Ressonância: Uma Nova Aventura Killjoy. escrita por srt_Brightside
Epílogo
No estreito corredor:
- Pequena? - Fun chamou-a.
Logo, surgiram detrás de algumas caixas, a pequena Sunshine e a moça desolada. Estavam exatamente como Fun Ghoul as deixou, sãs e salvas! Ele sorrira por conta da missão bem sucedida:
- Disse que voltava pra buscá-las, não é?
A moça ajudou a pequena a se levantar e logo seguiu para perto de Ghoul e dos outros desconhecidos. Ela estava feliz pelo retorno do pequeno homem e seus amigos. Pensava que agora tudo ficaria bem, pois logo a menina partiria com os amigos.
Estava tão perdida em seus pensamentos, que não notou algo importante: Party Poison, um desconhecido até então, ainda estava com a pulga detrás da orelha. Demonstrou sua ira e desconfiança após encurralar a jovem contra a parede:
- Então foi você! - bradou enfurecido. Ela apenas fitara os olhos do ruivo assombrada.
- Calma, mano. - Kid tentou apaziguar.
- Diga o que aqueles vermes faziam aqui. Diga! O que você tem com isso? - a segurou pelo pulso, apertando-o. Ela gemeu baixinho e mordeu os lábios, calando-se.
- Aê, eu não a entreguei para maltratá-la desta maneira! - Ghoul gritou. - Não vê que ela já está machucada? - tentou persuadir o amigo, quem sabe ele ainda sentisse compaixão.
Party Poison olhou por um segundo a fronte da jovem, notara o corte que começara a cicatrizar. Um corte até que profundo. No entanto não parecera comovido. Ainda tinha o mesmo olhar frio desde que botara os olhos nela:
- Diga quem te mandou, ou eu juro que... - estava tão irado que só voltou a si com as reclamações de Sunshine.
- Não! - a criança gritou, chorosa. Jet Star a carregava no colo.
Poison a fitou por alguns segundos, voltando logo os orbes à moça que, até então, o encarava espantada. De súbito ela abaixou os olhos e sua expressão se modificou:
- Ninguém me mandou. - disse num único tom, baixinho.
Todos estavam silenciosos, apenas observavam. Party Poison a fitou com interesse, agora parecia mais humano:
- Como explica todo este caos? - perguntou um pouco menos rude, em tom sincero e confuso.
- Sequestro, mas eu fugi. – explicou-se no mesmo tom habitual: humilde, sincero e baixinho - Faz algumas semanas. Eu estava no lugar, na hora e carregando os objetos errados. Me intrometi demais numa cena que não me pertencia. Acabaram me levando, iludidos. – revelou-se triste.
- Iludidos? - Fun Ghoul indagou. Recebeu um olhar tanto curioso de Party.
O que seria?
- Sim. Acharam que eu tinha algum valor em especial, mas não tenho. Acharam. Bem, ele achou que eu sabia de algo que não sei. – a moça desolada explicou-se convicta.
- Não sabe? - Party a olhou tanto irônico, soltando-a em seguida.
A moça se afastou da fria parede e apenas o assistiu enquanto o ruivo caminhava na direção oposta a ela.
- É hora de levantar acampamento. Vamos, pequena. – o ruivo dirigiu-se aos outros enquanto tomava Sunshine do colo do amigo, Jet Star.
Ignorou completamente a expressão descrente da moça, Poison dera-lhe as costas, deliberadamente.
Kobra e Jet o fitaram caminhar em direção ao estacionamento com a menina nos braços, ela choraminhagava alguma coisa no ouvido dele, mas ninguém soube o que era.
- Não ligue. - Fun Ghoul tentou confortar a moça que apenas observava o indivíduo distanciar-se. - Aliás, como se chama? - indagou coçando a cabeça, tanto encabulado.
A moça o olhou e forçou um sorriso simpático:
- Isadora. - revelou baixinho.
- Chamem-na de Faded Moon. - ouviu-se, ao longe, a recomendação do ruivo.
Kobra e Jet entreolharam-se, Ghoul apenas fitara a jovem confuso.
- Lua Desbotada? Parece-me justo. – constatou a mulher estranhamente com um sorriso no rosto, sincero. No entanto um pouco confusa.
- Não esquenta. É o jeito dele de dizer ‘vem com a gente’. - Ghoul explicou num grande sorriso.
- Deveria mesmo? - fitou o chão, parecia perdida.
O que faria agora?
Jet se aproximou da mocinha e lhe fez um cafuné, como se fossem amigos há tempos:
- Claro. Se ficar aí, sozinha, vai perder toda a diversão. – rira das próprias palavras. Kobra e Ghoul riram também.
Rir seria o melhor remédio para curar aquelas almas feridas. Aquele lugar cheirava a morte.
“Os corvos logo virão.”
Refletiu Isadora. Ela não ria, mas decidiu ir com os rapazes. Deixar o lugar não seria difícil. Deixar a desolação seria a batalha dela. E ela, a recém nascida Lua Desbotada, bem sabia o quão ardilosa deveria ser a partir de agora.
THE END
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eu resolvi terminar Ressonância assim mesmo. No entanto, quem sabe futuramente, eu dê continuação à ela. Acaso eu faça, será em consideração as leitoras e porque gosto dela. Enfim, veremos. Até mais. o/