Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 46
O dia seguinte - parte 2




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Depois de ter contado para o noivo que Miroku estava vivo, Sango disse que ele era o homem que tentou matar Kagome e por isso a conta bancária dele estava broqueada. Zakira fingiu surpresa.

ZAKIRA – Mas que história fantástica. Você deve estar péssima.

SANGO – Nem me fale. É por isso que não vou poder usar aquele dinheiro e...

ZAKIRA – Eu não falo da operação da Tamira. Falo de você. De como deve estar se sentindo.

SANGO – Como assim?

ZAKIRA – Se Miroku está vivo é sinal que enganou não só você, mas como todos seus amigos, revelando quem realmente é.

SANGO – Eu não quero falar nisso e...

ZAKIRA – Por que não quer falar? Por acaso ainda gosta dele? É isso Sango?

SANGO – Poxa Zakira! Ele é pai da minha filha. Como acha que estou me sentindo? (ela olha para o quarto da filha) - Eu nem sei como vou contar isso para Tamira.

ZAKIRA – Sango! Desculpe-me par falar assim. Eu quase me esqueci que ele é pai de Tamira. Eu senti ciúmes. Perdoe-me.

SANGO – Está tudo bem. (ela sorri amarelo)

ZAKIRA – Ótimo. (ele a beija) – Vamos deixar esse assunto com a Agência Imperial. Eu tenho uma boa notícia para você.

SANGO – Uma boa notícia é sempre bem vinda. O que foi?

ZAKIRA – Eu consegui contato com um médico renomado e...

SANGO – Mas eu já não disse que não vou poder usar aquele dinheiro do Miroku?

ZAKIRA – Deixe-me acabar. (ele faz uma pausa) – Esse médico é japonês mesmo e podemos falar com ele.

SANGO – Mas eu pensei que não tinha médico renomado dentro do Japão.

ZAKIRA – E não tinha. Tikaru, que é o nome do médico, estava nos EUA e decidi voltar para fazer tratamentos especiais aqui no Japão onde boa parte do tratamento é gratuita. Eu o conheço pessoalmente e tenho certeza que ele encaixa Tamira na lista dele.

SANGO – Mas isso é muita sorte. (ela o abraça) – Obrigada pelo que está fazendo.

ZAKIRA – Tudo pela minha noivinha. (ele dá outro beijo nela)

SANGO – Obrigada. (ela sorri e depois olha para o relógio de pulso) – Eu tenho que ir. (ela olha para o quarto da filha) – Vamos Tamira! Não quero me atrasar mais.

ZAKIRA – Eu também tenho que ir. Depois a gente combina de ir até a esse médico.

SANGO – Ok.

Naquele momento Tamira aparece diante deles e assim eles saem do apartamento para irem aos seus respectivos destinos. Sem desconfiar das intenções do noivo, Sango se mostrava agradecida á ele.

MAIS TARDE

No departamento de polícia, mais precisamente na sala do capitão Azuma, ele era informado por Ryukosei e Rakusho do ocorrido com Akin.

AZUMA – O que querem de mim?

RYUKOSEI – Primeiro quero discrição. Ninguém pode saber dessa informação. Segundo, nós precisamos que coloque um grupo de policiais em cada saída, mas não quero que ataquem

AZUMA – Quer que eles sigam o rastreador? Mas se o que estão me contando for verdade, eles saberão que colocaram algum rastreador em Ryoma.

RAKUSHO – A nossa idéia é de colocar dois rastreadores. Um para ser descoberto mesmo, assim não vão desconfiar do outro.

RYUKOSEI – Os policiais devem ficar á paisana para não chamar a atenção dos homens de Natsume.

AZUMA – Tudo bem. O senhor é o prefeito e tem autorização para libertar esse preso, mas saiba que não gosto de entregar nada e nem ninguém o qual eu saiba o valor.

RYUKOSEI – Eu entendo sua preocupação, capitão. Eu também não tenho a menor idéia do motivo que Natsume tanto quer Ryoma, mas eu e Rakusho faremos uma investigação própria.

