Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 22
Capítulo 22 - Especial: James e Kanae parte III


Notas iniciais do capítulo

Ok, desculpem pelo atraso mas está na época das candidaturas da faculdade =P também gostava de pedir desculpa porque tenho andado com uma terrivel constipação de verão por isso não tenho conseguido ler fics nenhumas -.- e finalmente, pela grande quantidade de especiais seguidos mas eu não tenho absolutamente ideia nenhuma para continuar a escrever a história principal XD Sorry
Bem...enjoy ^^



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James não estava completamente inconsciente quando o levaram para os bastidores e o deitaram na única cama de lá, no camarim de Kyoko. Conseguiu ouvir Tora a gritar com ela, talvez por Kyoko ter saído “sozinha”. Depois disse: “E ainda queres atuar!? Está a chover e a trovejar! Os fãs vão perceber!”

Ela tinha dito que as pessoas estavam à espera que ela atuasse e ela ia atuar, com chuva ou sem chuva. Depois ele tinha adormecido ou desmaiado, não sabia bem. Pela primeira vez na vida tinha dormido sem medo e soube tão bem que, quando acordou, apercebeu-se que tinha dormido durante um dia inteiro.

Já estavam no autocarro em direção a outra cidade quando ele deu por si. Depois surpreendeu-se quando viu Kyoko dormir numa cama ao seu lado. Ainda mais quando viu Brian ao seu lado a dormir também.

Quem visse diria que talvez fossem namorados mas, ao olhar mais atentamente, James detetou algo que não era amor de amantes mas talvez de bons amigos ou irmãos.

Brian até podia ter ido dormir com ela porque ele estava a ocupar uma cama mas James também não percebia porque é que estava no autocarro das estrelas e não com a banda. Mais importante, estava a ir na direção oposta do seu pai e sentia mais do que alivio com isso.

- Estás melhor?

Ele quase saltou da cama antes de ver Brian com os olhos abertos. – Sim. Obrigado.

- Ela quis que ficasses connosco porque estava preocupada contigo. – Brian olhou para Kyoko e sorriu – Ela até queria ficar acordada até tu acordares…mas não aguentou.

- Porquê? – perguntou James, simplesmente – Porque é que ela se daria a tanto trabalho por mim?

- Ela dar-se-ia ao trabalho por toda a gente que está a trabalhar com ela, agora. – explicou Brian – Seja por ti ou por um guarda-costas. Para ela são todos igualmente importantes. Ela foi pessoalmente a tua casa quando a Rachel lhe disse que podias estar em perigo e começou a chorar quando chegou aos bastidores. – ele riu-se – Tive que lhe arranjar a maquilhagem toda, outra vez.

- E-E-Ela fez isso? – a pergunta “porquê” vagueava-lhe pela cabeça porque nunca tinha conhecido nem acreditava que houvesse uma pessoa tão boa. Mas não disse mais nada.

- Porque é que não descansas mais um bocado. – sugeriu Brian – Ainda temos dois dias de viagem e só paramos uma vez para esticarmos as pernas.

- Hm. – isso chegava como resposta, pensou James quando viu Brian fechar os olhos novamente.

Ele virou-se para a janela e viu que ainda chovia lá fora.

O sol da madrugada brilhou, quase cegando James que dormia à beira da janela. Reparou que estavam parados. Mais importante, reparou que tinha dormido mais umas boas 26 horas. Estaria assim tão cansado.

Corou quando o seu estômago fez barulho e ficou contente por estarem todos no parque aonde tinham parado. Perguntou-se se devia juntar-se a eles ou não mas sorriu e decidiu ir quando viu roupas aos pés da sua cama com uma nota a dizer “Bom dia, dorminhoco. Vem ter connosco. Está um dia lindo.”

Antes de sair, reparou que ainda havia mais duas camas naquele autocarro mas, a infância que tinha tido, ensinara-lhe a não perguntar coisas desnecessárias.

Sorriu para Kyoko que lhe acenava energicamente quando ele sorriu e tentou não abrir a boca ao ver a quantidade de autocarros estacionados ali.

- Estás melhor? – perguntou Kyoko mal ele se aproximou – Não te quisemos acordar, por isso acho que deves estar a morrer de fome. – ela apontou para a enorme mesa que tinham montado ali, com todo o tipo de comidas em grande quantidade. A banda e o resto do pessoal serviam-se alegremente atrás dela, enquanto se riam e conversavam – Serve-te antes que a comida acabe.

