Vamos acabar com todos os anjos que nos expulsaram do Paraíso. Vocês já sabem o que fazer!

No mesmo instante todos os demoníacos sumiram, inclusive Megan, que acompanhava tudo de perto.

Lúcifer virou para o Anticristo e Carmen, e com uma confirmação, sumiram também.

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O barulho do motor do Impala e da van romperam o silêncio ao cruzarem a estrada vazia para Grants Pass, Oregon.

A Chama da Morte e a Flagelo de Fogo estavam repousadas no porta-malas do Chevrolet. Dean e Sam não falavam nada; na verdade não tinham o que falar, pois nada poderia descrever o que ambos estavam sentindo. Pode-se dizer que estavam confusos. Além de estarem indo ao encontro da morte, tinham acabado de perder Amelia, porém isto estava lhe causando mais mal do que deveria. Durante os poucos meses que passaram com ela, consideravam-a como se fosse da família, e não só por ser sobrinha de Bobby, mas também como se fosse uma prima para eles.

No carro de trás, Robert dirigia, sem desviar os olhos da estrada, e Castiel estava sentado nos fundos da van, olhando fixo para o vidro da porta, de onde podia ver a lua a brilhar no céu. Parecia que os céus zombavam deles.

– Castiel, você está bem? - Bobby perguntou, olhando o anjo pelo retrovisor.

– Eu vou matar o anticristo com esta lâmina. - O anjo falou, virando-se para encarar Bobby pelo espelho. Em uma das mãos segurava sua arma, a lâmina prateada brilhava fraca com a luz proveniente da lua. O rosto do anjo estava fechado, numa máscara de raiva, mas ao mesmo tempo de sofrimento. - Vou perfurar o coração daquele desgraçado, nem que seja a última coisa que eu faça. Vou matá-lo assim como ele matou Amelia.

– Fique calmo Castiel. Amelia não está morta. Ela tem o sangue da família nas veias, não vai desistir tão rápido.

Quem ele estava enganando? Bobby gostaria de poder ter certeza pelo menos desta vez. Assim como afirmava tudo com facilidade em relação à algum monstro apenas pesquisando sobre eles, queria ao menos ter certeza desta vez de que Amelia ainda estava viva; Acabara se afeiçoando pela sobrinha. Cada vez que olhava para ela, se lembrava de sua irmã.

Castiel voltou a olhar para a lua no céu; em seu íntimo rezava à seu Pai para que tudo isso terminasse de uma vez.

Eram dez horas da manhã quando finalmente chegaram em Grants Pass. Um nevoeiro se estendia por toda a cidade, além de nuvens escuras cobrirem o céu, e rajadas de vento batiam com força nas árvores e fios de luz. O dia estava virando noite. Uma tempestade estava a caminho.

Mas não era apenas isso que chamava a atenção, mas o fato de a cidade estar deserta.

Mesmo a neblina atrapalhando a visão deles, não viram uma pessoa sequer andando pelas ruas, ou dentro de lojas e casas. Dean parou o carro no acostamento. Sam desceu, e foi abrir o porta-malas, colocando uma arma na calça, e pegou a Flagelo de Fogo, segurando-a firme na mão.

Bobby parou a van logo atrás; Castiel apareceu ao lado de Sam, pegando uma das armas.

– Impressão minha ou o Diabo está na cidade?! - Dean falou segurando a Chama da Morte.

– E você tem dúvida disso? - Sam retrucou.

– Por aqui. - Castiel não queria ficar parado, esperando. O tempo era algo crucial para eles. Saiu andando em direção à uma ruela.

Sam olhou para o irmão e para Bobby, visivelmente preocupado com o anjo, seguindo-o, todos os três empunhando suas armas.

As ruas, lojas, tudo ao redor deles estava vazio, nenhum barulho era ouvido a não ser ruídos provocados pelo vento.

Dean estava logo atrás do anjo, mas não percebeu quando ele parou, esbarrando-se no amigo.

Antes porém que Dean reclamasse, Castiel levou o dedo ao lábios, sinalizando para que todos ficassem em silêncio, tornando a olhar o que chamava a atneção.

O fim da ruela em que estavam dava início a uma orla; aos redores árvores se erguiam formando uma densa floresta a sua frente. O arcanjo Miguel estava parado defronte a um batalhão de sessenta de anjos, todos esperando o consentimento do mestre para adentrarem a floresta.

