Revista Nerd escrita por SumLee


Capítulo 37
Agora Viramos Agentes


Notas iniciais do capítulo

OMG! OMG! OMG! Que saudadeeeeeeeeeeeeeeees que eu estava de postar aqui, na minha bebê. Nooossa, só eu sei a raiva que estou por ter ficado sem idéias para ela. MAS agora eu estou aqui, e não vou enrolar. Espero ainda ter leitoras *O*
Boa leitura!



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36. Agora Viramos Agentes

– Ah, Alice, isso é tão, mais tão demais! - eu soltei com uma falsa animação, que a baixinha não percebeu, ou fingiu.

Edward soltou uma risada abafada e continuou tentando fazer uma pequenina trança no meu cabelo, porque ele tinha visto no da Nessie. Estávamos todos no refeitório no horário do almoço, nosso grupo fechado no nosso mundinho - como uma garota falou que ficávamos. Rosalie e Emmett no chamego deles, Renesmee e Jake nas brincadeiras de caretas juntos de Jasper, Alice virada para mim, me contando A Super Novidade e o Edward sempre mexendo em algo meu, enquanto eu prestava atenção na irmã dele.

– Eu sei, Bella, eu sei! - ela deu um pulinho na cadeira. - Ela vai estar tãooooo perfeita!

– Concordo! - Nessie, que franzia o cenho para Jasper, se virou para nós. - Eu estou a quase cinco meses esperando esse show acontecer!

– Soube que esgotou rápido os ingressos... - Rosalie comentou.

Essas meninas eram uma comédia quando citavam algum show pop que elas adoravam. Os ingressos que a vovó deu de natal para Alice e Nessie foram comprados bem antecipadamente, e agora o show estava um pouco próximo, faltava menos de um mês, e elas já estavam eufóricas - e querendo que eu também ficasse.

– Ainda bem que ganhamos da vovó... - Alice falou em um drama teatral. - E o melhor de tudo: camarote!

Ela e Nessie começaram a comemorar, e Jasper e Jake reviraram os olhos. Eles dois iriam acompanhá-las nesse show, claro, e eles também adoraram que era no camarote, porque ficar no meio de todo mundo não seria muito bom para eles. Mas mesmo assim, não era ao todo agradável ir.

– Yeah, vocês deram muita sorte. - Rosalie assentiu. - Eu e Emmett vamos no que vai ter na Califórnia. Eu já comprei, e até lá já vamos ter nos mudado para nosso apartamento perto de Stanford.

Na mesa, o silêncio incomodo foi o que rolou. Todos se entreolharam, lembrando que faltava apenas alguns dias para o final das aulas - definitivamente para Alice, Jasper, Rosalie e Emmett. Estávamos todos felizes e tristes ao mesmo tempo, só que disfarçávamos muito bem o segundo sentimento. Agora teríamos que aproveitar ao máximo antes que fossemos divididos por milhas de distancia. Alice aproveitava nos levando para fazer compras de roupas qualquer e dos vestidos para o Baile de Formatura. Emmett chamava os meninos direto para jogar vídeo-game, ou sair para qualquer lugar. Juntávamos para festinhas a noite, com filme, pipoca e conversa. Tirávamos casquinhas um do outro, para pelo menos por algum tempo a saudade ficar pouca. Mas seria difícil, muito difícil mesmo ficar longe deles. Longe da minha baixinha que está comigo pra tudo, e que me tira do sério.

– Mas então... - Emmett começou. - Está chegando o dia para o ultimo jornal do ano... - olhou para cada um de nós. - Eu me sinto como se estivesse contando o final feliz de cada pessoa daqui.

– Espera... - levantei minhas duas mãos. - Você sabe... Exatamente de cada pessoa daqui? Quero dizer... Todas as trezentas que tem nesse colégio?

– Uhum. - ele assentiu. - Mas Jasper brigou comigo falando que estava muito grande minha coluna de fofocas e que eu deveria diminuir. - deu de ombros.

– E ainda continua grande. - Jasper murmurou com uma careta. - Duas páginas inteiras.