Não eram mais do que sete da manhã. O sol ainda mal se tinha levantado no horizonte. Como é que podiam estar todos com tanta energia?

Decidiu seguir o conselho de Kyoko e serviu-se primeiro da caneca de café forte ao lado do descafeinado e do sumo natural de laranja. Depois pegou num prato de plástico e começou a tirar comida dali e de acolá. Pensou em ir para um canto, para comer sossegado mas foi cercado por alguns membros da banda que começaram a brincar com ele e o inseriram rapidamente da conversa que estavam a ter.

Sem se aperceber, já estava a rir com o resto e até sorriu sedutoramente quando Kanae, que estava a falar seriamente com Kyoko e Brian, olhou de revés para ele. Estava finalmente a integrar-se e queria pensar que iria durar para sempre mas sabia que esse não seria o casso. O seu pai nunca o deixaria ter uma vida normal e feliz. Não quando podia divertir-se a fazê-lo miserável.

Quando Kyoko fez um gesto para ele se aproximar, ele desculpou-se com o resto dos membros da banda e foi ter com o grupo constituído por Tora, Brian, Kanae e a cantora.

- Dormiste bem? – perguntou Brian mal ele se aproximou.

- Dormi demais. – respondeu James, sorrindo.

- Precisavas de dormir. – Kyoko aproximou-se e passou-lhe uma mão pela cara – As pisaduras e os cortes também parecem estar melhores. Talvez já possas tocar no nosso próximo concerto.

- Sim, claro. – mas ainda lhe doía um bocado o pulso onde ele se tinha cortado.

- Ok, pessoal! – gritou Tora para os outros – Mais cinco minutos e fazemo-nos à estrada!

- Moko-san, porque é que não vais mostrar o resto dos autocarros? – sugeriu Kyoko vendo a amiga a franzir as sobrancelhas – Enquanto eu e o Brian vamos ajudar os outros a arrumar tudo.

- O Tora não pode ir? – perguntou Kanae.

- Eu vou avisar os condutores que estamos de partida. – resmungou Tora afastando-se imediatamente.

- Anda comigo. – resmungou Kanae entre dentes começando a caminhar.

Ele obedeceu alegremente. – Então…trouxeste o teu namorado contigo?

- Não trouxe ninguém comigo. – respondeu Kanae olhando para o sorriso dele – Nem penses nisso.

- Eu não estou a pensar em nada. – mentiu ele quando pararam.

Kanae sabia que ele estava a mentir. Tinha visto aquele mesmo sorriso e aquele mesmo olhar num ator muito famoso que depois tinha partido o coração da sua amiga. Não ia deixar que isso acontecesse com ela.

- Muito bem. Eu, a Kyoko, o Tora e o Brian ficamos no primeiro autocarro. – ela entrou no segundo e esperou que ele entrasse também – Este é o autocarro da banda. É aqui que vais ficar a partir de agora.

James ficou chocado ao ver o autocarro maior que o primeiro, cheio de beliches presos às paredes e um espaço no fundo com alguns sofás. Uma máquina de café e uma televisão portátil.

- Ali é a casa de banho. – disse Kanae apontando para uma porta à direita dos sofás – E ali podes praticar, se quiseres.

James ficou paralisado ao ver a sala preta, não muito maior que uma cabina de fotos automáticas. Era uma sala à prova de som! Num autocarro para a banda!!!

- Tão grande. – murmurou James sem saber o que havia de dizer mais.

- A Kyoko queria que a banda se sentisse confortável ao viajar durante longas viagens. – explicou Kanae saindo. Quando ele parou ao lado dela, ela apontou para o grande gipe/limusina em que tinha viajado antes – A Kyoko adora aquela coisa, por isso trouxemo-la connosco. O Tora disse que era um desperdício por isso agora o resto do pessoal viaja lá. É mais confortável do que parece e, como os guarda-costas vão no primeiro, segundo e terceiro autocarro, são poucos os que restam para ir no jipe. – ela andou mais um bocado seguida por ele e parou em frente terceiro autocarro – Este é o último.

