Noite sem Fim escrita por TreinadorX


Capítulo 45
O dia seguinte - parte 1




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No dia seguinte aos acontecimentos do capítulo anterior, bem cedinho InuYasha, Kagome, Shippou e Soten estavam se despedindo do Mestre Zhi na entrada do templo. O velho mestre recebia um forte abraço da jovem aluna.

SOTEN – Eu vou sentir muita saudade.

ZHI – Eu também, minha pequena. (eles se afastam um pouco) – Mas sei que é seu destino ir com eles. (ele olha para InuYasha) – Cuide bem dela, InuYasha.

INUYASHA – Claro, mestre. (depois Zhi olha para Kagome)

ZHI – Pelo pouco que conheci, sei que é uma mulher corajosa e de fibra, portanto lhe desejo sucesso em sua jornada.

KAGOME – Obrigada. Significa muito para eu ouvir essas palavras do senhor.

ZHI – São palavras verdadeiras. (sorrindo e depois olhando para Shippou) – E você, rapaz. Quero falar algo com você.

Zhi vai para a entrada do templo fazendo Shippou segui-lo, pois queria ter uma conversa particular.

SHIPPOU - Pois não, Mestre Zhi?

ZHI – Eu treinei Soten por cinco anos. Um tempo considerável de convivência. Tanto que a considero como uma neta.

SHIPPOU – Ela me disse isso.

ZHI – Ela me contou sobre a família dela. O pai e os irmãos eram todos bandidos. Ela sofreu muito por isso. Não quero que ela tenha mais decepções, entendeu?

Shippou entendeu perfeitamente o que Mestre Zhi queria dizer, pois o fato de Shippou ter retomado o namoro com Soten, mesmo esta sabendo que ele ainda gostando de Satsuki, criaria muitas expectativas na jovem.

SHIPPOU – Mestre Zhi! Eu vou dizer ao senhor o que disse á Soten. Não vou prometer que a amarei loucamente, mas sim que respeitarei seus sentimentos e caso eu a magoe, farei isso com a verdade e não com a mentira.

ZHI – Você é um rapaz correto. Vejo sinceridade no seu olhar. (ele olha rapidamente para Soten que estava conversando com Kagome e InuYasha) – Ela merece ser feliz.

SHIPPOU – Farei o que tiver ao meu alcance para realizar isso, mestre.

Depois de dizer essas palavras, Shippou se afasta de Zhi e se junta aos demais para irem embora e nisso Soten ficou curiosa.

SOTEN – O que o Mestre Zhi queria falar com você?

SHIPPOU – Queria dizer que sou um cara de sorte por ter seu amor. (ele segura a mão dela) – E quer saber? Ele está certo.

Shippou da um beijo terno em Soten, gesto que é prontamente correspondido. O jovem casal fica se beijando sem se importar com as presenças de uma feliz Kagome e de um contrariado InuYasha.

INUYASHA – Vamos vocês dois!

KAGOME – Deixa de ser chato. (ele olha para as malas) – Pegue-as, pois o taxi já deve estar chegando.

INUYASHA – Tem mais malas do que quando chegamos.

KAGOME – Claro que sim. Soten vai voltar com a gente. (Shippou deixa de beijar Soten para ir até o pai)

SHIPPOU – Eu te ajudo, InuYasha.

Assim os quatro se despedem do Mestre Zhi e saem do templo para pegarem um taxi que os levariam até o aeroporto internacional de Pequim e enquanto isso no complexo militar, Gatenmaru, que estava muito machucado devido as inúmeras torturas que recebeu dos capangas de Natsume, estava em sua cela até que recebeu a visita de Zuza. Mesmo muito fraco, ele conseguiu se manifestar.

GATENMARU – Você me traiu, seu miserável.

ZUZA – Acha mesmo que Natsume não ia descobrir? Pois ela descobriu e então me sentir na obrigação de ajudá-la. Por isso fiz o que fiz.

GATENMARU – Seu objetivo ainda é matar Kagome e seja pelo motivo que for, Natsume não vai fazer isso e...

Gatenmaru para de falar ao ver Natsume se aproximando da cela. Ela estava muito sorridente, pois seus planos estavam dando certo.

