A Agiota (tell Me) escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Esqueci de postar a fic ontem.
8 leitores e dois reviews.
Que lindo o retorno de vocês.
Enjoy.
Bill acabou por ceder e se entregar por completo à namorada, tentando se dispor a superar seu trauma de infância. A relação foi lenta e demorada, mas no fim das contas, ele conseguiu.
Bill acordou primeiro. Observou Katherine dormindo tranquilamente ao seu lado e sussurrou:
- Eu consegui... Obrigado.
Ficou deitado de barriga para cima matutando. “Esta noite eu consegui me livrar do maior fantasma que assombrava a minha vida... Porém os planos acabaram miando. Droga, quem sabe quando vou ter outra oportunidade? Esperei tanto por isso... Katie, você matou o meu maior medo, mas eu ainda não fiquei totalmente pleno... Eu preciso seguir e acabar com isso.”
- Hmm, Bill? – Katherine grunhiu.
- Bom dia, minha linda. Dormiu bem?
- Sim... e você?
- Melhor impossível. – sorriu.
- Pela sua cara, posso imaginar que...
- Sim, Katie. Foi difícil, mas você conseguiu. Eu consegui. Na verdade, nós dois.
- Você não sabe o quanto me deixa feliz dizendo isso.
- Sim, eu sei. Eu nunca pensei que fosse me livrar daquele maldito trauma algum dia... E olha, graças a você eu consegui superar. Eu te amo tanto.
Dois meses se passaram. Katherine se lembrava do dia em que a mãe fora morta, cinco semanas antes. Bill dormira com ela e, de manhã, viu a mãe morta, na banheira, com um ventilador ligado dentro. Tudo aconteceu naquela manhã, enquanto os dois dormiam e Juliette tomava um banho de espuma. Debaixo do seu nariz, sem que ninguém percebesse, e até então não fora encontrada nenhuma pista, nem sombra do assassino, nada.
Bill percebeu a tristeza dela e perguntou:
- O que você tem, Katie?
- Ah, nem sei, Bill. Uma melancolia...
- Com o quê?
- Tava lembrando da minha mãe... Do meu pai...
Bill ficou em silêncio por não ter o que dizer.
- Eu queria ter os pais que nem os seus, Bill.
- Não deve ter sido nada fácil pra você ter perdido o pai e a mãe em tão pouco tempo, não é?
- Não mesmo.
- Não mesmo. Mas não só por isso. Meus pais eram meio briguentos um com o outro, sabe? Mas sei lá. Eles me fazem tanta falta... A Steph também. Casou, foi morar com o marido... E eu fiquei sozinha naquele casarão...
- Você pode vir morar comigo, se quiser.
- Mas e o Tom?
- O Tom que se dane. A gente divide a casa em dois e põe uma porta de correr no meio.
- ‘Cê tá brincando, né?
- Não. A gente vai fazer isso se precisar, um dia. Já tá combinado.
- A união de vocês me assusta às vezes.
- É, eu sei. Isso não é coisa pra se entender. Mas e aí, depende de você. Topa ou não?
- Hmm, eu vou pensar no seu caso.
- Vai mesmo?
- Aham! Prometo.
- Hm, que bom. Vai ser ótimo ter você aqui comigo sempre.
- Você tá forçando a barra!...
- Eu? Capaz! Bom, tenho que ver com algum designer como vamos fazer pra dividir a casa, né...
- Bill!
- tá bom, parei.
- Você tem um senso de humor bem idiota.
- É, eu sei. Mas eu sei que você gosta, mesmo assim.
Gustav voltou a fazer contato com Katherine, avisando-a que tomasse cuidado com os objetos que recebia como pagamento e principalmente por onde andava. Bill já cansara de pedir que parasse, de dizer que não precisava fazer esse trabalho, mas ela era irredutível. E não contou a ele sobre os avisos.
Até que um dia, na casa de Bill, enquanto Katherine tomava banho, seu celular tocou.
- Alô? – Bill atendeu.
- Quem é?
- Aqui é o Bill. Sou o namorado da Katherine.
- Olá, Bill. Aqui é o Gustav. Eu sou primo da Katie.
- Aham.
- Você pode avisá-la para não sair de casa hoje?
- Bom... ela já saiu, ela está na minha casa agora.
- Mas está segura?
- Com certeza. Posso garantir que sim.
- Que bom. Ela te contou que o Weinberg está atrás dela de novo, não é?
- Como é que é?
- Hans Weinberg. Um antigo inimigo do pai dela...
- E o que esse cara quer?
- Vou ser direto com você. Ele quer matá-la.
- Mas por que alguém ia querer...?
- Ele poderia ter ficado com toda a clientela de William Bach quando ele morreu. Mas a Katherine os sugou todos de volta assumindo o trabalho do ai. Ela não te contou isso?
- Não!
- Ihhh...
- Olha, Gustav... obrigado por me contar tudo isso. Eu vou dar o recado. Até mais.
- Até.
Katherine abriu a porta do banheiro e deu de cara com Bill de cara brava e braços cruzados.
- O que foi, Bill?
- O Gustav te ligou.
- Sério? Já ligo de volta pra ele.
- Não precisa. Ele deixou o recado comigo.
- D-deixou?
- Deixou. E pediu pra eu te perguntar que história é essa de um cara estar te perseguindo.
- N-não é nada importante... – ela disse tentando se esquivar.
- Sério? Porque ele me disse que esse tal cara quer te matar.
- Bill...
- Eu não te pedi pra parar com isso, Katherine?
- Eu te falei que não ia parar.
- E eu escutei, mas custava você ter me avisado disso? É tão difícil?
- Isso não tem nada a ver com você. Eu sei lidar. Tem um ano que eu lido com isso.
- Mas custava me contar? Eu me preocupo com você!
- Valeu, tio! Tempo perdido! – já vestida, ela pegou a bolsa no quarto, desceu as escadas e ia indo embora.
- Katherine, espera!
- Me poupe do seu sermão, Bill!
- Katherine!
Ela saiu calmamente.
- Não era pra você sair. – Bill disse do alto da escada olhando para a porta. – Parabéns, gênio, além de tê-la deixado pau da vida, pôs a vida dela mais em risco do que já tava!
Bill se calçou e saiu à rua, tentando adivinhar que caminho Katherine teria tomado. Andava correndo, conseguiu encontrá-la a duas quadras da casa da irmã.
- Katherine! – chamou.
Ela se virou espantada e numa fração de segundo três caras encapuzados a pegaram por trás e enterraram um pano embebido em éter em seu rosto. Como Bill corresse em sua direção, outros dois vieram pela frente e fizeram com ele a mesma coisa.
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No que isso vai dar, hein? HAHAHA