Quando chegou a casa Ellen, foi direto para seu quarto descansar um pouco.

– Ora, bom dia. - disse sua avó sentada no sofá.

Ellen se escorrou na parede, tentava manter os olhos abertos.

–Bom dia Abuela. - Seus olhos estavam pesados.

– Ellen, a conta do condomínio esta vencendo.

Apenas fechou seus olhos, mas problemas não era o que Ellen queria agora.

–Abuela, resolvo isso amanhã, pode ser?

A velha se levantou fez uma careta de pouco caso da canseira da neta, Ellen mal entrou no quarto e seu celular tocou.

Drogaaaaaaa – pensou ela sentando-se na cama.

– Alô?

– Amiga, tenho que te contar.

–Sim Fala?- se deitou.

– Advinha quem vai casar. – a voz era de empolgação.

–Não sei o papa?- seus olhos pesavam ainda mais.

– Ellen Rodrigues, me escute.

–Mas estou ouvindo, Mandy Forbes .

A moça riu.

–Tudo bem , você se lembra do ...Ellen .. amiga

Ellen acabou pegando no sono e deixou sua amiga falando sozinha.

–Sua cretina... Ellen... Acorda. - por fim desligou.

Sua vida não era fácil, sempre trabalhava no período noturno no Hospital Municipal de Dallas, entrava ás sete e saia às cinco da manhã.

Sua avó já tinha preparado o almoço, foi até o quarto da jovem e meteu a mão na porta fazendo acordar assustada.

– Acorde. - apenas a encarou.

Ellen se sentou na cama esfregou os olhos t, foi até o banheiro tirou as roupas de serviço.

–Abuela, me diz por que sempre gosta de me atormentar? – sentou se na cadeira da pequena mesa.

– Olha aqui garota, se me desafiar outra vez te quebro os dentes da boca. - havia um tom ameaçador na voz de Lucila.

Ellen almoçou sem dizer, mas nada.

Sentou se no sofá ligou TV mudou de canal até parar no seu seriado favorito Two and a Half Men, pegou o telefone e discou para Mandy .

–Alô.

–Mandinha, foi mal acabei... - Many a interrompeu.

–Cretina latina da minha vida.

Ellen riu.

–Fala agora estou acordada, minha Abuela não permiti que dormisse a tarde, diz que trás azar..coisas de espanhol velho.

Mandy riu.

–Enfim amiga, você lembra do ..ai meu Deus como é o nome do cara..é .... lembrei o Harry ?

–Harry?- repetiu o nome.

–Harry Ford. - completou o nome.

–Ata sim, mas o que tem ele?

–Advinha?

–Mandy, fala logo você esta me fazendo perder o episodio de da serie.

–Affe amiga, você ainda assisti esse seriado besta. - demonstrou uma certa ironia.

–Ei, Charlie Harper é meu herói. - rindo.

– Que graça tem esse homem?

–Ta, mas mudando de assunto fala o que tem o Harry?

–Ele se casou ontem, com aquela garota estranha.

–Minha nossa Mandinha, você me ligou pra disser isso?

Houve um silencio.

–Ai amiga credo.. só queria que você fosse a primeira a saber.

Ellen riu.

– Enfim tenho que desligar minha Abuela esta chegando.

–Ta ..tchau – desligou.

Ellen deitou no sofá e continuou a assistir seu seriado.

–É por isso que nossa juventude é uma merda.

Ellen levantou a cabeça e a encarou.

–Vivem assistindo porcarias na TV.

–Tudo bem Abuela, já vou indo.

–Pra onde Ellen?

–Ora trabalhar. - se levantou e foi para seu quarto.

Entrou no banheiro, tirou suas roupas e ligou o chuveiro, estendeu a mão para verificar se a água estava quente, por fim entrou debaixo do chuveiro, terminando pegou uma toalha e se enrolou nela, saiu de sua casa para pegar o ônibus ou acabaria se atrasando novamente.

Esperou no ponto por uma meia hora e nada do ônibus, estava ficando impaciente olhava para o relógio de minuto em minuto.

– Droga. –praguejou.

Esta dando 17h34 passou a mão sobre os cabelos soltos e suspirou.

–Acho que vai querer uma carona agora - disse a olhando.

Ellen se virou para lado e viu Jensen.

– Pois é agora não tem jeito.

Ele sorriu Ellen nunca havia reparado no sorriso dele “Bem que Margarida tem razão ele tem um belo sorriso”-pensou ainda sentada no banco.

– Ei, ta dormindo ainda. - os olhos verdes continuavam a fitá-la.

Ellen balançou a cabeça e sorriu.

–Obrigada. - entrou no carro.

–De nada Ellen.

Ela foi beijar o rosto dele, ele virou rápido de, mas e acabou dando um selinho na boca dele , imediatamente suas bochechas ficaram vermelhas, ele tinha um cheiro bom e atraente.

–Me desculpa, é. – Enfim era melhor ficar quieta-pensou ela desconsertada no banco.

Jensen ligou o carro e saiu.

–Mas enfim por que realmente trocou com Margarida o feriado de Natal.

Ellen se afundou no banco e o encarou.

– Você quer mesmo saber?

–Sim. - olhava para frente. - Se você quiser contar claro.

–Por que só trabalho nesse período para fugir da minha Abuela.

–Abuela?- repetiu em entender.

–Sim Avó em espanhol.

–Ata, sua avó é tão ruim assim? – a encarou por um instante.

–Ruim isso é apelido, ela é o mau em pessoa.

–Hum.

Ela riu da expressão dele.

–Entendi.

Sua garganta coçou para perguntar “TIPO VOCÊ REALMENTE GOSTA DE MIM ?”, mas se conteve.

–E você Jensen, o que vai fazer no Natal?

–Eu, trabalhar também.

Ela fez uma careta ele a olhou com aqueles olhos verdes radiantes e riu.

–Jura pensei que fosse o Brian que ficaria?

–Não.

–Hum.

–Por que, não me quer la.- sorriu.

–Não é.. não e por que? – gaguejou.

Ele parou o carro por um instante se virou e a encarou ela sentia seus olhos percorrerem seu corpo.

– Vamos se atrasar. – olhava para frente.

–Apenas me responda.

Ela se virou engoliu seco e balançou a cabeça.

–Sim.

–É ...- ele gaguejou, mas se aproximou mas. – Ellen eu enfim – Ela sentia sua respiração tão perto.

Por um minuto de loucura Ellen segurou no rosto dele e o puxou para, mas perto sentiu sua pele era macia, ele a encarou, ela se aproximou mais até sentir os lábios dele sobre o seus, ela tirou o cinto de segurança, sentia o desespero na boca de Jensen, ele a puxou para seu colo, suas mãos exploravam as costas dela, enquanto as mãos dela segurava sua nuca, Ellen se afastou da boca dele, ainda com os olhos fechados.

–Isso não é certo. -ela ofegava tentando se recuperar do beijo.

Ele abriu os olhos e encarou aquele rosto angelical dela.

–Desculpa não quis...

Ela pousou o dedo sobre a boca dele, o encarava.

–Você não fez nada de errado, é que..- saiu de cima do colo dele e se sentou no banco.- Isso não aconteceu .

Jensen ficou incrédulo, aquela Ellen agora senta não era a mesma que o beijou com ardor.

–Tudo bem – ligou o carro e saiu.

Ellen tinha medo de se apaixonar, medo de sofrer, como sua mãe sempre sofreu nas garras de seu pai.