– Atneção! - Bradou o arcanjo, sua voz poderosa alcançou cada parte da cidade. - De todas as guerras celestiais ou terrenas, esta é a maior. A disputa que encerrará a direção do universo. Somos as armas de Deus, a mão da justiça, a herança do Pai Criador. Não importa se eles possuem o anticristo ou o Anjo Negro, nós temos a fé...

– Anjo Negro? - Sam sussurrou, sem entender a quem o arcanjo se referia.

– É uma entidade poderosíssima, de natureza indecifrável. Deveria servir ao Arcanjo Miguel, mas quando corrompido, servirá ao Arcanjo Sombrio. - Castiel sussurou em resposta, olhando por fim para Sam. - Amelia.

–... Aos probos, os louros. - Miguel entoava. - Aos perversos, a morte!

Sob fervorosa consagração, Miguel desfraldou as asas rajadas e junto aos soldados, lançaram-se rumo à floresta.

– Vamos - Dean falou, tomando a frente, embrenhando-se na floresta com os outros.

Num espaço entreaberto entre as árvores, uma horda de satânicos se preparavam. Podiam ouvir os anjos se aproximarem do local em que estavam.

Em uma campina mais distante dali, Lúcifer estava sentado em uma rocha; atrás dele estava o anticristo e a nefilim, ou como a caracterizavam, Anjo Negro.

– A Batalha já irá começar meu Pai. - Falou Jesse.

O arcanjo nada respondeu.

Enquanto isso, no outro extremo, um esquadrão se aproximava. Sessenta anjos, hábeis e corajosos, avançavam em seta, prontos para perfurar o bloqueio inimigo. Os demônios enxergavam o ímpeto dos invasores, sua crença na vitória e a sede de sangue em seus austeros semblantes.

Alguns pensaram em recuar, mas o Anticristo, surgindo logo atrás dos demônios, gritou uma ordem. Sua voz era como um rugido, e seus compatriotas endureceram nas linhas.

Os Winchester, Bobby e Castiel corriam por entre as árvores tentando encontrar onde Lúcifer estava.

Porém, Miguel chegou primeiro ao local desejado pelo grupo.

– Olá meu irmaõ. - O arcanjo anunciou sua presença, fechando as asas.

– Olá Miguel! - Lúcifer levantou, ficando frente a frente ao irmão. Ele poderia até tentar jogar a ladainha sobre Miguel, de que eles não precisavam fazer aquilo, mas não queria jogar fora a chance de acabar com o irmão. - Finalmente a batalha terá início.

– OPA!!! Vocês não vão querer começar a festa antes de nós! - Dean surgiu, gritando de entre as árvores, em direção aos arcanjos. Sam surgiu logo em seguida, acompanhando de Bobby e Castiel.

– Ah sim... Os Winchester. Vocês são um pé no saco, sabiam? - Lúcifer suspirou, entediado pelo presença dos homens.

– E é por isso que estamos aqui. - Dean retrucou.

– Nós temos coisas a acertar. - Sam falou para o Diabo.

– Nisso meu irmão, eu concordo com ele. - Miguel se pronunciou. - Por culpa deles que ficamos presos naquela jaula. Não vou deixar isso simplesmente, passar.

Dean se afastou para o outro extremo da clareira, longe o bastante de onde Sam estava. Miguel acompanhou o andar do outro.

Lúcifer e Sam ficaram parados onde estavam, encarando um ao outro.

– Sabe, vocês dois... - O arcanjo apontou para Castiel e Bobby. - Tem duas pessoas que estão loucas para vê-los.

Com um estalar de dedos, Meg apareceu logo atrás do amo.

– Vejam só, Castiel! - A mulher riu com desdém. - Sabe eu até poderia acabar com você Castiel, acredite. Mas eu não poderia fazer isso com a minha mais nova irmãzinha. Ela está louca para acabar com você.

Das árvores atrás de Lúcifer, surgiu a nefilim, terrível e imponente.

– Meu Deus... - Bobby exclamou baixinho, as palavras morrendo em sua boca.

