— Meus pais são de São Paulo, mas eu nasci no Rio Grande do Sul, meu pai é clinico e minha mãe promotora de eventos. Estudei fora do Brasil do ginásio a faculdade, voltei a cinco anos para ajudar na construção da sede de Goiás... que estamos transferindo para o Rio. - respondo brincando com um dos canudos. - Fez faculdade onde?

      - Conservação e restauro na Escola de Belas Artes e Designer de Interiores em Milão. - Seus olhos estavam voltados para mim,  Milão...  É mais inteligente que eu pensei Isabella.

     - Milão? É mais inteligente do que imaginei. - A observo colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha e beber mais da agua do coco, porem uma pequena gota da agua umedecer seu lábio depois que tira os canudos de lá. Inclino meu corpo em sua direção e passo o dedo naquela gota impedindo que escorra para a pele. Minha ação a fez corar de forma violenta a dando um ar inocente. - Ia escorrer ...

— B-bem... - Ela esta desconsertada e isso me preocupa um pouco. - Tem namorada Edward?

— Solteiríssimo - respondo sorrindo e bebendo mais da agua. - Ninguém me quer... - Termino a frase fazendo um bico .

— Uhnm... - Isabella umedece o lábio com os olhos focados em minha boca, quero desesperadamente morder ele. - Algo meio difícil de crer.

— Mas é a verdade e você? - Apoio os cotovelos na mesa sorrindo torto. - Casada, solteira.. enrolada?

— Solteira. - Responde recostando novamente.

— Os homens de onde você vem devem ter problemas.

— Tive alguns relacionamentos breve mas não deram certo. - Diz torcendo um pouco o nariz.

— Deveriam ser loucos... - Digo dando atenção para um ponto no chão. - Hoje a noite darei uma pequena social na minha casa, gostaria de ir?

Meu convite a pega de sur5esa, isso era notável em sua face. Sorrio torto para ela esperando sua resposta, noto que ela batalha dentro de si para decidir.  Como alguém tão bonita esta solteira? Isso ainda me intriga.

— Adoraria, Edward. - Amo quando pronuncia meu nome, ainda mais agora por aceitar meu convite. Terei mais tempo para conhece-la melhor. - Mas preciso ir agora, se quero ter sorte de achar um taxi. - Taxi?

— Se você quiser te levo onde precisa ir. - Digo pedindo a conta. -Assim aproveitamos e conversamos mais. A não ser que eu esteja te entediando ...

— Não está não, vou para casa terminar minhas malas para a viagem. - Ela diz sorrindo tranquilamente.

— Ótimo! Assim saberei onde te buscar hoje. - Coloco o dinheiro dentro da conta e entrego ao garçom. - Que tal? Meu carro esta aqui perto.

— Se não for te atrapalhar.- Ela diz colocando os óculos escuros.

— Você não me atrapalha, Isab...

—Bella, me chame de Bella por favor. - Ela me interrompe com doçura.
— Você não me atrapalha, Bella. - Corrijo minha frase. - Estou de férias e queria aproveitar boa companhia. Vamos?
  

Isabella concorda corando sutilmente, me levanto antes dela e estendo a mão para ajudar. Assim que toca minha mão aquela eletricidade se mostra presente e ela sabe disso. Caminhamos calmamente pelo calçadão, conversamos e vamos nos conhecendo pelo caminho.  Descobrimos que somos amantes de um bom café e que ela tem gostos um tanto radicais para passa-tempo.

— O que tem eu praticar Motocross? - Pergunta rindo da minha cara incrédula.

— Você da pé na moto? Aquilo é uma maquina mortífera de duas rodas. - Digo rindo e recebo um olhar torto dela.

— Engraçadinho, eu alcanço o chão na moto. Mas faz tempo que não prático, minha moto esta com  Jacob, um amigo para reformar.
 

Tive que me conter para não fazer uma careta ao ouvir o nome de um homem,  mas continuo questionando teu gosto para passa tempo.

— E você? - Ela pergunta com um tom de curiosidade na voz e isso faz meu interior se agitar. Ela quer saber ainda mais.

— Gosto de tocar piano e acampar. - Ela suspira.

— Não sei tocar piano e nunca acampei... - Diz enquanto a direciono para o estacionamento do restaurante de Alice.

— Se quiser, podemos marcar para acamparmos em grupo. É muito divertido. - Comento enquanto a guio para o Volvo estacionado a sombra. Isabella caminha na minha frente para ir pro carona, neste momento te a visão de sua bela bunda naquela calça clara e solta. É maravilhosa e redonda.

— Quem sabe ... sempre quis fazer uma fogueira e assar marshmellow e comer com biscoitos e chocolate. - Sua resposta me faz pensar em planejar um final de semana para acampar, entramos no carro e seguimos em direção as ruas.