- Porque é que as rodas são maiores do que os outros? – perguntou Tora, curioso.

- Este é o autocarro dos instrumentos. A Kyoko não queria que as irregularidades das estradas estragassem os instrumentos, por isso as rodas são especialmente concebidas para minimizar os movimentos bruscos do autocarro. – Kanae entrou para o autocarro mais pequeno com guitarras, violinos e violoncelos presos às paredes, uma bateria dentro de uma caixa de acrílico reforçado e um piano elétrico noutra caixa. Também havia colunas encostadas e firmemente presas ao fundo do autocarro. James imaginou que as caixas em cima e ao lado delas fossem microfones e outro tipo de tecnologias para os concertos – Pusemos a tua guitarra aqui. Aliás, cada músico trouxe o seu próprio instrumento mas temos sempre uns extras para o caso de quererem variar. Também temos um técnico para tratar dos instrumentos que viaja aqui por isso não tens que te preocupar.

- Isto é demais para…

- A Kyoko gosta de ir para o autocarro dos músicos, às vezes, para treinar guitarra. – disse Kanae sem esperar que ele acabasse – Ela disse para não dizermos nada, mas é melhor que deixem a sala à prova de som livre quando ela vos visitar.

- Ok…? – as informações flutuavam na sua cabeça à procura de espaço para assentar.

- Muito bem. – Kanae saiu do autocarro com paredes escuras e deparou-se com Kyoko com aquele sorriso que mantinha sempre desde Ren – Estás aí.

- Sim. – disse ela – Já vamos.

Algumas semanas depois já tinham percorrido metade do país e James tinha-se tornado uma grande sensação com as raparigas, depois de começar a tocar ao lado de Brian.

A popularidade de Kyoko não parava de crescer e ter bilhetes esgotados já não era assim tão rápido. A simpatia e a competência dela tinham-na tornado numa celebridade querida mas, a sua voz tinha-a levado ao topo.

- No dia depois de amanhã partimos para a Europa. – informou Tora na sala de descanso da banda, depois do concerto – Passamos lá mais um par de semanas e voltamos para o Japão. – informou ele – Aqueles que vivem aqui vão receber bilhetes para voltarem, depois de acabarmos na Europa. No entanto, quem não quiser continuar connosco, que diga agora.

James hesitou mas, tal como os outros, disse que queria continuar. Passado algum tempo, Kyoko entrou, depois de ter bebido a habitual garrafa de água e ter mudado de roupa.

- Então, alguém vai ficar para trás? – perguntou Kyoko com o mesmo sorriso que Brian tinha aprendido a reconhecer como falso – Vamos ter que nos despedir de alguém?

James viu a banda a rodeá-la imediatamente e a fazerem uma minifesta de celebração, enquanto diziam “É claro que não!” ou “Como é que alguém seria capaz de te deixar?” Nada como uma cantora especial para fazer todos à sua volta sentirem-se especiais.

- Ok, esperem. – pediu Tora tendo que aguardar alguns minutos para ser ouvido – Pessoal, ouçam. A Kyoko concordou dar uma entrevista a um tabloide sobre os concertos que vai dar pela Europa. Para além dela, também vão ser entrevistados alguns membros da banda que eu escolhi pessoalmente. – Tora aproximou-se de Brian e deu-lhe um papel – Aqui está a lista dos nomes. Brian, trata disto, por favor. O membro da tabloide chega dentro de quinze minutos.

Brian anuiu com a cabeça e reuniu a banda mesmo ali, enquanto Kyoko falava com Tora sobre as respostas que devia evitar dar ao tabloide.

- Bem, pessoal. – começou Brian depois de ter dispensado os membros que tinham ficado de fora (livres, na opinião dele) – Já sabem que os tabloides costumam exagerar naquilo que escrevem, certo? Por isso, tenham cuidado com o que contam. – Brian olhou para James – Tu és novo nisto mas ele quer falar contigo. Peço que não digas nada que possa comprometer a carreira da Kyoko.

- Assim o farei. – disse James, um pouco magoado pela falta de confiança.

Mas sabia que eles só estavam a ser cuidadosos.

O homem de fato preto e boné cinzento olhava para James com um sorriso prazeroso. Tinha pedido para falar com o membro mais novo da banda de Kyoko porque sabia que ele podia ser manipulado com um pouco de esforço.