NATSUME – Pobre Gatenmaru. Você tem razão quando afirmou que nosso plano original era deixar Kagome viva, mas depois que descobri seu plano de fuga, decidi fazer um acordo extra com Zuza e assim tivemos essa idéia para conseguir seu código. A morte de Kagome não estava nos planos, mas é um preço pequeno á pagar para ter o sucesso da operação.

ZUZA – Gatenmaru! Eu posso ser louco, mas não sou burro.

Zuza, rindo, se afasta da cela deixando Gatenmaru com mais ódio e totalmente humilhado por ter sido enganado por um desequilibrado. Natsume só observava a cena e o ex. parceiro de Sango tinha algo á falar para ela.

GATENMARU – Seus capangas me torturaram por horas, mas não me mataram, o que significa que me quer vivo por algum motivo.

NATSUME – Exato. (ela o encara) – A surra que levou foi um castigo por tentar me enganar, mas preciso saber de uma coisa.

GATENMARU – O que?

NATSUME – Rakusho afirmou que a jóia de quatro almas não está com Ryukosei, portanto posso presumir que você sabe onde ela está.

GATENMARU – Não sei e mesmo que soubesse, não diria á você.

NATSUME – Eu pensei que estava com sua prima, mas um dos meus informantes disse que ela não está com a jóia.

GATENMARU – Espere aí! Você disse que tem informantes perto de Kanna?

NATSUME – Sim! Um dos seguranças dela é meu informante e ele revistou a casa de Kanna e não encontrou vestígios da jóia.

GATENMARU – “O que Kanna fez com a jóia?” (pensando)

Gatenmaru ficou surpreso com aquela notícia, pois acreditava que Kanna estava com a jóia. Ele desconhecia que, anos atrás, Kanna tinha dado, junto com os estudos de Tsubaki, a jóia de quatro para InuYasha.

NATSUME – Nós já temos o arquivo de áudio que estava em sua posse. Você não sabe nada da jóia, portanto é descartável.

GATENMARU – Então vai me matar?

NATSUME – Vou, mas não agora. (ela olha Kageroumaru a chamando por gestos) – Com licença.

Depois dessa ironia, Natsume vai até Kageroumaru, que estava de braços cruzados.

KAGEROUMARU – Temos um problema.

NATSUME – O que foi?

KAGEROUMARU – Não consegui encontrar pessoas qualificadas para ser passar por um médico renomado fora do Japão a fim de examinar a filha de Sango.

NATSUME – Mas encontrou alguém?

KAGEROUMARU – Sim, mas ele está aqui mesmo no Japão. É Tikaru. Zakira disse que queria um estrangeiro e...

NATSUME – Tikaru tem conhecimentos básicos em genética, portanto vai ter que servir.

KAGEROUMARU – Concordo. (ele resolve mudar de assunto) – Sobre Gatenmaru, eu ainda não descobri para quem ele ligou quando foi ao banco com Yura. Tem certeza que ele ligou para alguém?

NATSUME – Segundo minha fonte de dentro da Agência Imperial, o gerente do banco relatou que Gatenmaru pediu que usasse o telefone. Sim, eu tenho certeza e é só por isso que não mato imediatamente Gatenmaru. Preciso saber com quem ele falou e o que ele falou antes que a Agência faça isso. Sorte que eles não estão levando esse detalhe á sério.

KAGEROUMARU – Dependendo do que e com quem Gatenmaru falou, pode colocar em risco a operação. O que vamos fazer?

NATSUME – Antes que a Agência tenha acesso a esse telefonema vamos ter que destruí-lo. Ryoma cuidará disso para nós.

KAGEROUMARU – Acha que Rakusho conseguirá libertar Ryoma?

NATSUME – Consegue sim, caso contrário o neto dele pagará.

Natsume e Kageroumaru sorriem enquanto olham para a cela onde estava Akin, neto de Rakusho, estava preso e enquanto isso Ryukosei estava tomando seu café da manhã na companhia de Elisa.

ELISA – É hoje que sai o nome do seu adversário na disputa pela prefeitura. Não está ansioso para saber quem será?

