Capítulo 05: Uma noite Havaiana

"A noite é a metade da vida… e a metade melhor." _Goethe

A noite havia chegado em Honolulu, a pousada permanecia em silêncio diferente da boate de Suna que ficava na parte sul da região. A boate funcionava a partir das seis da tarde, mas somente as oito ela tomava vida. A musica era agitada e as pessoas ali a acompanhavam com suas danças, alguns apenas sentavam-se perto do bar assistindo a arte do barman com suas misturas e malabarismos com as bebidas.

Gaara andava pelo salão atravessando aquele mar de gente que estavam na pista para dançar. Caminhava em direção ao bar, mas mudou de rumo assim que avistara a pessoa, que tanto esperava, entrando na boate. Estava próximo quando ela a encarou, a Hyuuga apenas sorriu ao ver a expressão carrancuda do ruivo.

— Está... Absolutamente atrasada.

— Gomem...

— Agora não teremos tempo para ensaiar. – resmungou e encarando-a, perguntou. — O que aconteceu?

Gaara era um dos poucos que sabia que Hinata estava passando por problemas em casa. Desde que a mãe dela se foi, a jovem Hyuuga se distanciava mais do clã e de seu pai. Ela cada vez mais queria conhecer o mundo da dança do qual sua mãe pertencia, porém seu pai desejava o contrário e via o dojo como o único caminho para suas filhas. Hinata assim como sua irmã mais nova, ajudava o pai no dojo a fim de não desaponta-lo. Mas de algum jeito ela o decepcionava. Ele nunca estava satisfeito.

— Tive que ficar mais tempo no dojo, ordens do outo-san.

— Entendo... Eu vou ali no bar pegar uma bebida, te encontro no camarim.

Hinata apenas assentiu. Caminhou em direção ao camarim que ficava ao lado oposto da pista de dança e do bar. Assim que chegou, sentou-se em uma cadeira e se encarou no espelho. Um suspiro de cansaço era tudo que ela podia dar no momento. Estava exausta. Por um momento pensou se seu pai sabia das suas pequenas fugas à noite, será que ele sabia o que ela fazia? Ele a cansava demais naquele dojo; será que era de proposito? Não, claro que não. Se ele soubesse tudo estaria acabado. Era capaz de ele a trancar no quarto para que ela nunca saísse. Se soubesse que ela estava dançando, se soubesse que ela participaria de um concurso... Ele nunca a perdoaria.

Suspirou mais uma vez e começou a se preparar para o show.

...

Itachi ainda não acreditava que deixara de ir à boate para ajudar Hana na pousada. Era o sacrifício que se fazia por um flerte. Quase deixara uma das xicaras escapar de seus dedos ao tentar seca-la, olhou para trás e vira que ela não notara, parecia entretida limpando a louça do jantar. Bufou um pouco irritado e ouviu, logo depois, um risinho atrás de si.

Ainda faltavam alguns pratos para lavar. Mais um pouco de sabão na esponja e pegou um dos últimos pratos de porcelana da coleção de sua mãe para lavar, o restante eram todos de vidro. Olhou de soslaio e deu mais um sorriso, ele estava irritado. Mas o que ela podia fazer se fora ele que se colocara a disposição para ajuda-la. Ela só podia rir daquela situação.

— Deve estar adorando isso. – pronunciou pela primeira vez afastando o silêncio que havia se instalado naquele cômodo.

Ela apenas sorriu e olhou para trás, ele estava com o corpo virado para ela e a encarando.

— Deixou de secar algumas louças ali. – apontou para a mesa virando-se para ele.

— Estou dando um tempo. – foi o que ele disse.

Hana andou alguns passos em direção ao moreno ficando alguns poucos centímetros distantes a sua frente. Itachi olhou-a um tanto surpreso, corrigiu sua postura um pouco desconfortável com a aproximação da morena. Encarava os lábios carnudos que se formava em um belo sorriso. Segurava-se para não agarra-la ali mesmo, ela estava o tentando.

Ela pegou uma das xicaras molhadas que estavam na mesa e entregou para o Uchiha.

— Se terminarmos logo vai dar tempo de irmos para a tal boate que você me convidou mais cedo.

Ele voltou a secar e ela voltou para as louças na pia. Os dois sorriam naquele momento.

...

