My Consigliére escrita por koala_die


Capítulo 20
Chapter 19 Talks.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/13054/chapter/20

Ruki entrou na livraria, cumprimentando as atendentes e indo até o fundo da loja, na parte dos mangas yaoi. Há pouco começara a ler alguns e gostara.

 

    -Viewfinder?¹ - ouviu uma voz grave atrás de si.

 

 O menor se virou, Uruha o olhava curioso.

 

    -Nem sabia o nome desse. – Ruki sorriu, guardando o tankohon na prateleira onde estava.

    -É bom. Já li. – Kouyou coçou a nuca. – Vai querer conversar aqui?

    -Não, claro que não. Vamos ao café do outro lado da rua.

    -Então por que marcou aqui? – Uruha suspirou.

    -Eu vim comprar um manga, idiota. – Ruki riu, puxando uma edição de Haru wo Daiteita².

    -Só porque quer me chantagear acha que pode me chamar de ‘idiota’ na boa, moleque?

    -Acho. – o menor piscou, indo levar o manga para o caixa.

 

O comprou e em seguida saiu do lugar, acompanhado de Uruha.

Foram até o café e se sentaram numa mesa na parte externa, Ruki pôs a mochila no seu colo.

 

    -E então, Uruha? Aliás, Uruha é seu ‘nome-de-guerra’? – Ruki soltou um risinho safado, dando um gole no suco de manga que pedira.

    -Vai se foder e seja direto. O que quer?

 

Takanori riu divertido.

 

    -Termine com o Reita. Simples assim.

    -Para você pular em cima dele? Nem fodendo. – Uruha se debruçou na mesa, olhando o menor nos olhos.

    -Ah, foda é a sua praia, nee? – Matsumoto se recostou na cadeira, sorrindo felino. – Termine com o Reita. Não vou pular em cima dele.

    -Quem garante?

    -Quem é você para querer garantia em algo? Dava por dinheiro e aposto que não cobrava adiantado. – Ruki também se apoiou na mesa, olhando Uruha nos olhos.

 

Uruha pulou da cadeira, puxando Ruki pelo colarinho, quase colando os lábios pela proximidade.

 

    -Vai fazer o quê? Me bater? Se me bater, sua ficha de puta chega mais rápido pro Akira. – Ruki disse firme.

    -Tá blefando. – Uruha disse em tom ameaçador.

    -“Uruha, gato sensual, passivo/ativo, curto anal.” – riu, fazendo graça de propagandas de prostitutas que achou uma vez em Shinjuku.

 

Kouyou jogou Ruki de volta na cadeira, se sentando em seguida, bufando, vermelho de nervoso.

 

    -Prefere ficar com o Reita e ele descobrir que você fazia ponto em Kanagawa chapado de LSD ou prefere terminar e ficarem amiguinhos e ele nunca saber que o primeiro namorado dele era um delinqüente? – Takanori passou a mão pelos cabelos, sorrindo.

    -...- Uruha mordeu o lábio inferior.

 

Um silêncio mórbido pairou entre eles, enquanto Ruki tomava e se divertia com o canudo de seu suco de manga.

Uruha coçou os olhos, segurando o choro.

 

    -É só terminar com ele?

    -...-Ruki sorriu satisfeito. – Bom garoto.

 

Uruha se levantou da mesa, jogando uma nota de 500 ienes para pagar a conta de Ruki, indo embora. Não queria ficar mais um minuto ao lado daquele tampinha idiota.

 

 

 

 

 

    -Okaa-san, vou sair. – Reita desceu as escadas. Com o cabelo espetado e a faixa no nariz, como era costume agora.

    -Volte as nove, Aki, não quero que você chegue as quatro da manhã de novo e seu pai descubra. – piscou para o garoto. Reita gelou. “Saco, ela me viu chegar.”

    -T-tá bom, kaa-san. – Akira deu um beijo no rosto de sua mãe e saiu.

 

Uruha ligara para ele, perguntando se podiam sair juntos. Disse que queria conversar. Reita aceitou de bom grado, embora achasse estranho.

Acendeu um cigarro, caminhando até o ponto de encontro, tranqüilo.

Era quatro e meia da tarde, daria para eles aproveitarem o dia ainda.

 

Akira se escorou num poste, no lugar onde se encontrariam, distraído, quando sentiu um tapa forte em sua mão, o fazendo largar o cilindro de tabaco.

 

    -Fumar faz mal e você tem asma, quer morrer? – Uruha disse grave ao garoto.

    -Você também fuma. – Reita cruzou os braços.

    -Vou morrer mais cedo, não quero o mesmo destino para você. Se eu te pegar fumando de novo, te bato, ouviu? – o loiro permaneceu sério.

    -O que deu em você?! – Akira se desencostou do poste, olhando para Uruha.

    -Eu te bato, ouviu ou não?

 

Reita bufou.

 

    -Ouvi.

    -Agora me dá o maço.

    -QUÊ?!

    -O maço, não é pra fumar nas minhas costas também. – o conselheiro estendeu a mão.

 

O mais novo tirou o maço de cigarros de menta do bolso de trás da calça, pondo na mão de Uruha, nervoso.

 

    -Me chamou pra me dar sermão, Senhor Uruha? – Akira bufou.

 

Uruha amassou o maço de cigarros que uma vez fora de Reita e jogou fora, voltando a olhar pro garoto.

 

    -Queria conversar contigo, não pensei que fosse te encontrar fumando. – Uruha sorriu fraco, dando um leve beijo nos lábios do outro.

    -Gomen. Eu nem sei porque comecei mesmo. – Akira abaixou a cabeça.

    -Tudo bem. Só promete que não vai mais fazer isso.

    -Okkei, prometo. – sorriu.

    -Vamos, aluguei uns filmes para a gente assistir. – Uruha sorriu, puxando Reita pelo ombro, gentil.

    -Você não disse que queria conversar? – o menor ergueu uma sobrancelha.

    -Conversamos depois do filme. – riu.

    -Ah, ta! – Reita riu também, se apegando ao mais velho.

 

 

 

Naquela noite, Uruha não realizou o trato.

Uruha não conversou com Reita.

Então, Ruki conversaria.

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹: Viewfinder, manga de Yamane Ayano, um dos meus favoritos (um dia crio coragem e faço uma fic deles).

²: Haru wo Daiteita, manga de Yukka (Youka?) Nitta, um dos meus favoritos também! (um dia eu também escrevo sobre eles :3)