Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 41
Capítulo 41 - Follow-up's


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



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Chiori acordou ao lado de Sho às seis da manhã.

Tinham passado a noite toda e um par de horas da madrugada a treinar para o dia seguinte e finalmente adormecido com as cabeças em cima da mesa.

A olhar para a cara adormecida de Sho, Chiori sorriu e pensou que agora eram namorados. Tinham tido uma conversa longa e cansativa no dia anterior mas tinham finalmente concordado em tentar sair um par de vezes para experimentar a companhia um do outro.

Ensonada, Chiori olhou para o relógio e resolveu que ainda podiam dormir um par de horas por isso, acordou Sho, guiou-o até à sua cama e deitou-se no sofá ao pé dele.

Namorar com alguém como Sho não ia ser fácil. Ele era conhecido como um mulherengo que podia beijar qualquer mulher sem sentir nada demais por isso, quando Sho lhe dissera que gostava dela, Chiori não se apressou a responder até ele explicar.

É claro que ia ser difícil fingir que estava tudo normal no trabalho e que continuavam a ser apenas colegas mas, como atriz, seria um insulto se não o conseguisse fazer.

Suspirou, fechou os olhos e adormeceu 15 minutos depois.

Duas horas depois, o telemóvel de Chiori despertou acordando-a para o mundo real.

Depois de piscar os olhos várias vezes, e reparou que Sho já não estava na cama. De alguma maneira, ficou aliviada quando ouviu o chuveiro a correr. Espreguiçou-se, bocejou e foi até à janela para ver como estava o tempo. Foi mesmo a tempo de abrir a cortina para ver um relâmpago a cortar os céus.

Parecia que ia ser um dia de filmagens no estúdio.

- Queres tomar banho, agora? – perguntou Sho assustando Chiori que ainda estava a ver as gotas grossas de chuva a cair.

- Ah, não! Ainda tenho que ir trocar de roupa a casa e… - Chiori perdeu as palavras quando se virou e o viu. Tinha apenas um toalha branca enrolada à volta da cintura e o peito completamente nu – Eu…eu…eu…

- Se quiseres, posso emprestar-te umas roupas depois de tomares um duche e depois passamos por tua casa, já que fica a caminho do estúdio. – Sho acabou de secar o cabelo com uma segunda toalha e olhou para ela – Hei! Estás a ouvir-me?

Chiori continuava a olhar para ele com a boca aberta.

- Gostas do que vês? – perguntou Sho com um sorriso convencido.

- O quê!? – Chiori pegou numa camisa que estava em cima da cama e atirou-lha à cara – Veste alguma coisa!

Enquanto Sho ria-se, Chiori passou para a casa-de-banho e fechou a porta com força.

- Eu vou deixar algumas roupas em cima da cama. – disse Sho ainda a rir.

Ela era mesmo interessante.

Kyoko e Ren saíram de casa de mãos dadas e com o melhor dos humores…principalmente Kyoko.

De alguma maneira tinha dado a volta a Ren e agora só faltavam dois dias para darem o próximo passo na relação, finalmente.

- Então, como vamos filmar no estúdio, hoje, não precisamos de guardas, certo? – perguntou Kyoko enquanto percorria os corredores ao lado de Ren.

- Provavelmente. – respondeu Ren – Pelo menos, o Yashiro-san não me disse nada.

Praticamente no mesmo momento em que Ren acabou de falar, o telemóvel de Kyoko tocou. Sem largar a mão dele, ela pegou no telemóvel com a outra mão e atendeu.

- Ah, Tora! – exclamou Kyoko anunciando quem era – O que é que se passa?

Enquanto Kyoko falava com Tora, o telemóvel de Ren também começou a tocar, fazendo-o levantar uma sobrancelha. Rapidamente pegou nele e atendeu.

- Bom dia, Yashiro-san. – cumprimentou Ren – Há algum problema?

As duas conversas prolongaram-se durante cerca de três minutos e, enquanto a cara de Kyoko era de pura irritação, Ren parecia genuinamente chocado.

- O Tora disse que o diretor quer gravar umas cenas à chuva, por isso temos que ir para a universidade. – disse Kyoko extremamente chateada. Quando reparou na expressão de Ren franziu as sobrancelhas – O que se passa, Ren?

- O Yashiro-san disse…ele disse que… - gaguejou Ren tentando responder.

