Eduarda por incrível que pareça acordou bem cedo se levantou e fez sua higiene matinal e foi pra sala e ficou assistindo TV.

O domingo amanheceu tranqüilo, nada de barulhos de carro na rua, e nem de pessoas correndo, falando, crianças brincando.

Até o momento Bill não tinha acordado, muito menos Tom. Ela foi ate seu quarto pegar algum brinquedo, só que quando abaixou, viu o suposto “bicho papão” de baixo da cama.

- PAPAI, PAPAI! – ela foi acordar Bill.
- QUE FOI?! – ele acordou assustado.
- Vai matar o bicho papão pai, eu to com medo – Duda fazia biquinho, e tentava chorar, mas não adiantava.
- Ok, vamos lá! – Bill se levantou e colocou uma camiseta branca e foi para o quarto. Entrou e não viu nada de anormal! – Onde esta ele? – colocou a mão na cintura.
- Ta de baixo da cama – fez um bico maior ainda. Bill se abaixou e não viu nada.
- To vendo nada aqui não! – ainda tava procurando.
- Ele já saiu, ta aqui oh – apontava para um “nada” – MATA ELE PAI! – ela gritava.  – Vou lá pegar uma vassoura.
Ela foi, mas Bill não estava entendendo nada, simples, porque não tinha bicho papão nenhum, era só imaginação da cabecinha dela.
- Aqui! – ela lhe entregou a vassoura – Agora mata, porque senão, não vou mais vir aqui – cruzou os braços. Bill não iria desapontar a sua amada filhinha, então tinha que matar o bicho papão, mesmo ele não existindo. Começou a bater no nada, literalmente. – Pai, ele ta do outro lado! – ela ficava brava.
- Ai filhinha, to tentando mais ele é muito rápido!
- Ah... – pegou a vassoura de Bill, e deu um golpe no ar – Na cabeça! – ela ria.
- Morreu? – Bill arqueou a sobrancelha.
- Ainda não, ta aí no chão. Vamos pisar nele? – Como a menina era maléfica.
- Se fazer ele morre! – E começaram a pisar, pareciam dois retardados.
- Ah, papai, ele acordou. – cruzou os braços – vou chamar o tio Tom pra ajudar. – Saiu do quarto e para o do Tom.

Logo os dois apareceram.

- Que bicho papão o que Duda? Deixa-me ir dormir! – Tom resmungava.
- Nada disso, ajuda o papai a matar o bicho papão, ai você vai! – ela disse em num tom de autoridade.
- Ta, mais cadê ele? – Tom coçou a cabeça.
- Ali, ué?!  - ela fez uma cara de óbvio.
- Tom, fingi que tem um ali – Bill falou em seu ouvido.

E foi os dois marmanjões, matar o bicho papão. E era chute de um lado, vassourada de outro... E nada! Demorou alguns minutos e Bill, deu um chute no ar e Duda gritou de felicidade.

- MATOU! MEU PAPAI MATOU!
- Matei? – Bill não entendeu.
- É pai, você acertou no ponto fraco dele, o ombro! – Pulou em Bill.
- Ok né?! – Ficaram sem entender. – Bem, já esta um pouco tarde, que tal pedirmos uma pizza para o almoço? – Bill deu a sugestão.
- Ah, vão comer sozinhos, porque eu vou dormir – Tom, o mau humorado, saiu do quarto e foi deitar no sofá.
- Então é só nos dois! – Bill ligou para a pizzaria, e assim almoçaram.