Ive Never Been Anywhere Cold as You. escrita por rumpelstiltskin


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

obrigada. (:



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Onze.

When you’re standing at the crossroads, don’t know which path to choose.

Quando você está numa encruzilhada, não sabe qual caminho escolher.

Let me come along, cause even if your wrong...

Deixe-me ir junto, porque mesmo se você estiver errado...

I’ll stand by you.

Eu estarei com você.

I’ll Stand By You – The Pretenders.

Butch deu um atestado médico ao Brendon, por ele ter passado o dia em sua casa, conversando sobre a nova doença de Ryan, sobre como faria para tratá-lo à distância. Depois de tudo, Brendon foi direto para casa, cabisbaixo. Ele precisava fazer Ross se abrir e mostrar para ele que o amor é um belíssimo sentimento, só não sabia como fazer isso.

Ao chegar em casa, ficou um bom tempo encarando o nada. Todas as palavras do seu psicólogo ainda estavam dentro de sua mente, como se estivessem num imenso liquidificador, deixando tudo ainda mais confuso de ser resolvido, por isso, era melhor fazer uma tentativa, do seu jeito. Jogou seu moletom em cima do sofá e após suspirar pesadamente. Olhou pras escadas, como se esperasse delas uma resposta rápida. Ela não vinha. Suspirou mais uma vez e subiu as escadas até Ryan que deu um sorrisinho forçado.

“Onde estava?” Ryan perguntou, voltando a zapear os canais sem interesse. “Trouxe café?”

“Estava numa consulta com meu psicólogo.” Explicou, enquanto colocava uma camiseta velha de Ryan que arqueou a sobrancelha e logo sorriu. Brendon ficava bem com aquela sua camiseta, mas ele estava tão abalado com tudo o que havia ouvido, que aquele sorriso não foi capaz de animá-lo. “Me beija?” Pediu, num murmúrio tão baixo que Ryan demorou para ajuntar as duas palavras e assentir.

“Vem cá, estrupício.” Esticou os braços para o mais novo que sorriu de levinho, com o canto dos lábios com o ato infantil do outro. Ele deitou sobre o corpo do mais velho e se enroscou nos braços dele, mordiscando os lábios do garoto bem de leve, até achar que era o momento de aprofundar o beijo. Quando o fez, suas forças se renovaram, como se tudo o que Butch disse desaparecesse ou não fizesse o menor sentido. Era evidente em cada beijo o sentimento de Ross.

Aos poucos, Bden desceu seus grossos lábios para o pescoço do arquiteto que abriu os olhos e inclinou o pescoço. Estava realmente tentando apreciar aquela demonstração de carinho, o que Brendon fazia, mas não dava. Seus olhos se mantinham abertos, como dois faróis a beira mar. As mãos ágeis de Bden desfaziam os botões do pijama de Ryan com rapidez, mas o último não se sentia confortável com aquele toque.

“Brendon,” chamou, bem baixinho. “eu não quero isso agora.”

“O problema, Ryan, é que você nunca me quer.” Bden levantou-se, frustrado e observou o outro apenas afundar a cabeça no travesseiro. “Você nunca tem disposição pra mim, pros meus carinhos.” Decepcionado, Urie tentava não demonstrar tanto aquilo, mas ao mesmo tempo, imaginou que se Ross soubesse como se sentia, não machucaria tanto. Estava enganado. “Não me ama, Ryan.”

“Hunf.” Resmungou baixo, sem realmente responder o menor.

“Não me ama, Ryan?” Insistiu.

         Ryan preferia manter em silêncio, mas seu coração estava completamente apertado, dolorido, a ponto de achar que a dor o sufocaria. Olhando para as costas de Brendon, que voltou a sentar-se na cama, Ryan o abraçou com força, escondendo seu rosto na curva do pescoço do universitário. As suas mãos se mantinham em volta de seus ombros, mordendo o canto de seus lábios, aflito.

“Talvez o Spencer esteja certo...” Brendon continuou, entristecido. “Talvez você só tenha me buscado em casa porque eu sou um excelente escravo. Porque é barato pagar com um pouco de atenção e alguns beijinhos.”

