Mais um dia na escola havia chegado como sempre não estava a fim de ir para aula, mas tive que ir, minha mãe não queria que eu perdesse o ano, queria ir no meu carro sozinha, quando cheguei lá parei meu carro perto dos outros e fui para perto da minha mãe.

            - Vai ter o que agora? Perguntou minha mãe.

            - Biologia e você?

            - Geometria. Ela revirou os olhos e eu ri.

            - Acho que já vou indo para a sala.

            - Ah Kris fica mais um pouco.

            - Não me olha com esses olhos arregalados. Eu disse tapando meus olhos com as mãos.

            - Eu paro se você ficar mais tempo.

            - Ta bom então eu fico.

            - Ótimo. Ela me abraçou e ficamos ali paradas.

            - Mãe. Eu disse baixinho. – É sério que o vovô vai mudar?

            - Nós devíamos estar envelhecendo. Ela deu um beijo no papai e fomos andando. – Eu sei que você não gosta de mudar, mas é necessário.

            - Eu sei, é difícil, mas queria poder ficar mais aqui.

            - Meu anjo eu sei que você gosta muito daqui, mas infelizmente temos que ir.

            - Está bem, eu vou indo para a sala. Ela abriu um sorriso de leve e passou a mão em meus cabelos. Depois de muito andar cheguei a minha sala, ele já estava lá sentado no mesmo lugar de sempre, já eu vou para meu canto como sempre fazia, sozinha sem querer saber de ninguém, ouvindo os pensamentos medíocres das pessoas sobre minha vida, pois para eles não a nada melhor na vida do que cuidar da vida dos outros.

            - Podemos conversar? Ouvi aquela sua voz doce, redirecionada para mim, eu congelei toda quando percebi que ele falava comigo, mas por que, por que agora?

            - Para que? Para nós nos desentendermos novamente e brigar? Eu disse me virando para janela sem perceber que uma serena chuva estava caindo.

            - Eu só queria te pedir perdão, eu fui um...um completo idiota, você é a minha vida Kris, percebi que sem você minha vida não tem sentido, mas como eu não era bom o bastante eu tive que lhe fazer sofrer para perceber o quanto você era importante para mim, me perdoe. Ele segurou em minha mão, mas logo retirei minha mão da dele e assim que senti que as lágrimas iriam cair virei novamente para a janela e aí sim permiti que elas caíssem.

            - Mesmo se eu te perdoar, não podemos ficar mais juntos.

            - Eu lhe entendo se não quiser voltar comigo, deixe pelo menos que eu seja seu amigo.

            - Não podemos Luka, me desculpe. Eu saí correndo da sala, chorando, na saída esbarrei na professora, que me chamava para saber o que aconteceu.

            - Kris espere aonde você vai. Ouvia seus passos acelerados, eu abri bruscamente a porta e senti uma mão puxar meu braço e eu fiquei ao seu encontro, nossos rostos ficaram grudados e a chuva que caia aumentava mais ainda o clima de romance no ar. – Você é tão linda, senti falta dos seus olhos azuis e dos seus cachinhos negros, todos os dias imaginava quando tocaria novamente nesta sua pele pálida. Nós nos aproximamos mais ainda deixando os nossos rostos a milímetros de distância.

            - Você não sabe o quanto senti a sua falta. Nós então finalmente nos beijamos, não liguei para a chuva que caia, estava realmente como em um cenário de filme, debaixo de uma chuva um casal completamente apaixonado descobrem que não podem viver sem o outro depois de uma troca de desculpas, a mocinha tenta fugir, mas o cavalheiro vai atrás dela e a beija.

            - Chaga Luka, não podemos ficar juntos. Eu afastei seu rosto do meu.

            - Mas por que Kris?

            - Meus pais, eles vão se mudar no fim do ano, meus irmãos irão para a universidade, depois eu serei a única no colégio. Olha eu não quero sofrer mais por causa disso, então, continue vivendo sua vida e eu vou seguir a minha.

            - Mas Kris o nosso amor é maior do que tudo, lembra?

            - O que me faz lembrar o porque voltaria confiar em você novamente?

            - O que?

            - É isso mesmo que você ouviu, nós voltamos e logo depois qualquer coisinha que eu fizer vai ser motivo para você se separar de mim.