– Fiz o que podia, ok? Não tenho culpa se sou bom com as palavras.

Todos na mesa explodiram em uma gargalhada animada das palavras de Emmett. Ele era sim bom com as palavras, mas as mais idiotas que podia citar. A coluna era mais engraçada que qualquer coisa, e só trazia problemas para ele porque usava palavras que não deviam, e ironizava algumas. Isso irritava as pessoas, e ele depois tinha que ficar se escondendo atrás da Rosalie, ou dentro do carrinho de toalhas sujas - o que fazia a loira fugir dele. O Grandão ainda tinha que aprender um pouco em como citar essas fofocas - mesmo elas nos divertindo muito - pois ainda iriamos ter a ultima edição e ele podia ficar sem cabeça com essa.

– Hoje nós vamos nos encontrar na salinha, certo, pessoal? - Alice perguntou quando o sino tocou. - Digo... Temos que resolver essas páginas do Emmett e as entrevistas que fizemos... E precisamos resolver até depois de amanhã.

– Pois logo é a formatura e o baile. - Rosalie se remexeu na cadeira como se dançasse. - E finalmente vamos ganhar nossa carta de alforria! - nós todos rimos de suas palavras.

– Isso não vale. - Edward fez bico. - Eu ainda vou ser escravizado por um ano.

– Ninguém mandou vir um pouco atrasado, Eddie. - Emmett ironizou e Edward jogou a tampinha do refrigerante na cabeça dele, e isso por causa do apelido. - Hey, que menino selvagem! - fez uma voz fina e nós gargalhamos alto.

Hoje o pessoal estava mais animado do que nunca, e com as piadinhas na ponta da língua. Devia ser ao fato das aulas estarem acabando, e estavam aproveitando, ou simplesmente porque eles sempre são assim. Só que nossa risadas foram cortadas quando mãos - que não eram de nenhum de nós oitos - bateram com força na mesa. Olhamos para o lado e Ylsa estava ali, com uma expressão muito séria.

– O clima está muito bom aqui hoje, mas eu acho o sino já tocou. - ela falou e nós nos encaramos, estranhando tudo aquilo.

Aos poucos fomos levantando, e saindo. Minha mochila, que estava no chão, fez uma mágica e grudou na cadeira, o que me fez enrolar ali. Ylsa não desgrudou os olhos de mim, e eu comecei a me incomodar com aquilo, porque ela não estava olhando de uma forma nada legal, era um olhar bem... Nervoso. Edward me ajudou a desenroscar a mochila da cadeira, ou melhor, desamarrar, uma brincadeira sem graça do Emmett. Assim que terminamos, passamos por Ylsa. Eu estava com medo dela, admito, mas eu precisava arriscar. Parei ao lado dela e toquei seu braço.

– Hey, está tudo bem? - perguntei baixinho.

– Está tudo ótimo, Swan. - respondeu ainda com aquela voz autoritária. - Agora deixe de enrolar mais e vá para a sala com o Sr. Cullen.

Eu a encarei de boca aberta, não gostando nem um pouco em como ela falou comigo. Era sempre com uma leveza, calma e carinho, e agora ela mais parecia... Uma velha inspetora chata, que era o que passava antes para a escola inteira.

– Vamos, Bella. - Edward me puxou para acompanhá-lo, seu olhar direcionado a Ylsa.

Eu o segui sem falar nada, estava mais pensando no porque de Ylsa estar daquele jeito. Eu não lembro de ter feito nada a ela, e ninguém do pessoal. Talvez fosse mal humor, mas ela não iria agir daquela forma. Ou estresse, eu sei, só que mesmo assim também não chegaria a tanto. A acabar com a intimidade e voltar a uma cordialidade como se fossemos desconhecidas. Poxa, já passamos muito tempo conversando para ela começar a agir daquela forma. Ela tinha me ajudado, eu a ajudei e essa fase simplesmente passou, eramos como amigas, não tinha o porque dela ficar daquele jeito. Não era regras de trabalho, porque o colégio não era rígido, e nem o diretor Hell fazia isso, ele cumprimentava todos animadamente, como se fosse um de nós.