AZUMA – Como quiser.

RAKUSHO – E lembre-se, capitão. Essa informação não pode vazar. É tolerância zero para falhas.

AZUMA – Não se preocupe, senhor secretário. Vamos recuperar seu neto.

RAKUSHO – É bom mesmo.

RYUKOSEI – Capitão! Vamos ficar utilizando sua sala para pesquisarmos os dados que iremos receber da Agência Imperial sobre Ryoma.

AZUMA – Como quiser. Com licença.

Azuma, mesmo um pouco contrariado com aquela ordem, sai de sua sala e ao fazer isso vê Sango chegando ao departamento e ela veio acompanhada de Tamira.

AZUMA – Está atrasada.

SANGO – Eu tive alguns contratempos.

AZUMA – Você e Guy têm que continuar a investigação sobre o estrangulador. Agora vá. Ele está te esperando.

SANGO – Mas eu pensei que íamos fazer isso daqui do departamento.

AZUMA – Guy conseguiu achar uma pista que diminuiu o numero de suspeitos para menos de cinqüenta. Vocês têm que continuar enquanto a pista está quente.

SANGO – Guy não pode ver isso sozinho? Eu sei que ele é capaz e...

AZUMA – Você vai e pronto. Isso é uma ordem.

SANGO – Mas não posso levar Tamira comigo. Pode ser perigoso.

AZUMA – E por que a trouxe então?

SANGO – Não tinha mais ninguém para ficar com ela.

Azuma já estava um pouco irritado por ter sido expulso de sua sala e agora tinha que resolver mais esse problema, então ele ficou olhando ao redor do departamento e viu Koharo fazendo algumas anotações.

AZUMA – Koharo. (indo até ela)

KOHARO – Sim?

AZUMA – Você vai tomar conta da filha de Sango enquanto ela estiver fora.

KOHARO – O que? Eu não posso e...

AZUMA – Isso não é um pedido e sim uma ordem.

SANGO – Isso nem pensar! Não vou deixar Tamira com essa aí. (apontando para Koharo)

AZUMA – O que falei para Koharo, vale para você também. É uma ordem. Mexam-se.

Azuma se afasta delas o que ocasiona um silêncio constrangedor entre elas, silêncio que é quebrado por Tamira.

TAMIRA – Mas que homem bravo, não?

SANGO – Esquece ele, filha. (ela se agacha para olhar nos olhos dela) – Você vai ter que ficar com essa moça por enquanto.

TAMIRA – Aonde a senhora vai?

SANGO – Para um lugar meio perigoso. Esse é meu trabalho, querida. Pegar homens maus. (ela sorri) – Agora me dá um beijo.

Tamira dá um beijo no rosto de Sango, que depois se levanta e encara Koharo falando com ela em um tom baixo de voz.

SANGO – Saiba que ainda não confio em você, mas vou ter que deixá-la com você.

KOHARO – Se serve de consolo, eu não queria isso tanto quanto você.

SANGO – Melhor cuidar bem da minha filha.

KOHARO – Claro.

Depois de dizer essas palavras, Sango volta á olhar para a filha e sorri para ela e em seguida sai do departamento para ir ao encontro de Guy, mas não sem antes ver Ryukosei e Rakusho na sala de Azuma.

SANGO – “Mas o que eles fazem aqui?” (pensando)

Sango entrou no elevador, chegando ao térreo, saiu do elevador, assim avistando Guy, que a aguardava, mas antes disso, seu celular começa a tocar.

SANGO – Sango falando.

SESSHOUMARU – Sango! Sou eu. Eu preciso saber de uma coisa.

SANGO – Estou ouvindo. (ela cumprimenta Guy com um olhar e entra no carro)

SESSHOUMARU – O departamento sabe que o neto de Rakusho foi seqüestrado.

SANGO – O que?! Seqüestrado?

GUY – Quem foi seqüestrado?

