Instinto Guerreiro escrita por Bruno Silfer


Capítulo 15
Capítulo 15: Coração diferente




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Um breve olhar sobre Konoha mostrava o quanto aquele país havia mudado nas últimas semanas. Antes havia alegria nas ruas, harmonia entre os países vizinhos e companheirismo coletivo; agora prevalecia o temor, a forte suspeita sobre estrangeiros e individualismo. O esforço feito para evitar mais contaminações evitava que a epidemia se alastrasse cada vez mais. Agora com a descoberta de uma forma de cura a esperança dos portadores foi renovada mas isso só aumentaria o risco do que já era esperado: o conflito entre Orochimaru, o líder dos worms; e Gaara, líder da resistência, estava mais do que provado que seria inevitável.

Enquanto isso Orochimaru planejava um modo de conseguir o que queria sem levantar suspeitas. Apesar de ter muita gente disposta a lutar por ele ( afinal eram controlados por ele ) ainda não tinha força para enfrentar o organizado e forte exército de Konoha. Foi nessa hora que Suna lhe veio à cabeça e percebeu que seria fácil atingir seus objetivos se tivesse a ajuda do império do deserto ou pelo menos que este não o atrapalhasse.

O líder dos worms estava decidido a conseguir uma “aliança” com aquele país e levava uma carta na manga: sabia que Kankurou tinha um forte desejo de conquistar dois países vizinhos, o reino da Chuva e o principado da Névoa; e matar seu irmão Gaara. Isso foi usado como moeda de troca entre eles: Orochimaru ajudaria Kankurou a conquistar esses dois países em troca da neutralidade de Suna em relação à Konoha. Com o acordo firmado Suna iniciou uma grande campanha militar e avançou contra os dois países vizinhos, rapidamente dominando-os e anexando-os ao seu território.

_ Como disse? – pergunta Tsunade batendo as mãos na mesa

_ Isso mesmo rainha. Suna anexou os países da Névoa e da Chuva. – responde Kakashi tranqüilo como sempre

_ O que será que ele pretende com isso?

_ Pra lhe ser sincero não faço a mínima idéia. Por que não fala com o Gaara? Ele deve saber de alguma coisa.

_ Você está certo. Traga o Gaara aqui.

Kakashi imediatamente saiu e levou a Gaara o chamado da rainha. Este se apresentou e pela expressão da rainha o assunto era importante.

_ Por que mandou me chamar? – perguntou Gaara ao entrar na sala

_ Tenho algo que quero perguntar. – responde Tsunade apoiando o queixo nas mãos

_ O que seria?

_ O seu irmão iniciou uma operação militar organizada.

_ Do estilo guerra de conquista?

_ Basicamente isso. E ele conseguiu subjugar os países da Névoa e da Chuva.

_ Hum...

_ Você tem algum conhecimento de quais seriam os planos dele?

_ Eu sempre soube que ele queria dominar aqueles países, mas eles sempre resistiram com muita força e causaram inúmeras baixas no exército de Suna.

_ Então ele já tentou invadir esse território antes?

_ Ah já. E foram duas derrotas históricas que aquele país sofreu.

_ Aonde quer chegar?

_ Eu conheço o poder de fogo do exército de Suna. Apesar de bem preparado ele não teria força para conquistar dois grandes países ao mesmo tempo. Sou capaz de apostar as minhas fichas que ele recebeu ajuda de fora.

_ E quem o teria ajudado?

_ Só uma pessoa conseguiria enfraquecer as defesas de um país com tanta facilidade: Orochimaru e sua epidemia de parasitas.

_ É verdade.

_ Se eles realmente agiram em conjunto é melhor rever a aliança que vocês mantém com o Kankurou. Vocês podem correr perigo no futuro.

Tsunade observava Gaara sair da sua sala e reconhece que ele tem razão, a aliança teria que ser revista. O detetive voltava para casa e ao chegar vê quem nunca imaginaria ver em frente à sua casa: Temari estava encostada na porta de entrada, com duas malas perto dos seus pés e estava a espera do detetive.

_ Temari? O que faz aqui?

_ Posso falar com você Gaara?

_ Claro. Entra.

Temari pegou as malas e entrou na casa misteriosa do irmão. Ela se acomodou no sofá enquanto Gaara foi buscar um pouco de água para a irmã.

_ Então? – perguntou Gaara entregando-lhe o copo com água – Qual é o assunto?

_ Hum... é que... – Gaara estranhou essa reação pois Temari sempre foi muito segura – Eu saí de Suna.

_ Como é? Saiu de lá? Por quê?

_ Nós tivemos uma séria divergência.

_ Você e o Kankurou?

_ Isso mesmo. Eu não concordei com um acordo que ele fez e a situação ficou difícil.

_ Isso tem a ver com as guerras que ele fez?

_ Veio um cara estranho chamado Orochimaru propor um acordo com ele. Depois desse acordo ficou fácil dominar aqueles países.

_ O que ele pediu em troca?

_ Somente que Suna se mantivesse neutra quando ele atacasse Konoha. Eu não concordei com isso e por isso nós brigamos. Como eu não quis participar desse acordo e dessas guerras inúteis eu preferi sair de lá.

_ E vendo essas malas eu devo concluir que você quer morar aqui.

_ É que você é meu irmão e... se o seu ódio por mim já tiver passado... eu queria ficar aqui por algum tempo.

_ Você sabe que eu nunca te odiei Temari. Só fiquei chateado por você não ter acreditado em mim naquele dia.

_ Eu nunca tive absoluta certeza que você era culpado. Naquele dia a raiva falou mais alto do que eu e me levou a agir daquele jeito. – olhando nos olhos do detetive – Você me perdoa?

_ Não há nada o que perdoar. Apesar de tudo que aconteceu eu sei que você não mentiria pra mim. Pode ficar aqui o tempo que precisar.

Temari viu que o irmão havia mudado muito desde que viera para essa missão em Konoha. Continuava sem sorrir, mas seu coração estava mais mole seu rosto não trazia mais a sombra da morte como antes. Ele volta e a leva ao quarto de hóspedes, impecavelmente ventilado e organizado.

_ Você pode ficar aqui. – diz Gaara abrindo a porta

_ Nossa! Que quarto enorme!

_ Espero que goste.

_ É mais do que eu precisava.

_ Eu só tenho uma exigência a fazer.

_ Qual é?

_ Não entre ali. – aponta para uma porta no corredor

_ Por quê?

_ Ali fica o meu laboratório e eu não gosto que entrem lá.

_ Tudo bem.

Temari estava muito feliz, não porque havia conseguido um lugar pra ficar, mas por descobrir que seu irmão não a odiava. Gaara também se sentiu bem porque a hostilidade que havia entre eles foi resolvida. Agora o detetive tinha uma arma importantíssima tanto para matar Kankurou, quanto para sua prioridade: eliminar Orochimaru.


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