         Ryan reprimiu o sorriso triste com uma mordida mais forte no lábio, engolindo a brincadeira para si. Sentiu novamente a tristeza tragar-lhe com toda a sua severidade. Ele só precisava de um pouco mais de tempo para afastar todo aquele medo de falar, aquele medo de se envolver de novo com quem viesse a decepcioná-lo. E Brendon estava ferindo os sentimentos de Ryan com aquelas palavras, estava fazendo com que ele se sentisse um lixo. Isso não era bom.

“Não fala besteira, seu idiota.” Ross murmurou e Urie não se afastou daquele abraço. “Você sabe que não--”

“Shh...” Brendon pediu. “Só me abraça.” Ryro entrelaçou os dedos aos dele e sorriu de levinho. “Eu tenho tanto motivo pra falar tudo o que falo. Tanto...”

“Então me dê um só...”

“Essa foto na sua cabeceira, não é a min--”  Ryan desfez o abraço, jogando-se na cama irritadamente. Brendon virou-se para Ryan Ross, arqueando a sobrancelha de forma infantil, fazendo o maior rir baixinho do ato, mas rir nervosamente.

“Isso não é motivo, Brendon, é ciúmes!” Resmungou. “E ciúmes sem fundamento algum!”

“Se esse cara voltar, Ross, eu perco você, entende?” Rosnou baixinho, cruzando os braços, ainda infantil, mimado, mas sem deixar de ter aquele ar de decepção. “O problema é que se ele voltar, Ryro, eu perco tudo o que eu consegui com você. Eu vou perder você para alguém que você quer ser íntimo dele enquanto eu só sirvo de escravo que nem pago bem é.” Nesse momento, os olhos cheios de Brendon convenceram a Ryan que ele também estava triste, que ele poderia tentar ser compreensivo.

Olhou para baixo por um momento e em seguida para a janela, percebendo a chuva que caía forte do lado de fora. Vez ou outra o céu era cortado por alguns raios que iluminavam dentro do loft. Ryan suspirou e por um momento decidiu aproveitar sua coragem momentânea de dar uma chance a Urie. Uma única chance de se arrepender das palavras que dizia.

Porque quando ele gostava muito de uma pessoa, ele tentava dar uma chance para não perdê-la.

“Eu só queria ter um lugar maior na sua vida.” Brendon choramingou.

“Brendon, pega o seu casaco.” Ryan disse enquanto pegava uma capa de chuva. Urie franziu o cenho, mas fez o que o outro havia lhe ordenado. Entristecido por – supostamente – não ter conseguido amolecer o coração de Ryan, abrir seus olhos para a realidade.

“Está chovendo.” Reclamou ao colocar o casaco. Sem palavras, Ross pediu a chave do carro de Brendon e a colocou no bolso enquanto descia as escadas. Brendon o seguiu, espreguiçando-se.

“Não me importa.” Respondeu momentos depois, indo para o elevador.

         No carro, conforme Ryan dirigia, Bden mantinha a expressão entristecida, colada na janela do carro para olhar as gotas da chuva adorná-la e os raios iluminarem o automóvel. Ryan estava concentrado na direção, não fazia questão de olhar para Brendon, para não se arrepender do que estava fazendo. Brendon desviou os olhos pra Ryan por um momento em um dos raios que caíam viu uma lágrima escorrendo pelos olhos de Ross, mas ele fez questão de limpá-la rapidamente.

         Sem nenhuma palavra, Ryan saiu do carro ao parar no cemitério. Brendon ficou meio atônito ao notar a aparência fúnebre do local. Não imaginava que seria levado a aquele lugar horrível. Ryan mantinha os olhos ao chão, deixando com que seus pés o levassem até onde ele queria ir. Caminho conhecido aquele, que nem se preocupava. Brendon o seguiu, parando quando o maior parou e sorriu fraco para a lápide, olhando com doçura para a foto que estava ali. Aquela atitude assustou o menor.

“Brendon, esse é o Peter Wentz.” Voltou a olhar para Brendon, apontando a lápide. ”O dono das roupas no meu armário, o homem da foto na minha cabeceira.”

