Supernatural

Dean pegou uma cerveja, enquanto ouvia Bobby falar com Sam.

– O que isso parece? - Sam perguntou, olhando alguns dos papéis sobre a mesa.

– Não sei ao certo garoto. Mas do jeito que vocês relataram essa explosão de luz, eu diria que isso é assunto para o Castiel.

– Mas Bobby, as explosões causadas por anjos é apenas luz, e tinha fogo, além é claro, de um enorme buraco na terra.

– Eu não sei rapazes. Acho que deveriam perguntar à ele.

– Droga. - Dean exclamou vindo da cozinha. - Só faltava essa. Mais anjos. - suspirou. - Vou tentar chamar o Castiel.

Dean olhou para o teto da sala, imaginando o céu, preparando para chamar pelo anjo, mas uma batida na porta da frente o fez parar.

– Tá esperando alguém? - Dean olhou para Bobby, ofendido pelo seu "ritual" ter sido interrompido.

– Não que eu saiba. - Bobby levantou de sua habitual cadeira indo em direção da porta de entrada. Pela vidraça da porta ele viu uma mulher parada de costas. Não parecia ser ofensiva, por isso abriu a porta. - Em que posso ajudá-la?

A mulher aparentava ter uns 27 anos, pelo menos foi o que ele constatou quando ela se virou; tinha o cabelo loiro caindo na lateral do rosto.

– Tio Bobby!! - A jovem abraçou Bobby, assustando-o.

Dean olhou de esguela para Sam, que olhava boquiaberto para a porta. - Tio? - Ele exclamou, olhando para a mulher também.

Supernatural

The Beginning of the End

– Tio Bobby você não mudou nada! - A mulher se afastou para olhar o rosto dele.

– Amelia? - Bob olhou para a mulher, não acreditando no que via- Mas como? Isto é impos...

– Faz tanto tempo que não nos vemos. Quis fazer uma visita!

– Sua mãe sabe disso tudo?

– Minha mãe? - A garota ficou um pouco atrapalhada com a pergunta dele. - Não, eu não tive tempo de falar com ela.

Bobby ficou olhando para Amelia, desconfiado. Algo estava errado.

– Não vai me convidar para entrar tio?

– Ah, claro. Entre. - Ele se afastou da porta, dando espaço para a mulher entrar. Além da bolsa, ela carregava uma mala de viagem. - Estes são Sam e Dean Winchester.

Amelia estendeu a mão para cumprimentar à ambos.

– Não sabíamos que Bobby tinha uma sobrinha - Sam falou ao apertar a mão da moça.

Bobby abriu a boca para dar uma resposta, mas foi interrompido pela mulher.

– É uma longa história. Minha mãe é irmã do Bobby, mas quando o tio abandonou a família, nunca mais o vimos.

Dean ficou olhando um pouco desconfiado.

– Pra que a mala Amelia? - Bob perguntou.

–Ah sim... Tio, será que eu poderia ficar aqui uns 2 dias?

Ele relutou em responder. Ficou encarando a sobrinha; alguma coisa dentro dele dizia que algo estava errado. Os olhos verdes da moça perfuraram os azuis de Bob. No mesmo instante ele desviou o olhar, como se aquilo machucasse.

– Está bem. - Falou, pegando a mala dela. - Venha, vou lhe mostrar o seu quarto. - disse, conduzindo a moça escada acima.

Dean esperou eles sumirem no corredor, voltando até onde Sam estava sentado.

– Isso, - Ele apontou em direção as escadas, onde a mulher estava momentos antes. - foi estranho.

– Nem me fala! - Sam disse. - Mais estranho for Bobby nunca ter nos falado nada a respeito disso.

– Será que ela sabe sobre...

– Bobby ser um caçador? - Sam perguntou. - Duvido. Viu como ela disse sobre ele ter abandonado a família sem dizer nada?!

– Verdade - Dean tomou um gole da cerveja, ainda olhando para o lugar onde a mulher esteve. - Você acha que ele vai nos contar algo?

– Eu não sei. Talvez amanhã ou...

– Ou nunca.

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– Bom dia! - Amelia cumprimentou Dea, quando ele apareceu no corredor, indo para a cozinha. - Eu fiz algo para você comer.

Ela trouxe os ovos fritos na panela, e despejou no prato sobre a mesa.

– Os outros já acordaram? - Ele perguntou, sentando defronte o seu prato, cortando umas fatias do ovo e comendo.

– Sam está lá fora com Bobby. Ouvi eles falarem algo sobre uma explosão.

