Normal escrita por EmyBS


Capítulo 17
EU SEMPRE VOU TE AMAR


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!!! Continuem comentando e me animando... Mais um capítulo para vocês... OMG!!! Tô tensa aqui!!! Tom Felton está no Rio e eu não fui no aeroporto... Queria tanto ir na pré-estréia hoje com ele também... mimimimimi... Tô toda amuada aqui... Beijinhos...



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Corríamos de volta pela floresta ainda mais rápidas agora que estávamos alimentadas, ainda conversando sobre o tempo em que estivemos distantes e tudo o que tínhamos perdido uma da vida da outra. A casa ainda estava longe quando sentimos a presença dele se aproximando rapidamente. Vick me olhou apreensiva querendo adivinhar o que eu queria que ela fizesse, mas eu não sabia o que eu queria. Não queria conversar a sós com mais ninguém por enquanto, ainda mais com ele. Não sabia o que falar e muito menos não sabia o que ele queria falar comigo, mas eu precisava terminar com isso o quanto antes. Eu sabia que ele não iria desistir.

- Pode ir Vick, eu vou conversar com ele. - ela sorriu maliciosamente.

- Eu sabia! - e correu ainda mais rápido em direção da casa.

Eu aguardei por ele, meu coração calmo como sempre, não havia porque ser diferente, mas quando ele chegou perto meu mundo virou de ponta cabeça e nada mais fez sentido.

- Josh, você quer, por favor, me colocar em pé? - eu rosnei para felicidade dele.

- Mas eu gosto de te ver de cabeça para baixo. - ele sorria.

- Josh!

- Ok. Sem problemas, mas você fica linda nervosinha. - ele acariciava meu rosto.

- O que você quer Josh? - eu encarei seus olhos agora negros.

- Porque você desistiu de ser humana? - estávamos sentados no galho de uma árvore nos encarando.

- Eu estava morrendo. - minha voz falhou.

- Humanos morrem, mas você sabe que não estava realmente morrendo. - ele se mantinha sério.

- Eu sei...

- Ele vale você se arriscar novamente? - ele falava no meu ouvido com sua voz de veludo enquanto acariciava minhas mãos.

- Você viu minha reação a ele. - ele suspirou pesadamente beijando meu pescoço.

- Vi e ouvi. Seu coração fica lindo, deliciosamente lindo. - ele riu percorrendo minha clavícula com a boca.

- Virei refeição? - não consegui evitar uma pontada de malicia na minha voz.

Ele segurou meu rosto com as suas mãos se aproximando lentamente do meu rosto, eu estava perdida naqueles olhos, gostava daqueles olhos, dos negros, de saber que ele tinha sede e que ele nunca me machucaria, pois eu sabia disso. Eu tinha me acostumado com aqueles olhos por toda a minha infância, pelos dez anos que meus pais viveram juntos, e que ele esteve presente, sempre comigo. Eu me lembrava da sua voz antes mesmo de nascer, me lembrava de brincarmos juntos na floresta, ele tinha sido meu irmão e amigo.

- Josh - ele roçava seu nariz fino no meu.

- Você nunca será refeição. - sua voz era rouca - Eu amo o seu aroma!

- Josh vamos...

Eu não consegui terminar a frase, eu devia estar prestando atenção em seus pensamentos, mas não estava, eu nunca estava, tinha aprendido a respeitar a privacidade dele e por isso não percebi o que ele iria fazer. Era certo que eu tinha o deixado chegar muito próximo, mas ele era o meu Josh, aquele que sempre esteve comigo e nunca tinha feito nenhum mal. Eu só percebi sua intenção quando senti seus lábios nos meus, seus lábios estranhamente agradáveis para mim, seus lábios que buscavam os meus com uma doçura que eu desconhecia.

Ele mantinha suas mãos acariciando suavemente meu rosto e eu sabia que poderia ter saído, eu poderia ter ido embora, ele não me prenderia, ele não faria nada contra a minha vontade, mas eu fiquei parada e senti a ponta da sua língua percorrer meus lábios pedindo passagem para percorrer minha boca e encontrar a minha. Eu senti um gosto totalmente novo de cereja com mel ao entardecer, o gosto doce de Josh na minha língua, enquanto ele mantinha o beijo suave e delicado como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo. Talvez eu fosse. Ele soltou nossos lábios de olhos arregalados para mim me deixando pateticamente de boca entreaberta e colocou o ouvido no meu peito.

