Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 25
Capítulo 25 - Problemas para os dois


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^^



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Ren estava estacionado bem em frente à escola há quinze minutos, dentro do carro a ouvir os CDs dela em alto som.

Onde é que ela estava? Mesmo naquele dia em que ele tinha trazido um disfarce decente e estava irritado por causa do comportamento de Miranda.

Precisava de vê-la e abraçá-la e…

Ao ver um último aluno a sair da escola, Ren apressou-se a abrir a porta e a apanhar o rapaz. – Desculpe, estou à procura de uma rapariga chamada Ma…Marisa. Não a conhece?

Sousuke olhou para cima pensando que aquele homem era alto demais para ser japonês o que lhe dizia que aquele cabelo loiro brilhante provavelmente não era pintado. Falava japonês fluentemente por isso, ou já estava no país há bastante tempo ou tinha tido lições.

Tinha um carro que parecia ter mais anos de vida do que devia ter e ouvia “Until You’re Mine” de uma maneira que até um surdo poderia ouvir. As roupas diziam-lhe para ter cuidado mas já tinha visto aquela cara em algum lado.

Mais importante, aquele era o mesmo carro que o avô de Marisa usava para a levar para casa e o mesmo carro em que o outro homem viajara no dia anterior.

- Ela é do mesmo ano que eu. – respondeu Sousuke, finalmente – Porquê?

- Ah, eu vinha busca-la mas não a encontro em lado nenhum. – explicou Ren avaliando o rapaz que nem se tinha apresentado. Via que não confiava nele o bastante para o fazer por isso decidiu mostrar um sorriso falso e agradável que Kyoko odiava – Eu sou o irmão dela. O meu nome é…Michael.

- Michael, hm? – Sousuke olhou bem para a cara dele mas acabou por esticar a mão – O meu nome é Sousuke.

- Oh, Sousuke! – Ren agarrou a mão dele com duas mãos e abanou com força a mais – A Marisa falou-me de si.

- A sério? – perguntou Sousuke pensando se não era por isso que estava a apertar a sua mão com tanta força – Boas coisas, espero.

- Sabe… - continuou Ren largando a mão dele subitamente – Tratar mal a pessoa de quem se gosta só se faz na primária.

- O quê!? – Sousuke corou fazendo Ren ranger os dentes – O que é que ela lhe disse?

- Uma e outra coisa. – disse Ren casualmente – Mas acho que ela já tem namorado. É uma pena.

- Bem…isso… - gaguejou Sousuke sem conseguir negar – Estava à procura da Marisa, certo? Ela saiu daqui à pressa com uma mulher americana de cabelos loiros. Também deve ser vossa conhecida, certo?

- Certo…ela é a nossa…prima. – disse Ren amaldiçoando Miranda – Podes-me dizer por onde é que elas foram?

- Elas foram por ali. – informou Sousuke apontando para a esquerda – Há mais ou menos trinta minutos.

- Thank you very much. – agradeceu Ren para reforçar a ideia que eram todos Americanos e deu-lhe um abraço rápido e apertado – A minha irmã tem bons amigos.

Rapidamente, entrou no carro e acelerou deixando muitas dúvidas na cabeça de Sousuke. Se aquela mulher loira era prima deles, porque é que tinha confundido o nome de Marisa?

- Ah, espere! – gritou Sousuke mas quando viu o carro já tinha desaparecido. Baixou-se e apanhou a saca de papel que o tal Michael tinha deixado cair – E agora, como é que devolvo isto? A Marisa disse que só vinha para os exames finais…

- Sousuke, o que é ainda estás aqui a fazer? – perguntou Kyou parando ao lado de Sousuke – Pensava que já tinhas tudo o que querias.

- Ah, estava mesmo agora a falar com o irmão dela mas ele deixou cair isto. – disse Sousuke mostrando-lhe a saca – Parece ser importante. Não sabe onde é que a Marisa vive para eu lhe ir entregar?

- Sabes que não posso fazer isso. Por muito que confie em ti, Sousuke. – Kyou abanou a cabeça firmemente – Porque é que não esperas que ela volte?

- Ela disse que só voltava para os exames finais, agora. – justificou Sousuke abrindo a caixa depois de tirá-la da saca, revelando os dois anéis lá dentro – E acho que ele vai precisar disto antes da época dos exames.

- Muito bem. – suspirou Kyou – Eu lembro-me que ela vive em Kyoto.