RYUKOSEI – Sinceramente não. (ele toma uma xícara de chá) – Para mim é indiferente.

ELISA – Se está dizendo isso é porque pretende usar a informação de que Miroku está vivo e que é um criminoso. Isso prejudicaria o candidato do partido trabalhista, sendo ele Gakusajin ou Kagome.

RYUKOSEI – Eu já disse que vou esperar um pouco para saber se devo usar essa informação e...

A conversa deles é interrompida pela súbita aparição da empregada da casa.

EMPREGADA – Com licença, senhor.

RYUKOSEI – O que foi?

EMPREGADA – Tem um homem querendo falar com o senhor.

RYUKOSEI – E esse senhor tem nome?

EMPREGADA – Ele disse que é seu secretário de segurança publica e...

RYUKOSEI – Mas é Rakusho! Mande-o entrar.

A empregada se afasta ao mesmo tempo em que Ryukosei usava um guardanapo para limpar a região da boca. A presença do secretário tão cedo deixou Elisa intrigada, já que ela fazia parte da conspiração de Natsume e, portanto, sabia do seqüestro de Akin.

ELISA – O que será que Rakusho quer?

RYUKOSEI – Isso é o que vou descobrir.

Depois de falar isso, Ryukosei se levanta á mesa para em seguida ir até a sala onde Rakusho já o esperava. Elisa o acompanhou.

RYUKOSEI – Rakusho. (estendendo a mão)

RAKUSHO – Bom dia senhor prefeito. (depois ele olha para Elisa) – Bom dia primeira dama.

ELISA – Bom dia. (sorridente)

RYUKOSEI – O que foi, Rakusho? Aconteceu algo?

RAKUSHO – Infelizmente sim. Podemos conversar em particular?

RYUKOSEI – Claro. Vamos até ao meu escritório. (ele olha para a esposa) – Com licença, querida.

ELISA – Tudo bem. Eu tenho que cuidar de alguns afazeres. Fiquem á vontade.

Elisa se retira da sala para subir até seu quarto enquanto seu marido levava Rakusho até seu escritório particular. Depois de adentrarem no cômodo, Rakusho tranca a porta, deixando Ryukosei intrigado.

RYUKOSEI – O que foi, homem?

RAKUSHO – Você precisa me ajudar, Ryukosei. É uma questão de vida ou morte.

Rakusho conta para Ryukosei sobre o seqüestro de Akin, feito por Natsume e conta também as exigências dela para libertação do rapaz deixando o prefeito bastante intrigado.

RYUKOSEI – É provável que Natsume esteja com Gatenmaru.

RAKUSHO – Sim. (ele se levanta da cadeira) – Eu consegui convencer meu genro á não procurar a polícia.

RYUKOSEI – Olha Rakusho! Eu sei o que fazer. (ele se levanta da cadeira também) – Eu vou permitir a libertação de Ryoma, mas vamos colocar um rastreador nesse e assim ele vai nos levar até ao esconderijo de Natsume.

RAKUSHO – Mas isso não colocará a vida de Akin em risco?

RYUKOSEI – Rakusho! A vida de Akin já está em risco. Nós vamos ter mais chance de salvar sua vida se controlarmos a situação, pois não há garantias de que ele será libertado.

RAKUSHO – Eu não sei o que fazer. (com as mãos na cabeça) – Isso parece um pesadelo.

RYUKOSEI – Não se preocupe, meu amigo. (coloca a mão no ombro dele) - Vamos recuperar seu neto e ainda por cima vamos acabar com as pretensões de Natsume.

RAKUSHO – Espero que sim e... (ele para de falar porque o celular na mão dele começa a tocar) – É Natsume.

RYUKOSEI – Como sabe?

RAKUSHO – Esse celular foi deixado em um lugar estratégico por gente dela. Não dá para rastrear.

RYUKOSEI – Atenda. E coloque no viva-voz.

Rakusho faz o que Ryukosei pediu e aperta o botão para que ele pudesse ouvir aquela conversa.

RAKUSHO – Estou aqui.

NATSUME – Não envolveu a polícia?

