Little Lies escrita por yellowizz


Capítulo 4
Capítulo 4 - Identidade


Notas iniciais do capítulo

Voltando com as postagens, explico no final. :D Boa leitura.



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Mesmo que você mude por fora, a sua essência sempre continuará intacta.

Saí do banheiro, já vestida e encontrei Chuck e mais uma mulher parados perto da porta do quarto. Percebi que ele estava agora um pouco mais calmo e que conversava com a sua colega e ambos olhavam em minha direção.

- O que... – perguntei sendo interrompida por Chuck me explicando a situação.

- Ela é a cabeleleira da qual falei. – olhou para ela logo após. – Cuide dela. – e saiu.

- Olá, sente-se, por favor. – ela disse educadamente puxando um banquinho que ficava nem tão na frente do espelho. Eu assenti sentando-me. Ela começou a preparar a tinta, ou algo do tipo, com um cheiro terrivelmente forte. Então passou no meu cabelo, colocando uma touca logo após.

Eu nada disse durante todo o processo, apenas esperei as horas passarem para só então admirar o meu novo visual. Parada em frente ao espelho passei a mão pelos fios agora lisos e loiros. E vi Chuck entrar analisando de longe cada mínimo detalhe que estava diferente em mim. Virei-me em sua direção vendo-o pegar a foto supostamente de Stella e direcionar seu olhar a ela e a mim sucessivamente umas duas ou três vezes seguidas.

- Ótimo trabalho. – disse olhando para a mulher que havia me deixado loira.

- Obrigada, Sr. Bass. – ela disse por fim já se retirando do cômodo sendo seguida por Chuck.

Fiquei sozinha no quarto, voltei-me para o espelho e continuei analisando meu novo visual. Surpreendente era o quão parecida eu havia ficado com a tal mulher. Coloquei o banquinho ao lado do espelho e saí do quarto. Eu não havia ficado triste pela mudança, apenas chocada pela semelhança. De cima da escada vi que Chuck confirmava a contratação de duas novas empregadas para a mansão. Oh não! Nada de campainhas atrapalhando nem chances de fugir enquanto Chuck estava distraído com a comida japonesa. Eu estava definitivamente perdida.

Imagino que seja quase a hora do almoço e nem café da manhã eu tomei! Tomei a liberdade de descer até a cozinha para procurar algo para comer.

- Não perca seu tempo. Vamos tomar café na empresa.

- Não. – disse simplesmente. Não estava afim de ir à empresa sem tomar o meu café da manhã.

- Quem dita as ordens aqui sou eu. – disse firme saindo de sua posição inicial encostado na porta, vindo em minha direção na cozinha.

- Tudo bem. – revirei meu olhos desviando-o e saindo da cozinha. Ainda na porta, virei na sua direção. – De carro, andando, a jato... ?

- Carro. – ele disse simplesmente saindo da cozinha e seguindo ao meu lado para a limousine que nos esperava na porta da mansão.

O caminho foi longe. Chuck não morava na mansão, ele definitivamente se escondia. Que pessoa com muito dinheiro compra uma casa longe do centro da cidade, hn? Depois de longos e entediantes minutos, chegamos ao prédio que supus ser a Aleph Cosmetics. A limousine estacionou em um ponto estrategicamente calculado para me enfiar lá dentro do edifício sem que ninguém me visse. E Chuck entrou triunfante logo após como se nada estivesse acontecendo.

- Para onde eu vou? – perguntei entre dentes a Chuck que estava caminhando tranquilamente ao meu lado, enquanto pessoas olhavam boquiabertas em minha direção.

- Me siga. – ele disse simplesmente disfarçando a nossa comunicação.

Fiz o que ele havia dito até entrarmos no elevador e o mesmo nos levar até o nono e último andar do edifício. As portas metálicas se abriram mostrando um grande corredor que começava logo depois de onde duas secretárias ocupadíssimas no telefone foram devidamente colocadas. Segui Chuck até entrarmos na penúltima porta do lado direito do corredor.

