As Leis de Victoire 3 escrita por keemi_w


Capítulo 1
Um passeio na vassoura chamada Claire


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, EU SEI QUE EU PROMETI POSTAR SEXTA MAS O NYAH NÃO ESTAVA DEIXANDO PORQUE TINHA MUITOS ACESSOS ;/
MAS ENFIM, ESPERO COMPENSAR COM UM CAPITULO BEEEM GRANDE *O*
BEIJOS AMO VOCêS.



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Eu odeio escola, e isso é óbvio para qualquer um que me conhece. E acreditem ou não eu consegui passar em Hogwarts com oito NIEM's. Sério, eu até pulei quando soube disso. Pensei que fosse pegadinha do malandro. Mas não era. Era verdade. Eu estava formada em Hogwarts! E agora iria passar um tempo n'A Toca enquanto não voltavam as aulas e Teddy não ia para a droga de escola me esquecer e me abandonar. É. Tenso. Por isso eu vivia agarrada nele. Como um carrapato. Eu não podia impedí-lo de trabalhar, mas também não podia ficar sem ele. Então eu queria fazer algo em Hogwarts também como fechar potes de poções, limpar sapos de chocolate (what?) e essas coisas super normais que qualquer um faz (mentira!). Só que mamãe disse que eu estava delirando. Acabei me conformando e bem... ele viria para as férias de Natal, nós poderíamos nos encontrar em Hogsmead e às vezes ele viria me visitar aos fins de semana. Só que ele estava com um projeto muito legal de dar aulas e precisava trabalhar nele bastante... e eu achei ridículo. 

— Venha jantar, Vic — Louis falou. 

Nós todos estávamos passando as férias lá pelo simples fato que era legal. E eu queria ficar com Teddy, mas é obvio isso. 

— Vic, vai chamar o Ted — mamãe falou dando um sorriso colgate.

Ela sempre foi tipo, super a favor do nosso namoro. Mamãe achava Ted uma gracinha e adorava o jeito como ele me tratava, de como tratava mamãe, de como me fazia carinho e depois que eu contei sobre meu "acidente" com a Luciana e o que ele fez comigo enquanto estava impossibilitada de me mexer muito foi aí que Teddy ganhou três milhões de pontos a mais com ela. 

— Estou indo. 

Subi as escadas que davam para o quarto dos meninos, sim, James, Hugo, Alvo, Louis e Teddy dormiam no mesmo quarto quando passavam as férias juntos, assim como eu dormia com Rose, Dom e Lily. 

Abri a porta lentamente espiando para ver se não tinha alguém pelado — um dia peguei Alvo bem quando ele estava saindo do banho, o que me fez pensar duas vezes antes de entrar sem ter absoluta certeza de que não tinha ninguém apenas de peças íntimas lá.

— Tem alguém sem roupa aí? — perguntei só para ter a certeza.

— Não, Vic. Só eu — Ted respondeu.

Abri a pota e vi que ele estava deitado (estirado) na cama com um bloco de papel e caneta em mãos. Oh, garoto estudioso... nerd.

— Ah, é para nós jantarmos. 

Ele piscou incrédulo.

— Pensei que você tinha vindo aqui para me beijar e falar como me ama — fez drama e um biquinho muito fofo que só ele sabe dar. 

— Ah, bobo. Você sabe que eu amo você. 

Ele riu e se sentou na cama. O quarto estava escuro porque já era noite e bem, Hugo fez o incrível favor de quebrar a lâmpada e invés de consertar com magia, o esperto foi lá e jogou no lixo, aí a lâmpada quebrada ficou com restos de comidas e já era. Bom, e ainda não tínhamos ido comprar outra. 

— Vic, eu fico pensando no dia que você disse que me odiava, agora falar que você me ama é tão estranho — deu um sorriso maroto. — Mas eu gosto disso. 

Eu ri e fui me sentar em seu colo. 

— Ah... se eu te contasse como foi que eu descobri que te amava... você não vai acreditar mesmo — falei.

— Como foi? 

— Jura que não vai rir?

— Juro. 

— Com um pote de azeitonas. Por falar nisso, tenho que avisar mamãe que eu deixei cair aquele pote nas estufas. No Natal eu tinha mentido. 

Ele fez um "tsc tsc" como quem não acreditou.

— TEDDY! VICTOIRE, DESÇAM! — Mamãe gritou de lá de baixo.

Fiz careta, n'A Toca eu e Ted tínhamos que ficar sozinhos para nos beijarmos já que se fizéssemos isso no meio do povo poderiam tirar fotos e colocar no anuário. Olha que família linda... 

— Vamos então... — reclamei me levantando.

Mas ele puxou minha mão e me virou para ele. 

— Não antes de um beijinho no Ted. 

Eu ri e dei um beijo nele enquanto ele me abraçava. Ah, já disse que eu fico em êxtase toda a vez que eu o beijo? Pois é, eu fico mesmo, é muito perfeito, cara. Por isso que começaram a brincar com meus sentimentos quando desci sorrindo, pensaram que eu tinha me reproduzido com Ted, ou algo assim porque riram mais do que nunca enquanto apontavam para mim e para Ted.

Ah, mas a Rose não riu, não. Ai se ela risse. Já que a cordinha dela está no pescoço bem apertada, daqui a pouco vamos levá-la para passear (entenderam?).

Rose não contou ainda para os pais que está namorando Scorpius. O jantar passou absolutamente anormal. Como tudo na nossa família. 

— Então eu peguei o braço dele e arranquei para fora! — Louis falou.

— Como que ele iria arrancar para dentro? — perguntei só para botar lenha na fogueira. 

— Como que Ted te aguenta? 