RAKUSHO – Claro que não. Acredite, por favor.

NATSUME – Eu acredito. Já verifiquei com minhas fontes. Agora vamos ao trato. Conseguiu a liberação do prisioneiro?

RAKUSHO – Sim. (ele olha para Ryukosei) – O prefeito assinou.

NATSUME – Ele não suspeita de nada?

RAKUSHO – Eu consegui enganá-lo fazendo-o assinar alguns papeis. Foi fácil.

NATSUME – Bom trabalho, senhor secretário e...

RAKUSHO – Mas eu só liberarei Ryoma se me der provas de que meu neto está vivo.

NATSUME – É justo.

Diante daquele pedido, Natsume olhou para Akin, que estava sendo segurado por dois capangas e depois colocou o celular no ouvido dele.

NATSUME – Fale com seu avô.

AKIN – Vovô?! Eles me pegaram.

RAKUSHO – Akin! Você está bem? Eles não te machucaram?

AKIN – Não, mas eu estou com medo. Por favor, vovô. Paguem o que ela quer e... (Natsume tira o celular dele)

NATSUME – Pode comprovar que ele está vivo. Agora vamos ao acordo.

RAKUSHO – Sim. Ryoma será libertado imediatamente, mas estará sob minha custódia, ou seja, só o entregarei se libertar meu neto. Onde será a troca?

NATSUME – Ao meio dia. Embaixo da ponte da rua Kotodama com a Tsukasa. E lembre-se. Não quero a polícia metida nisso, entendeu?

RAKUSHO – Claro.

Natsume desliga o celular e depois olha para Kageroumaru mais adiante.

NATSUME – Prepare a equipe de busca.

KAGEROUMARU – Sim senhora.

NATSUME – Leve-o junto. (olhando para Akin)

AKIN – O que vão fazer comigo? Que troca é essa que vão fazer?

KAGEROUMARU – Cale-se! (ele olha para Natsume) – Espero que saiba o que está fazendo.

NATSUME – Eu sempre sei o que estou fazendo. (ela sorri) – Aprendi com o melhor. Agora vá.

Kageroumaru leva Akin para fora dali sendo observado por Natsume que se inspirava no seu antigo amor, Naraku e enquanto isso na casa de Ryukosei, o prefeito tentava convencer seu secretário de segurança a envolver a polícia.

RAKUSHO – Não! O senhor não ouviu? Se eles virem a polícia, vão matar Akin.

RYUKOSEI – A polícia não vai chegar perto do local. Ela só estará á postos para seguir Ryoma. Isso será feito depois que libertar Akin.

RAKUSHO – Eu só quero meu neto são e salvo.

RYUKOSEI – Você vai ter, meu amigo. (ele coloca suas mãos nos ombros dele) – Nós somos parceiros há anos e não arriscaria a vida do seu neto. Só quero pegar essa gente que é um obstáculo para nossos objetivos.

RAKUSHO – Tudo bem, senhor prefeito. Vamos fazer como o senhor disse.

RYUKOSEI – Ótimo. (ele olha para o relógio) – São oito e meia. Faltam três horas e meia para a troca. Vamos para o departamento de polícia.

RAKUSHO – Senhor prefeito! Sem parecer indelicado, mas acho que deve deixar a primeira dama fora disso.

RYUKOSEI – Por quê?

RAKUSHO – Quanto menos gente souber, melhor.

RYUKOSEI – Elisa já trabalhou em agências de investigação nos EUA. A opinião dela seria importante, mas o neto é seu. Você é quem sabe.

RAKUSHO – Obrigado, senhor prefeito.

Depois de entrarem em concordância os dois saem do escritório particular do prefeito e quando estavam prestes a sair, Elisa, descendo as escadas, se manifesta.

ELISA – Já vão?

RYUKOSEI – Já. Estamos indo para a prefeitura. Apareceu assuntos importantes

ELISA – E o almoço com aqueles empresários?

RYUKOSEI – Ah claro! Olha querida! Pode ir no meu lugar?

ELISA – Posso, mas sabe que eles ficaram meio contrariados sem sua presença. Vão achar que o apoio deles não é importante.