“R-Ryan, eu...” A voz de Brendon falhou e a única coisa que conseguiu fazer foi abraçar Ross fortinho. Um Ross totalmente diferente do que ele conhecia, porque Ryan Ross ficava muito abalado com aquela morte. Não era sua culpa, mas aquela cena seria carregada eternamente em sua memória.

A chuva se misturava ao choro contido de Brendon, tudo o que havia falado a Ryan mais cedo perdera qualquer vestígio de sentido que poderia ter. Por mais forte que Ryan viesse parecer frio, sem sentimentos, não era verdade. Ryan era apenas um homem que sofria as conseqüências de uma vida cheia de traumas.  A chuva só tornava as lembranças de Ross ainda mais vivas, mais dolorosas.

“O Pete foi muito além de um simples namorado, B. Ele foi como um pai, meu melhor amigo, meu incentivador.” Ryan confessou tão baixo que foi difícil para o outro entender, além do que, Urie apertava o outro contra seu corpo, protetoramente. “Eu não pude superar e nem sei se posso.”

“Shh.” Brendon escondeu os lábios na bochecha de Ryan, pressionando-os delicadamente. “Eu aprendi a lição.” Murmurou.

“Me leva embora daqui?” Ryan mordeu o lábio. “Por favor.”

Brendon levou Ross para o carro e, em seguida, para casa. O silêncio tratava de deixar ambos entristecidos e, por isso, Urie ligou o som, mas ninguém prestava atenção. Os dois foram absorvidos por seus próprios pensamentos. Agora sim, Urie entendeu – pelo menos a ponta do iceberg – porque era importante fazer tudo com lentidão, doçura e sutileza. Ele queria Ryan por completo, mas teria que fazê-lo superar a dor passada.

Só precisava saber como.

Quando chegaram em casa, Urie foi direto para a cozinha e Ryan decidiu ir tomar um banho, afinal a água da chuva lhe fazia tremer muito, porque não era só uma chuva, era uma chuva num inverno gelado. Enquanto fazia uma receita tradicional de sopa de legumes, Brendon se culpava mentalmente por ter feito Ryan chorar, por tê-lo feito relembrar coisas ruins. Peter não era tão – não após ter morrido – bom assim para seu amado.

Quando o universitário subiu com as duas xícaras de sopa, Ryan ainda estava no banheiro, porque visitar o cemitério era doloroso e cansativo. Bden pôs uma das xícaras no criado-mudo e sentou-se na cama com a outra. A voz de Ryan falando sobre quem fora Peter Wentz ainda estava em sua cabeça, voltando para torturá-lo e para provar a si mesmo o quão estúpido ele era. Isso doía.

“Estúpido.” Brendon resmungou de si mesmo, tomando um gole da sopa. Ryan saiu do banheiro com seu clássico pijama azul. Ele havia retrocedido. Ao começo da relação, Ross havia deixado de usar pijama em casa para usar algumas roupas, para ficar apresentável aos olhos de Brendon. “Deixei sopa no criado-mudo pra você.” Apontou.

“Não tenho fome.” Murmurou bem fraquinho.

“Você precisa se aquecer da chuva que tomou, Ryan.” Argumentou e o outro assentiu. Pegou a sopa e tomou-a em goles pequenos, intercalados com pequenas assopradinhas frágeis e quando achou que havia tomado o suficiente, deitou-se no colo de Urie que não evitou o sorriso bobo. Urie ajeitou-se na cama, deixando sua sopa de lado e o outro deitou sua cabeça no peitoral de Urie que o fez dormir e acabou dormindo também. Sua tristeza e arrependimento não poderiam ser notados por Ross. Não dessa vez.

A visão do maior estava turva. Conseguia sentir os pingos da chuva adornarem seu rosto antes de tocarem o chão. Todos os amigos, parentes e clientes de Wentz estavam lá, com os olhos fitados no caixão de madeira preta que descia. Peter era querido e muito, muito amado.