– Eu não entendo. - murmurei para Edward, que estava olhando para o professor na frente da sala, explicando algo que eu não prestava atenção.

– Deve ter acontecido alguma coisa. - ele sussurrou, me encarando.

– Eu sei. - suspirei. - Mas o que para ela ficar daquele jeito?

Ele deu de ombros, também não sabendo me responder. Eu voltei a fingir que prestava atenção na aula, mas meus pensamentos iam a mil no que poderia ter acontecido. A aula passou tão demoradamente que eu estava a ponto de enlouquecer e sair sem mais nem menos. Quando eu saí da aula de Biologia para o Ginásio, encontrei Ylsa no meio do caminho, e ela nem sequer olhou na minha cara. Resignada, eu soltei um longo suspiro e fui para a aula. Ao entrar no Ginásio, depois de trocar de roupa, dei com o pessoal sentado na arquibancada sem fazer nada. Segui até Renesmee, que mexia no celular dela.

– O que aconteceu? - perguntei, me sentando ao seu lado.

– Sumiram as bolas de vôlei e basquete. - deu de ombros, me encarando. - O treinador está furioso e foi na secretaria. Hoje não vamos ter aula.

Eu sorri com isso, porque era bom, pois assim não precisava inventar mais uma desculpa para o treinador para não precisar fazer alguma coisa. Mesmo ele já sabendo o quanto sou péssima, sempre insistia, e eu negava. Dessa vez, eu podia ficar sem fazer nada e não teria ninguém falando nos meus ouvidos por causa disso. Um pouco relaxada, me encostei no banco e olhei para a quadra.

– Estou gostando das coisas sumirem. - admiti para Nessie, que gargalhou.

– Eu sei disso.

Fazia algum tempo que as coisas andavam sumindo, primeiro o equipamento de futebol americano, depois alguns dos uniformes dos meninos e até das lideres de torcida. Ninguém sabia o que estava acontecendo, e estava um alvoroço todo no colégio por causa disso. Agora eles viraram para dentro do Ginásio, o que está deixando o treinador muito irado, e eu sei que mexer com ele não é bom. Quem quer que está fazendo isso, vai se arrepender. Tudo bem que não tem motivo algum, mas fazer o que se as pessoas são loucas? Pra que vão querer os equipamentos? Pra escola? Não precisa, o governo da verba, tudo, então não tem necessidade mesmo. Mas como eu disse, vai saber o que se passa na cabeça dessas pessoas.

A hora se passou lenta e demorada, mas passou. Eu troquei de roupa e fui para a aula de Cálculo que tinha com Emmett, esse ficou conversando amenidade comigo enquanto fazíamos a lição. Foi bom, porque me distrai um pouco sobre Ylsa.

Quando o sino tocou, pegamos nossas coisas e seguimos para a salinha. Em questão de minutos todos estavam lá, falando ao mesmo tempo, trocando ideias e essas coisas. Jake, mesmo não fazendo parte, também estava lá já que não teria treinamento hoje por causa dos roubos. Ele e Emmett estava nervosos e apreensivos com isso, porque o jogo final do campeonato estava se aproximando, e eles precisavam das coisas para treinar, das roupas para usar... Uma loucura.

– Emm, eu não posso colocar duas páginas de fofoca! - Jasper disse pela décima vez para o grandão.

– Mas cara, eu tenho muita coisa para contar nessa ultima edição!

– Eu sinto que esse garoto quer morrer, só pode. - falei, me apoiando em Edward. - Emm, eu sei que você tem muita coisa boa pra soltar, mas não vamos exagerar. Já pensou você coloca algo comprometedor ai e a pessoa decidi te matar? Vamos pegar os leve, por favor.

– Não, não e não! - ele negou veemente. - Eu preciso colocar tudo que está aqui!