Chegaram à boate e se surpreenderam com o que viram. Era uma boate normal. Não havia flores em nenhum canto, tocava dance e havia um barman. As pessoas dançavam normalmente, e nada de Hula. Era como se estivessem em qualquer lugar, menos no Hawaii.

Decidiram, primeiro, irem até o bar pedir algumas bebidas. Sakura sentara-se no banco ao lado de Ino e Naruto ficara entre a prima e o Sasuke. Os quatro pediram a mesma bebida. Sakura ficara imaginando a cara de Kakashi quando vissem os quatro chegando impregnado com cheiro de álcool nas roupas. Era capaz de ele não deixar mais ninguém sair da pousada, ou pior, capaz de comprar as passagens para o Japão e partir no dia seguinte.

— É melhor maneirarmos com as Margueritas. – elevou a voz para que os três a ouvissem.

— Não se preocupe, Kakashi não vai fazer nada de tão ruim se nos encontrar bêbados. – Ino respondeu elevando seu copo no ar.

— Ino, nós somos de menor.

— Cala a boca, testuda. Quer que o barman te ouça... Eu vou dançar! – afirmou pegando sua bebida partindo para a pista de dança.

Sakura bufou irritada. Odiava ser chamada de testuda. Levou voluntariamente sua mão até a testa.

— Sua testa é bonita, Sakura-chan. – Naruto gritara para que ela pudesse ouvir.

Bufara antes de sair, e disse:

— Vou para a pista.

Na pista de dança todos dançavam o dance que o Dj tocava. Sakura caminha até a multidão, de inicio tentara encontrar sua amiga para fazer companhia. Mas não conseguia avistá-la em nenhum lugar. Decidira parar em um lugar qualquer e começou a se agitar. Movia o quadril de um lado para o outro conforme o ritmo da musica. Tocava “Mr. Saxobeat”, de Alexandra Stan e todos moviam conforme a musica. Sakura preferia musicas ao estilo hip hop, mas se virava bem ao ritmo dance. Deu dois passos para trás e esbarrara em alguém alto por sinal. A música acabara assim que ela disse:

— Descul... Ah! Você tinha sumido.

— Não vou ficar andando pela boate com um bando de pirralhos, não se ofenda. – Deidara elevara a voz assim que a musica seguinte instalara-se pela pista.

— Você viu a Ino? – perguntou ignorando o comentário anterior.

— Não, mas pelo que eu conheço ela deve estar no meio da pista.

“I feel so close to you, right now”

Deidara se afastara da rosada caminho para o meio da pista de dança. Acompanhava como todos os outros o ritmo da dança enquanto andava. Fazia pequenos movimentos com o tronco e com as mãos, quando mais perto do meio da pista mais podia sentir as pessoas mais animadas e o som da musica parecia cada vez mais alto. Sorriu ao ver sua irmã. Ela não tinha jeito, foi o que pensou ao vê-la dançando junto de um moreno alto. Os cabelos da loira já estavam molhados pelo suor, ela o encarou e sorriu de volta. Ele decidiu ir para o lado oposto, não ia ficar vendo sua irmã se esfregando em um carinha qualquer.

Sentiu seu braço sendo agarrado, virou-se para reclamar, mas a surpresa o impediu. Sua boca se abriu, mas nada disse. Arqueara uma das sobrancelhas e tentara se desvencilhar assim que percebeu que estava sendo puxado para fora da pista de dança. O som da musica estava cada vez mais distante, já estava próximo à porta de entrada quando conseguiu se soltar das mãos do ruivo a sua frente.

— O que você acha que tá fazendo?

— O que eu acho que eu tô fazendo? – sorriu irritado. — O que você ta fazendo aqui?

— Vim dançar, disseram que essa era uma das melhores boates de Honolulu. – desviou os olhos, indiferente a irritação do ruivo.

— Acho que você não me entendeu. O que faz no Hawaii?

— Eu te devo satisfação? – dessa vez foi o ruivo que desviara o rosto, envergonhado. — O quê? Acha que eu me movi do Japão para o Hawaii só pra te ver? Você não vale esse esforço, Sasori.

O ruivo observou o mais alto passar por ele indo de volta para a pista. Resolveu ir até o bar pegar uma bebida. Voltara seis meses atrás para o Hawaii a fim de esquecê-lo e seis meses depois, lá estava ele dançando na sua boate. Aquilo não podia ser uma mera coincidência. Não ia deixar o loiro sair daquela boate antes de lhe dar umas explicações, mas antes tinha que beber.