Mesmo a uma longa distância, a criatura teve a visão de Dean de um lado da campina, e de outro a de Sam e Bobby, mas seus olhos negros como a noite se fixaram na figura estática do anjo Castiel. A dor em seu peito aumentou, mas não era uma dor no coração, pois não era apenas ele que movia as suas emoções; sua alma ardia de fúria. A lembrança das acusações que o anjo lhe rogou voltaram a sua memória, causando-lhe mais ódio.

A nefilim investiu com extrema velocidade, cruzando o campo em segundos, porém ela não parou, sua mão fechada, atingiu perfeitamente o rosto de Castiel, lançando-o longe. Ele só parou quando as costas encontraram uma grande árvore, escorregando para o chão.

Com o nariz imundo de sangue, Castiel viu a nefilim voando aonde ele estava.

Sam e Bobby acompanharam boquiabertos o golpe que o anjo levara.

– Não fique assim. - Meg falou, próximo a Bobby. - Sua vez chegou.

Surgiu ao lado do demônio o barulho de cachorros, mas Bobby não via nada ali.

– Cães do Inferno... - Robert empunhou a arma, dando alguns paços para trás. Pareciam ser o total de dois cães ali. Ele pode ver o sorriso de Meg.

– Podem atacar meninos.

Atirou no primeiro lugar onde parecia ter um dos cães. Por sorte acertara, mas precisou dar mais três tiros até ter certeza de que aquele tinha morrido. Megan havia sumido, mas Bobby não tinha ideia de onde estava o segundo cão.

Naquele momento, Sam iniciou seu ataque ao arcanjo sombrio. As espadas faiscaram ao se tocarem, e por alguns instantes Sam pensou que seu fim estava próximo, porém uma pequena esperança reascendeu em si, e a Flagelo de Fogo pareceu sentir a coragem de seu portador, tornando a brilhar tal como brilhava para seu antigo dono, o arcanjo Gabriel.

Dean e Miguel se entreolhavam, em perfeita concentração, iluminados pelo ardor de suas espadas fulgentes. Eram os únicos que ainda não lutavam.

– Essa espada me pertence. - Miguel falou, olhando para a Chama da Morte nas mãos do caçador. - Tive que fazer outra arma para mim.

– Ninguém mandou descuidar do que é seu. - Dean replicou. - Achado não é roubado.

Confiante em sua grandiosidade, o Príncipe dos Anjos esperava pelo primeiro golpe, deliciando-se com a tensão do inimigo. Dean por sua vez, suava, aguardando um vacilo para manobrar sua lâmina.

– Dean... Até para você, isso é um novo tipo de burrice. - O arcanjo começou a andar em círculo, fazendo com que Dean se movimenta-se também. - Você não é forte o suficiente.

– Aí que você se engana! - Dean viu pelo canto do olho que Sam e Lúcifer já lutavam, e que por incrível que pudesse parecer, a luta estava equilibrada. - E você sabe disso.

Miguel riu, entendendo aonde o caçador queria chegar.

– Você não é mais o recipiente, Dean. Não tem direito de estar aqui.

– Você se acha muito esperto, mas você não passa de um monte de bosta...

– Seu vermezinho. Você não faz mais parte desta história.

– Eu e Sam ainda somos seus verdadeiros recipientes Miguel. Você e Lúcifer não tem força o suficiente para acabar com a gente. - Dean gritou, sorrindo com ironia ao ver o rosto do arcanjo se transformar em uma márcara de ódio. - É muito útil ser amigo de um profeta. - Ele piscou, testando a paciência de Miguel.

– Sabe, eu tentei ser legal... Mas você, é um pé no meu saco.

Em súbita agressão o tirano atacou com toda a energia e perícia, e por um momento o caçador achou-se desesperado. Mas uma força superior animou seus moviemtnso, e a Chama da Morte subiu para bloquear a poderosa lâmina do adversário.

Ao choque das armas, um raio cruzou o céu, causando um barulho quase ensurdecedor. A chuva precipitou caindo com força à suas cabeças.

A sétima trombeta acabara de tocar.

Castiel se levantou, apoiando-se em uma árvore. A visão era turva. A face ensaguentada tornava a mirada obscura, mas ele distinguiu uma mancha preta crescendo em sua direção - era a nefilim que corria novamente ao ataque.