Emmett, que estava bufando como uma criancinha birrenta, saiu do seu lugar - ao lado do meu notebook na mesa - e foi até o sofá, se sentando junto de Rosalie e Jasper. Nessie e Jake estavam sentados em cima da mesinha, apenas assistindo a discussão. Edward e eu estávamos sentados no chão, meu namorado com a fiel amiga dele daqui: a bolinha de beisebol. Ele sempre ficava com ela na mão e por dois motivos: se distrair ou atacar nos meninos se eles falarem alguma idiotice. Uma munição boa para acertar a cabeça deles.

– Ai meu Deus. - Alice jogou as mãos para cima. - Eu mereço isso, viu!

Nós nos encaramos e suspiramos.

– Vai ficar muito grande essa coluna, e tem limite de paginas, lembram? O diretor já avisou mais de cinco vezes.

– Coluna de fofocas é uma coisa pequena, não precisa exagerar. - Nessie falou.

Emmett abriu a boca como se estivesse ofendido, e eu me segurei para não rir do pobrezinho.

– Eu não acredito que ouvi isso! Me senti... Ultrajado agora. Fui rebaixado, desmerecido, me senti usado... É isso que vocês pensam de mim? - seus olhos verdes se encheram de lágrimas.

Yeah, ele se magoou mesmo.

– Não, Emmett, você entendeu errado. - Rosalie o consolou. - Nessie só disse que não pode ser muito grande, nenhuma coluna pode.

Ele fungou e encostou a cabeça no ombro da loira, que fez carinho nos cabelos dele. Decidimos deixar o magoado de lado e continuar discutindo em como faríamos a ultima edição. Eu ainda não acreditava que era a ultima edição, que estávamos terminando o ano, e que metade dos meus amigos iriam terminar e ir para as universidades em outros estados. Yep, não dava para acreditar.

– E que tal nós fazermos...

Alice não pode terminar sua frase porque na mesma hora a porta foi aberta em um rompante e uma Ylsa ofegante entrou, com os grandes olhos arregalados, aqueles avelã que brilhavam demais. Ela parou no meio da salinha, olhou para cada um de nós, até seus olhos pararem em mim.

– Bella e Emmett, eu preciso da ajuda de vocês dois! - falou de forma desesperada, e eu só consegui balançar a cabeça em concordância.

Ylsa fechou a porta e depois se voltou para nós.

– Er... E para que... Você precisa da nossa ajuda? - perguntei lentamente, ainda meio incerta das mudanças de humor dela.

Primeiro ficar super séria, depois me ignora, e agora pede minha ajuda. O resto do pessoal se encontrava do mesmo jeito, nunca tendo visto Ylsa daquela forma. Antes de termos feito a mudança no visual dela, só conhecíamos a Ylsa séria, e depois da mudança, conhecemos a legal, amiga, conselheira, menos a bipolaridade, que é o que parecia que ela tinha.

– Bella, você lembra quando começou o jornal e Alice nos levou no shopping? - perguntou e eu assenti, ainda estranhando tudo. - E nós estávamos conversando sobre... Você e eu, e lhe contei minha história e a minha profissão?

Eu nunca fui boa em lembrar coisas, mas eu com certeza lembraria daquela conversa, tudo que Ylsa tinha falado, como se soubesse minha vida inteira sem nem ao menos ter trocado uma palavra comigo. Ylsa com certeza era uma formadora de opinião, ela sabia muito bem o que falava, ela sabia analisar. E eu também me lembrava como me senti naquele dia, como se não fosse a única anormal do mundo que tinha uma mãe super controladora. Ylsa me entendia, sabia o que eu tinha passado, ela mesma me falou. E o final dessa conversa foi cômica, quando ela sem querer soltou que era policial, mas claro, não contou o que fazia aqui na FHS.

– Sim... Eu lembro. - murmurei.

– Então... - ela olhou para cada um de nós ali, e depois para a porta. - Eu preciso da ajuda de vocês para prender quem está roubando os materiais de esporte.

