POV’s Taylor

Ai gente que saudades de pensar nessa história! Ta parei, vamos ao que realmente interessa.

Para o mundo que eu quero descer! O Johnny estava...

– O quê?

– Tô te chamando pra sair.

Wow. Ele disse com todas as letras. Sim ele disse. Quando estávamos passamos pelas portas da enfermaria, e eu ia abrir a boca para responder, minha mãe chegou até nós me abraçando e enchendo de perguntas, em termos desviando minha atenção do convite que acabei de receber.

– Mãe eu tô bem ok? Obrigada mesmo! Mas não me derruba mulher... Em casa você me mima mais mamãe, agora eu só quero sair desse hospital.

– Ah ok querida. Pegue os papéis ali com a Alice, que está conversando com o Matt na recepção. O Bart não veio lhe ver porque está operando um paciente desde que você adentrou ao hospital.

– Tudo bem mãe, é melhor não preocupar ele mesmo. Até mais!

– Até filha. – Ela deu um beijo em minha bochecha. – Tchau Johnny! – Ele acenou pra ela e minha mãe sumiu apressada pelo corredor branco.

Chegamos à recepção onde a médica que me atendeu segurava alguns papéis e conversava com o Matt, que não tinha perdido tempo, e já estava dando em cima da mulher.

– Taylor querida, assine apenas aqui, que já está liberada.

Assenti, peguei a caneta que ela estendeu para mim e assinei os papéis.

– Pronto. Não deixe de tomar as medicações na hora certa ok? Clarice não deixará você esquecer isso.

– Certeza que não irá doutora. – Nós rimos. – Obrigada.

– Por nada, foi um prazer.

Ela se despediu de todos e Matt audaciosamente deu um beijo em seu rosto.

O caminho para casa foi tranquilo, Matt e Johnny tagarelavam sobre as enfermeiras bonitas, e notei a empolgação do maior ao falar de Alice, a médica.

Enquanto eles tagarelavam, eu voltei a pensar no convite de Johnny. Até que fim alguém, sem ser eu, tomou uma atitude.

– Te deixo primeiro em casa né Johnny?

Ele olhou pra mim.

– Não, vou ficar na casa da Taylor até a mãe dela chegar. Tudo bem?

– Ta, pode ficar.

Matt parou em frente a minha casa. Johnny saiu do carro e me ajudou a descer.

– Ei a gente nem ligou pros caras pra dizer que ta tudo bem. Vou dar uma passada no estúdio, dar as boas novas e resolver algumas coisas. Qualquer coisa ligue ok?

– Ok. – Eu e o Johnny falamos juntos.

Peguei a chave que estava na minha bolsa, que o John carregava, e abri a porta para que pudéssemos entrar. Como já estava escurecendo, acendi a luz da sala.

– Ei Johnny, liga a tv, vê se tem algo na geladeira pra comer que eu estou com muita fome e fique à vontade enquanto tomo banho beleza? – Ele balançou a cabeça positivamente. – Volto jajá.

Fui subindo as escadas e ele falou.

– Não precisa de ajuda?

– Tudo bem, eu subo só.

Ele sorriu.

– Não com as escadas. Com o banho.

Revirei os olhos e ele começou a gargalhar.

– Pervertido!

Eu queria demorar no banho, mas não queria deixar o Johnny só, então fui o mais breve que pude. Coloquei um moletom antigo e uma calça de algodão, ambos de dormir, arrumei um cabelo num coque mal feito e passei um perfume. Só faltaram as pantufas. Que animador para ficar a sós com o Johnny não?

Desci as escadas e vi o Johnny esparramado no sofá da sala, com os pés descalços em cima do sofá, com um pote cheio de ruffles em mãos e dois copos mais um litro de sprite na mesinha ao lado.

– Levou ao pé da letra ficar à vontade né folgado?

Ele deu um sorriso.

– Qual é Tay? Sou quase da família! – Sentei ao lado dele, roubando um pouco de ruffles e pondo em minha boca. – Só falta...

– O que?

– Você aceitar sair comigo.

– Tudo bem. – Falei colocando um ruffles na boca.

– Tudo bem?

– É cara. Tudo bem, nós sairemos.

– Ah se for com esse interesse nem precisa.

– Você queria o que?! Que eu soltasse fogos e corresse pela sala?

– Pelo menos um pouco mais de empolgação?

– Uhul vamos sair Johnny!

Levantei as mãos em uma falsa animação. Johnny ficou com uma cara de poucos amigos. Ele virou-se e ficou a me encarar.

– O que foi Taylor? Tô te sufocando? Quer um tempo maior pra pensar, é isso?

Ok. Eu estava confusa. Muita coisa aconteceu em um pequeno espaço de tempo, de repente eu estou em um hospital e quando recebo alta um dos meus amigos de infância me chama pra sair.

Eu sei que fiquei com Matt, mas foi diferente, porque ele era uma paixão antiga. Ok, isso ficou pra trás depois de tanta confusão, mas agora o John... A gente já tinha trocado uns beijos, mas eu nunca entendi muito bem como eu me sinto em relação a ele. Talvez agora fosse à hora de saber.

– John... Desculpa você sabe que sempre fui uma doida confusa.

– É eu sei.

– John! – Eu o repreendi.

– Ha ha ha ha eu só concordei contigo. - Ele sorriu lindamente. – Mas e então?

– Nós iremos sair sim. – Eu disse dando um sorriso sincero, que pelo visto ele gostou, pois passou a mão em minha bochecha e parecia me admirar. Era engraçado.

– Que bom! Amanhã eu passo aqui. – Ele deu um beijo em minha testa, levantou-se e quando já estava na saída acrescentou. – Está na hora de mudar um pouco o rumo das coisas.