Abrindo as asas em posição defensiva, o anjo usou os outros sentidos, menos feridos, para perceber a mulher.

Amelia vinha em carga; seria tolice bater de frente com ela, um ser grande poderoso. No instante em que os dois lutadores estavam para se chocar, Castiel se desviou. E em vez de deixar que a nefilim enfrentasse as árvores, simplesmente a agarrou pela gola da camisa e alçou voo.

– Amelia pare! Me escute! - Castiel tentou falar, enquanto a puxava para cima.

– Você merece morrer! - Uma voz horrenda saiu da boca dela, nada semelhante com a voz suave que tinha.

Agora, quem estava sendo puxado era Castiel, e de novo, o herói foi jogado longe, onde havia duas fileiras de pinheiros. O choque do corpo fez partir vários galhos pesados das árvores, e o anjo continuou a trajetória, abrindo um caminho profundo no chão.

Aquele era um duelo de grandes.

Bobby procurava ouvir cada barulho, tentando detectar onde estava aquele maldito cão. Um farfalhar de galhos à suas costas, o fez parar. Virou cautelosamente para trás, mas já era tarde, o cão partiu para cima do homem, o derrubando no chão.

Ele não tinha muito tempo, mas com muita sorte, conseguiu atirar nas fuças do cachorro, bem na hora em que este fizera um corte não muito profundo em seu peito.

Megan apareceu na frente do caçador, que conseguira ficar em pé, embora com dificuldade.

– Devo dizer que você lidou bem com os cães.

– Venha lutar você, sua desgraçada.

Meg apostando em suas habilidades, partiu para cima de Bobby, mas fora burrice. Na mão do caçador estava presa a faca de Ruby, e na hora em que o demônio se jogou para o golpear, a faca atravesou o estômago da criatura. Um grito saiu da boca daquele ser, assim como um pequeno brilho, onde estava cravejada a faca. Finalmente Meg estava morta.

Lúcifer vendo a cena, atacou Sam, golpeando com a Raio da Aurora, em traiçoeira manobra. Ao enérgico impacto da arma inimiga, a Flagelo de Fogo escorregou das mãos de Sam, indo perder-se em um extremo da grama.

Desarmado, o caçador preparou para lutar sem arma alguma, mas antes disso sofreu mais um assalto. Conseguiu esquivar-se, mas não tinha lugar algum para ele se escondesse.

Dean tentou avançar com um assalto vertical contra Miguel, mirando-lhe a cabeça, depois na horizontal, à direita e à esquerda. Miguel defendia com tanta força que o bloqueio era quase um ataque e obrigava o caçador a usar toda a potência dos músculos apra não se partir ao meio.

Miguel lutava com maestria ímpar. Lançou uma sequência de ataques ligeiros, sem muita penetração, só para cansar o inimigo. Por pura sorte, a Chama da Morte encontrou a arma do arcanjo. A pacada foi impressionate, e Dean foi duramente jogado contra o chão. Um pouco de sangue escorreu pela boca, mas ele se levantou prontamente, para segurar o próximo baque. Aquilo não iria durar muito; por mas que eles tivesse a sorte de serem o recipientes verdadeiros dos arcanjos, eram humanos. Não iriam conseguir aguentar por muito mais tempo.

Nesse instante, Sam conseguiu recuperar a sua arma, porém ao partir para cima do arcanjo, sentiu ser perfurado pela lâmina da Raio da Aurora.

– Vocês humanos não se cansam de perder. Desta vez, ninguém trará você de volta se desgraçado. Logo todos vocês serão uma linda e feliz família morta. Isso é por ter me deixado daquela jaula Sammyzinho.

Sangue escorria pela boca do Winchester mais novo. Pode ouvir ao longe Bobby gritar em sua direção, e ainda pode ver o seu irmão. Ao bloquear um ataque, Dean olhou em direção de Lúcifer, e pode ver a espada atravessada no corpo de Sam.

O Diabo puxou a espada, retirando-a cheia do sangue do Winchester, e largando o corpo quase inerte do homem no chão.

– Seu desgraçado. - Dean falou para Miguel. Neste instante, uma força surgiu em suas mãos, e segurando firme o pulso do arcanjo, o Winchester fez com que a espada do arcanjo voasse longe. Por impulso, ele jogou a sua também.