RYUKOSEI – Explique que é assunto da prefeitura. Sei que vai saber lidar com a situação.

ELISA – Como quiser.

RYUKOSEI – Obrigado, querida! A gente se vê mais tarde.

Depois de mandar um beijo de longe, Ryukosei sai da casa junto com Rakusho para irem para o departamento de polícia. Ao ver o marido sumir de suas vistas, Elisa pega seu celular e liga para o celular de Natsume.

NATSUME – Sim.

ELISA – Meu marido sabe do seqüestro. Ele e Rakusho estão aprontando algo.

NATSUME – Me ligou só para contar isso? Eu já estou preparada. Não se preocupe. Tudo sairá como o planejado.

ELISA – E Kagome? Vai matá-la?

NATSUME – Não fazia parte do plano original, mas obtive a permissão para a ação. Assim conseguimos a cooperação de Zuza.

ELISA – Certo.

NATSUME – Já que você me ligou, aproveite e coloque Tikaru á par de toda a situação. Precisamos tranqüilizar Zakira. Ele está com medo de que Sango descubra o que ele tem feito com a filha dela.

ELISA – E não é para menos. Ela vai matá-lo quando descobrir. Pode deixar. Eu cuido disso depois que participar de um almoço chato. Até mais.

NATSUME – Até.

Natsume desliga seu celular e começa a andar até chegar á sala onde Miroku estava, a fim de dar novas instruções de sua missão.

NATSUME – Mudanças de plano, meu caro Miroku.

MIROKU – O que foi?

NATSUME – Eu sei que o plano era não matar Kagome, mas Zuza descobriu nosso plano de poupar Kagome, mas agora é diferente.

MIROKU – O que?! Está dizendo que tenho que matar Kagome de verdade?

NATSUME – Sim. (ela o encara) – É Kagome ou sua filha. Você escolhe.

MIROKU – Vai seguir a idéia de um louco como Zuza?! Qual o seu objetivo com tudo isso? O que você vai ganhar?

NATSUME – Isso é algo que um homem como você nunca vai entender. Está avisado. Ou mata Kagome ou sua filha morre.

Depois de dizer isso, Natsume se afasta de Miroku, que se sentia impotente por estar em um dilema como aquele e enquanto isso no Hospital Memorial, mais precisamente em um quarto de lá, Satsuki, já vestida com suas roupas, recebia alta do seu médico.

MÉDICO – Você está perfeitamente bem. Só tem que cuidar dessas escoriações.

SATSUKI – Isso não é nada perto do susto que passei.

MÉDICO – Seu pai está aí fora.

SATSUKI – Eu sei.

MÉDICO – Tem certeza que não quer contar á ele sobre sua gravidez e...

SATSUKI – Xiiiiiiiiii! Claro que não, doutor. Eu não quero contar.

MÉDICO – Mas quando sua barriga crescer, não vai dar para esconder.

SATSUKI – Olha doutor! Obrigado pelo que fez, por cuidar de mim, mas esse é um assunto meu.

MÉDICO – Eu só não contei a verdade para seu pai, porque você já é maior de idade, mas saiba que não acho certo o que está fazendo e...

O médico para de falar porque momento Sesshoumaru entra no quarto e tinha uma expressão de preocupação no rosto, o que deixou a filha preocupada.

SATSUKI – O que foi, pai?

SESSHOUMARU – Tem alguém querendo falar com você.

SATSUKI – Quem?

Sesshoumaru sai da frente da porta dando passagem para outro homem entrar. Era Itobi, pai de Akin, que parecia muito abalado.

SESSHOUMARU – Doutor! Pode nos dar licença, por favor?

MÉDICO – Claro! A sua filha está bem. Pode sair quando quiser.

Depois de dizer essas palavras, o médico se retira do quarto, deixando os três á sós e assim o jornalista se manifesta.

SESSHOUMARU – Querida! Esse é o Itobi. Ele é pai do Akin, o rapaz com quem estava ontem.

SATSUKI – É mesmo? E como está o Akin? Ele está bem?

ITOBI – É esse que é o problema. Ele não está bem. Ele foi seqüestrado.