O seu sussurro foi a ultima coisa ouvida ali depois de sua grande revelação do que veio fazer ali. Eu até podia ouvir o cri cri cri do silêncio que ficou, cada um com sua expressão de espanto de forma engraçada. A de Emmett então, até parecia que as bolinhas de gude verde dele iriam desprender dali e sair rolando pelo chão como acontecia em desenhos. Ninguém soube falar nada por exatos três minutos, e eu apenas observei, apenas um pouco impressionada, já por saber no que Ylsa trabalhava.

– Espera... - Alice falou com a voz baixa, então ela balançou a cabeça e caminhou até Ylsa. - Não, espera! O que... O que você quer dizer com isso, Ylsa?

Todos começaram a murmurar ao mesmo tempo, não deixando Ylsa responder. Eu apenas suspirei, sabendo que mais merda viria para nós, mas se era para ajudar então vamos lá, no final tudo sempre da certo. Sempre deu. Com esse pessoal nada ficava ruim, só... Dava em pagação de mico, mas eu sobreviveria a mais uma. Por Ylsa.

– Calem a boca e a deixem falar. - eu mandei, aumentando um pouco minha voz para que assim todos ouvissem e fizessem o que eu pedi. - Vamos lá, Ylsa, explique-se.

– Bem... - ela novamente olhou para a porta. - É extremamente oficial o que eu vim fazer aqui, e ninguém além de vocês vão saber por agora, ok? - perguntou e assentimos. - Eu não queria envolvê-los, mas as coisas estão ficando meio feias para o time de futebol americano, e eu sou uma torcedora, não quero que eles percam porque não puderam treinar. Então eu decidi armar uma emboscada para pegar quem quer que seja o ladrão, infiltrado e filho da puta que está estragando as coisas.

Wow, eu senti firmeza nas suas palavras como nunca havia sentido. Isso fez eu ainda ter mais orgulho de Ylsa e querer ser como ela quando ficasse um pouco mais velha - porque ela com certeza não passava dos vinte e oito anos.

– Você falando assim até parece uma policia. - Jake falou.

– Ela é uma. - murmurei e eles arregalaram os olhos.

– Sim, Bella tem razão. Eu sou uma policial infiltrada aqui, assim como Harry é, e nós estamos aqui para fazer o que vamos fazer hoje.

– Que é pegar a pessoa que está roubando o equipamento esportivo? - Edward ergueu a sobrancelha. - Mas como? Quero dizer, e pra que? É só o equipamento...

– Dane-se que é só o equipamento, nós precisamos treinar! - Emm falou sério. - Isso não pode ficar assim, esses ladrões!

O pessoal concordou, mas Ylsa pediu atenção.

– Não é só o equipamento, Edward, é também a parte das verbas. De alguma forma que ninguém sabe explicar, a verba que ajuda no nosso time de futebol não está caindo na conta, e isso está fazendo com que as coisas fiquem ainda mais complicadas. - Ylsa soltou um suspiro cansado. - Desde o ano passado quando vocês ganharam o campeonato e foram classificados para o desse ano, as coisas começaram a ficarem precárias, e foi por isso que eu e Harry viemos trabalhar aqui, para descobrirmos o que estava acontecendo. Começou com a verba, sumindo da conta, e depois o material e equipamento esportivo.

– Isso vem desde o começo? E como não percebemos isso? - Alice quem perguntou.

– Escondíamos da melhor forma possível, usávamos dinheiro de outras partes, e até do jornal. Estávamos conseguindo deixar as coisas escondidas, mas então começou a apertar, e agora transbordou tudo e não temos como fazer mais nada. Harry e eu então bolamos um plano para pegar o infiltrado que está aqui.

– Um infiltrado?! - Nessie arregalou os olhos. - Digo... Um infiltrado de infiltrado?

– E existe outro tipo de infiltrado? - Rosalie soltou, confusa.

– Não, não existe. - respondi. - Caramba... Como isso pode acontecer sem ninguém sequer perceber?

Hacker, Bella. Ele deve ser um, e dos bons. Muito bom, para falar a verdade, pois consegue invadir uma conta escolar que é passada pelo estado! - Ylsa se encostou na mesa, ao lado da Nessie, que colocou a mão no braço dela em forma de consolo.