SANGO – Espere, Guy. (ela volta a dar atenção ao celular) – Conte-me essa história, Sesshoumaru.

SESSHOUMARU – É simples. Akin, neto de Rakusho, estava voltando da festa com Satsuki quando perdeu o controle do carro e bateu em um poste. Satsuki me contou que isso aconteceu de repente e que Akin estava bem. Devem ter feito algo no carro dele para provocar a batida.

SANGO – Concordo. Infelizmente não sei de nada, mas percebi a presença de Ryukosei e Rakusho no departamento. Aposto que Azuma sabe do ocorrido e não contou á ninguém.

SESSHOUMARU – Olha Sango! Pode não ser nada, mas estou com um mau pressentimento quanto á esse seqüestro. É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Esse seqüestro. O aparecimento de Miroku.

SANGO – Tem razão, mas infelizmente não vou poder fazer nada. Eu e Guy temos uma investigação em curso.

SESSHOUMARU – Eu me viro.

Sesshoumaru desliga seu celular e olha para Rin, que tinha escutado toda a conversa.

RIN – Mas o que tem de tão especial esse seqüestro?

SESSHOUMARU – Eu ainda não sei e é por isso vou averiguar essa informação indo no departamento de polícia encarar Ryukosei.

RIN – Isso não é perigoso?

SESSHOUMARU – Satsuki podia ter morrido nesse acidente. Não vou deixar isso barato.

RIN – Acalme-se, meu amor. Graças á Kami, ela está bem.

SESSHOUMARU – Eu vou para o jornal então, mas antes quero falar com Satsuki. Onde ela está?

RIN – Está no quarto dela com Sara.

Depois de receber essa informação da esposa, o jornalista sobe as escadas que davam acesso ao quarto de Satsuki que, de fato, estava com sua irmã. Ambas deitadas.

SESSHOUMARU – Sara! Não incomode sua irmã.

SARA – Eu não incomodo, não.

SATSUKI – Deixe-a, pai. (ela abraça a irmã) – O carinho familiar é sempre bom.

SESSHOUMARU – Bem, eu vou ao jornal e só vim aqui para saber se está bem.

SATSUKI – Eu estou bem, pai. Só preocupada com o Akin.

SESSHOUMARU – Eu vou verificar isso, filha. Essa história está mal contada. (ele manda um beijo de longe para suas filhas) – Tchau, meninas.

SATSUKI – Pai! Antes de o senhor sair, poderia chamar a Rin? Eu quero falar algo com ela.

SESSHOUMARU – Assunto de mulher?

SATSUKI – Não deixa de ser.

SESSHOUMARU – Ta bom. Eu faço isso. Tchau.

SATSUKI – Tchau! Bom trabalho.

Sesshoumaru sai do quarto deixando suas filhas á sós, mas não por muito tempo, pois momentos depois, Rin aparece no quarto diante delas.

RIN – Seu pai disse que quer falar comigo.

SATSUKI – Sim. (ela acaricia Sara) – Você vai receber o tio Inu e a tia Kagome no aeroporto.

RIN – E o Shippou também! Sim, eu vou. Genku está morrendo de saudades deles. Por que quer saber?

SATSUKI – Eu preciso que peça para o Shippou vir até aqui.

RIN – E por que não vai até lá e fale com ele? Já que se sente melhor.

SATSUKI – É que eu não quero sair. Eu quero acompanhar se sai alguma notícia sobre o Akin.

RIN – Tudo bem, Satsuki, mas eu não garanto que ele venha te ver. Afinal vocês estão rompidos, lembra-se?

SATSUKI – Eu sei, mas fale com ele que é assunto urgente e do interesse dele.

RIN – Como quiser. (depois ela olha para a filha) – Vem Sara. Deixe sua irmã descansar um pouco.

SARA – Você está cansada, Satsuki?

SATSUKI – Um pouco. (fazendo uma careta)

RIN – Vá assistir TV com o Genku. Depois vamos nos preparar para sairmos.

SARA – Ta bom.

