Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 35
Capítulo 35 - Férias?


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/132006/chapter/35

- Pare….

Antes que Kyoko tivesse tempo de ir até ao diretor, Ren agarrou-a e tapou-lhe a boca.

- Huf kê ke etá a fuver, Re. (O que é que estás a fazer, Ren?) – perguntou Kyoko, com a boca encostada à palma da mão de Ren.

- Não podes gritar com o diretor. – murmurou Ren sem para de sorrir para as pessoas que tinham olhado para eles – Mesmo que sejas tu, ele pode despedir-te. E eu não quero que a minha namorada seja a próxima vitima.

Quando ela se viu livre da mão de Ren, olhou para ele, com preocupação nos olhos. – Por favor, Ren. Tens que ensinar a Ruriko-san a aguentar ao diretor.

- Ele não pode, Kyoko-chan. – disse Yachiro, com pena, também – Cada pessoa tem a sua maneira de reagir a insultos. Se ela não encontra uma, não vai adiantar de nada, mesmo que o Ren fosse lá

- Ela já não é a mesma pessoa, Kyoko. – lembrou Ren – E, como amiga, tu devias acreditar nela.

Kyoko suspirou e anuiu com a cabeça. – Eu acredito.

Ren sorriu e baixou-se para dar-lhe um beijo no cimo da cabeça. – Linda menina.

Kyoko concordava com Ren e confiava na força de Ruriko, no entanto, para ficar ali sem fazer nada, também era inadmissível para uma amiga. Deu um passo em frente, soltando-se de Ren, e chamou por Kanae como se tivesse acabado de chegar.

Como consequência, as atenções foram viradas para ela, e o diretor também fez questão de comentar a sua chegada.

- Bem, os nossos protagonistas chegaram. – disse o diretor com um revirar de olhos – Finalmente podemos começar.

Mesmo sem ver, Kyoko conseguiu sentir que Ren estava a abanar a cabeça atrás de si. Passou por ela sem dizer nada e continuou em direção ao diretor, deixando Kyoko a perguntar-se se ele estaria agora chateado com ela.

- Primeira cena do dia, pessoal! – gritou o diretor, sentando-se na cadeira – Vamos lá começar!

O realizador levantou-se e começou a dar indicações. Era o total oposto ao diretor e talvez fosse essa a razão para ter uma secretária sempre ao seu lado.

- Bem, vamos começar pela cena em que a Kyoko-chan, o Tsuruga-san e o Sho-kun lembram-se das suas vidas passadas, se não se importam. – pediu o realizador – Todos estudaram o guião, certo? Porque se não estudaram, podemos sempre adiar a cena e…

- É claro que estudaram, senhor. – interrompeu a secretária, fazendo o seu trabalho – São atores. É para isso que lhes pagam.

- Sim. – murmurou Sho – Mas não nos pagam o suficiente para aturar gente como a senhora.

Juntaram-se os três na plataforma, onde o cenário do parque estava montado. Aquilo era só um teste já que a cena para o filme ia ser gravada num parque verdadeiro, numa universidade verdadeira, etc.

- Estão prontos? – gaguejou o realizador – Ação!

- Ainda querem mais provas!? – gritou Taú aproximando-se de Ileida – Tivemos todos o mesmo sonho. Um sonho demasiado grande e explícito.

- Pedes que acreditemos no impossível, Taú. – Iori também avançou para ficar ao lado de Ileida – Em vidas passadas e acontecimentos que transcendem eras.

- O Iori tem razão. – disse Ileida, calmamente – Príncipes, reis…isso são contos para crianças.

- Vê as semelhanças. – pediu Taú, pegando gentilmente na mão de Ileida – A princesa estava destinada a casar com um príncipe tal como as nossas famílias decidiram casar-nos desde que nascemos. E depois a princesa apaixona-se pelo rei…tal como tu apaixonaste-te por ele. – disse Taú apontando para Iori.

O silêncio instalou-se, enquanto Ileida corava, com os olhos pregados no chão. Iori apenas franziu as sobrancelhas mas o resto da expressão mostrou que também estava à espera que Ileida dissesse alguma coisa.

- Somos amigos desde pequenos, Taú. E a minha família é muito importante para mim. – disse Ileida – Se a minha mãe e o meu pai querem que me case contigo então, assim o farei. – ainda sem olhar para cima, ela começou a mexer no anel que tinha na mão direita – Afinal, aceitei a aliança que me deste em sinal de comprometimento, não foi?

O silêncio impôs-se, novamente. Apesar de a resposta dela ter sido positiva, Taú não parecia contente.

- Não disseste que não o amavas. – lembrou Taú.

