Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer


Capítulo 16
Capítulo 16: A outra face do coração




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Temari acorda depois de uma agradável noite de sono e pula da cama altamente disposta. Tomou um banho e se dirigiu para a cozinha a fim de fazer um café da manhã bem forte para eles. Quando chegou lá encontrou um bilhete que dizia: “volto depois”, ela logo deduziu que a investigação atual era a mais difícil que seu irmão enfrentava. Ela sabia que ele passava a maior parte do tempo fora de casa, “mas é cuidadoso como sempre” – pensou Temari enquanto olhava para a câmera que a vigiava.

 

Gaara andava pelas ruas de Konoha procurando algum portador novo ou outro ponto de liberação de esporos. A população simpatizava com ele mas não tinham coragem de se aproximar por nunca sorrir e andar sempre armado. Naruto o viu andando por aí e resolveu segui-lo e ao alcança-lo disse:

 

_ Gaara! Posso falar com você?

_ Fala - responde Gaara sem parar de andar

_ Como anda a investigação?

_ Que pergunta é essa?

_ Só curiosidade ora.

_ Você sabe que são informações sigilosas.

_ É que eu nunca vi as forças armadas tão agitadas e eu pensei que tinha a ver com esse caso.

_ “Então ela já está se preparando para o pior” – pensou Gaara ao ver ele mesmo tal movimentação e voltando-se para Naruto diz – Mas não é só isso que você quer certo?

_ Na verdade sim. Eu também quero que vá lá em casa amanhã.

_ Pra que?

_ Tem uma coisa que eu quero te mostrar.

_ Coisa...

_ Aliás, eu e meus amigos.

_ Eu apareço por lá.

 

Naruto vai embora e Gaara volta para casa. Como já fosse quatro horas da tarde, o sol já se preparava para ir embora e dar lugar a noite sempre bela. Ao entrar, vê que Ino o estava esperando na sala, “ela gosta mesmo de me visitar” – pensou ele mas não negava que gostava das visitas dela.

 

_ Oi! – diz Ino que parecia muito feliz

_ Faz muito tempo que está aqui?

_ Na verdade não.

_ Você gosta mesmo de vir aqui né?

_ Eu gosto de conversar com você. Mas por que a pergunta? Não gosta que eu te visite?

_ Não é isso. É que eu não me acostumei a receber visitas tão constantes. – aproximando-se da garota – Eu gosto muito que venha aqui.

 

Era a primeira vez que Gaara demonstrava algum sentimento por alguém. Ele mesmo não entendia o que estava fazendo mas vê-la o fazia mudar de humor e sentia-se como um imã sendo atraído por sentimentos escondidos ao longo dos anos.

 

_ Se-sério?- pergunta Ino corando de leve

_ Eu... – gaguejou Gaara

_ O que...?

_ Preciso de um banho. – disse o detetive fugindo do que queria fazer

 

Ele subiu para o banheiro que havia em seu quarto e Ino ficou vendo algumas coisas no quarto do ruivo. A cama bem arrumada, o computador sempre ligado, uma vasta quantidade de livros e alguns papéis avulsos em cima do criado-mudo à direita da cama, o que a deixou curiosa. Ino pegou os papéis e leu:eram manuscritos que datavam quatro anos atrás que pareciam versos inacabados ou poemas que não receberam um final. Ela percebeu que só um dos textos estava completo e não resistiu em ler. O poemeto ( nota do autor: esse poemeto é uma música do rpm ) escrito no papel era esse:

 

Onde está o meu amor?
Quem será?
Com quem se parece?
Deve estar por ai
Ou será que nem me conhece?...

Onde andará o meu amor?
Seja onde for
Irá chegar!...

Onde está o meu amor?
Que será que ele faz da vida?
Deve saber voar e outras coisas
Que Deus duvida...

Corre, se esconde
Finge que não
Jura que sim
Morre de amores
Aonde?
Longe de mim!...

Onde está o meu amor?
Leve e envolto
Em tanto mistério
Deve saber amar
Deve ser tudo que eu espero...

Onde andará o meu amor?
Seja onde for
Eu sei que vai chegar
Vai chegar!...

Corre, se esconde
Finge que não
Jura que sim
Morre de amores
Aonde?
Longe de mim
Onde está o meu amor?
Deve estar em algum lugar!...

Ino terminou de ler e se emocionou. Entao ele realmente tinha um coração, coração que sempre esperou um amor que nunca veio ou que nunca conheceu. Ainda emocionada virou as costas do papel onde encontrou mais um manuscrito que dizia:

 

“ Diante do destino inevitável a vida me deu um golpe. Um golpe que nao esquecerei nunca. Quando eu buscava o amor ele fugiu de mim; e quando vim para cá a fim de me refazer da vingança que planejava, um simples aroma de flores me levou a ele. Entre os mais belos ramalhetes, uma jovem de cabelos dourados superava a beleza da mais linda flor daquela loja. Senti algo que me dizia: ‘É ela. O amor que voce sempre quis.’ Mas dei prioridade ao meu sentimento de vingança e fui embora no dia seguinte. Por causa disso não sei se a verei de novo mas ao menos levei comigo o seu nome, um nome que sempre vou lembrar: ela se chamava Ino”

 

Ao terminar de ler a loira não conseguia raciocinar com perfeição. Será que eles já se conheciam no passado? Ela tinha certeza que não. Então por que ele dizia que tinha encontrado o amor quando a viu? Seus pensamentos foram interrompidos quando o detetive, ao sair do banho, se aproximou e sentou-se na cama de frente para ela.

 

_ Vo-você estava me vendo? Isso aqui... é que...- dizia Ino embaraçada por ter lido aqueles papéis sem ele saber

_ Não fique tão nervosa. – acalmou-a Gaara – Eu ia te mostrar isso da qualquer forma.

_ Agora estou confusa.

_ Sabia que ficaria assim.

_ Voce escreveu tudo isso... por quê?

_ Não gosto de lembrar disso.

_ Eu preciso saber.

_ Tem certeza?

_ Tenho. Diz pra mim...

 

Aquele mar azul que eram os olhos de Ino sempre amoleciam o coração do detetive. Ele sabia que ela tinha o direito de saber de tudo e aquele assunto o corroía por dentro pedindo para ser revelado. Sabendo que não dava mais para segurar, Gaara respirou fundo e disse:

 

_ Tudo bem Ino. Eu vou te contar a minha história.


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