Vinculo Completo Parte 2: agora ou Nunca escrita por Fernanda Melo


Capítulo 21
Capítulo 20 - Nada mais além




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Um ano depois...

- Bom dia. Disse bocejando, estava morta de sono e fome também.

            - Bom dia querida, quer que eu prepare alguma coisa? Perguntou minha mãe.

            - Eu acho que sim, estou com tanto sono que nem consigo andar direito. Disse me jogando no sofá. Tio Em estava vendo TV e Tia Rose estava na garagem devia estar namorando seu carro como sempre.

            - E aí pirralha, com sono?

            - Não eu só bebi um pouquinho antes de acordar.

            - Para de brincadeira.

            - Tio Em pela minha cara eu pareço estar com o que?

            - Está bem me desculpa, não foi minha intenção te magoar.

            - Ah tio chantagista emocional. Eu disse lhe dando um beijo na bochecha, levantei do sofá e fui para a cozinha. Minha mãe havia preparado um ótimo café da manhã. Eu me sentei-me à mesa e comecei a comer, foi aí que eu percebi que faltava gente na casa. – Cadê o pessoal?

            - Foram caçar.

            - Hum. Dei um suspiro e comecei a comer. – Mãe posso ir almoçar hoje na casa do Luka?

            - Você passa tempo demais com ele.

            - Você está parecendo o papai. Resmunguei.

            - Está bem, pode ir. Ela sorriu para mim, eu devolvi com outro sorriso.

            - Mãe você acha que eu e o Luka podemos ser felizes?

            - Filha por que a pergunta?

            - Nada mãe, eu, eu tenho medo de perdê-lo, tenho medo que os Volturi tentem pegá-lo por minha culpa.

            - Isso não vai acontecer, eles só podem matar humanos que saibam do nosso segredo.

            - E se ele soubesse? Ela me encarou com uma de ‘ não acredito que você contou’

            - Você contou para ele?

            - Não, mas acho que ele é igual a tia Bella.

            - Temos que tomar cuidado meu amor, ele não pode descobrir sobre nós.

            - Eu tomo cuidado mãe. Eu acabei de tomar meu café logo em seguida e fui para sala, sentei no sofá um pouco longe do meu tio, fiquei um pouco distante pensando no nada.

            - Hei Kris, acorda. Senti ágüem me sacudir.

            - O que? Eu disse meio assustada.

            - Eu estava falando com você.

            - Me desculpe tio eu estava longe, o que você quer?

            - Mary me ligou para te perguntar se você quer ir com ela e Nessie a Forks.

            - Não estou afim. Eu disse sem muito questionar, meu tio respondeu a Mary no outro lado da linha e desligou o telefone.

            - Você agora não desgruda mais desse garoto. Você não sai mais com suas primas, não quer mais saber dos quileutes o que está acontecendo com você?

            - Nada.

            - Nada sei, eu te conheço muito bem Kristin, nós te conhecemos muito bem, você está deixando sua mãe preocupada a cada dia que passa.

            - Não é nada tio.

            - Hei, olha pra mim, sua mãe está preocupada com você, seu pai também está todos nós estamos, você anda muito voada ultimamente, só quer saber de ficar no quarto e só sai com seu namorado e de vez em quando, não vê mais seus amigos, o que está acontecendo com a aquela pequenina que eu adorava pegá-la no colo e fazer-lhe cócegas? Kris fala com a gente, conte com a gente nós somos sua família e olha não esconda nada da sua mãe, ela é a única pessoa que pode lhe ajudar com o que você está sentindo.

            - Tio tenho medo de magoá-la com o que eu quero fazer.

            - E o que você quer fazer?

            - Ver... Eu não conseguia falar nem sei se eu devia, para que? Sabia que iria magoar minha mãe e eu iria ficar péssima com isso.

            - Ver o que?

            - Nada tio esquece é só uma besteira, vou para meu quarto. Eu disse me levantando do sofá e subindo as escadas rapidamente.  Eu deitei na cama e comecei a novamente a pensar no nada com meus olhos fixos no teto, peguei meu travesseiro e tampei minha cara, estava tão entediada.

            - Por que você sempre tem que fazer isso Kristin Beatrice? Por que ? Me assustei ao ouvir alguma coisa se quebrando, olhei para ver o que era, havia quebrado meu porta retrato preferido. – Que droga de poder. Eu me levantei para catar os cacos de vidro esparramados pela cômoda, mas não percebi que tinha no chão e cortei meu pé. – Hoje é o meu dia. Fui até o banheiro e peguei algumas coisas do quite de primeiros socorros, fiz um pequeno curativo, não era uma coisa preocupante. Depois de jogar meu porta retrato favorito no lixo voltei para cama, vamos ver se dessa vez não quebro nada. Estava conseguindo controlar minha mente assim, não permitia que o poder do tio Ed caísse sobre mim e as vezes o da minha mãe. Só faltava dois anos para completar dezoito, só falta dois anos para os Volturi chegarem e acabar com minha vida.

            Por mais que eu tivesse medo deles tinha coragem o bastante para querer acabar com eles, quem sabe depois de transformada em não consiga fazer isso? Não seja tola Kristin uma pessoa apenas não dá conta dos Volturi ainda mais você sua humana.