- Então, James…posso trata-lo por James? – antes de James ter tempo para responder, o homem continuou – Que tal tem sido a experiência de trabalhar com uma das atrizes mais famosas do Japão?

- Ela é bastante simpática. – respondeu James com um sorriso – É bastante diferente de outras estrelas que se acham mais importantes do que toda a gente. Ela é simples…tem os pés bem assentes na terra, percebe?

- Esta é a primeira digressão dela. – continuou o homem – Acha que ela está nevosa em algum aspeto? Deprimida? Cansada?

- Nada disso. – respondeu James – Quer dizer, se ela está nervosa, nunca o mostra a ninguém. Uma coisa que achei interessante foi que ela agradece a cada um dos elementos que fazem parte da equipa, depois de cada espetáculo, mesmo antes de ir descansar…mas acho que isso é um costume do Japão.

- Ela disse que bebe uma garrafa de água depois de cada espetáculo, é verdade? – perguntou o homem com um gravador apontado a James.

- Sim, mas acho que isso é muito natural, certo? – James suspirou. Afinal, aquilo não era assim tão mau – Os cantores devem ter a garganta dorida depois de passar mais de uma hora a cantar.

- É verdade. – confirmou o homem, anuindo com a cabeça – Então ela nunca fez playback? Nem em casos em que estava rouca ou doente?

- Ela recusa-se a fazer playback. – James mexeu no cabelo – Em todo o caso, ela cuida muito bem do corpo e da voz. Afinal, o corpo dela é o seu instrumento de trabalho.

- Acha que ela exagera no preço dos bilhetes para o seu espetáculo?

- De todo. –James abanou a cabeça firmemente – Os bilhetes não são muito caros e o espetáculo vale a pena. O Brian abre o show e, só por ele, já deviam pagar dois bilhetes. Vi-a a tocar uma vez nas ruas com o Brian porque achava que, mesmo as pessoas que não tinham dinheiro para comprar os bilhetes, tinham direito de a ouvir, se assim o quisessem.

- Devo então presumir que o Brian e a Kyoko são bastante próximos?

- Sim. – James sorriu novamente – Quando comecei a trabalhar com eles até pensei que eram namorados, sabe?

- Então eles estão numa relação?

- Sim. Mas nada de amoroso. É como uma relação entre irmãos. – disse James, tão lançado e confiante que lhe estava a correr às mil maravilhas, que nem se apercebeu do que disse a seguir – Em todo o caso, acho que ela acabou de sair de um desgosto amoroso.

O homem sorriu, satisfeito e viu-o a ficar confuso. Decidiu que já não iria conseguir tirar mais nada dele. Por isso levantou-se.

– Muito obrigado pelo seu tempo, James. Ajudou-me muito.

Tinha sido depois de aquilo.

No outro dia a página da frente dizia “Cantora com problema amoroso usa colega para ultrapassar desgosto.” Falavam de um tal de Ren e de Sho e em como um membro da banda tinha confirmado tudo aquilo.

Ouvira Tora e Kyoko a gritarem um com o outro. Kyoko dizia que não havia provas que fosse verdade e, por isso, James tinha continuado ali. Mas, pelos vistos, o homem do tabloide não estava satisfeito com a mentira que tinha inventado e assim, tinha enviado um envelope com dinheiro e o nome dele escrito em letras grandes.

A partir daí, já não haviam duvidas. Dessa vez era James a enfrentar os gritos de Tora mas, o mais doloroso foi ver Kyoko atrás de Tora, sem dizer nada. Nem sequer olhava para ele mas James conseguia ver a dor da traição espalhada pela cara dela.

Tinha sido mandado embora com um bilhete só de ida para Brooklin. Pelas caras tristes da banda, James percebeu que Kyoko não tinha dito nada sobre o motivo da sua partida. A não ser a Brian que estava com uma cara de reprovação. Não tinha visto Kanae, por isso suponha que ela também sabia.

E, assim, estava na hora de voltar para casa.


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Notas finais do capítulo

Ok, vou mandar um grande GRANDE beijo e um abraço a quem ler e recomendar a minha nova fic sobre a minha quedinha de otaku: Itachi http://fanfiction.com.br/historia/155080/Itachi_-_My_Chance_At_Love ^^
Cometários?



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