Hunt Angels escrita por Blante
Notas iniciais do capítulo
APOSKAPOSKAPOSKAPOS demorei, né? Pois é. To escrevendo outra fic, quando ela ganhar um rumo certo eu posto. O próximo cap vem mais rápido, prometo.
Ah, quase ia me esquecendo de agradecer a recomendação da Lily. Lilyyyyyyy, MUUITO OBRIGADA VOCÊ ME DA A FORÇA DE VONTADE QUE EU RARAMENTE TENHO q
Espero que goste (m) do cap, no próximo acho que vem sangue
O Loft de Naomi era um pouco grande de mais para uma pessoa só. Tinha um mezanino pintado de branco com divisórias de vidro, abaixo ficavam a cozinha e sala, os móveis tinham uma aparência realmente cara. As escadas também eram de vidro, um terror para pessoas com acrofobia, o corrimão de aço inoxidável refletia todo o ambiente de forma destorcida. No mezanino ficava a suíte.
Naomi entrou e se dirigiu para a cozinha, os longos cabelos ruivos balançavam nas costas, ela gesticulou para o sofá de aparência extremamente cara.
- Sentem, podem ficar a vontade. Querem alguma coisa pra beber?
Lilith se largou no sofá, afundando; as perninhas curtas balançando no ar.
- Uau! Você mora aqui? Ah, eu quero qualquer coisa gelada.
A ruiva balançou a cabeça afirmativamente, e olhou para um Ryuki ainda parado na porta, boquiaberto
- E você quer alguma coisa, primo? - O garoto se engasgou antes de falar, com a voz rouca
- Você mora aqui?
- Já disse que sim.
- AQUI? - Ele elevou a voz, apontando para o chão, abismado.
- Ser a clinica geral de um hospital é um bom negócio, sabia? - Ela disse com um suspiro - Pare de fazer cena e se senta aí. Vai querer alguma coisa?
Agora era Ryuki que parecia um mongol, olhava para todos os cantos com o queixo quase arrastando no chão.
- A-água.
Naomi foi para a cozinha, dava para vê-la claramente no lugar sem paredes. Ryuki e Lilith admiravam o lugar, ele ainda estava atordoado, enquanto ela observava tudo com um sorriso no rosto, encantada. As perninhas ainda balançavam infantilmente, Naomi voltou com uma bandeja com três taças de sorvete e um copo de água. Ryuki estendeu o braço e pegou a água antes que ela pousasse a bandeja na mesa, bebendo tudo num gole só.
- O que é isso? - perguntou Lilith pegando uma das taças ente as mãos.
- Sorvete. Prove, você vai gostar, tenho certeza. - a garotinha inclinou a cabeça e olhou para a coisa branca disforme, desconfiada. - É gelado, e doce. - acrescentou.
- É doce… ? - A garotinha mordeu a bola de sorvete, expondo presas afiadas e brilhantes, ignorando a colher - Ei, isso é bom! É super gelado e é gostoso! E é doce!
Naomi apenas sorriu provando do próprio sorvete, usando a colher. Ryuki também pegou uma taça.
- O que você tinha de tão importante pra contar, que só poderia falar aqui, mas que pode esperar por um lanchinho? - Ele perguntou, quando acabou de tomar o doce gelado.
- Não é tão importante, quer disser, depende do ponto de vista, se …
- Tem mais? - Lilith interrompeu, estendendo a taça vazia na direção de Naomi, as roupas e o rosto todo sujo de sorvete.
- Vou pegar - ela respondeu se levantando e indo em direção a geladeira.
Ryuki revirou os olhos na direção da pequena Shinigami e pegou um guardanapo que estava na bandeja.
- Pô, Lilith você ta toda suja - disse, começando a limpar o rosto dela com o guardanapo. - Na próxima vez usa uma colher.
- Colher?