...

Observar a praia pela manhã era encantador, mas a noite aquilo era mais fascinante. Ouvir o som das ondas baterem na areia, o mar agitado e ver o reflexo da lua sobre o mar lhe proporcionava uma tranquilidade tremenda. E ficava ainda melhor sentir o vento frio bater em seu rosto e nas folhas das arvores que se agitavam suaves e ao mesmo tempo furiosas, se é que essa contrariedade era possível. Já se passara algumas horas que estava ali de pé, era hora de retornar a pousada.

Yahiko abrira a porta e fora até a cozinha. Itachi havia saído minutos atrás junto de Hana, convidaram para uma boate devia ser a mesma que Naruto e Deidara o convidaram. E ele dera a mesma resposta negativa, queria muito ir. Mas não poderia deixar Nagato e Konan. Não era justo se divertir sem sua namorada e seu melhor amigo.

— Como está o Nagato?

Yahiko se assustara com a voz repentina, não percebera a presença de Kakashi na cozinha. Folheava um dos livros que trouxera na viagem.

— Konan disse que está um pouco febril. – respondeu sentando-se a mesa.

Kakashi pusera seu livro de canto e observara a expressão entristecida do mais novo.

— Acho que não foi uma boa ideia convencer o Nagato de vir. – disse o loiro.

— Imagino a Konan dizendo isso, não você.

— Mas ela está certa. Sempre está.

Kakashi nada dissera. Os dois ouvira o som de passos fortes descendo às escadas, acompanhados de um som mais pesado. Yahiko levantou-se a fim de ver do que se tratava. E surpreendeu-se ao ver sua namorada descendo com uma mala.

— O que está fazendo? – indagou assim que ela desceu os últimos degraus.

— Eu e Nagato vamos embora.

— Como? Você não pode fazer isso.

— Eu disse Yahiko que ia leva-lo se ele piorasse. Não importa o que digam, eu vou leva-lo daqui. Vou ligar para o meu pai e ele vem nos buscar de jatinho. Tá decidido.

— Você não vai tira-lo da cama no estado que ele está. Fazer uma longa viaje agora é tudo que ele não precisa. Aqui deve ter algum hospital por perto, vamos leva-lo pra lá ou chamamos um médico.

Yahiko a encarou a fim de ouvir alguma resposta. Mas ela apenas encarava o chão. Ele então resolveu pegar a mala e subir as escadas.

— Yahiko...

— Ele está tão mal assim? – sua voz quase não saia, se ele estivesse mal se sentiria culpado.

— Não. Só é uma pequena febre.

— Então... – ele virou-se pra ela ainda na escada. — Por que ir embora?

— Porque eu não vou esperar ele piorar.

Yahiko voltou a subir as escadas e sumiu pelo corredor de cima. Konan sabia que ele queria o melhor para o seu amigo, mas era triste ver Nagato em uma cama enquanto todos os outros saiam para se divertir. Não era justo ele estar no meio daquilo.

Decidiu ir até a cozinha, precisava beber uma água. Olhou de soslaio para Kakashi que foleava um de seus livros de conteúdo inapropriado para se ler em publico. Mas ele parecia não ter vergonha na cara. Foi até a geladeira e decidira por fim beber um suco de maracujá.

— Será que vão sentir falta de um copo de suco? – indagou para si mesmo.

— Não se preocupe, Tsume disse que podíamos nos servir a vontade.

— Hum... Você quer?

— Não, obrigado.

Ela o encarou assim que fechou a geladeira, se perguntava quantos livros daquele ele tinha.

— Vão embora amanhã?

Ela o encarou confusa com sua pergunta repentina.

— Você e o Nagato, vão embora amanhã?

— Sim. – respondeu sentando-se na cadeira que antes Yahiko estava.

— Será um grande desencontro, então.

— Do que você está falando?

— Naruto esquecera-se de lhe avisar. Mas hoje de tarde depois de falar com o Nagato, ele ligara para a Kushina pedindo para a Tsunade vir vê-lo.

— E a Tsunade vai vim ao Hawaii deixar seu hospital de lado para atender o Nagato? – indagou incrédula. Era obvio que aquilo não ia acontecer.