Conforme o caixão descia, a vontade de Ryan em se atirar naquela cova crescia, mas ele viveria do jeito que conseguisse, porque Peter não gostaria que ele morresse, embora toda a sua vontade de viver estava sendo enterrada. As gotas da chuva sequer lhe incomodavam mais, nem mesmo o frio. Ele já não os sentia mais. A sua visão estava mais turva e ainda mais focada no caixão, com os olhos estreitados e adornados por lágrimas quentes e salgadas.

A terra que era jogada finalmente alcançou a superfície. Os amigos e parentes de Peter começavam a colocar sobre a terra, rosas brancas. Nas nãos, Ryan tinha um buquê de rosas amarelas – porque eram as favoritas de Wentz – e quando todos acabaram de prestar suas últimas homenagens e foram embora, Ryan sentou-se no chão, focando sua visão na foto de Wentz que ele mesmo havia tirado. Aquela foto vinha proveniente de um momento divertido entre eles, por isso o sorriso do dono da lápide era muito mais bonito.

Dale Wentz foi a única que ousou se aproximar. Ryan inclinou seu corpo, deixando o buquê de rosas amarelas em cima das demais. As cores se sobressaiam, porque Ryan Ross se sobressaía para Peter Wentz. O menino sentiu a mão da mulher tocar-lhe o ombro ternamente. Ele tentou sorrir, mas foi inútil e então, ela sentou-se ao seu lado e juntos eles encaravam o túmulo recém-fechado de Peter.

“Ele te ama.” Dale disse, bem baixinho. “Apesar de tudo o que vocês viveram, ele te ama.”

“Eu fui um idiota com ele.” Respondeu ao encarar a única forma de vê-lo novamente. “Eu não deveria tê-lo feito sofrer.”

         A mulher passou os braços em torno da cintura de Ryan maternalmente e o garoto apoiou a cabeça no ombro dela. Ainda chovia, o céu dividia-se em dois quando os raios passavam cortando aquela imensidão. Ambos sentiam o coração apertado demais para se importar com aquele mero detalhe devastador.

“Pense sempre que você foi o melhor que aconteceu na vida do nosso Pete.”

“Me desculpe, Dale.” Ryan disse bem baixinho. “Eu fiz com que você perdesse o seu filho.”

“Não foi sua culpa.” Ryan deixou uma lágrima cair, tinha Dale Wentz era como uma mãe para ele. “Ele morreu num assalto.”

“Se eu não tivesse saído de casa pra tomar um café, ele não teria morrido.” Ryan choramingou bem baixinho o que fez a mãe de Peter esboçar um sorriso fraco e doce, negando com a cabeça de forma simples. Sem dizer mais palavra alguma.

         A dor fazia questão de castigar Ryan Ross da forma mais cruel possível. Fazia-lhe rever a fumaça saindo do cano da arma que matou seu amado. Por mais que tivesse proferido um desejo explícito por sua morte, Ryan não estava pronto para viver sem Wentz e isso fora descoberto na prática.

         Ryan suava frio, mas não conseguia acordar. Brendon, por sua vez, abraçava-o com força, acariciava seus pseudo-cachinhos e murmurava palavras doces, românticas, e dizia que estava tudo bem. O arquiteto acordou, mas não conseguiu fazer nada mais além de retribuir o abraço, reconhecendo o lugar como seu loft e em seguida o dono do abraço como o estagiário e não como Peter. Urie então pensou consigo mesmo: precisava fazer algo por seu Ryan. E rápido.

         Os dias passaram todos iguais. Os sonhos, as poucas palavras de Ry e Bden tentando animar Ryan de todas as maneiras possíveis, mas tudo parecia – e era – vão. Como se todo o trabalho que Urie teve até agora, tivesse ido água a baixo. O problema era que a barreira do “não sentir” estava quebrada. Para George, nada mais valia a pena, nem mesmo ser especial para Urie que estava com os olhos fixados no computador, na tentativa de escrever uma monografia, mas seus pensamentos estava completamente fixados em Ryan Ross. Bden estava sentado no sofá da sala, concentrado, rodeado de livros de Arquitetura que pertencentes a Ryan e o de autoria dele.  Ao ouvir os passos do outro descendo as escadas, Urie virou-se para ele e formou um bico doce.