Sara da um beijo no rosto de Satsuki para depois sair do quarto com a mãe, deixando sozinha a dona do quarto. Satsuki aproveita isso para pegar seu celular e ligar para sua amiga, Maya.

MAYA – Alô.

SATSUKI – Maya! Sou eu. Já sair do hospital.

MAYA – Mas que maravilha e...

SATSUKI – Eu preciso que venha até a minha casa. Preciso de você, amiga. É hoje que falo com o Shippou.

MAYA – Tem certeza que é isso que quer? Falar que o filho que está esperando é dele?

SATSUKI – Sim. Eu já fui longe demais para voltar.

MAYA – Já estou indo até aí.

SATSUKI – Obrigada, amiga.

Satsuki desliga seu celular e se recolhe em sua cama sabendo que estava tomando uma decisão bem drástica em sua vida.

TRÊS HORAS DEPOIS

Na penitenciária de Tóquio, Rakusho observava Ryoma sendo libertado pelos guardas do local conforme a ordem de Ryukosei e posteriormente colocando rastreadores nele. O secretário falava, pelo celular, com o prefeito, que já estava na prefeitura.

RAKUSHO – Não descobriu mais nada de Ryoma?

RYUKOSEI – Infelizmente não, Rakusho. Ele trabalhou a vida toda na Agência Imperial. Se ele foi recrutado por Natsume por alguma habilidade, ela foi conseguida fora ‘do radar’. Isso não importa, pois vamos pegá-lo e Natsume também.

RAKUSHO – Ok! Eu cuido de tudo, senhor.

Rakusho desliga seu celular e vai para a entrada da penitenciária, onde Ryoma já estava. O secretário de segurança olha para o relógio de pulso.

RAKUSHO – Faltam dez minutos. Não vamos perder mais tempo. Entre.

RYOMA – O que vocês pretendem fazer?

RAKUSHO – Cale-se.

Rakusho não estava para papo devido ás circunstâncias e por isso deu a partida no carro para ir ao local onde seria realizada a troca e durante o trajeto, o celular, cuja chamada não podia ser localizada, começou a tocar e mesmo dirigindo, Rakusho atendeu.

RAKUSHO – Sou eu. Já libertei Ryoma.

NATSUME – Ótimo. Deixe-me falar com ele.

RAKUSHO – Certo. (ele da o celular para Ryoma)

RYOMA – Fale.

NATSUME – Sou Natsume. Acho que se lembra de mim, não é Ryoma? Já prestou bons serviços para Naraku. E mesmo quando foi preso, continuou leal á ele.

RYOMA – O que quer de mim?

NATSUME – Preciso de um de seus conhecimentos. Falamos quando estiver no meu esconderijo. Passe para Rakusho.

RYOMA – Falô! (ele devolve o celular para Rakusho)

RAKUSHO – Estou ouvindo.

NATSUME – Siga para a ponte e é bom que não esteja nenhum policial por perto, pois se eu ver qualquer um, seu neto morre.

Natsume desliga seu celular para em seguida usá-lo de novo para ligar para Kageroumaru, que estava no local da troca com uma equipe de ataque e mais Akin.

NATSUME – Rakusho já está indo. Prepare-se e siga o plano.

KAGEROUMARU – Pode deixar.

NATSUME – Faça isso acontecer, Kageroumaru. Precisamos do Ryoma para a operação.

Depois de receber esse recado, Kageroumaru desliga seu celular para depois abrir a traseira do furgão onde estava Akin amarrado.

KAGEROUMARU – É hora do show. Desça.

AKIN – Eu não tenho que fazer nada.

KAGEROUMARU – Quando mando descer é para descer.

Kageroumaru puxa Akin com força para que saísse do furgão para irem para embaixo da ponte e enquanto isso no departamento de polícia, mais precisamente na sala do capitão, Ryukosei recebia informações de Azuma sobre a posição dos policiais.

AZUMA – O perímetro está cercado, senhor prefeito. Quando ocorrer a trocar, um grupo de policiais fará a captura.