- Desembucha, Ren. – incentivou ela.

- O filme e a personagem “Black Jack” foram nomeados. – disse Ren vendo Kyoko sorrir – Para os Óscares!

Kyoko ficou de boca aberta. – Oh, meu Deus!

- Não é? – Ren sorriu também – Para as categorias de “Melhor Filme em Língua-estrangeira” e “Melhor Ator”.

- Estou tão contente por ti! – disse Kyoko abraçando Ren – Tenho a certeza que vais ganhar! Parabéns!

- Obrigada. – agradeceu Ren retribuindo o abraço de bom grado – E como vou contigo aos Billboard Awards espero que venhas comigo aos Óscares.

Kyoko afastou-se.

- Não estás a falar a sério. – insinuou Kyoko mas Ren limitou-se a continuar a sorrir – Quer dizer…ir aos Billboard Awards é uma coisa, mas ir aos Óscares? Toda a gente vai estar a ver.

- Se fores a um evento mundial como os Óscares, podes ganhar ainda mais reputação, o que vai ser melhor, não só para ti mas para toda a gente que contracena contigo. – explicou Ren tentando convencê-la – E assim eu vou acompanhado por uma linda mulher.

Kyoko suspirou.

- Podemos falar disto depois? – perguntou Kyoko – Vamos chegar atrasados.

Ren aceitou, convencido de que já a tinha persuadido.

Sho batia com os dedos no volante ao ritmo de uma música que passava na rádio. Tinha parado em frente à casa de Chiori para que ela fosse trocar de roupa, e já estava lá à quinze minutos.

Ele não via qual era a obsessão das raparigas com a roupa. Na opinião dele, ela ficava lindamente com a roupa que lhe tinha emprestado. E, em todo o caso, tinha de mudar de roupa quando chegassem ao estúdio.

Com um suspiro impaciente, Sho desligou o rádio e atendeu o telemóvel que não parava de tocar.

- Yo, Shoko-chan. – começou Sho.

“Sho! Onde é que estás!? Já te telefonei duas vezes!”

- Estava ocupado. – disse Sho desinteressado – O que é que se passa?

“O diretor disse para irem todos para a universidade!”

- Está doido? Está a chover! – como que para confirmar, Sho viu um relâmpago no horizonte.

“Bem, ele quer filmar umas cenas à chuva e disse que assim ficava mais natural.”

- Então, ele quer mandar toda a gente para o hospital. – concluiu Sho.

“Sho! Quero-te aqui em cinco mi…”

Sho desligou antes de ela acabar e atirou o telemóvel para o banco traseiro depois de o desligar. Aquilo tudo era um incómodo naquele momento. Queria passar mais tempo com a sua nova namorada e não tinha tempo nenhum para isso.

- O que é que se passa? – perguntou Chiori depois de abrir a porta e fechar o guarda-chuva.

- Eh… - Sho pensou em mentir. No entanto, quando Chiori se vergou para pousar o guarda-chuva molhado no chão, o cabelo caiu para a frente e ele conseguiu ver a cicatriz que ela tinha atrás do pescoço…lembrando-o de que ela levava o seu trabalho muito a sério – Bem…o diretor disse que nos quer na universidade daqui a cinco minutos.

- O quê!? – Chiori olhou para o relógio de pulso – Temos que nos despachar!

- Sim, sim. – apesar de estar chateado, Sho sorriu – Chego lá em quatro minutos. – piscou-lhe um olho – Estás gira.

- Não sejas idiota. – Chiori virou a cara para o lado e cruzou os braços mas estava a tentar conter um sorriso.

Afinal, tinha-se esforçado para o agradar.

James acordou meia hora depois de o despertador tocar, abraçado a Kanae. Tinha-se tornado um hábito dormir no quarto dela…com ela.

De tal maneira que metade do armário dela, já era preenchido pela roupa dele.

- Shit! – exclamou James ao olhar para as horas – Sweetie, you’re late.

Kanae espreguiçou-se e bocejou antes de abrir os olhos e olhar para James. – What?

- Vais chegar atrasada às filmagens, querida. – repetiu James, agora em japonês, para a ensonada Kanae – A que horas é que tens que estar no estúdio?

Kanae piscou os olhos várias vezes e virou-se para o despertador. – Oh, não! Tenho que estar lá em quinze minutos. – ela sentou-se na cama e esfregou os olhos – Podes-me chegar as roupas?