Se fosse para acabar com aquele miserável, seria como homem. Como humano.

Dean iniciou um sequência de socos na cara do arcanjo, que arrancou apenas um filete de sangue. O arcanjo segurou o caçador pela gola, iniciando agora o seu ataque. Era possível ouvir o barulho de alguns ossos se quebrando no rosto de Dean.

Lúficer não estava mais no campo, mas não por muito tempo.

A nefilim pousou, caminhando até o anjo, que ainda estava caido no chão. Segurou pela gola do sobretudo dele, erguendo-o no ar. Castiel estava muito ferido, suas asas sangravam, mas ele o sangue em seus olhos diminuira, ajudando-o a visualizar o rosto de Amelia.

– Amelia, não... Era eu... - O anjo tentou falar, mas o sangue escorria frenéticamente de seus lábios.

A mulher pegou sua espada, - a chuva caindo com força sobre eles, além de raios atravessarem o céu a cada segundo - erguendo-a no ar, pronta para investir.

– Amelia...

O Anjo não pronunciara o nome dela implorando, mas num lamento, como se estivesse dizendo que a perdoava, que nada daquilo era culpa dela.

A mulher ficou segurando a espada no ar, sem encerrar o ataque.

– Mate-o Amelia. - Um sussurro surgiu próximo ao rosto dela. Castiel pode ver o Anticristo parado ao lado da criatura. - Você sabe o que ele te fez. Mate-o. Mate-o Agora!

Ela tomou novo impulso, convicta de matar o anjo, mas naquele instante, seus olhos tornaram a ficar verdes; o verde natural, mas apenas os olhos. Por alguns instantes, os olhos dela e do anjo se cruzaram, pela última vez. Um grito saiu da boca dela, mas ao em vez de matar o anjo, ela se virou, iniciando um ataque contra o anticristo. O rapaz, protejia-se com sua arma, mas em instantes, ele segurou a arma da nefilim, virando-a contra ela própria, cravejando a espada no coração da mulher.

Amelia caiu, ainda viva no chão, o sangue escorrendo pelo seu corpo, as veias já não mais presentes em seu rosto, apenas as suas plumas que começavam a ficar cinzas, mas não terminaram seu ciclo.

– Não!!! - Castiel gritou, alçando voo contra o anticristo, sua espada em punho.

Jesse bloqueou assustado o ataque. Uma ira tomou conta do anjo, uma raiva que ele nunca sentira antes. O anticristo se arrependeu profundamente de ter iniciado o apocalipse. Teria certeza de que ganhariam no final. Castiel segurou o rapaz pelo pescoço, uma luminosidade começou a sair de dentro de Jesse, matando o rapaz em instantes. O anjo largou o miserável no chão, onde ninguém o acharia. Segurou Amelia entre os braços, e voou ao campo principal da batalha, onde Bobby estava parado ao lado do corpo já irnerte de Sam.

Dean ainda lutava com o arcanjo Miguel.

Castiel deixou Amelia junto de Bobby, e partiu para o lado onde Miguel batia em Dean, porém, antes que pudesse chegar até lá, Lúficer parou na sua frente, o impedindo de continuar. O anjo sem pensar, preparou para golpear o arcanjo, porém neste instante, um ruído ensudecedor surgiu em meio ao som da chuva, além de um raio cortar o céu ao meio.

Parado entre eles, estava um outro homem, que nenhum do Winchester vira antes. Apenas os arcanjos e Castiel sabiam quem era aquele.

– Nathanael... - Castiel exclamou.

– O que você quer aqui seu anjinho nojento? - Lúcifer proferiu, virando-se contra o recém chegado.

Este porém, encostou a mão na testa do arcanjo, que começara a queimar.

O recipiente de Lúcifer queimava, e apenas o grito do diabo era ouvido, e em instantes nada sobrara ali.

Nathanael agora já estava ao lado de Miguel e fizera a mesma coisa que fez com Lúcifer. Miguel ardia em chamas, e depois nada.

Dean viu tudo aquilo estupefato.

– Quem é você?

– Sou Nathanael. Deus me mandou aqui.

– Ah Deus? E por quê?

– Lúcifer e Miguel estavam prestes a destruir a sua maior criação. O Apocalipse não pode ser forçado a acontecer, tem de ser naturalmente.

