"I'm afraid to sleep and wake up the next day and see that things... only got worse.
    
                    
                                                 But...

                                                                        
                                       I love u... Sasu."







         Naquela mesma noite, o grupo misterioso se reunira em um lugar secreto de Londres. Os únicos detalhes que se podia dizer daquele tal local, seria uma casa abandonada com poucos telhados. O vento soprava quase constantemente por ali.
         Apenas lanternas, cujo cada uma tinha um dono diferente, eram as únicas coisas que iluminavam a casa. Os jovens estavam sentados diante à mesa, olhando sério uns aos outros.
         - Qual será o nosso próximo passo? - perguntou um deles.
         - Por enquanto, agiremos normalmente. Mas, claro, deixando a rosada preocupada. - respondeu.
         - Não me diga que...
         - Sim, eu peguei todos os quadros. Ela vai sentir o perigo bem na cara.
         - E quanto tempo mais teremos de esconder isso? - perguntou a mesma pessoa que iniciou a conversa.
         - Até que Sasuke Uchiha se apaixone completamente por ela, pois, assim, conseguiremos atingir nossos objetivos, Karin.
         - Mas, G-
         - Não mencione o meu nome, Karin - o indivíduo a interompeu. - Mesmo nós não estando perto de mais ninguém, precisa ocultar tudo sobre mim. Entendeu? - olhou para ela.
         - Eu sinto muito. Eu entendi. - respondeu ela.
         - O mesmo para você, Neji. - olhou para ele.
         - Sim. - respondeu Neji.
         - Por enquanto é só isso. Vão, vão. - disse ele, levantando-se.
         - Sim. - respondeu Neji e Karin, saindo do local.








                                                      ...







         Sentado no muro da ponte. O vento batia fortemente contra o rosto de Sasuke, levando quaisquer lágrimas do mesmo. O garoto olhara para o rio e, do lado direito do seu reflexo trêmulo, o jovem avistara o reflexo de sua mãe. A mesma, sentada junto dele, sorria.
         - Mama... - chamou-a, com a voz baixa. - Por que teve de ser assim? Eu queria você aqui comigo... - o vento ficou bem mais fraco. E isso deixou que as lágrimas percorressem suas bochechas, caindo, então, no rio. Criando pequenas ondas circulares planas na superfície da água, fazendo o reflexo de sua mãe desaparecer. - Mama? - os olhos tremiam enquanto ele observava as ondas desaparecerem. Avistando um novo reflexo, ou melhor, o reflexo da Sakura.
         - Em momentos como esse, não sei o que dizer. Contudo... - dizia Sakura. A jovem estava realmente do lado dele. Sasuke percebera isso. - um abraço sincero, vale mais que mil palavras. - disse Sakura, puxando-o e abraçando-o com força enquanto o jovem retribuia, chorando alto.
         Itachi estava por perto, todavia atrás de uma enorme árvore. Este chorava também, só que em silêncio.
         - Eu não sei o que aconteceu lá atrás. Também não sou eu quem tem de resolver isso. Mas sou eu quem está aqui para dizer que vocês dois precisam conversar. - disse Sakura, enquanto permanecia abraçado com ele.
         - Me desculpe por esse momento importúno, mas eu não consegui segurar... - disse Sasuke, soluçando.
         - Por que culpa seu irmão de tudo isso? O que ele fez? - perguntou ela, desabraçando-o.
         - Ele... - secou as lágrimas. Iria falar o que Itachi tinha feito, se o mesmo não saísse de trás da árvore com o rosto lavado por lágrimas. Os dois se olhavam enquanto Sakura seguia o olhar de Sasuke, olhando o rapaz ali.
         - Itachi... - disse a rosada.
         - Mama... - iniciou Itachi. - mama nos amava incondicionalmente, mas por que continuas sendo tão infantil, man-
         - Não me chame de mano! - gritou Sasuke, se afastando de Sakura. Olhando o rapaz com os olhos trêmulos.
         - Conde! - exclamou Sakura. Porém, o jovem conde levantou-se e saiu do local. - Conde! - levantou, olhando ele se distanciar e, quando foi olhar para Itachi, o rapaz já não estava mais ali. - Itachi? - a garota se ajoelhou ali. - O conde com certeza deve ter voltado à mansão. Já o Itachi, não sei... Mas acho que checar a mansão.
         E assim fez. A rosada voltou à mansão. Por incrível, não tinha movimentação constante dos empregados ali, mas isso era o de menos. Sakura tinha certeza de onde o conde estava. Então ela subiu as escadas rapidamente, indo até a porta do quarto dele, batendo nela lentamente.
         - Conde. Sou eu, Sakura. Abra aqui, por favor. - pediu Sakura, mas ninguém respondia. - Sei que está aí. Abra! - exclamou ela. E tinha razão, o jovem Uchiha estava no quarto, mas não queria abrir nem responder. Só queria chorar em silêncio na cama. - Conde. - bateu um pouco mais forte, e ficou batendo por mais alguns minutos, até que resolveu parar. - Droga! Vou voltar para minha casa, amanhã eu volto. - disse para si mesma, distanciando-se da porta, descendo as escadas, e saindo da mansão.
         Sakura seguiu à caminho de casa tão preocupada com aquela situação, que se esqueceu do policial. Mas sua pequena viagem para casa foi segura, pois não havia sinal do policial por nenhum local que a rosada andara.
         No entanto, ao chegar na porta de casa, estranhou o jeito que o portão estava trancado. Ela não tinha lembrando de ter trancado daquela forma, mas, para ela, poderia ter sido pressa.
         Entrou na casa tranquilamente, iria comer alguma coisa na cozinha, mas foi direto pro quarto, assustando-se e arrepiando-se com o que vira.
         - Mas que diabos... !? - o quarto estava todo remexido. A cama estava virada. - Os quadros... - correu por todos os cantos do quarto, jogando as roupas por todo o lado. - Os quadros... não pode ser. - desistiu de procurar. - Alguém, com certeza, sabe dos meus roubos e quem eu sou. Provavelmente... é o policial. Ele está tramando alguma coisa. - olhou para um lado vazio.