SATSUKI – O que? Mas como?

ITOBI – Os seqüestradores telefonaram para meu sogro.

SATSUKI – O secretário de segurança publica, Rakusho?

ITOBI – Sim.

SESSHOUMARU – Espere aí! Está me dizendo que seu sogro é o secretário municipal de segurança publica?

ITOBI – Eu já disse que sim. (ele segura as mãos de Satsuki) – Eu vim aqui para saber se não sabe de nada ou desconfia de nada sobre quem pode ter feito isso com meu filho.

SATSUKI – Eu não sei de nada, senhor. Estou surpresa em saber que ele foi seqüestrado. Depois que o carro bateu no poste, eu desmaiei e quando acordei, o Akin não estava lá. Achei que ele tinha saído para pedir ajudar ou coisa parecida.

ITOBI – E na festa? Alguém ficou observando ele? Notou algo?

SATSUKI – Eu sinto muito senhor. Não vi nada de estranho á não ser o fato de ele ter perdido a direção de repente.

SESSHOUMARU – Olha senhor! Não quero te assustar, mas seu filho sendo neto de Rakusho é sinal que estavam planejando isso há meses. Alguém deve ter colocado algo no carro dele, provocando o acidente e seqüestrando-o em seguida.

SATSUKI – O alvo era ele. Acho que nem sabiam quem eu era.

ITOBI – Eu não sei o que fazer. (com as mãos na cabeça) – Meu sogro disse que vai resolver tudo.

SESSHOUMARU – Já chamou a polícia?

ITOBI – Não! Meu sogro disse que não é para chamar ninguém. Que isso pode botar a vida do meu filho em risco. O pior é que acho que não é dinheiro que eles querem, pois se fosse isso ligariam para mim. Eu pagaria o que eles quisessem. Mas eles ligaram para meu sogro. Sinal que querem algo dele.

SATSUKI – Eu não sei o que dizer, senhor.

SESSHOUMARU – Deveria falar com seu sogro e convencê-lo a procurar a polícia. Eles são profissionais. Sabem agir nesses casos.

ITOBI – Acho que tem razão. Desculpem-me pelo incomodo e...

SESSHOUMARU – O seu comportamento é bastante compreensivo.

Itobi se curva diante dos dois em sinal de agradecimento e depois se retira do quarto deixando pai e filha á sós. O jornalista fica pensativo com aquela história.

SESSHOUMARU – Esse seqüestro não é comum. Tem algo há mais nele.

SATSUKI – Se as pessoas, que seqüestraram Akin, não querem dinheiro, o que querem então?

SESSHOUMARU – Essa é que a questão, filha. (ele tenta sorri) – Vamos para casa.

Mesmo diante da notícia triste de que Akin havia sido seqüestrado, Satsuki procurava se animar e enquanto isso no apartamento de Sango, ela recebia a visita de Onigumo e aproveitou isso para contar á ele sobre Miroku. Eles falavam em um tom baixo, pois Tamira estava presente na sala.

ONIGUMO – Vocês têm 100% de certeza de que Miroku está vivo?

SANGO – Absoluta! Não tinha corpo no túmulo dele. Sinal de que está vivo.

ONIGUMO – Isso explica porque a conta dele no exterior foi broqueada quando tentei acessá-la.

SANGO – Eu devia ter te contado ontem, mas é que a surpresa foi tanta e...

ONIGUMO – Eu imagino. E como você está?

SANGO – Estou que nem uma barata tonta. Não sei o que pensar. Por um lado eu fico feliz, pois o pai da minha filha está vivo, mas por outro lado, ele tentou matar Kagome. Ele virou um bandido. E o pior é que não sei o motivo.

ONIGUMO – Acha que Miroku armou a própria morte por participar de alguma conspiração com Natsume?

SANGO – Koharo acha que sim, mas eu não sei. Pode ser. Não quero pensar nisso. (ela vai até a filha) – Eu tenho que ir para o departamento.

ONIGUMO – Ta. Vai deixar Tamira sob os cuidados de Rin.

SANGO – Não! Já estou abusando demais.