RYUKOSEI – Ótimo. Eu quero acompanhamento em tempo real.

AZUMA – Sim senhor prefeito, mas não seria mais prudente pedir ajuda á outras agências?

RYUKOSEI – Não! Melhor deixar isso só com o departamento de polícia.

AZUMA – O senhor é quem sabe e...

Azuma de repente para de falar ao ver Sesshoumaru aparecendo no departamento. Essa cena também foi vista por Ryukosei.

RYUKOSEI – O que ele faz aqui?

AZUMA – Eu vou ver isso, senhor prefeito.

Azuma se levanta de sua cadeira para sair da sala e ir até onde estava Sesshoumaru.

AZUMA – Se veio procurar Sango, perdeu a viagem. Ela ainda está fora e...

SESSHOUMARU – Eu não vim falar com ele e sim com você. (depois ele olha para Ryukosei de longe) – Se o prefeito está aqui é por causa do seqüestro do neto de Rakusho, não?

AZUMA – Como sabe desse seqüestro?

SESSHOUMARU – Sabe bem que não revelo minhas fontes, mas não se preocupe. Eu não vou revelar isso ao publico, pelo menos por enquanto.

AZUMA – Sei, mas vai querer algo em troca.

SESSHOUMARU – Eu sei que não é dinheiro que essa gente quer. O que os seqüestradores pediram?

AZUMA – Eu terei que pedir permissão ao prefeito para dar essa informação.

SESSHOUMARU – E diga á ele que posso soltar essa notícia no noticiário da tarde.

Depois de ouvir aquela ameaça, Azuma volta para sua sala e fala com Ryukosei sobre a proposta de Sesshoumaru.

RYUKOSEI – Ele deve ter falado com o genro de Rakusho. Só não sei como Sesshoumaru chegou nele tão rápido.

AZUMA – Então posso falar com ele os detalhes do seqüestro?

RYUKOSEI – Não! Fale somente o que o seqüestrador pediu em troca de Akin. É só isso que ele quer saber. É só isso que terá. Nada de falar no nome de Natsume.

AZUMA – Sim, senhor prefeito.

Depois de receber a permissão, Azuma se retira da sala para falar com Sesshoumaru deixando Ryukosei sozinho na sala. O prefeito aproveita isso para pegar seu celular e ligar para Rakusho, que ainda dirigia o carro, com Ryoma no banco do carona, para ir ao local da troca.

RAKUSHO – Fale.

RYUKOSEI – Sou eu. Estou te ligando para lhe informar que Sesshoumaru sabe sobre o seqüestro.

RAKUSHO – Essa não! Itobi.

RYUKOSEI – Sim. Itobi. Ele abriu o ‘bico’.

RAKUSHO – Isso coloca a troca em risco?

RYUKOSEI – Não. Tive que contar á Sesshoumaru sobre Ryoma, mas duvido que ele o associe é Natsume, pois nem mesmo nós sabemos o que ela quer.

RAKUSHO – Olha senhor prefeito. Eu prometo que isso não vai mais se repetir.

RYUKOSEI – Conversamos isso depois de recuperar seu neto. Vamos pegá-lo de volta, Rakusho.

RAKUSHO – Obrigado, senhor prefeito. Eu vou desligar.

Rakusho desliga seu celular ao se aproximar da ponte onde seria realizada a troca. Assim ele estaciona seu carro em um ponto para em seguida sair do veículo acompanhado de Ryoma.

RAKUSHO – Saiba que é dispensável para mim. Qualquer truque para fugir, eu garanto que morrerá em seguida.

RYOMA – Eu sei disso.

Com a situação esclarecida, ambos foram andando para debaixo da ponte onde já estavam Kageroumaru e Akin. Uma dupla ficou á cerca de seis metros da outra e por isso se comunicariam pelo celular. Kageroumaru ligou para Rakusho.

RAKUSHO – Estou ouvindo.

KAGEROUMARU – Ótimo. Vou explicar como será a troca. Você manda Ryoma anda até mim e eu faço o mesmo com Akin.