                                                          ...







         Cinco dias se passaram, e minha preocupação só aumentara. Dei uma fugidinha até a mansão do conde, tentando me distrair com algo.
         Contudo, minha preocupação só aumentou.
         E muito.
         Fiquei sentada no gramado do jardim junto de Itachi. Estávamos olhando as nuvens, que formava vários desenhos aos nossos olhos.
         - Como estão as coisas? - perguntou Sakura.
         - Normais. Meu irmão, simplesmente, agiu como se nada tivesse acontecido, e me mandou ir comprar algumas coisas.
         - Só isso? Eu não acredito! Como podem conviver assim juntos? Por que ainda está aqui?
         - Ahhh... - suspirou ele, deitando-se no gramado, cruzando as pernas. - Não sei dizer ao certo, mas ele acha que assim que a nossa mãe queria. - disse Itachi, perseguindo uma das nuvens com o olhar.
         - O que eu acho estranho, é ele te tratar normalmente apesar de tudo. - levantou. - Ahhh! - se espreguiçou. - Bem, não tenho de encher minha cabeça com nada, pois hoje é um dia feliz. - sorriu ela.
         - Feliz? Posso saber o porquê? - perguntou ele, ainda deitado na grama.
         - Não percebe? A primavera está chegando.
         - Não é minha estação favorita. - disse ele, sentando-se na grama.
         - Nem a minha, mas é nessa época que vou ao Japão ver as flores de cerejeira.
         - Claro, você é uma cereija. - riu ele.
         - Cala a boca - disse ela. - Não quero mais conversar com você por hoje. - disse ela, se afastando dele.
         Parece até que nem me importo com eles.
         - Sakura. - chamou Itachi. Estavam de costas um para o outro. Sakura em pé e, Itachi, sentado. Foi bem como o rapaz esperava, Sakura não respondera ao seu chamado, mas era melhor dessa forma. - Obrigado por fazer meu irmão sorrir novamente. - depois disso, a rosada ficou parada ali por mais alguns segundos, e foi-se em seguida.
         A moça se dirigia à mansão, encontrando Naruto no caminho. O mesmo parecia estar com medo de algo, ou fugindo de algo.
         - Naruto? O que foi? Que cara é essa? - perguntou ela.
         - Ai, é que eu queria tanto ir para Buenos Aires... e agora não iremos mais, né? - perguntou ele, olhando para os lados.
         - Ahh, tinha me esquecido completamente disso. Foram as passagens que o Itachi achou? - perguntou ela.
         - Sim, sim! Aconteceu algo para não irem mais? - perguntou o loiro, olhando pra ela.
         - Er... não. Na verdade não. - sorriu ela. - Não se preocupe. Pedirei para o conde te dar umas duas semanas de férias junto de Hinata, aí poderão curtir juntos, ok? - sorriu ela, passando a mão no rosto dele, deslizando a mão até seus cabelos, corando-o. Voltando à andar até a mansão.
         A jovem rosa sabia que, nessa horário, o conde ficava em seu escritório. Era bem raro Sakura entrar lá, ela não gostava de ver vários livros em seu redor, isso deixava-a tonta. Todavia, queria falar com ele e, por isso, foi até o local. Entrando.
         - Desculpe por entrar sem bater, mas é que preciso falar contigo. - disse ela, sorrindo sem graça. O jovem estava com a cadeira virada para a enorme janela de vidro dali.
         - Tudo bem.
         - Bem, poderia deixar Naruto e Hinata irem à Buenos Aires com aquelas duas passagens? - perguntou ela.
         - Tudo bem.
         - Hmmm - a garota sorriu, queria fazer alguma pergunta com resposta óbvia. - Então posso ir com eles?
         - Sim.
         - Ahh... - a rosada ficou sem graça, olhando para um lado qualquer. - Estou brincando... - Sasuke não respondeu nada. O silêncio tomou conta do lugar por alguns segundos, mas logo a moça cortou isso. - Está tudo bem com você, conde? - perguntou, levantando-se com as pontas dos pés.
         - Sim. - as respostas curtas do rapaz não estavam convencendo a garota, porém, a mesma resolveu não questionar mais nada.
         - Bem... é só isso... Então... - olhou para baixo. - eu já vou. - se aproximou da porta. - Tchau...
         - Tchau. - a garota ficou ali na porta, olhando-o. Não era possível olhá-lo totalmente, pois estava de costas para ela. Ela não sabia o quanto Sasuke estava pensando naquele dia, e no passado. Logo saiu e fechou a porta.
         Como fui idiota. Eu deveria saber que ele estava magoado...
         E não consegui fazer nada.
         Absolutamente nada.
         Mas não aguento vê-lo assim.
         Eu quero ajudá-lo. Seja no que for. Meus problemas deixo para depois.