— Pela resposta que ele recebeu mais tarde, parece que sim. Ela vem pela manhã, se eu fosse você esperava até lá. Naruto tem o dom de convencer as pessoas.

...

Naruto permanecera no bar, estava pensativo demais para curtir a musica e dançar na pista. Além de não saber se mexer, fora essa a desculpa que se dera para pedir mais um drink. O barman pouco se importava e apenas servia mais um drink, mesmo se tratando de um menor. Um dos donos do bar era um de menor, não havia lógica para ele se importar com quem ia lá e lhe pedia uma bebida.

Naruto encarava seu copo semi cheio como se o admirasse. Ele não estava nenhum pouco alto, estava sóbrio o suficiente para perceber que Sasuke estava estranhamente dançando ao lado de Sakura. Eles pareciam bastante próximos, e isso o desagradou bastante. Sabia dos sentimentos que a rosada tinha pelo seu melhor amigo, mas sabia também – ou pensava – que não havia uma reciproca por parte do Uchiha. Mesmo assim sentia ciúmes. Um grande ciúme a ponto de não se divertir nenhum pouco aquela noite.

— Que cara é essa, dobe? – indagou assim que se sentou ao lado do amigo a segundos atrás.

Naruto o encarou sem nada responder. Estava irritado com o Uchiha por ter dançado com a garota que ele amava. E desde quando Uchiha Sasuke dançava? Era para ele ter lhe feito companhia no bar.

— Aconteceu alguma coisa?

Três anos atrás, Naruto responderia algo como “Você dançou com minha garota.”, de uma forma bastante irritada. Mas três anos se passaram e ele amadureceu o bastante para saber que bancaria o idiota se fizesse aquilo. Ele apenas sorriu e virou sua atenção ao copo.

Sasuke estranhara a principio, mas resolveu ignorar pedindo um drink para o barman. Naruto o encarou novamente. Sasuke parecia normal para ele, saberia se ele estivesse interessado em alguma garota, não saberia? Ele lhe contaria se estivesse interessado na Sakura, lhe contaria? Sentiu a bebida lhe queimar a garganta assim que virara o copo, ainda estava sóbrio. Resolveu pedir mais uma.

— O que há? – sabia que ele não se cansaria até ouvir uma resposta.

— Estou pensando em um sonho. – mentiu.

Mais de alguma forma estranhara sua resposta. Foi a primeira coisa que pensara em responder, mas fora a ultima coisa que pensara naquele dia. Havia esquecido por completo a história bizarra de ter conhecido a garota de seu sonho. Porém lá estava ele pronto para dizer toda a história para seu amigo. Não estava totalmente sóbrio, afinal.

— Que sonho?

— Antes da viagem, eu sonhei que dançava com uma garota. E é estranho... – parou ao perceber que Hinata era dançarina, aquilo lhe pareceu bastante bizarro.

— Está com essa cara porque sonhou que estava dançando?

— Não. Estou com essa cara por outro motivo. Mas o estranho, é que eu conheci essa garota. A Hinata é a garota do meu sonho.

A música parou no mesmo momento em que ele pronunciara a última frase. De repente formou-se um circulo na pista de dança como se todos ali soubessem o que iria acontecer. Naruto levantou-se e foi em direção a roda assim que o nome de Hinata foi pronunciado pelo Dj da festa. Conseguira assim como Sasuke um lugar privilegiado, estavam os dois na frente com visão direta para a parte vazia do palco. A primeira pessoa a aparecer foi um rapaz ruivo que vestia uma calça preta de cintura alta e uma camisa branca de mangas longas, mais atrás aparecera a Hyuuga vindo em direção à pista.

Ela estava linda, realmente linda. O vestido preto apesar de longo desenhava belamente todas suas curvas, o decote valorizava seus seios fartos e o corte transversal dava-lhe um ar de sensualidade como pedia a dança que descobrira ser um tango assim que iniciara a musica.

Tango – Santa Maria

A dança sensual começara. Dois passos para trás da moça seguido de dois passos para frente do cavaleiro e assim se seguia como se ele a perseguisse. Os dois se encaravam até ela sair de seus braços ficando de costas para o ruivo. Ele foi de encontro a ela segurando uma de suas mãos que se encontrava junto de sua barriga enquanto a outra mão percorria o lado dos seios correndo pela extensão do corpo da Hyuuga. Encostara sua cabeça no ombro de sua parceira e moveram se de um lado para o outro.