James afastou os cobertores, vestiu os bóxeres e dedicou-se a escolher uma roupa para Kanae.

- Que tipo de roupa é que te apetece usar, hoje? – perguntou James a remexer nas roupas.

- Algo simples. – respondeu Kanae depois de enrolar um cobertor à volta do corpo – Ah! Temos que começar a deitar-nos mais cedo.

- Deitarmo-nos não é o problema. – brincou James levando imediatamente com uma almofada na cabeça – Au!

- Eu vou refrescar-me. – avisou Kanae – Só demoro cinco minutos.

- Vou estar pronto.

Enquanto os três carros se dirigiam para a faculdade, Brian tomava o pequeno-almoço num café ali perto com Ai.

- Então, o que é que tenho de fazer, hoje? – perguntou Brian a olhar para Ai.

Ai vasculhava nos seus papéis, obviamente desordenados. – Tem uma aparição no X-Show, uma reunião com a gravadora e o resto do dia livre.

- Fixe. – comentou Brian.

- Eles vão perguntar se alguma vez pensou gravar um CD em japonês. – continuou Ai.

- É claro. – disse Brian – Mas, como não sou muito bom a escrever japonês, alguém teria de escrever músicas para mim.

- Isso seria fácil de arranjar. – disse Ai tirando apontamentos num pequeno livro com páginas brancas – Ou pode-se traduzir as músicas que você escreve.

- Sim. – Brian olhou pela janela do restaurante, para a chuva pesada que caía lá fora, e lembrou-se de Tyler quando pensou sobre o que escrever. Depois virou-se para Ai – Sabes, Ai…o problema é que, quando estamos apaixonados só conseguimos criar dois tipos de música: feliz e apaixonada ou triste e dolorosa. Dessas já tenho muitas.

- Tenho a certeza que há-de pensar nalguma coisa. – garantiu Ai arrumando os papéis.

- Estou despedaçado, Ai. – continuou Brian levando as duas mãos à cara – Estou apaixonado pelo meu melhor amigo e é óbvio que isto não vai dar a lado nenhum.

- Brian-san… - Ai largou tudo o que estava a fazer – Porque é que me está a contar isso tudo?

- Não sei bem, mas… - Brian olhou para Ai – A Kyoko é uma das únicas pessoas com quem posso falar sobre isso e agora ela parece tão feliz que…parece errado despejar os meus problemas em cima dela.

Ai teve de inspirar e expirar várias vezes antes de conseguir falar outra vez.

- Brian-san, como seu agente, eu prefiro manter as coisas a um nível profissional. – Ai inspirou novamente – No entanto, eu consigo relacionar-me com o que está a passar, agora. Por isso, se alguma vez sentir a necessidade de falar com alguém, basta telefonar-me.

Brian sorriu.

- Obrigada, Ai.

Havia cinco guardas a bloquear os portões da universidade quando o primeiro dos três carros estacionou num espaço vazio, em frente ao passeio e ao portão da escola.

Sho saiu, deu a volta ao carro, abriu a porta do carro, o guarda-chuva e esperou que Chiori saísse para trancar o carro. Colocou um braço em cima dos ombros dela e guiou-a para dentro da universidade, depois de ter a permissão dos guardas.

Kanae foi a segunda a chegar, no carro de James.

- Queres que te venha buscar, depois? – perguntou James.

- Não. Provavelmente apanho boleia de alguém. E tu deves ter coisas para fazer. – respondeu Kanae, inclinando-se para trás para agarrar o guarda-chuva que estava debaixo dos bancos traseiros – Vemo-nos ao jantar?

- Mas é claro. – James inclinou-se e beijou-a apaixonadamente. Quando a largou, sorriu inocentemente, mas ela parecia chateada. Afinal, já o tinha avisado para não a beijar em público – I’ll miss you, my sweetheart.

- Sim, sim. – Kanae suspirou e saiu depois de abrir o guarda-chuva sem se despedir, mas ficou à espera que o carro dele desaparecesse no horizonte antes de entrar.

Quinze minutos depois, foi a vez de Ren estacionar do outro lado da estrada. O atraso devia-se ao facto de Kyoko ter obrigado Ren a parar num café para comer qualquer coisa que se adequasse a um pequeno-almoço.

Agora, estava na hora de começar.


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Notas finais do capítulo

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