- Sim, isso. - Ele pegou a colher na bandeja, a que ela deveria ter usado, e balançou no ar. Como ela o olhou com uma expressão que dizia claramente: Como diabos se usa isso? Ele começou a fazer gestos no ar, como se pegasse alguma coisa no vento com a colher e jogasse na boca. - assim, entendeu?
Naomi apareceu com um pote de sorvete e o deu destampado para Lilith, ela pegou a colher da mão de Ryuki e começou a comer como ele lhe ensinara.
- Assim? - perguntou com a boca cheia de sorvete
- É, mas não adianta, você vai precisar de uma blusa nova…
Naomi pigarreou.
- Como eu ia falando, é importante…
- Você disse que não era importante. - interrompeu o garoto.
- Só escuta, ta? Depois você decide se é importante ou não... - Ela suspirou - Um anjo caiu.
- Anjos caem. É normal, ser um anjo é um saco, não é a toa que eles desistam aos montes…
- Eu falei pra só escutar! Não foi um anjo qualquer que caiu, foi um arcanjo.
Lilith parou de comer e começou a escutar.
- Arcanjos não caem - disse, séria.
Quando ela falava assim, Ryuki não conseguia enxergá-la como uma criança, mesmo que estivesse toda suja de sorvete.
- Foi o que eu ouvi, um arcanjo se rebelou e caiu. E boatos surgiram…
- Que boatos? - perguntaram juntos.
- Será que dá pra me deixar falar? - Os dois se calaram e a ficaram observando, atentos - Os boatos dizem que o arcanjo caiu aqui, no Japão. Talvez alguém tenha sentido o cheiro…
- Anjos caídos não cheiram como anjos - Ela Interrompeu mais uma vez, não conseguia ficar calada.
- Mas que droga! Vocês vão me deixar falar ou não? - Naomi se exasperou, jogando as mãos para o alto.
Ryuki tampou a boca de Lilith com a mão direita, sentia o gelado do sorvete mas não se importou
- Fale - disse. Puxando com a mão livre a cabeça dela escorando-a no seu ombro, ela o olhou feio mas não resistiu.
- O que importa é que um arcanjo caiu no Japão.
Ryuki resistiu ao impulso de disser "Você já disse isso". Lilith resmungou alguma coisa initendivel, as palavras abafadas pela mão dele. Naomi ignorou o resmungo e continuou:
- O interessante é que todos estão procurando por ele: Lúcifer e os Anjos. - ela fez uma pausa dramática. Ryuki mordeu a língua para não falar nada. Olhou para baixo e percebeu que a Pequena Shinigami estava petrificada, prestando renovada atenção pela menção do nome do irmão. - O que eu ouvi foi que vão perdoar aquele que encontrar o arcanjo, o banimento acabará e o demônio poderá voltar pra a Hell. Mas ninguém tem a menor pista. O Japão pode ser um lugar pequeno, mas é um arcanjo, e está bem escondido. Também deve ser poderoso, já que a Heaven o quer de volta e Lúcifer o deseja vivo. E quando eu fui para o hospital ontem de manhã senti uma presença angelical, durou menos de um segundo mas foi uma presença forte. Não acham que é muita coincidência?
A mão de Ryuki havia escorregado da boca de Lilith, mas a cabeça dela ainda estava escorada no seu ombro, ela disse:
- Não acredito em coincidências.
- Quer saber? Nem eu. - Disse Naomi.
- O que estamos fazendo aqui? - Ela desescorou a cabeça do ombro do garoto e se levantou - Alguém precisa pegar esse arcanjo antes dos anjos do Heaven.
- Lilith, não se empolgue. Lúcifer o quer vivo. - Ryuki falou, a voz seca, sem emoção.
Ela riu.
- Tanto faz, não ligo para os planos idiotas do meu irmão. Se eu pegar aquele maldito arcanjo, saio desse maldito lugar.
- Mesmo assim, para sair daqui o anjo precisa estar vivo.
- Que seja. Vamos - ela se virou e já ia dar a volta no sofá em direção a porta quando Naomi falou:
- Espera aí. O lugar onde eu senti o anjo era um instituto, um colégio. Se ele está realmente se escondendo entre os humanos e frequentando a escola você só vai encontrá-lo amanha de manha. No horário das aulas.