- Muito obrigada. – agradeceu Sousuke.

- Sim, deixa-me ir buscar-te a morada.

Ren tinha-a encontrado a repreender Miranda, passados alguns minutos.

Tinham-se afastado bastante da faculdade, uma coisa típica de Kyoko, quase sempre cuidadosa. Ele estacionou, chamando a atenção das duas.

- Ren. – disseram as duas ao mesmo tempo. Miranda, como se nada tivesse acontecido antes.

- Kyoko, o que é que se passou? – perguntou Ren saindo do carro, depois olhou de lado para Miranda – Miranda…

- Eu não fiz na…

- Foste à minha faculdade e referiste o meu nome! – gritou Kyoko perdendo a paciência – Sabes quanto tempo demorei para criar a Marisa!?

- Não foi por crer. – jurou Miranda com olhos de cachorrinho – Eu não sabia que estavas a esconder-te.

- Não, Miranda? – perguntou Kyoko – E achas que eu não seria assediada todos os dias se todos soubessem?

- Miranda! – exclamou Ren antes que ela tivesse tempo para continuar – Vai para casa, por hoje.

- Não me dás boleia? – perguntou Miranda, fingindo surpresa.

- Eu e a Marisa precisamos de conversar a sós. – respondeu ele apontando para a paragem mais à frente – Podes apanhar um autocarro. Vais ficar bem.

- Estás a falar a sério!? – tentou Miranda mas Ren já estava a encaminhar Kyoko para o carro. Quando eles já iam longe, murmurou – Vou devolver-te todo o sofrimento que me deste e toda a humilhação que me estás a dar…Kuon.

- Ela fez o quê!? – gritou Kyoko.

Já tinham chegado a Kyoto e Kyoko já tinha tirado a roupa, a peruca e a maquilhagem da Marisa. Tinham-se sentado no sofá para conversar mas, ao ouvir o que Ren lhe contara, Kyoko levantara-se imediatamente.

- Ela queria violar-te? – perguntou Kyoko realmente preocupada.

- Bem, não diria violar. – corrigiu Ren com vontade de se rir.

- Ela tentou violar-te. – repetiu Kyoko fazendo festinhas na cara de Ren – Não quero que voltes a estar sozinho com aquela mulher, outra vez, ouviste? Talvez devêssemos ir à polícia e apresentar…

- Tem calma, querida. – pediu Ren pondo uma mão por cima da dela – Fico feliz por estares com ciúmes mas não acho que precises de ir à polícia. Acho que ela tinha outros planos ao tentar seduzir-me.

- Sim, mas… - Kyoko calou-se por momentos e chegou à conclusão que não devia gastar o seu tempo a falar de Miranda – Sabes, estive a pensar.

- Sim? – perguntou Ren curioso quando ela se sentou ao seu lado – Sobre o quê?

- Já imaginei isto muitas vezes mas…só agora resolvi tudo. – começou Kyoko – A primeira vez de uma rapariga devia ser com a pessoa que verdadeiramente ama, certo?

- Hmm… - foi o único comentário que Ren decidiu fazer. Não sabia se havia de gostar ou temer onde aquela conversa iria parar.

- Bem, houve um tempo onde pensei que verdadeiramente amava o Shotaro. – continuou Kyoko vendo Ren franzir as sobrancelhas – E se eu lhe tivesse dado a minha primeira vez?

- Huh? – Ren não sabia mesmo o que havia de dizer.

- Não me teria arrependido? – perguntou Kyoko sem esperar por uma resposta – Não te terias arrependido.

- Definitivamente, mas…

- Então eu decidi não tomar decisões precipitadas, agora. – concluiu Kyoko – Decidi esperar até ao casamento.

- O quê!? – Ren definitivamente não gostou da conclusão daquela conversa – Até…espera…não estás…mas não há necessidade…

- Claro que há. A pessoa que me amar verdadeiramente não se vai importar de esperar. – disse Kyoko alegremente levantando-se do sofá – Acho que vou buscar comida ao restaurante do senhor e da senhora Fuwa, hoje. Não me apetece cozinhar. Estou cansada. Não te importas? A comida é boa lá.

- Não, não me importo, mas…

- Está bem, então. – disse Kyoko dirigindo-se para a porta, enquanto punha o capucho por cima da cabeça antes da sair – Tu fica aí. Eu não demoro nada.