– Então mande Deus ir se ferrar.

– Você não fale assim de Meu Pai. - Nathanael aproximou de Dean ameaçadoramente. - Acabei de salvar a sua vida.

– Mas não salvou a de meu irmão!

Nathanael olhou para onde estava Sam, e em frações de segundos, o rapaz já estava em pé, novo em folha. Sem sangue algum em seu rosto.

Dean foi até o irmão, abraçando-o.

Castiel já estava ao lado de Amelia, que estava com a vida a esvairir de suas mãos.

– O que aconteceu com Lúcifer e Miguel?

– Estão na jaula novamente.

– Na jaula? Mas como? Ela foi destruída.

– Eu criei outra. Agora eles só poderão sair de lá através dos anéis.

– Nathanael. - Castiel chamou o anjo. - Você não pode fazer nada?

– Sinto muito Castiel. Nada poderei fazer em relação à Nefilim. Este é o destino dela.

– Então você pode ir.

Castiel voltou a olhar para Amelia, enquanto Nathanael desaparecia.

– Me Perdoe... Castiel... - A mulher tentava pronunciar as palavras.

– Fique comigo Amelia.

– Tem de... Tem de ser assim... - Ela sorriu, porém seus lábios se desmancharam.

Todo o seu corpo se desmanchava em cinzas, que desapareciam, como se nunca tivessem existido. Tudo se esvairiu da mão do anjo, não restando nada.

– Aonde está ela? - Bobby perguntou, espantado e visivelmente abalado.

– Nefilins tem sua alma presa ao corpo. Ao morreram não vão para o céu ou inferno, simplesmente deixam de existir. - Sam falou, sua voz morrendo.

A batalha havia acabado. Porém ninguém tinha vencido. A única coisa que lhes restou foi a perda, exatamente como da última vez. Eles poderiam apenas apagar esse acontecimento da mente deles, mas era impossível.

As espadas tanto de Miguel, Lúficer e Gabriel sumiram junto com Nathanael. Voltaram ao seus lugares de origem.

Ninguém falou nada durante o percurso de volta. Não haviam palavras que dessem apoio ou que os consolassem, o silêncio serviria de consolo para todos, e isto bastaria.

As guerras entre os países tiveram um fim meses depois, quando a ONU conseguiu intervir, finalizando os ataques, e após descobrirem que os ataques partiram de uma rede terrorista. E teve um verdadeiro fim, após os EUA declararem que haviam matado o lider, dos terroristas, Osama.

Quando chegaram na casa, Dean foi direto à geladeira pegar três cervejas, para ele, Sam e Bobby. Robert sentia como se tivesse perdido sua irmã novamente, e ele não pudera fazer nada a respeito. Sam e Dean estavam abalados mas não tanto quando Bobby.

Todos dormiam já, um em cada parte da casa. Não tinham mais o que fazer, apenas seguir a vida deles, como faziam meses atrás. Dean e Sam voltariam a caçar dali uma semana. Teriam que resolver um caso de um vampiro. Já Bobby estava ajudando Rufus, em alguns casos estranhos que estavam acontecendo, provalvemente referidos a uma tal "mãe de todas as coisas".

Castiel olhava fixo para a janela da sala, tentando entender qual fora o propósito de tudo aquilo. Ele não demostrava, mas era o que mais estava sofrendo ali. As emoções que ele tinha tanta curiosidade em conhecer eram agora suas inimigas. Algumas lágrimas escorreram pelo rosto do anjo.

Aquela era a primeira vez que ele chorava.

Fim.


A luz dos postes na rua iluminavam-me fracamente. Eu caminhava tranquilamente pela rua, sem um destino aparente.

De sua sombra asas grandes emergia de suas costas.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que tenham gostado de ler essa fic assim como eu amei escreve-la. Acho que da pra perceber que pode ter uma possível continuação, e ela já está disponível. Se chama BIG MY SECRET. Quero agradecer a todas! Sem exceção. Porém claro que eu tenho que agradecer a algumas especificamente. Começando com a Alana5012 que me apoiou dando suas opiniões desde o começo! MUITO OBRIGADA! E agradecer a Ammy_Winchester que disse que ia brigar comigo se eu matasse a Carmen. Beijos a todos!!



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