- Seja bem-vinda, Stella. – Chuck permitiu que eu passasse em sua frente, frizando o meu suposto nome.

- Obrigada. – agradeci mesmo que de um jeito não muito educado, observando o meu novo escritório. Grande, definitivamente. Um computador moderno colocado sobre uma mesa de cor tabaco. A cadeira onde eu sentaria era aparentemente muito confortável. Duas cadeiras de couro preto, colocadas frente à mesa para clientes. A janela de vidro quase tomando conta da parede atrás da mesa, que podia ser escondida com uma persiana vertical. Fui para o lado oposto da janela, havia uma estante de livros e um sofá de dois lugares também de couro preto. Parei de costas para o sofá, para só então voltar meu olhar para a porta onde vi Chuck entrar completamente e fecha-la, trancando-a logo após.

- O que você fez? – perguntei me referindo à porta trancada.

- Tranquei. – disse simplesmente.

- Por que? – vacilei antes de perguntar-lhe o motivo, Chuck era imprevisível.

- Porque quero continuar o que começamos. – ele disse se aproximando. Senti minhas pernas fraquejarem, e sua aproximação me obrigou a cair sentada no sofá. Ele pousou suas mãos uma de cada lado da minha cabeça, fazendo-me encara-lo deixando meu rosto inclinado em sua direção. Bufei mentalmente ao perceber o quão tola eu estava sendo por cair nos jogos de Chuck. Claro que eram jogos, eu sabia disso. Mas mesmo assim ali estava eu, mais uma vez sendo humilhada por ele que me deixava assim, sem reação alguma. Sem forças para livrar-me dele. Sem vontade de fazê-lo.

Ele baixou seu rosto na direção do meu, deixando-os próximos demais. Seus olhos agora fitavam meus lábios. Senti-os serem cobertos pelos lábios macios de Chuck, apenas um toque, pois quando permiti aprofundar o beijo, batidas insistentes foram ouvidas na porta. Chuck afastou apenas seu rosto, abaixando-o e suspirando pesadamente enquanto as batidas continuavam.

Não me atrevi a olhar para ele, apenas virei meu rosto para o lado e ri baixinho da situação.

Ele foi até à porta, abrindo-a e recebendo novo visitante com uma cara de poucos amigos.

- Estou atrapalhando? – Sr. Peter Willans apareceu na porta olhando em minha direção e depois na de Chuck. Chuck mordia o lábio inferior e respirava pesadamente e eu encarei Willans.

- Está. – disse Chuck irritado. Minha vontade era de rir da cara revoltada que ele estava, mas eu o deixaria ainda mais furioso se o fizesse.

- Não, Sr. Willans. – eu disse por fim nada educada, levantando do sofá e indo até ele.

- Seja bem-vinda, Srta. Waldorf. – ele disse pegando minha mão e a apertando contra a minha vontade. – Ops, desculpe! Srta. Heefort. – asqueroso, puxei minha mão obrigando-o a solta-la. – Espero que se divirtam. – mandou um olhar sugestivo para Chuck que o olhava sério. Quando ele ia fechar a porta, Peter gritou. – Estou lhe esperando na minha sala, Sr. Bass!

Chuck saiu e bateu a porta em seguida. Certamente ele também não ia com a cara do Sr. Willans. Eu senti nojo de seu humor sarcástico e da sua ambição em relação à empresa. A ideia da armação toda partiu dele, então ele vem e me cumprimenta com a maior cara de pau, esperando que eu fosse a garota mais simpática que ele havia visto. Com Stella talvez fosse assim, mas com Blair Waldorf não.


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Notas finais do capítulo

Consegui recuperar o que eu ja tinha escrito, então por algum tempo vocês terão a chance de ler. Estou muito feliz por ter conseguido a fic de novo. *-* Espero que vocês estejam gostando, beijinhos.



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