Ileida abriu a boca para falar mas fechou-a outra vez. Olhou para Taú com uma expressão calma, quase monótona.

- Tens razão. – concordou Ileida – Não disse.

E começou a caminhar para longe deles.

-Corta! – gritou o diretor levantando-se – Muito bem. Vamos começar a fazer os planos.

Começaram todos a juntar-se à volta do diretor e do realizador, enquanto Kyoko tentava aproximar-se de Ren, mas foi parada por Rika que lhe trouxe uma garrafa de água.

- Bom trabalho, Senpai. – congratulou a menina – Quer uma garrafa de água?

- Oh…obrigada. – hesitou Kyoko. Rika parecia muito menos simpática quando se encontrava com o irmão – Devíamos ouvir o diretor, agora.

Rika concordou e ficou ao lado de Kyoko, fazendo ciúmes a Maria que tinha ficado retida ao lado de Hio.

- As filmagens vão acontecer da seguinte maneira. – começou o diretor – Vamos gravar as cenas na casa da Ileina, na casa do Taú e na casa do Iori aqui, no estúdio, no fim. O próximo passo é ir à universidade para filmar. Eles cederam-nos o espaço mas apenas por uma semana por isso não quero ninguém a ficar doente nem a faltar. É bom que estejam a morrer se faltarem. Temos muitas cenas na universidade. Uma semana vai ser pouco para acabarmos as cenas.

- Diretor, se me der licença. – pediu Kyoko, levantando o braço – Em que universidade é que vamos gravar?

- Na universidade de Tóquio. – a cara de Kyoko empalideceu quando ouviu a resposta do diretor – Temos as horas de aulas para filmar no pátio e as horas do almoço para filmar nas salas. Não podemos de maneira nenhuma, perturbar as aulas.

Kyoko queria protestar mas sabia que não podia e Tora não estava ali para protestar por ela. O que é que podiam fazer agora, de qualquer maneira? Já estava tudo arranjado.

- Depois disso continuamos as gravações num parque, lá à beira. – continuou o diretor – Finalmente, dirigimo-nos para Kyoto para gravar as cenas do passado e voltamos para aqui, entendido? – perguntou ele – Mesmo que não tenham cenas em certos dias, todos são obrigados as comparecer porque podem haver alterações no local. Agora que já sabemos que os protagonistas sabem as falas, minimamente, podemos começar. Amanhã, em vez de virem para aqui, vão diretamente para a faculdade. Têm que estar lá às 8:30 ou antes. Por favor, levem os vossos guarda-costas. Nós vamos levar alguns polícias mas não somos baby-sitters de ninguém, compreendido?

Sem esperar por uma resposta, o diretor saiu do estúdio com passos apressados.

- Agora, por favor. – começou a secretária do realizador – Se pudessem ficar durante mais alguns minutos…o senhor realizador tem algumas coisas para dizer a cada um de vocês.

Kyoko ficou a ver o realizador a passar de ator para ator vagarosamente e suspirou. O Ren tinha dito que as gravações seriam estendidas até ao fim da tarde e agora tinham feito uma cena experimental e já estava acabado.

Será que agora podiam ter mais algum tempo a sós?

- Onee-chan!

Kyoko olhou imediatamente para Maria que se encontrava ao colo de Ren, a acenar para ela, ambos com grandes sorrisos.

Kyoko acenou de volta e depois olhou para Rika.

- Queres vir? – perguntou ela vendo Rika hesitar, talvez por causa de Ren. Foi por isso que Kyoko decidiu não insistir quando ela recusou o convite – Então porque é que não vais para a beira do teu irmão?

Depois de garantir que Rika chegava à beira do irmão, Kyoko foi ter com o namorado e a sua irmãzinha.

- Está tudo bem? – perguntou Kyoko porque eles pareciam estranhamente felizes – Aconteceu alguma coisa boa?

- O Ren tem um presente para ti! – exclamou Maria, extasiada.

- Shh, Maria. – pediu Ren levando o indicador aos lábios – Tem que ser surpresa. – ao ver Maria fazer beicinho, Ren sorriu – Mas, se quiseres, podes-lhe contar sobre a outra coisa.

- A sério?! – perguntou Maria, entusiasmada – Posso mesmo!?

- Claro. – disse Ren – Mas tem que ser num sítio mais calmo. Enquanto isso, eu vou falar com o realizador, para ver se ele nos deixa ir embora. – ele pousou-a no chão, depois endireitou-se e olhou para Kyoko – Depois falamos sobre a universidade.

Kyoko anuiu com a cabeça e sorriu quando ele lhe deu um beijo na testa. Ren parecia estar sempre um passo à frente e isso descansava-a. No entanto, sabia que não podia depender sempre dele.