            - Kris eu mudei.

            - Eu duvido e me deixa em paz. Eu saí correndo em direção ao banheiro, eu o amo tanto, mas não queria sofrer e nem fazê-lo sofrer quando eu tiver que ir embora, por isso eu disse aquilo para ele, pois minha cabeça dizia que aquelas palavras seriam menos dolorosas que minha partida, mas meu coração diz completamente ao contrário, chegando no banheiro permiti que meu corpo caísse no chão. – Droga. Gritei batendo com minha mão fortemente no chão, a dor em minha mão não era maior do que a dor no meu coração. Levantei daquele lugar e tirei a chave do meu carro do meu bolso. Chegando no estacionamento, vi Luka no banco do motorista de seu carro com a cabeça apoiada no volante, aquela imagem me atingiu fortemente com uma dor de culpa.

            Entrei rapidamente no meu carro e saí a toda velocidade, assim que cheguei na estrada eu diminui a velocidade, não queria sofrer um acidente ou algo do tipo. Chegando em casa, vovó me viu chegando mais sedo, mas adivinhou por que, quando me viu molhada.

            - Oi vó. Eu disse forçando um sorriso.

            - O que aconteceu?

            - É uma longa história, eu vou ir tomar um banho quente antes que eu fique doente.

            - Eu vou te preparar um chá.

            - Obrigada vó. Subi a escada a toda velocidade e entrei para o banho, logo após fui secar meus cabelos e vestir uma roupa bem quentinha, desci as escadas e minha avó tinha acabado de me preparar o chá. Sentei a mesa da cozinha e comecei a beber o chá.

            - Agora a senhorita pode me contar o que houve?

            - O Luka veio me pedir desculpas.

            - Isso é bom.

            - Seria se eu não tivesse falado um monte de besteiras pra ele.

            - O que você disse?

            - Falei para ele que nunca mais voltaríamos porque ele voltaria a fazer aquilo novamente e era para ele me esquecer.

            - Por que você fez isso meu bem?

            - Porque tenho medo de quando formos embora daqui, me fizesse sofrer, fazer ele sofrer.

            - Vocês se amam.

            - Mas não vamos morar um perto do outro.

            - E que tal eu conversar com seu avô? Eu falo com ele para morar em uma das cidades da região.

            - Você faria isso por mim vó?

            - Claro meu anjo. Ela disse beijando o topo da minha testa. – Mas você terá que pedir desculpas ao Luka, ele te ama e você também, não fiquem longe um do outro.

            - Claro vó eu irei fazer isso. Eu saí da cozinha e peguei meu celular a chave do carro e voltei a sair, chegando na casa de Luka fiquei com um pequeno receio de tocar a campainha. Mas logo depois que toquei, ouvi sua voz, por pouco minhas pernas queriam que eu fosse embora, mas eu teria que enfrentar o meu erro.

            - Kris?

            - Oi Luka, eu vim te pedir desculpas, me desculpe, olha eu fui uma grossa lhe dizendo aquilo.

            - Não você tinha razão.

            - A verdade é que eu estou com medo, de voltarmos e depois eu ter que me mudar. Eu queria poder ficar aqui com você.

            - Eu entendo, mas então vamos começar do zero. Ele colocou meu cabelo para atrás da orelha. – Você voltaria a namorar comigo? Eu sinto muito ter te deixado, eu não sei o que me deu, eu agi por impulso. Me perdoe. Ele disse sua ultima palavra e me beijou um beijo tão profundo, um beijo de amor. Sempre confiei em Luka e sempre vou amá-lo. – Eu sei eu não cumpri minha promessa, de estar sempre ao teu lado de nunca te abandonar, mas agora, vai ser diferente eu prometo. Ele disse me beijando. – Eu te amo.

            - Eu também.

            - Então Kristin Beatrice Cullen Hale, você aceita novamente ser minha namorada?

            - Claro. Nós nos beijamos novamente.

            - Vem vamos entrar. A mãe de Luka estava na sala e logo me cumprimentou com um sorriso. Fomos para o quarto dele como sentia falta de ficar com ele ali abraçada durante a tarde toda. Então fomos matar a saudade conversar sobre as coisas e matando a saudade de ficar perto um do outro.