            - Que saco. Resmunguei, ouvi vozes vindo da sala, eles aviam chegado da caça eu não quero descer então vou ficar aqui. Nesse ponto eles já devem saber da conversa que tive com tio Em, ele sempre conta. Eu me revirei na cama de tédio, até voltar na mesma posição, decidi então ficar levitando algum objeto, girava e girava o cubo no ar. Por fim desisti fiquei cansada e me virei na cama acabando caindo no sono.

            Aquele sonho estava estranho, estava sonhando que estava saltitando pela floresta com pessoas que eu não conhecia, eu era pequena devia ter uns cinco anos mais ou menos. Me vi afastando deles e indo para perto dos meus pais eles diziam para eu voltar e vi eles morrendo.

            Acordei assustada, e finalmente percebi que era apenas um sonho idiota. Me levantei fui ao banheiro e lavei meu rosto. Vamos ver se eu não durmo mais. Descidi descer para a sala meu tio estava assistindo um filme de ação exagerado, onde tinha carros explodindo e membros de pessoas voando para todo lado. Eu me sentei no sofá para ver o filme.

            Mamãe e papai não estavam ali, nem dei importância deveriam estar em qualquer outro canto da casa já que às vezes cada um quer ficar em uma parte da casa. Continuei assistindo o filme sem ver o que acontecia, tio Em tinha razão eu estava avoada, não prestava atenção em nada, mas meus pensamentos foram interrompidos por um toque do meu celular.

            - Alô.

            - Oi meu amor, você não vai vir almoçar?

            - Havia me esquecido, mas vou sim já estou pronta eu chego aí em um minuto ta bom?

            - Ta, estou te esperando.

            Desliguei o telefone e fui para meu quarto me trocar, coloquei um vestido simples e uma sapatilha, não queria nada grandioso, saberia que se minha mãe estivesse naqueles dias de moda, como todo dia ela seria capaz de me matar em xingos por não estar tão bem vestida.

            Desci os degraus segurando a chave do meu grandioso e exagerado carro, que meus pais me deram, um porsche cayenne s, ele é de mais. Me despedi dos meus tios e avós e fui procurar meus pais eles conversavam no quarto deles eu não poderia sair sem falar para eles sem aonde eu ia.

            - Mãe, pai?!

            - Sim querida. Disse meu pai, eu sempre ficava envergonhada quando ele me dizia isso não sei por que.

            - Estou indo almoçar na casa do Luka está bem?

            - Está bem querida vá se divertir um pouco.

            - Tchau, amo vocês.

            - Também te amamos e cuidado. Eu me virei e fui até a garagem, minha tia Rose ajudava com o carro e ela o deixava impecável. Na estrada eu era bem cuidadosa não gostava de andar correndo, por que primeiro eu não era vampira, então não quero acabar com minha vida. Chegando na casa do Luka eu parei meu carro em frente a garagem e liguei o alarme, ele já estava encostado na porta com uma carinha de sapeca querendo alguma coisa.

            - Oi meu amor. Eu disse, chegando perto dele.

            - Não está se esquecendo de nada não? Ele disse me encarando, eu sabia muito bem o que ele queria um beijo.

            - Não só queria ouvir você falar. Disse dando um beijo nele, nós entramos e fomos para seu quarto.

            - Você está diferente o que ouve?

            - Por que todo mundo está me fazendo esta pergunta hoje?

            - Talvez por que todo mundo percebeu?

            - Estou um pouco tensa. Eu disse me sentando na cama dele, enquanto ele foi desligar seu computador, nunca havia reparado que ele tinha um violão então para mudar o assunto...

            - Você toca?

            - Às vezes, mas não me arrisco muito.

            - Toca pra mim?! Por favor. Disse fazendo aquela carinha irresistível que sempre funcionou, ele pegou o violão depois de muito tentar resistir e começou a tocar uma música. Ele cantava tão docemente para mim, ele tocava muito bem, como ele nunca me disse? Eu estava concentrada ouvindo o ultimo refrão da música.

            - Gostou?

            - Claro, amei.

            - Não está parecendo.

            - Lá vem. Resmunguei baixo.

            - Conte para mim o que está acontecendo, você sabe que vou te apoiar. Ele disse se sentando ao meu lado na cama, ele me puxou para um beijo, mas eu não estava muito afim, aquele sentimento de querer ficar na solidão me tomou novamente, eu queria falar para alguém, mas aquilo estava tomando conta de mim mais do que pensei.

            - Luka, eu queria visitar o túmulo dos meus pais, mas... Parei por um instante, espero que minha mãe não tenha uma visão com isso.

            - Mas o que?

            - Tenho medo de magoar minha mãe. Eu abaixei a cabeça, ele tirou os cabelos da frente do meu rosto para poder me ver, ele me deu um beijo em minha bochecha e me abraçou.

            - Converse com ela tenho certeza que ela irá te ouvir e entender sua escolha.

            - Tenho medo que ela ache que não a amo mais, que eu quero voltar ao meu passado e me arrependa de estar morando com eles.