— Qual sua comida favorita? - Pergunto rindo por parecer um adolescente curioso.

— Comida favorita... - Ela morde o labio enquanto pensa - Lasanha de almoço de dom...

—De domingo com batata palha e suco de laranja. -Completo a frase  e rimos juntos.

— É muito bom! - Ela ri e eu admiro o som de sua risada. - Se tiver sorvete com bolo de sobremesa é melhor ainda.

— Concordo plenamente. - Presto a atenção na estrada e nas direções que ela indicava entrar. - Me conte algo que ninguém imagina de você...

— Nossa... - ela ri novamente e eu fico a fito por um segundo. Quando ela ri seus olhos se fecham suavemente a deixando com ar de menina. - Eu abri com mais 3 amigas um salão de beleza na época que estudava na Belas Artes.
—Salão? Como conseguia tempo? - Pergunto incrédulo.

— Precisávamos de dinheiro ué... Rosalie fez um curso de cabelereiro, eu na época do colégio fiz um curso de maquiagem, Ângela era uma manicure incrível... não existe  outra como ela e Jessica organizava tudo. - Explica com diversão enquanto tira os óculos escuros do rosto. - Hoje ampliamos o lugar e os serviços, apenas eu não trabalho mais no salão como profissional. Eu apenas administro de longe.

—Ainda quero saber com arrumava tempo. - Brinco a vendo rir olhando pela janela.

— E você, me conte algo inesperado... - Ela diz gesticulando algo grande .
— Eu... uhnm... - Penso em algo. - Não ri... Já fiz curso com um cheff de cozinha em uma de minhas férias na faculdade. Porem hoje não cozinhe um ovo. - Falo rindo e ela quem está incrédula agora.
— Como assim? Queria eu ter tido aulas com um cheff de cozinha. Na próxima rua a esquerda, é uma rua sem saída no portão final. - Paro o carro de frente ao portão de madeira.
 

Isabella desprende o sinto de segurando e se vira pra mim, me convide pra entrar Bella... Admiro mais uma vez seu belo rosto, pele alva, olhos castanhos e lábios vermelhos tentadores. 

— Gostaria de entrar? Posso preparar um café. - Sua voz era suave e convidativa. Sorrio para ela e a vejo suspirar de leve.

— Adoraria, Bella. - Então ela sorri timidamente e pega o controle do portão, dentro na propriedade e depois de alguns metros estaciono o carros na garagem atrás de um New Beetle Branco.  Olho e carro e penso, feminino e incomum... combina com a dona.
 

Isabela desce do carro e eu faço o mesmo, ela caminha pela varanda até para diante de uma porta, ela a abre e faz um gesto para que eu entre. Ao passar pela porta vejo uma sala confortável e charmosa. Quem diria que a bela decoradora morra em um mini sitio dentro da cidade do Rio de Janeiro. O lugar era arejado e bem decorado, observo Bella caminhar para um corredor e entrar em uma outra porta.

— Fique a vontade! - Fala alto de onde ela está. - Cafeteira ou Expresso?
— Expresso. - Respondo segundo sua voz. A encontro na cozinha, atrás de um balcão lutando para alcançar as canecas na prateleira. Fico imaginando como consegue subir em uma moto, e olha que ela esta de salto.
 

Me posiciono atrás dela e pego as duas canecas que lutava para pegar, com isso osso corpo roça de leve.

— Aqui estão... - Coloco-as na sua frente fazendo próximo ao seu ouvido. Sinto seu corpo estremecer em um arrepio.

— Obrigado... - agradece enquanto segue para a maquina de café. A admiro de costas. É pequena e tem curvas na medida, suas roupas mais elegantes a dão um ar profissional e feminino. Fico me perguntando quantos anos tem. Me sento em um banco no balcão tentando adivinhar sua idade.

— Quantos anos tem Bella? - Pergunto no momento em que ela coloca uma das canecas na minha frete e gesticula para o açucar ou adoçante. - Puro...

— Farei 27 no final do mês. - Me assusto com sua idade.

— Nossa! Sabia que era nova mas nem tanto... - Ela sorri e da um gole do café. Sorri depois de sentir o liquido descer pela garganta  e eu por seguir o movimento.

— Terminei a escola cedo, por isso todos estanham quando falo minha idade. E você?

— Fiz 33. - Ela franze  a sobrancelha.

— Te dava 30 no máximo. - Diz prendendo os cabelos em um nó no alto da cabeça, a dando um ar mais casual e sexy. Seu pescoço impecável e tentador fica chamando e pedindo para ser beijado.

— Obrigado, ganhei o dia. - Brinco quando coloco a caneca pura no balcão.
Isabella faz menção de se levantar, porem algo a impede e ela tropeça caindo em minha direção. Rapidamente a tomei em meus braços, impedindo que se machuque. A apertei com meu peito,  a encaixando em mim, seus cabelos tinham um cheiro sutil de rosas e morangos. Feminino, inocente sensual.