“Que foi?” Perguntou. “Você tá fazendo o quê?”

“Tentando escrever minha monografia.” Suspirou, voltando os olhos pro notebook. “Mas eu não to conseguindo passar isso pro papel.”

“Hunf.” Ross resmungou, torcendo os lábios.  Foi até Urie, enlaçando o pescoço dele num abraço doce e por trás. “Você não sabe o que fazer, é? Tantos livros diferentes assim, aqui...”

“Eu sei...” Falou, mordendo o canto do lábio, em tom baixinho. “...só não tenho quem me orientar.” E fez um bico sugestivo, distribuindo beijinhos pelos braços de Ryan, logo que desfez a pequena manha.

“Posso orientar você, sim.” Ryan murmurou contra o ouvido de Bden, bem baixinho. “Só me conta depois do que se trata,”

“Pode deixar.” Brendon simplesmente sorriu, grande, fechando os olhos para curtir o jeito carinhoso de Ross. Era sempre assim. Havia dias – raros - que o maior acordava e lhe enchia de carinho, simplesmente por desejá-lo perto. Havia meses que Ryan não acordava daquele modo.   “Ry?”

“Hmm?”

“O que acha de voltar a estudar?” Bden perguntou baixo, receoso. “Sabe, fazer um doutorado, ou um pós-doutorado. Acho um desperdício você continuar só em casa, sem desenvolver sua mente brilhante.”

         George Ryan Ross se interessou naquilo, de verdade. Fazia tempo que ele não se interessava por algo daquela magnitude. Fazia algum tempo que ele tinha mesmo o projeto de fazer algo diferente, de focar todo o seu perfeccionismo em algo que realmente fosse lhe dar algum retorno, mas mesmo assim, Ross negou com a cabeça.

“Uma pena.” Suspirou “Você é genial demais para ficar parado.”

         A semente de Ryan estava lançada, bastava Brendon cultivá-la com todo amor. Ora, era simples o objetivo de Urie com aquela cartada. Ryan se interessaria por algo, ele se reuniria com pessoas, se exporia como um ótimo arquiteto que era. Ele precisaria ser ajudado por uma outra pessoa e isso ia ser bom pra ele. Bom pra que ele entendesse o quanto viver socialmente era bom e isso abriria as portas – ainda mais – do coraçãozinho congelado de Ryan para o amor de Brendon Urie.

“Eu acredito no seu potencial, meu amor.” Voltou a distribuir beijinhos carinhosos pelos braços de Ryan que riu baixinho. “Acredito em você.”

         Ryan então sorriu, grande, fazendo de Brendon a pessoa mais feliz do mundo. Ele desfez o abraço e foi até Ryan, abraçou-o novamente, agora pela frente, da forma mais forte que conseguia. Ambos sorriam. Distribuiu alguns beijos no rosto do maior e proferia algumas declarações de amor divertida. Ryan não rebatia as declarações, apenas o apertava contra seu próprio corpo.

         A primeira parte da missão de Brendon com Ryan estava cumprida. Definitivamente, Ryan conseguira voltar a sorrir e, principalmente, Ryan voltara a sentir e a gostar de se sentir amado. Embora não gostasse da comparação, ele estava se transformando em um “Pete” pra seu amado.

“Obrigado.” Ryan disse, roçando carinhosamente o nariz no pescoço de Ryan. “Eu vou ver o que faço, mas por hora, vamos nos concentrar na sua monografia.”

“Está certo.” Bden murmurou, sentindo Ross deixar uma mordidinha carinhosa no pescoço dele. “Eu adoro isso, sabia?”

“O quê?”

“Adoro quando você me dá carinho.” Ryan corou, adoravelmente, afundando o rosto no pescoço do menor, que sorriu de forma boba. “Você é adorável.”

         Dias como aquele, com Ryan adorável, eram  raros e quando eles aconteciam, Bden aproveitava ao máximo. Embora ele sentisse ser um carinho frio, por obrigação, Brendon não era muito exigente desde que soube que Wentz estava morto. Migalhas eram suficientes. E não se importava nem um pouco com isso.


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