Ren abriu a boca mas não saiu nada antes de ela sair.

- O quê? – murmurou ele depois de passar a mão pelo bolso do casaco – Onde é que está…?

Levantou-se rapidamente e começou a inspetar todos os bolsos do casado. Onde é que estavam os anéis!?

Raios! Será que estava tudo a acontecer naquele dia!?

Ao chegar ao estabelecimento dos Fuwa, Kyoko não podia concordar mais com Ren.

Tinha chegado ali sem problemas, ninguém a tinha reconhecido. Era por isso que tinha levado o casaco com o capucho.

Mas o que é que estava o Sousuke a fazer ali!?...a falar com a mão de Shotaro, ainda por cima.

Ela escondeu-se imediatamente atrás da porta sem perceber muito bem porquê pois já não estava em modo Marisa. Mas ele certamente a reconheceria como Kyoko, certo?

Agora lembrava-se que tinha posto os pais de Shotaro como o seu contacto de emergência na universidade, com nomes falsos, era claro. Mas nunca achara necessário contar-lhes.

Tinha dito a Ren que o tinha posto como contacto telefónico de emergência, ara fingir ser outra pessoa, se lhe telefonassem da escola mas…

Teria acontecido alguma coisa?

Viu a saca da ourivesaria que Sousuke pousou em cima do balcão, enquanto falava com a mãe de Shotaro e franziu as sobrancelhas. Para que era o saco?

- Desculpe, mas eu não conheço nenhuma rapariga chamada Mari… - ela viu os sinais que Kyoko estava a fazer antes de terminar a frase e sorriu – Ah! Essa Marisa! Sim, ela trabalha aqui. Bem, podes deixar que eu entrego-lhe isto a ela e ao irmão, Michael…?

- Se pudesse fazê-lo eu agradecia muito. – disse Sousuke fazendo uma vénia – O irmão dela deixou cair e eu não fui a tempo para lho entregar. Parece ser importante.

- E vieste este caminho todo só para o devolver? Que rapaz querido. – comentou a senhora – Não te precisas de preocupar mais. Eu entrego ao Michael.

- Muito obrigada, mais uma vez. – disse Sousuke, afastando-se – Então, vou indo.

Alguns momentos depois de ele sair, Kyoko dirigiu-se ao balcão.

- Não me tinhas dito nada, Kyoko-chan. – repreendeu a senhora docemente – Esta foi por pouco.

- Sim, peço desculpa. – Kyoko vergou-se e depois endireitou-se e sorriu – Vim buscar comida, hoje. O meu namorado está com fome e eu estou cansada demais para preparar alguma coisa. Ia demorar muito tempo, também.

- Não há problema. – garantiu a mãe de Sho fazendo um simples sinal ao marido – Sai já. Mas tens que o trazer aqui algum dia, para eu o conhecer, querida.

- Oh, você sabe quem é. – disse Kyoko com um sorriso ainda maior – Lembra-se? O Ren?

- Eu sei quem é. – confirmou ela – Mas nunca o trouxeste aqui.

- Garanto que o trago quando vier da próxima vez. – prometeu Kyoko – Mas ele não estava “vestido” para sair, agora.

- Vou estar à espera. – avisou a mulher arranjando a travessa com comida para ela levar.

- Bom dia. – cumprimentou o pai de Shotaro – Está tudo bem?

- Tudo bem. – respondeu Kyoko vergando-se de novo.

- Devias passar por cá mais vezes. – sugeriu o homem como se não quisesse saber.

- Venho jantar aqui da próxima vez que tiver oportunidade. – assegurou Kyoko.

- E vai trazer o namorado. – acrescentou a mulher num tom alegre – Não é querida?

- Hm! – murmurou o homem e voltou para a cozinha.

- Obrigada pela comida. – agradeceu Kyoko de maneira ao senhor Fuwa ouvir também – Vou indo.

E ia, até ouvir a voz do rapaz que arreliava Marisa sempre que tinha oportunidade.

- Desculpe, esqueci-me de perguntar. – disse Sousuke entrando no estabelecimento – A Marisa está por aí? – depois viu Kyoko – Ah, desculpe, não vi que estava a atender alguém.

De costas viradas para Sousuke, Kyoko encolheu-se e pensou o que deveria fazer agora.


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Notas finais do capítulo

Francamente, coitado do Ren e coitada da Kyoko XD eu sou mesmo má
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