Nós todos nos encaramos, ainda repassando tudo que tínhamos acabado de ouvir. O que nunca acontecera na escola - e que era muito raro, mais muito raro mesmo acontecer em outra - estava acontecendo. O pessoal tinha descoberto o que Ylsa realmente era, o que fazia aqui, e agora contava com a ajuda minha e do Emmett. Pra que? Boa pergunta.

– Isso parece coisa de filme... - Jake comentou, perdido em pensamentos e olhando para o nada. - Legal! - ele abriu um sorriso enorme e eu revirei os olhos.

– Ylsa, pode me explicar o porque de vir pedir ajuda para Emmett e Bella? - Jasper, que até então estava mais do que calado, decidiu perguntar antes de mim.

Ylsa olhou do grandão para mim, e deu um pequeno sorriso sem graça, como se o que quer que ela fosse pedir para nós, fosse algo que não a deixava bem em fazer. Eu só não entendia porque isso, já que éramos amigas.

– Harry e eu, depois de quase um ano nessa situação, decidimos que não dá mais e fizemos um plano, como eu disse. E bem... Bella e Emmett tem o que eu preciso para que ele der certo.

– Tipo o que? - perguntei.

Eu não tinha nada que ela precisava... Eu acho. Não tinha influencia, nem poder, e muito menos podia ser considerada alguém importante ali. E Emmett também, ele só era bem conhecido pela escola inteira, o capitão do time de futebol.

– Bella, eu sei que você é esperta e sabe mexer com computadores...

– Hm... - fiz para que ela prosseguisse, já começando a entender.

– E que sabe... - ela ergueu as duas sobrancelhas, como que para mim completar.

Hackear. - e foi Edward quem fez isso, me encarando. - Você sabe hackear um computador, Bella!

– Sabe? - Alice me questionou.

– É claro que sabe, nós já bloqueamos as... - eu tampei a boca do Edward antes que ele soltasse a merda ali para todos.

É claro que eu sabia bem fazer isso, tanto tempo trancada no quarto com o notebook nas mãos e sem vontade de usar dava nisso, aprendia a mexer e muito bem em um computador, tanto por fora quanto por dentro. E eu tinha a vovó Swan, que conhecia praticamente os Estados Unidos inteiro e também outros países de fora, ela conhecia pessoas que mexiam com isso, e tinha aprendido. Era simples e fácil para mim fazer essas coisas. Claro que não como esse infiltrado que entra na conta que passa pelo governo, mas as pequeninas como entrar na memória de outro computador, descobrir senhas das pessoas e essas coisas dava muito bem.

E uma vez eu contei para Edward, que no começo achou legal, mas não falou nada. Uma semana depois quando Emmett o irritou, ele mandou eu invadir o computador do grandão, bloquear todas as contas dele nos joguinhos online que eles jogavam. Eu não queria, mas Edward implorou de uma forma, com aqueles olhos verdes, que não resisti. Emmett ficou desesperado quando não conseguiu entrar, ele até chegou ao ponto de chorar falando que tinha perdido tudo, até os dinheiros que ele havia colocado lá para comprar armas. Depois de Edward e eu consolarmos ele - e rirmos um pouco - eu desbloqueei e pronto, tudo ficou resolvido. Foi engraçado, eu sei, e errado, mas fazer o que? Éramos Bella Swan e Edward Cullen, tínhamos um teor de maldade em nós que as vezes não conseguíamos controlar.

– Bloquearam o que? - Rosalie perguntou, desconfiada.

– Nada. - dei de ombros. - Edward imagina coisas, acha que eu sou uma super hacker que consegue entrar em contas de banco, puff. - revirei os olhos para ajudar na minha encenação barata. - Eu, Bella Swan, uma hacker assim? Nem se eu quisesse!

– Hm. - ela murmurou, ainda desconfiada.