RAKUSHO – E o que garante que não vão nos matar depois?

KAGEROUMARU – As circunstâncias. Se eu fizer algo contra o senhor ou seu neto, todo o peso da prefeitura virá contra nós. Agora vamos á troca.

RAKUSHO – Ok.

Depois de mais esse esclarecimento a troca começou a ser realizada e assim Akin anda em direção á Rakusho enquanto Ryoma andava em direção á Kageroumaru. Ambos andavam lentamente até cruzaram os olhares e iam se aproximando metro á metro dos seus respectivos destinos. Rakusho estendia a mão para o neto que se aproximava. Aquilo parecia uma eternidade para ele. Ele amava o neto e queria seu bem. Do outro lado Ryoma, ainda sem entender o motivo de tudo aquilo, se aproximava de Kageroumaru e finalmente ele chega em Kageroumaru que imediatamente o leva para o furgão.

KAGEROUMARU – Vamos, Ryoma!

RYOMA – Quem é você? O que Natsume quer de mim?

KAGEROUMARU – Falamos isso depois. (ele abre a traseira do furgão) – Entre.

Ryoma sobe na traseira do furgão e Kageroumaru ordena que a equipe sai dali o mais rápido possível e enquanto isso Rakusho abraçava Akin, que correspondia o abraço.

AKIN – Você veio mesmo, vovô.

RAKUSHO – Claro que sim.

AKIN – Mas quem era aquele homem que estava com o senhor?

RAKUSHO – Depois falamos nisso. O importante é que está vivo e bem.

Os dois vão calmamente para o carro do secretário que antes de entrar no veículo com o neto, pega seu celular e ligar para Ryukosei, que estava na sala do capitão, olhando para um computador.

RAKUSHO – Senhor prefeito! Meu neto está bem. Já está comigo.

RYUKOSEI – Ótimo. (ele olhava para a tela do computador) – Agora os policiais vão rastreá-lo.

RAKUSHO – Obrigado pelo que fez, senhor. Prometo quem serei fiel ao senhor até o fim.

RYUKOSEI – Eu nunca duvidei disso, meu amigo. Agora leve seu neto para o pai.

Ryukosei desliga seu celular e olha para Azuma, que tinha acabado de entrar na sala.

AZUMA – Os policiais confirmaram que os rastreadores estão funcionando. Agora é uma questão de tempo para pegarmos Natsume.

RYUKOSEI – Acho bom que isso seja verdade, capitão.

Ryukosei e Azuma olhavam para a tela do computador que mostrava dois pontos se movendo. Eram os dois rastreadores colocados em Ryoma, que ainda não entendia porque tinha sido libertado.

RYOMA – Alguém pode me explicar o que está acontecendo.

KAGEROUMARU – Natsume explicará pessoalmente.

RYOMA – Acha que vão escapar? Eu vi Rakusho falando com alguém sobre a troca. Eles estão armando para vocês.

KAGEROUMARU – Sabemos disso. A pessoa com quem ele falava no celular provavelmente seja o prefeito Ryukosei.

RYOMA – Então estamos todos perdidos.

KAGEROUMARU – Não se preocupe.

Kageroumaru pega uma sacola com equipamentos eletrônicos e tira de dentro dela uma espécie de rádio e começou a passá-lo em volta do corpo de Ryoma até que o aparelho começou a apitar ao se aproximar da pulseira que estava em seu braço.

RYOMA – O que é isso?

KAGEROUMARU – Um rastreador. (ele tira a pulseira dele e a joga pela janela) – Mas sei que não é o único em seu corpo.

Kageroumaru voltou a usar o rádio para encontrar um segundo rastreador e o aparelho apitou quando o colocou perto do sapato de Ryoma. E joga fora os sapatos também.

RYOMA – Tinha razão! Tem outro.

Kageroumaru continuou a passar o rádio em volta do corpo de Ryoma até que percebeu que ele não tinha mais rastreadores e assim ele pega algumas roupas e um par de sapatos e os joga para Ryoma.