Dean tossiu se engasgando um pouco com a comida.

– Ouvi dizerem que foi ontem no fim da tarde. Engraçado ser no mesmo dia em que cheguei.

– É, engraçado - Ele falou com a voz falhada. - De onde você está vindo?

– Alliance. - Falou, arrumando as coisas na pia. - Viagem cansativa.

Dean não disse nada. Ela não deveria ter algo a ver com a explosão, pois ocorrera na outra estrada, contrária ao percurso à Alliance.

– Eu vou lá pra fora com eles. - Falou, levantando. - Obrigado... hm... pelos ovos.

– Por nada. - Ela sorriu. Obeservou Dean sair pela porta dos fundos, vendo-o desaparecer entre os carros.

O sorriso no rosto dela se desfez. Aproveitou que estava sozinha ali e foi até a sala. Começou a vasculhar os papéis sob a mesa. Havia falando sobre tudo lá; Espíritos, Bruxos, Poltergeist, Vampiros, Lobisomens, Demônios, Anjos. Mas nada sobre o que estava procurando.

Não achando nada na mesa, começou a vasculhar os livros na estante. Finalmente achou um livro de capa bem desgastada. Abriu-o sobre a mesa, quase nas últimas páginas. Seus lábios se moviam silenciosamente lendo o que ali estava escrito.

– Eu sabia - falou para si mesma.

– O que está fazendo aqui? - Bobby entrou na sala, surpreendendo-a.

– Nada! - Ela disse, fechando o livro.

– O que está fazendo com esta Bíblia? - Ele perguntou, tirando o livro das mãos dela.

– Estava lendo. É uma Bíblia muito antiga.

Bobby nada disse, devolvendo o livro ao seu lugar na estante.

– Eu não quero ver você mais aqui mechendo nas minhas coisas.

– Desculpe. - A moça saiu detrás da mesa. - Onde estão Sam e Dean?

– Tiveram de sair. A noite eles estarão de volta.

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Dean fechou a porta do Impala com um baque. Ele e Sam foram ao local onde viram a explosão.

Foram andando lado a lado, antes de entrar na densa floresta. Ambos carregavam arma e lanterna.

– Cara, aquela tal de Amelia pode ser bonita, mas eu não fui com a cara dela.

– Percebi isso quando você não jogou uma de suas cantadas nelas. - disse Sam.

– Não cara, é sério! Aquela mulher está escondendo algo. Tenho certeza disso.

– Ela não tem algo a ver com essa explosão? - perguntou Sam.

– Não. - Dean ligou a lanterna, entrando na mata. Sam o seguiu. - Ela disse que veio de Alliance. São lados opostos.

– Qualquer um poderia dizer isso Dean.

– Eu sei. - Mais à frente eles podiam ver a claridade. - Mas quando eu olhei para ela, parece que eu fui dominado, e eu concordei com aquilo. Depois que eu saí de lá, pareceu que tudo ficou claro novamente.

Eles cortaram alguns galhos à frente, e pararam.

– Além do mais, não acho que alguém como ela poderia fazer algo assim.

Na frente de ambos um enorme buraco se abria na terra. Todas as árvores ao redor foram arrancadas, e as que sobraram estavam chamuscadas pelo fogo. De alguns galhos ainda saía fumaça.

– Mas que droga... - Foi a primeira coisa que Sam falou. - É melhor chamar o Castiel agora Dean.

Dean suspirou e pela segunda vez olhou para o céu.

– Ei Cass! Consegue me ouvir? - Silêncio. - Tem algo realmente estranho aqui. Achamos que tem algo a ver com a sua gente.

Dean olhou ao seu redor. Apenas ele e Sam estavam ali.

– Cass, é algo importante que...

– Não precisa repetir. Eu ouvi da primeira vez. - Sam e Dean olharam para trás e viram Castiel saindo da mata.

Castiel andou até a ponta do buraco. No mesmo instante desapareceu e reapareceu no centro do buraco.

Dean revirou os olhos.

– Então, o que você acha? - Ele berrou para o Anjo.

– Eu não tenho certeza. - O anjo falou ao lado de Sam. - Tenho uma teoria, mas é quase impossível.

– Como assim? - Sam perguntou.

– Eu não posso confirmar nada. - Ele falou. - Assim que eu encontrar algo lhes aviso.

– Mas...

Antes que Sam pudesse perguntar algo, o anjo sumiu.

– Adiantou muito chamá-lo. - Disse Dean, entrando na floresta. Sam foi logo atrás dele.