ONIGUMO – Mas acho que Rin não liga e...

SANGO – Ela fala isso porque é uma pessoa gentil e é minha amiga, mas eu sei que é muito trabalhoso para ela cuidar de tantas crianças. Ela já tem a filha, tem que cuidar do Genku. Sem falar na preocupação com Satsuki, que está no hospital. É muito para ela.

ONIGUMO – E o que vai fazer? Você mesma disse que não deu para chamar uma babá.

SANGO – Ela vai comigo ao departamento. Está decidido.

TAMIRA – Eu vou para o trabalho da senhora?

SANGO – Vai sim. Vai ver com seus lindos olhinhos como a mamãe trabalha. (sorrindo e depois olha para Onigumo) – Obrigado por ter vindo e me informado do broqueio da conta.

ONIGUMO – De nada, mas não foi só por isso que vim aqui. (ele abre sua pasta e tira alguns papeis) – Talvez isso ajude na busca por Natsume.

SANGO – O que é isso? (ela pega os papeis)

ONIGUMO – Como você já sabe, eu fui encarregado de fragmentar o Grupo Naraku para diminuir os prejuízos dos acionistas e nesse trabalho acabei encontrando uma conta no exterior.

SANGO – Isso é bom. Vou levar para a promotora Midoriko e ela irá rever o acordo que fez com Kanna. Assim aquela maldita irá para a cadeia e não mais ficará em uma prisão domiciliar e...

ONIGUMO – Está enganada, Sango.

SANGO – Hã?!

ONIGUMO – Essa conta foi criada há onze anos, ou seja, um ano antes de Kanna assumir a empresa.

SANGO – Portanto ela não tem nada a ver com essa conta, não é?

ONIGUMO – Isso mesmo, mas tem a ver com Natsume. Ela que cuidava da parte burocrática das operações de Naraku. Certamente Natsume está financiando sua operação com esse dinheiro.

SANGO – Essa conta está omitida há onze anos, como ninguém desconfiou?

ONIGUMO – Porque estava no nome de ‘laranjas’ inocentes, pessoas que tiveram seus CPFs usados sem saber. Como já fiz parte da gang de Naraku, pude ligar os nomes.

SANGO – Entendo. (ela devolve os papeis) – Então é melhor você cuidar disso. Eu não vou levar isso para a polícia enquanto Azuma e Koharo estiverem por lá. O departamento é subordinado á Ryukosei, portanto, não é digno de confiança.

ONIGUMO – Está bem, mas vou ter que envolver InuYasha nisso.

SANGO – Claro e...

A conversa deles é interrompida pela entrada de Zakira no apartamento e ele vai logo beijando a noiva.

ZAKIRA – Ainda tinha esperanças de encontrá-la aqui.

SANGO – Estou um pouco atrasada.

ZAKIRA – Estou vendo. (depois ele olha para Onigumo) – Bom dia.

ONIGUMO – Bom dia. (ele olha para Sango) - Eu já vou indo.

SANGO – Ta. Obrigada por tudo, Onigumo.

Onigumo se retira do apartamento da detetive, deixando-a com a filha e o noivo. Zakira tinha pegado Tamira no colo.

ZAKIRA – Eu vim falar do médico que pode examinar Tamira.

SANGO – Ah é?! (ela se aproxima do noivo) – Mas tem um problema.

ZAKIRA – O que?!

SANGO – Tamira! Vai brincar no seu quarto um pouco.

TAMIRA – Ta.

Zakira colocou Tamira no chão e menina foi para o quarto dela deixando Sango e o noivo á sós na sala.

ZAKIRA – O que está acontecendo?

SANGO – Eu sei que vai ser um choque para você, mas é que...

ZAKIRA – Mas é que?

SANGO – A conta, a qual o dinheiro eu iria usar, foi broqueada.

ZAKIRA – Broqueada?! Mas por quê?

SANGO – Porque Miroku está vivo.

Zakira finge surpresa, pois sabia do fato, mas também mostrou preocupação, já que descobrindo que Miroku estava vivo, eles estavam mais perto da verdade.

 

Próximo capítulo = O dia seguinte – parte 2


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