— De-desculpa... - Ela tentava se levantar mas a impedi a trazendo para mais próximo. - Meu salto se prendeu no degrau do bando.

— Se machucou? - Seguro seu rosto e a fito, estava corada e por conta do movimento brusco descabelada.  Seria louca minha demais toma-la minha agora? Quero desesperadamente me perder nela. - Bella?

— Estou bem, obrigado. - Fala com os olhos focados no meu rosto. Ela sente a mesma atração que eu. É visível entre nos essa energia toda.
 Ainda com minha mão em seu rosto, o acaricio sua bochecha com a ponta dos dedos e ela inclina na direção do carinho. Desço minha não e toco em seus lábios rosados.

— Você é linda, Bella. - Cubro seus lábios com o meu, um beijo suave e comportados, podemos dizer... Mas quando sinto suas mãos em meu pescoço peço passagem pra minha língua, que é acolhida rapidamente. Puxo Bella para que fique entre minhas pernas no banco, assim posso ter mais acesso a ela. Coloco minhas mãos em torno da sua cintura e a aperto, ela é pequena e delicada, suas mãos vão de encontro aos meus cabelos que levam minha sanidade pra longe. Ao sentir suas unhas deslizarem pelo meu couro cabeludo, um forte arrepio de prazer corre pelo meu corpo, deixo um gemido rouco escapar da garganta e intensifico nosso beijo. Passo minhas mãos em torno de sua pequena cintura e a ergo, colocando sentada em meu colo. Um pequeno suspiro escapar de sua boca quando a coloco no meu colo a apertando contra meu peito. Interrompo nosso beijo e desço para seu pescoço onde mordo, beijo, cheiro... - Cheirosa demais...

— E..Edward... - Ela tenta falar enquanto eu dou um jeito de acariciar suas costas por baixo da blusa. - Melhor pararmos...

— Não quero - Aperto suavemente sua carne por baixo da blusa e sinto todo seu corpo se arrepiar. Ainda me pergunto como essa mulher esta sozinha... - Você mexe com minha cabeça.- Não é certo.. - Tentava argumentar enquanto beijo teu colo, suas mãos apertavam meus ombros ou deslizavam as unhas suavemente em meus braços. - Você é meu cliente. Isso é nada profissional.

— Errado seria negar essa atração entre nos dois. - Anuncio no no momento que coloco uma mexa de cabelo atrás da sua orelha. - Vai negar isso?

— Não vou, mas... - Ela faz um esforço para descer do meu colo, a ajudo não querendo complicar a cituação. A observo se afastar um pouco. - você continua sendo meu cliente.

— Esqueça isso por um minuto, somos adultos Bella. -  Me levanto e vou até ela e seguro seu rosto. - Não estou pedindo nada de impossível, apenas vamos nos conhecer. Você me encanta.  - Ela suspira em derrota e eu sorrio vitorioso.

— As 19:00 venho te buscar, ok?
— Ok, Edward... - Sorrio ao notar que ela ainda luta, mas nossa atração é mais forte.
 

Ela me acompanha até a porta, explicou como abre o portão la em baixo e combinamos sobre mais tarde. Ela ainda tentava argumentar algo sobre isso ser errado, ser anti-profissional, que eu era cliente dela... mas a interrompi com outro beijo.

— Vamos nos conhecer... até daqui a pouco. - Entro no carro e saio da casa da minha decoradora.  Fico o caminho todo pensando nela, doce, pequena, teimosa, tentadora...
 

Chegando no meu edifício, comunico aos porteiro que hoje terei uma reunião em minha casa, entreguei a ele uma lista de nomes que tinha passagem. Ao entrar no meu apartamento vejo que Victória ja estava lá.

— Boa tarde Senhor Cullen. - Ela me cumprimenta quando passo pela cozinha. Boa tarde, como foi a manha de folga? - Pergunto de trás do balcão aproveitando para roubar um canapé da bandeja.

— Ótima, aproveitei para dar um passeio com James... estavamos precisando disso - falou dando um leve tapa de repreensão na minha mão. - menino pare com isso. Da ultima fez tive que fazer mais um cento.

— Eu tenho culpa que você cozinha bem? - Pergunto enquanto pego um copo de agua na geladeira.

— O que aconteceu? Esta sorridente demais... - Vejo a mulher madura a minha frente secar as mãos e um pano de prato pendurado em seu ombro.

— Nada ué...  - Ela me olha de canto e volta a fazer a comida.

— Ata...

— Vou tomar meu banho, daqui a pouco preciso buscar uma pessoa... - Falo caminhando pela porta.

— Sabia! Ta de namorico! - Ela exclama e eu saio da cozinha gargalhando.