KAGEROUMARU – Tire suas roupas e vista essas que dei.

RYOMA – Ta.

Ryoma faz o que Kageroumaru ordenou e troca de roupa depois de se livrar dos rastreadores, algo que foi percebido por Ryukosei e Azuma no departamento de polícia.

RYUKOSEI – O que é isso?! Os dois rastreadores sumiram.

AZUMA – É o que parece, senhor prefeito.

RYUKOSEI – Isso não podia acontecer. (socando a mesa)

AZUMA – Mas aconteceu, senhor...

RYUKOSEI – Eu sei! Estou vendo. Não precisa me falar o óbvio. Fale algo que preste.

AZUMA – Tudo bem. (ele respira fundo) – Seria uma boa idéia chamar Akin para ser interrogado. Talvez ele tenha visto algo que possa nos ajudar a encontrar Natsume.

RYUKOSEI – Essa é uma boa idéia. Peça também aos policiais a tentarem encontrar um furgão preto.

AZUMA – Eles já foram instruídos, senhor. Quer mais alguma coisa, senhor prefeito?

RYUKOSEI – Só me deixe sozinho.

AZUMA – Sim senhor.

Azuma se retira da sala enquanto Ryukosei pega seu celular e liga para a esposa que estava chegando ao local onde seria realizado um almoço com empresários que apóiam a reeleição do prefeito.

ELISA – Alô.

RYUKOSEI – Sou eu, amor.

ELISA – Já resolveu o assunto que tinha?

RYUKOSEI – Já, mas as coisas não saíram como eu planejava.

ELISA – O que foi, amor? Aconteceu algo de grave?

RYUKOSEI – Depois eu conto para você.

ELISA – Ok! Eu já cheguei ao tal almoço. Isso vai ser uma chatice, Ryukosei. Podia estar comigo.

RYUKOSEI – Eu sei que esse almoço é um fardo para você, mas tinha que estar presente pela minha falta. Eu prometo te recompensar depois.

ELISA – Olha que vou cobrar.

RYUKOSEI – Pode cobrar. (sorrindo) – Só te liguei para saber se tinha chegado. A gente se vê depois.

ELISA – Ta. Um beijo.

Elisa desliga seu celular para em seguida ligá-lo de novo a fim de falar com Natsume, que a atendeu prontamente.

ELISA – Eu acabo de falar com meu marido e pelo tom de voz triste de voz dele, acho que seu plano deu certo.

NATSUME – Sim. Eu sabia que Ryoma teria mais de um rastreador.

ELISA – Ótimo! A gente se fala depois.

Elisa, sorridente, desliga seu celular e vai para o tal almoço e enquanto isso o avião que transportava InuYasha, Kagome, Shippou e Soten, acabava de aterrissar na pista de pouso do aeroporto de Tóquio.

KAGOME – Finalmente chegamos.

INUYASHA – Um pouco de atraso, mas chegamos bem.

SOTEN – Mas que bom estar de volta ao Japão depois de cinco anos.

SHIPPOU – Algumas coisas mudaram, outras continuam as mesmas. Você vai ver. Podemos fazer isso hoje mesmo se quiser.

SOTEN – Sério?

SHIPPOU – Claro. Por que não?

KAGOME – Isso mesmo, Shippou. Você pode aproveitar o dia para passear, mas eu tenho assuntos urgentes. Hoje é o dia da convenção.

INUYASHA – Não quero ser estraga prazeres, mas temos muitos assuntos pendentes, Shippou. Precisamos saber quem mandava as mensagens para você, já que sabemos que não era Soten. Além disso, temos que tentar descobrir quem fez aquela ligação para meu celular.

SHIPPOU – Eu sei, InuYasha, mas uma coisa de cada vez.

Assim eles pegaram suas respectivas bagagens para saírem do avião. Eles nem podiam imaginar as revelações que foram feitas na ausência deles.

 

Próximo capítulo = O dia seguinte – parte 3


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