- Vamos para o camarim? – perguntou Maria.

- Sim. Pode ser. – respondeu Kyoko – Também tenho que tirar a roupa da Ileida.

Kyoko olhou para o envelope amarelo que Maria trazia na mão e perguntou-se o que seria.

No entanto, depois de ter trocado de roupa e estar com o conteúdo do envelope no seu colo, Kyoko arrependia-se da curiosidade que tinha sentido.

- O Ren fez o quê?- perguntou Kyoko sem deixar de conseguir tirar os olhos do seu colo.

- Não é tão romântico? – perguntou Maria – Ele planeou umas férias para vocês os dois!

Maria dizia aquilo tão simplesmente…mas a verdade era que, quando Ren planeava alguma coisa, nunca saía nada de simples. E também sentia ali alguma influência do presidente.

No seu colo, tinha panfletos de sítios a visitar, as reservas no hotel que duravam um mês, o horário do jato privado de Ren, um mapa da região e várias outras coisas sobre a terra para onde Ren a tencionava levar.

Mas porquê aquela terra?

Como se conseguisse ler o pensamento de Kyoko, Maria respondeu.

- Ele disse que escolheu essa terra porque é um lugar chuvoso. E as pessoas não vão estar a espreitar debaixo dos guarda-chuvas para ver quem é quem. – explicou Maria – Não é esperto?

- Sim, é. – concordou Kyoko e lembrou-se da conversa “Queria que fosse um relacionamento normal” que tinha tido com Ren. Talvez aquilo fosse tudo culpa dela.

Um mês como namorados normais…só com Ren e com ela…era algo que começava a soar cada vez melhor na sua cabeça. Já se imaginava no quarto do hotel, à beira de uma lareira acesa, com uma chávena de cacau quente na mão e a neve a cair do lado de fora da janela. Com Ren.

Era uma pena só poderem viajar depois da digressão mundial.

Kyoko saiu da cadeira, ajoelhou-se no chão e esperou que a Maria a fosse abraçar.

- Muito obrigada, Maria. – disse Kyoko – Vou fazer questão de agradecer ao Ren, também.

- Nee-chan. – disse Maria ainda abraçada a Kyoko – Se eu não posso ficar com o Ren, tens que ser tu, está bem?

Kyoko afastou Maria gentilmente e riu-se até ver a cara séria de Maria. Quase ficou assustada com a intensidade com a qual Maria a olhava.

- Maria… - Kyoko suspirou sem saber o que dizer – Só o Ren é que pode decidir isso, não é?

- Onee-chan! Tu tens que ficar do lado dele! – exclamou Maria, agora chateada – Se não ficares ao lado dele, ele vai voltar ao que era antes!

Kyoko franziu as sobrancelhas.

Ren já lhe tinha contado a história. De como era apenas uma casca vazia depois do Kuon…e antes de a conhecer.

No entanto, o que ele realmente queria dizer com aquilo, só as pessoas que o tinham conhecido antes de ela podiam contar-lhe. Mas perguntar a Maria era uma coisa que não conseguia fazer.

- Vou tentar, Maria. – Kyoko fez-lhe festinhas na cabeça e sorriu docemente – Mesmo que seja só como kohai, vou tentar ficar ao lado dele. – como queria aligeirar o ambiente, Kyoko mudou de assunto – E então, o que é o outro presente?

- Oh, não, Onee-chan. – disse Maria abanando o indicador ao mesmo tempo que abanava a cabeça – O Ren só concordou em deixar-me dizer isto se não te contasse sobre o outro presente.

Apesar de estar ansiosa para o fazer, pensou Kyoko

- Bem, então porque é que não vamos ver se o Ren já se despachou? – perguntou Kyoko guardando os papéis da viagem de volta no envelope – Ele deve estar chateado por o termos feito esperar tanto.

E, com as mãos dadas, as duas saíram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Este demorou um pouco a sair e talvez não tenha saído muito bem...comenasai
Mas espero que gostem na mesma
Comentário?
Públicidade às minhas fics: XD
Para quem gosta do Chrno Crusade: www.fanfiction.com.br/historia/172865/Chrno_Crusade_-_After_Heaven
Para quem gosta de NaruHina e SasuSaku (Highschool version): www.fanfiction.com.br/historia/162700/Naruto_-_A_Aposta focado em NaruHina
Para quem gosta do Itachi-sama ^-^: http://www.fanfiction.com.br/historia/155080/Naruto_-_My_Chance_At_Love_Itachi
Sorry for thar ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Skip Beat - a Revolta do Príncipe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.