— Como você não me aguenta? 

— Como você consegue ser ignorante, Victoire. 

— Shh. Senão eu conto para mamãe da garota da Corvinal...

Ele suspirou e voltou a falar com James que ria da nossa briga. Ignorantes, nunca viram um barraco então querem barraco entre a gente. Aí acabou o jantar e o pessoal quis jogar Snap explosivo, mas como eu e Ted queríamos nos beijar, fomos para a varanda. Era verão, estava um dia lindo, com estrelas no céu. Sério, parece tão mágico, não? Basicamente isso aparece nos contos de fadas, mas eu odeio conto de fadas, eu lembro que quando li Cinderela para Hugo que estava procurando histórias trouxas, quis um vestido igual o dela, e como não consegui, fiquei com raiva e agora só admiro João e seu lindo (ou não) pé de feijão.

— Como se sente recém-formada? — Ted perguntou se debruçando no muro que se ele caísse daria direto numa linda árvore. 

— Livre! — respondi seguindo seu gesto. 

Ele riu e fitou o chão do campinho livre onde nós jogávamos quadribol nas férias, eu era a juiz, claro. Não sabia sair do chão, dã.

— Ei, que tal dar um passeio? — ele perguntou do nada.

— Para onde? — perguntei hesitante.

— Não confia em mim?  

Esse era o problema, eu confiava demais em Ted. Dorgas.

— Vamos — suspirei.

E quando menos esperei ele conjurou uma vassoura. Ironico não? Eu penso nela e Ted tem sua grande ideia? Nossas mentes são tão perfeitas uma para a outra que estão interligadas. Ou não. 

— Vic, esta é Claire — ele apontou para a vassoura. — Claire, esta é a Vic.

Não comentei nada sobre isso, para quem já conversou com azeitonas porque Teddy não pode dar um nome para a vassoura dele? Ele subiu na vassoura. 

— Suba — ele disse.

— Você está de brincadeira — comentei divertida. 

— Não... e suba. 

— Não vou subir nisso, Ted. É estranho, sinistro e eu posso ter uma crise de labirintite, sacou? — falei gesticulando.

— Ahn... não. Suba logo. 

Ok, ele foi mais persuasivo que eu. Por isso tive que subir na vassoura que ainda não planava no ar. 

— Você me segura se eu cair, ok? — perguntei. 

— Pare de ser boba, Vic. Aproveite. 

Então nós subimos ao ar. Mal voamos um centímetro do chão e eu já estava apavorada. Já disse que eu tenho medo de altura? Bom, eu tenho trauma de altura, por isso que nunca subi numa vassoura. É, trauma de infância, sabe como é? 

— Mais baixo! — falei. 

— Mais baixo do que estou? Olhe para baixo. 

Fiz o que ele me falou. Realmente, não estávamos nem há um metro do chão e eu agarrava Teddy como se fosse guerra de bichinhos de pelúcia ele fosse meu escudo. Ok, deu para sacar.

— Vai devagar — alertei. 

Não vi, mas tive certeza que ele revirou os olhos. Para não ficar mais apavorada eu fechei os meus olhos e ele avançou com a vassoura, só pude sentir a brisa noturna batendo no meu rosto. Apenas quando senti meus pés de volta em terra firme eu abri os olhos e me supreendi quando vi onde estávamos. Era o campo de jogávamos quadribol quase igual, mas totalmente diferente.Tinha flores no chão e a grama estava aparada devidamente como deveria ser, borboletas voando pelos locais próximos da gente. E bem, deveria ser uma ilusão para parecer mais bonito.

— Valeu a pena ter andado de vassoura — falei. 

Ele riu baixinho e se deitou na grama sem a menor vergonha, como se todos os dias pessoas de variadas espécies deitassem na grama olhando para a lua.

— É meu presente para você — ele disse.

— Presente? — perguntei. Espera, que dia é hoje? 

— Feliz sete meses de namoro! — Ted falou.

Nunca fiquei tão sem graça na minha vida, eu tinha esquecido, de novo. Não é possível, alguém me mate, por favor? Fui até ele e me deitei em seus braços. Era tão gostoso ficar só com ele, fazia muito tempo que não tínhamos um tempo juntos. 

— Desculpa por minha memória ser equivalente a uma garrafa cheia de ar. 

Ele afagou meu braço sorrindo apenas. 

— Vic, o que você acha que será de nós agora que você acabou a escola? Nós não nos veremos todos os dias, nós não poderemos mais manter aquela relação que tínhamos enquanto você ainda estudava. 

Suspirei, eu sabia o que ele queria dizer. Sabia muito bem até. 

— Não sei, Ted, mas ajudaria se você passasse mais tempo comigo do que nesse projeto de tentar melhorar as suas aulas. Herbologia é chato, ninguém vai gostar mesmo que você traga Harry Potter para dar aulas... — falei rindo. — você sabe, né? Ou vai me dizer que sempre foi apaixonado por Herbologia? Ele riu novamente. Eu odeio quando riem das coisas que eu falo sériamente. Me sinto uma boba incompreendida.

— Mas esse projeto é importante. Ajudará também os outros professores.

Fechei os olhos porque não queria mais falar sobre isso, daqui apenas uma semana ele voltaria para as aulas.

Só senti quando Ted roçou seus lábios aos meus, seu beijo carinhoso como sempre, passei a mão pelos cabelos que ficavam lentamente loiros. 

— Espere um pouco, só um pouco que logo voltará tudo ao normal — Ted falou quando nós nos separamos.Era isso que eu esperava, que tudo ficasse de volta ao normal. 


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Notas finais do capítulo

É ISSO, MUITOS COMENTÁRIOS, OK? KKKKKKK