                                                       ...







         Finalmente chegou a primavera! Estou vivendo na mansão novamente, acho que estou muito mais segura aqui.
         Agora que falei sobre flor de cerejeira. Fiquei com vontade de ver pelo menos uma. E percebi que eu gosto muuui....to de cereija!
         Sakura tentava subir na árvore do jardim da mansão. A mesma estava usando um vestido branco que cobria um pouco mais que a metade das coxas junto de um par de sandálias rosas. Sakura não pensava nos problemas tanto como antes, pois a empolgação não deixava.
         - Sakura! - gritou Sasuke. Na mesma hora ela olhou para ele. O rapaz estava se aproximando dela enquanto acenava.
         - Mas o que é... - Sakura disse para si mesma, bem baixinho. Mas logo acenou também, sorrindo. - Heeey! - o garoto estava com um colete xadrez e, junto dele, usava uma bermuda jeans que cobria os joelhoes e uma pequena parte das canelas. Sem esquecer do tênis branco.
         - Heeey! - imitou ela. Finalmente chegando nela.
         - Uau, conde! É você mesmo? - olhou de cima à baixo.
         - O que foi? - perguntou ele, arqueando uma das sombrancelhas.
         - É que você está usando... uma roupa superdemais! - sorriu ela. - Eu amei!
         - Mesmo? - sorriu.
         - Sim, claro! Dá uma volta. - pediu ela, e assim o fez. - Uau, uau!
         - Com esse Sol, não dá para ficar com roupas pesadas. - disse ele. - E eu também gosto de ficar bonito. - coçou a nuca.
         - Faz tempo que você não coça esse seu cabeção. - riu ela, bem alto.
         - Ahh! - olhou para o lado. - Venha comigo. - disse ele.
         - Onde? - perguntou, curiosa.
         - Venha. - pegou em uma das mãos dela, sem entrelaçá-las. Enquanto o jovem colocou a sua outra mão em seu bolso, puxando-a.
         - Eita, vou me encrencar por isso. - disse ela, deixando que ele a guiasse.
         O jovem Uchiha a levou até uma outra parte do jardim. Onde o vento fluia um pouco menos.
         - Ei, nunca passei por esse lado do jardim. - confessou ela.
         - Esse é o meu lugar favorito da mansão. - disse ele. Os dois estavam virados um para o outro. Suas mãos já não estavam mais apegadas, contudo, olhavam-se nos olhos.
         - E... por que me trouxe aqui? - perguntou ela. O rapaz não respondeu nada, e agaixou pegando uma caixa média que Sakura nem percebera que estava ali no chão. - O que é isso? - quando ela perguntou, o jovem conde levantara, dando a caixa para ela.
         - Abra. Não é nada tão importante. - disse ele.
         - Nada tão importante? Então pra que me - enquanto ela falava. A mesma abrira a caixa, parando de falar na mesma hora. Não percebendo que, seus olhos, começaram a brilhar. - ... conde...
         - Flores de cerejeira, para uma cerejeira. - disse ele, sorrindo para ela.
         - Mas... como você sabia que eu...
         - Eu apenas sei. - disse ele. - Recomendei elas para ti, pois afinal, é primavera. - sorriu ele.
         - Você as vezes... me deixa sem graça... - ela não conseguiu deixar de corar um pouco, e virou o olhar para o lado esquerdo. Ficando quietos por breves segundos, mas o silêncio foi embora com os risos de Sasuke. - O que é engraçado? - perguntou ela.
         - Nada. Só o seu rosto. - disse ele, olhando para o céu.
         - Não olhe para e-
         - Uchiha Sasuke. - interrompeu ele. Assustando a moça, deixando os olhos dela arregalados.
         - Desculpe... o que disse? - perguntou ela, olhando para ele. O mesmo dirigiu o olhar para ela também.
         - Uchiha Sasuke. Esse é o meu nome. - sorriu ele. Na mesma hora, o vento, mesmo sendo raro, fluiu fortemente ali, fazendo com que algumas flores voassem da caixa. Os olhos da moça continuavam arregalados, porém estavam brilhando.
~       "Só direi o meu nome quando, um dia, se tornares íntima para mim."
          Foi o que, um tempo atrás, ele disse para mim.
          É a primeira vez que me sinto importante para alguém.
          Eu também não sabia que o sorriso lindo desse rapaz, um dia, desapareceu...

CONTINUA...