Little Lies escrita por yellowizz
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura. :)
Não comece o jogo se você não sabe quem é o seu adversário.
Eu estava sentada em minha mesa, jogando paciência no computador. A porta se abriu e Chuck apareceu.
- Reunião agora.
- Sobre... – perguntei.
- Parece que querem mudar alguns produtos da Aleph. – ele falou pensativo. – O presidente anunciou que poderia promover algumas pessoas dentro da empresa na semana passada, então Peter decidiu mudar alguns produtos para ver se consegue algo. Fique atenta. – ele me alertou enquanto saíamos do meu escritório seguindo em direção à sala de reuniões.
- Srta. Heefort, estamos contentes por vê-la novamente. Sr. Peter Willans nos contou sobre sua viagem de última hora. – viagem?
- Viagem? – questionei, recebendo um olhar reprovador de Chuck. – Ah sim, é ótimo que Peter tenha lhes deixado a par do que aconteceu. – sorri.
- Então, todos aqui? – verificou Sr. Robert Boughest, presidente da Aleph. – Podemos começar.
Todos assentiram, arrumando-se em seus devidos lugares ao redor da mesa.
- Estamos aqui para discutir mais uma vez o andamento da Aleph Cosmetics, que aparentemente está estável. – começou Sr. Boughest. – O Sr. Willans sugeriu a reunião para apresentar o seu novo projeto visando lucros à empresa. Prossiga Sr. Willans. – o presidente se sentou apontando para Peter.
- O meu projeto está relacionado com o consumo dos produtos para cabelos, contando Shampoos e condicionadores. Ao observar duas mulheres discutindo sobre tais coisas em um supermercado, ouvi que uma delas reclamava sobre usar o dobro de shampoo em relação ao condicionador. Então, quando o shampoo acabava, era obrigada a comprar mais um frasco sem mudar o tipo do produto a fim de combinar com o condicionador, cujo frasco era do mesmo tamanho e ainda encontrava-se pela metade. A minha posição seria reduzirmos o frasco do condicionador e deixando o de shampoo do mesmo tamanho. Assim as pessoas poderiam experimentar com mais freqüência os diversos tipos de produtos para cabelo que esta empresa oferece. – por fim, Peter se sentou, esperando que o presidente desse a sua opinião.
- Parece conveniente que o façamos, Sr. Willans. Alguém tem algo a declarar sobre isso? – perguntou o Sr. Robert, e eu não deixei de aproveitar a oportunidade para falar sobre a minha opinião.
- Se diminuirmos o tamanho do frasco, automaticamente o preço terá de ser reduzido à metade. O lucro continuará igual ou será menor. Porque estaremos vendendo o mesmo produto pela metade do preço. O preço de custo será reduzido, mas o lucro da empresa também. – eu disse analisando pelo lado lucrativo.
- Não precisamos reduzir o preço exatamente à metade. – disse Peter.
- Se não reduzirmos, as pessoas irão optar por outra marca. Maior frasco, maior quantidade, menor preço.
- Outra marca, menos qualidade. – debochou ele.
- A maioria das pessoas preocupa-se com o preço, e não somente com a qualidade. Então acabarão comprando o condicionador de outra marca e logo o shampoo para terem a linha completa. E então o número de compradores da nossa marca será reduzido, juntamente com o nosso lucro que já estaria, pelo menos um quarto, menor. Vendendo o produto pelo preço atual não mudará em nada as finanças da empresa. Se aumentarmos o preço, perderemos clientes. Se diminuirmos o frasco, diminuiremos o lucro. Nem todos têm condições de optar apenas pela marca. – concluí vendo Peter fechar a cara.
- Sugiro que façamos uma pesquisa entre os consumidores da nossa marca para ver o que acham.
- Nenhuma pesquisa, Sr. Willans. A ideia da Srta. Heefort está totalmente de acordo com a estabilidade da empresa. Não haverá nenhuma mudança nos produtos a menos que a Aleph Cosmetics esteja indo à falência.
Chuck bufou, saindo da reunião e deixando ainda Peter com uma cara de poucos amigos me fuzilando com os olhos.
- Parabéns Senhorita Heefort, você foi promovida de vice-presidente de vendas, para a assistência da presidência. - disse o presidente Sir Robert Boughest apertando minha mão.
- Obrigada, Sr. Boughest, darei o melhor de mim para o cargo. - sorri forçadamente. Minha cabeça estava a mil, imaginando o que estaria me esperando depois daquela porta. Ou melhor, quem estaria me esperando. Afinal, eu sabia que foi um erro ter dado motivos para ser promovida.
Saí a passos largos da sala de reuniões indo em direção ao meu escritório. Cheguei em frente à porta agradecendo mentalmente por não encontrar nem Chuck e nem Peter pelo corredor. Entrei no meu escritório que me recordo de não ter trancado, e quando andei em direção à minha mesa, fui jogada contra a parede por Peter que já me esperava dentro do cômodo, uma mão estava segurando fortemente em meu pescoço e outra puxava meu cabelo.
- O que pensa que estava fazendo, sua idiota? – ele gritou bem próximo de mim, me fazendo estremecer pela violência que sua voz saía.
- Você está me machucando. – tentei falar com a pouca voz que me restava, o aperto no meu pescoço estava me matando.
- Responda! Responda pra mim, onde você pensa que está? Brincando? – questionou me empurrando ainda mais contra a parede.
- Você queria que a empresa fosse à falência com essa sua ideia estúpida? – desafiei-o.
- Eu queria ser promovido, é isso que me interessa! – ele gritou mais uma vez. E eu senti que minha garganta já estava ficando seca por conta da falta de ar.
- Com uma empresa falida? – falei num fio de voz.
- Escute aqui, Blair. Se eu não conseguir o que eu quero, eu levo você e aquele moleque de merda pra fora do país comigo! E não espere ser uma viagem de férias. – ele debochou.
Juntei forças de onde não tinha enquanto ele falava, então eu gritei, o mais alto que pude, para quem quisesse ouvir. Empurrei-o fracamente fazendo-o afrouxar o aperto em meu pescoço. Ele segurou-me ainda enquanto tentava trancar a porta. Mas no momento em que ia virar a chave a porta se abriu violentamente. Chuck apareceu eufórico na porta e em seguida deu um soco na cara de Peter, fazendo-o cair no chão.
- Nunca. Mais. Toque. Nela! – Chuck falou pausadamente apontando o indicador na cara de Peter que ainda estava caído. – Vamos sair daqui. – ele disse me olhando. Assenti e nos dirigimos até a cafeteria no andar debaixo.
- Ele te machucou? – Chuck perguntou olhando para a xícara de café preto que estava na mesa.
- Não. – menti. As marcas vermelhas no meu pescoço ainda estavam lá.
- Não minta. Estou vendo essas marcas ai. – ele disse apontando para mim.
- Se viu, por que perguntou?
Ele me deixou sem respostas e saiu dali a passos largos. Preciso me lembrar de perguntar o que foi isso para ele mais tarde.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Quero deixar claro nesse capítulo que todas as sugestões dadas em um determinado momento sobre os produtos de uma empresa são de autoria minha, e todas as ideias foram adquiridas depois de pensar muito sobre produtos de beleza, sauidhasid, não tenho intenção alguma de mencionar a inferioridade de um produto ou outro, apenas o esquema proposto pelos personagens fazem parte de uma história fictícia sem envolvimento algum com a realidade.
Espero que tenham gostado, e comentem por favor. *-* Beijos.