            - Por que você se arrependeria? Não há motivos para isso. Ele acariciou meu rosto e segurou minha mão. – Vamos nos atrasar para o almoço. Nem havia percebido que a mãe de Luka havia nos chamado para almoçar, descemos até a cozinha e nos servimos, sentamos todos na mesa e conversamos enquanto comiamos era um momento muito divertido, já que eu não podia fazer isso com minha família adorava vim todo fim de semana almoçar com ele.

            - Então faltam pouco para vocês se formarem, menos de dois anos já pensaram o que querem fazer na universidade?

            - Eu quero fazer arquitetura, parece ser legal e acho muito interessante. Eu respondi bem convicta do que queria.

            - Eu já imaginei ser muita coisa, mas agora tenho certeza que vou fazer direito. Eu olhei para ele e sorri.

            - Ele sempre foi indeciso enquanto a profissão. Disse ela, a mãe de Luka tinha razão ele nunca me dizia o que queria fazer na universidade.

            - Mas o que importa é que agora eu já sei o que fazer. Disse tentando sair fora do que a mãe dele lhe disse. – Aposto que você será aceita em uma ótima universidade, você tem umas notas excelentes. Completou-o.

            - Minha mãe também disse isso.

            - Mãe eu não havia te falado, lembra quando eu falava que não queria de jeito nenhum encontrar uma garota que fosse super dotada? Pois acabou que agora eu namoro uma. Ele riu e sua mãe também, eu apenas senti minha bochecha corar. – Pelas suas notas não sei como não te colocaram em classe adiantada.

            - Já tentaram eu que não quis. Ele sorriu para mim e mim mandou um beijo, eu sorri e continuei a comer. Logo após o almoço voltamos para o quarto dele deitamos em sua cama e ficamos conversando.

            - Eu adoro ficar perto de você. Eu disse encostando minha cabeça em seu ombro, ele ficou passando sua mão em minha cabeça uma coisa que estava me fazendo ficar com sono.

            - Eu também. Disse ele entre bocejos.

            - Você dorme depois do almoço? Eu perguntei meio incrédula.

            - Às vezes é que hoje eu acordei tão desanimado. Eu ri da cara que ele fez.

            - Não sei como você tem esse seu corpo com essa vida que você tem.

            - Carregando peso, eu já te disse toda reforma que tem nessa casa eu ajudo, eu adoro fazer isso e dizer que fui eu quem fiz. Eu lhe dei um beijo e voltei a deitar em seu ombro. – Você também está com sono.

            - Claro você está fazendo cafuné na minha cabeça.

            - Quando criança sua mãe fazia isso para você dormir?

            - Sempre. Eu disse me aconchegando em seu ombro.

            - Você devia ser muito mimada. Eu rapidamente me levantei do ombro dele e lhe encarei com uma cara de indignação.

            - A é garoto? Comecei a dar tapas leves nele, ele rapidamente segurou minhas mãos, eu tentava me soltar, mas era inútil ele era bem mais forte.

            - Admite que você era mimada, senão eu começo a fazer cócegas em você.

            - Está bom, eu era mimada e sou até hoje e muito por você. Ele me deu um beijo e voltamos a deitar novamente.

            - É bom saber, vou reduzir a doze de mimos.

            - Não. Eu reclamei, eu adorava quando ele fazia cafuné em mim, ele claro fazia tudo exageradamente, mas eu adorava tudo aquilo. – Eu te amo sabia?

            - Acho que já. Ele disse rindo, eu apenas abri um sorriso. Eu já estava meio sonolenta e não conseguia mais manter meus olhos abertos, aos poucos meus olhos exigiam que se fechassem e por fim eu permiti caindo no meu mais profundo sono.

            Acordei ainda com sono sozinha no quarto dele, aonde será que ele se meteu? Eu não sabia se eu ficava ali ou ia procurá-lo, por fim ele chegou na porta do quarto. Eu sorri para ele enquanto espreguiçava, ele veio para perto de mim e me deu um selinho.

            - Bom dia bela adormecida, quero dizer boa tarde.

            - Boa tarde, quantas horas? Perguntei percebendo que era tarde.

            - Três e meia. Ele disse se sentando na cama, eu bocejei mais uma vez, ele acariciou meu rosto olhando profundamente nos meus olhos profundamente. – E então você quer fazer alguma coisa?

            - Não, hoje acordei meio preguiçosa. Disse sorrindo para ele.

            - Huum, interessante, então vou ir tomar sorvete que eu fui comprar enquanto você dormia.

            - Não acredito que você saiu.

            - Eu sabia que você ia demorar. Ele pegou meu braço e me levantou, ele passou seu braço por minha cintura e descemos até a cozinha, ele havia colocado um filme romântico e enquanto passava os trailers ele me servia o sorvete. Nós sentamos no sofá, um do lado do outro e quando terminamos de tomar o sorvete ficamos abraçados para ver o filme, que no final acabei por chorar de tão emocionante. Depois do filme decidi que era melhor eu ir antes que ficasse tarde demais. Despedi-me dele e da minha sogra. Peguei o meu carro e voltei para casa.


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