Naruto encarava-os boquiaberto, a garota do seu sonho estava tão sensual com aquela roupa, naquela dança. Entendia perfeitamente os passos do ruivo desconhecido. Imaginou-se por um momento ali no lugar do par da Hyuuga. Imaginava ele a abraçando por trás daquela forma, encostar sua cabeça no ombro dela e poder sentir seu cheiro. Não entendia o que se passava consigo, mas aquela dança o estava o envolvendo. Surpreendeu-se com o movimento seguinte.

Agora o casal estava de frente para o outro, se encaravam como se desejassem um ao outro. Era aquilo que a dança fazia com eles, faziam eles se tornarem um casal. Como se estivessem sedentos um pelo outro, como se desejassem um ao outro e ao mesmo tempo como se aquilo tudo lhes soassem como pecado, como algo errado, eles não poderiam ficar juntos. E aquele sentimento era sentido pelos dois naquele momento, pois era o que a dança pedia. Assim era o tango.

A Hyuuga elevou uma das pernas segurando o quadril do Sabaku. E assim ele a guiou por toda a pista. Deslizavam seus pés enquanto seguiam os passos da dança, em um momento ele a puxou para sim, ela elevou novamente sua perna até seu quadril. Eles ainda se encaravam, a mão do ruivo se deslizava pela perna alva da Hyuuga em uma pegada forte ele a segurou pela cintura e deram seus passos de um lado para o outro.

Ino encarava os dois ao lado do moreno com quem dançava anteriormente. Estava encantada com a dança e pelo rapaz. Aquele ruivo estava tão sedutor com aquelas roupas e dançando daquela maneira. Desejou-se por um momento estar no lugar de Hinata. Mas aquilo durou pouco, logo a musica acabou e vieram os aplausos.

Após os aplausos o casal retirou-se da pista dando espaço para a plateia que voltaram a curtir a balada assim que o Dj começou a tocar “Like a G6”. Gaara e Hinata iam em direção ao bar quando ambos foram interrompidos por Ino- a garota da festa de debutante, como a jovem Hyuuga memorizara.

— Hinata, você estava incrível!

Hinata nunca vira tantos dentes à mostra, não sabia se a Yamanaka estava bêbada ou se ela estava tão animada por causa de sua apresentação. Era difícil distinguir quando se vê uma garota tão animada como parecia ser a loira. A Hyuuga agradeceu timidamente e assim que levantou os olhos pode notar que os olhos azuis encarava o rapaz ao seu lado.

— Ah! Esse é o Gaara. Gaara essa é a Ino. – apresentou meio incerta de inicio se acertara o nome da garota à sua frente.

— Você também estava ótimo. – elogiou elevando a voz por causa da música.

Pensara por um momento se daria às mãos como cumprimento, mas desistira assim que Deidara aparecera lhe dando um susto pelas costas.

— Idiota. – resmungou voltando sua atenção ao casal.

E pode ver Gaara se distanciar de todos sem nenhuma resposta. Ele nem a cumprimentara.

— Desculpem-no, ele deve estar atarefado. Gaara é um dos donos do bar.

— Ele parece tão novo. – observou a Yamanaka, curiosa.

— Ele tem a nossa idade. Por isso o bar se encontra no nome do irmão que é mais velho, mas é o Gaara que cuida de tudo.

— E ainda dança! – completou animada. Achara o ruivo extraordinário.

Hinata sorrira. Percebeu que seu amigo ficara desconfortado assim que o loiro ao lado de Ino aparecera. Iria conversar com o Sabaku mais tarde.

— Este é Deidara, o meu irmão mais velho. Dei, essa é a Hinata minha professora de dança.

Os dois se cumprimentaram. Apesar de Deidara ainda estar meio aéreo ao ver o irmão mais novo de Sasori. Não deveria ter ido àquela boate. Ainda não estava preparado para encontra-lo.

Hinata ficara tímida quando Ino a referiu como professora de dança. Mas se dera conta de que era uma professora de dança. Pelo menos enquanto Kurenai-sama estava ocupada com o concurso. Mesmo assim era uma professora, ficara animada com a ideia. Era o que sua mãe queria fazer após se aposentar dos torneios, dar aulas era o que ela também desejava.