Ela se virou novamente, confusa.
- O que?
Ryuki se levantou e pousou a mão no topo da cabeça de Lilith, ela olhou para ele.
- Se acalme, Lilith. Nós precisamos de um plano. É um arcanjo, e deve ser forte. Vamos lá amanhã de manhã, não se preocupe.
- Como assim um plano?
- Precisamos investigar, entrar lá como humanos para não levantar suspeitas e pegar o arcanjo desprevenido.
- Não é tão fácil entrar numa escola - Naomi disse também se levantando.
Eles pararam para se olhar por alguns segundos, foi Naomi quem interrompeu o silencio.
- Tenho um plano, vai demorar um pouco, Lilith tenha paciência. Nós vamos pegar esse arcanjo.
- Mas que droga. Cade ele? - Lilith disse impaciente.
Lá estavam eles, novamente vigiando os humanos que entravam e saiam, dessa vez do instituto.
- Lilith, para com isso! Ta me deixando nervoso!
- O que? Ah! - Ela soltou uma exclamação apontando para um homem qualquer que saia do lugar - Naomi é aquele ali?
- Não, não é! Dá pra ficar quieta, por favor?
A garotinha vibrava, a voz estava ansiosa e ela especionava cada pessoa que saia do lugar.
- Será que o arcanjo está entre eles? - Murmurou baixinho para que só Ryuki ouvisse.
- Provavelmente…
- AI, que saco! Não quero ficar aqui parada esperando! Ele pode ir embora, sabia? Pode fujir.
- Ele não vai embora! Se acalma, Lilith.
- Aaaarght - Ela fez um gesto estranho, como se quisesse estrangular algo entre as mãos vazias. - O arcanjo tá tão perto…
- Lilith que droga! Já falei pra não se empolgar você não pode matar esse arcanjo! E ele deve ser forte…
- Porque não posso? - Ela interrompeu
- Porque se você mata-lo, ele vai se tornar inútil para o seu irmão e nós não vamos conseguir sair daqui. E como eu ia dizendo ele deve ser forte, então…
- Ali, ali. É ele! - Naomi interrompeu, apontando para um homem magro de barba mal feita e usando terno, que saia da escola.
- O arcanjo? - Lilith perguntou empolgada, um pouco alto de mais.
- Não, sua cabeçuda! O enfermeiro! - O garoto disse, dando um cascudo na cabeça dela.
- Ah, é.
- Esperem aqui - Naomi disse, saindo de fininho.
Ela voltou algum tempo mais tarde. De longe dava pra ouvir a conversa dos dois, mas talvez fosse porque seus ouvidos eram apurados de mais.
- Ehh, então quer dizer que você não vê problemas em matar? - Ryuki perguntou, estava sentado no meio-fio da calçada com Lilith no seu lado.
Ela deu uma risadinha.
- Depende do que se mata - O canto dos lábios dela se contorceram em um meio sorriso - por exemplo: Quem se sente culpado por matar uma formiga?
- Não estamos falando de formigas, são anjos e arcanjos - Lembrou Ryuki.
Ela levantou a cabeça para o olhar nos olhos.
- Qual a diferença? É a mesma coisa, no meu ponto de vista.
Ele bufou
- Maldita sádica.
Ela sorriu, como uma criança.
- Sério? Meu irmão sempre disse que eu tenho o coração mole…
- Psiu, parem de falar dessas coisas aqui! - Naomi interrompeu, nervosa, alguém podia escutar. Ou pior, o arcanjo podia escutar.
Ryuki se levantou em um pulo.
- E então? - perguntou
- Tudo certo. Agora só precisamos esperar até eles anunciarem o cargo vago para enfermeira. Enquanto isso, vamos matricular vocês.
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E ai, o que acharam? Deu pra ficar curioso? Ou foi muito wft? reviews sinceros, please.