- Está batendo mais forte. - sua voz era animada e rouca.

- Era esse o objetivo? - eu não consegui evitar que minhas mãos fossem acariciar seus cabelos macios.

- Você sabe que não. - ele mantinha a cabeça no meu peito muito concentrado no leve aceleramento do meu coração.

- Porque fez isso? - eu sussurrei próximo ao seu ouvido.

- Você é a razão da minha existência. - ele me puxou para os seus braços - Eu te amo desde o momento em que Filipe te entregou para os meus braços, eu sempre vou te amar por toda a eternidade.

- Josh, por favor... - ele tocou novamente seus lábios nos meus me fazendo calar.

- Eu sei que você não me ama - eu rosnei baixinho e ele riu.

- Não desse jeito. Não do jeito que eu te amo. - ele ainda falava acariciando meus cabelos.

- Desculpe. - eu mal consegui pronunciar a palavra.

- Não se desculpe, você foi a coisa mais maravilhosa que me aconteceu em todos esses trezentos anos.

- Você está me deixando sem graça. - eu tentei dar um tapa nele, mas ele me apertou ainda mais contra ele.

- Eu sempre soube que você não me veria assim, sempre soube que você seria de outro, mas eu achava que seria um humano...

- Eu renunciei vocês por alguns anos... - lagrimas começaram a brotar nos meus olhos.

- Não chore! Não quero vê-la triste! Seu sorriso é tão lindo - e eu sorri para ele enquanto ele mantinha meu rosto em suas mãos.

- Eternamente linda! Eternamente minha tentação. - ele roçou novamente seu nariz no meu e dessa vez fui eu que busquei seus lábios.

- Não faça isso. - ele sussurrou se afastando de mim - Você está apenas envolvida pelo momento e vai acabar se arrependendo.

- Você deve ter razão. - eu abaixei meus olhos envergonhada.

Ele continuou me encarando por um longo minuto quando eu finalmente senti seus braços me puxando para ele, percorrendo minhas costas carinhosamente. Ele buscou meu rosto com o dele e nossos lábios se encontraram mais uma vez para um beijo mais sedutor e envolvente e da mesma maneira extremamente suave e gentil como eu nunca imaginei que pudesse ser. Ele aprofundou ainda mais o beijo explorando a minha boca me deixando totalmente embriagada com o seu gosto de cereja e mel ao entardecer e muito antes do que eu realmente gostaria, ele me soltou.

- Eu preciso ir e você precisa voltar. - ele falou ainda abraçado comigo seus lábios sobre os meus.

- Aonde você vai? - minha voz era rouca e levemente triste fazendo-o rir.

- Preciso caçar. - ele se afastou ainda mais, porém ainda me segurava nos braços.

- Posso ir com você? - virei meu rosto ao me dar conta do que exatamente eu estava pedindo envergonhada e ele gargalhou me soltando.

- Se eu soubesse que o meu beijo ia te deixar assim tinha tentado há muitos anos atrás. - eu emburrei a cara e cruzei os braços.

- Sam, você precisa voltar e além do mais o que você iria dizer ao Vincent? - ele falou isso no meu ouvido e simplesmente desapareceu.

Eu paralisei com as suas palavras voltando para a realidade. De certa maneira eu não tinha pensado em Vincent nesse momento e eu ainda teria que explicar toda essa confusão para ele. Eu não tinha idéia do que fazer e principalmente eu não tinha idéia do que tinha acontecido ali, afinal eu tinha beijado meu irmã-tio-amigo e de certa maneira eu tinha... Gostado? Eu sorri, ele tinha sido tão... Delicado? Eu não conseguia imaginar como aquele vampiro conseguia ser assim. Olhei uma última vez para a floresta e ainda consegui ver um borrão entre as árvores muito distante, ele era rápido.


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