Emmett era lerdo o suficiente para não ligar os pontos, mas Rosalie não, e não importava a cor do cabelo dela - nada contra as loiras, claro. Ele não chorou só para mim e para Edward, chorou também para a namorada, e eu estava com medo de que ela estivesse ligando os pontos ali, assim como eu ligaria: briga de Edward e Emmett + Bella, namorada do Edward, uma hacker + um dia depois contas bloqueadas + língua grande do Edward que soltou o "bloqueamos" = Bella e Edward aprontaram para cima do Emmett. Isso era fácil de raciocinar, então eu torcia que ela tivesse coisas melhores para pensar do que isso.

– Isso não importa agora! - Alice falou, cortando aquela conversa. - Temos que saber como impedir que continuem roubando nossas coisas da escola.

– É isso! - Emmett e Jake apoiaram, já que eram os mais afetados ali. O resto, apenas torcia para o time.

– O que tem haver Bella ser uma hacker? - Nessie perguntou.

Eu assenti com a cabeça, também não entendendo nada.

– Só avisando que eu não consigo entrar em conta estadual, ok? Não sou uma mestre nessas coisas, apenas faço as mais bestinhas que qualquer outro pode fazer. - avisei. - Então, se for para isso, Ylsa, você veio no lugar errado procurar a pessoa errada. Eu posso te dar uma dica? Os nerds que ficam na biblioteca, no cyber coffe são bem melhores que eu. Sério, isso não é...

– Bella, cala a boca!

– ... para mim. - completei, e depois arregalei os olhos para Ylsa, que me encarava com tédio. - Eu tentando te ajudar e você me manda calar a boca? - perguntei, com um biquinho.

– Sem dramas, por favor. - Alice revirou os olhos. - Fale Ylsa, antes que essa matraca abra de novo.

Eu cruzei os braços e bufei, impressionada em como a Alice conseguia tirar uma com a minha cara quando queria - e quando não queria também. Eu só queria avisar logo que não sou nada do que elas estão pensando, tipo os Nerds da Nasa, que invadem qualquer computador, de qualquer lugar.

– Bella, eu não preciso que você invada a conta estadual, primeiro que não tem motivos que vá ajudar a pegar quem é, e segundo que nós seriamos presas. - Ylsa falou o óbvio que eu não tinha pensado. - O que eu preciso que você faça é uma coisinha básica, nada demais. - ela sorriu maliciosa. - E então, vamos parar com esses roubos.

O pessoal voltou a falar ao mesmo tempo, até Ylsa pedir - ou melhor, mandar - que eles calassem a boca para explicar o porque que ela precisaria de nós, de mim e de Emmett, e como tudo sairia perfeito. Eu admitia que era um plano bem simples, e fácil de se fazer, e que com certeza poderia dar certo. Mas a minha parte, se eu fosse Ylsa, não confiaria muito em mim, porque eu não era boa, não sabia se ia dar certo para mim, eu... Eu só não sabia. Falei isso, e Ylsa, Alice e Edward brigaram comigo até fazerem eu calar minha boca.

– Depois que Harry e eu percebemos que se ficarmos esperando ver do nada essas coisas não ia dar certo, decidimos estudar o ladrão, o que foi bem fácil. Era só marcar dia, hora, momento e o que poderia ter passado, e pronto, tínhamos o timing perfeito da cabeça dele. Sabemos como ele atua. Está sempre esperando algo novo. Toda vez que avisamos sobre coisas novas, fazemos a contagem, um dia depois some.

– Então, se fizermos o seu plano amanhã, que é quarta, dia de entregar o jornal... Ele vai tentar roubar as coisas na quinta? - Edward perguntou.

– Isso. - Ylsa assentiu.

– MAS QUINTA É O DIA DO JOGO! - Emmett falou alto, pulando do sofá. - Como eu vou ajudar se vou estar preocupado com o jogo?

– Emm, meu amor, relaxa. - Rouss puxou ele para sentar novamente. - Você não ouviu o plano da Ylsa? Amanhã você ajuda, e no dia do jogo apenas assiste, igual todo mundo. Ninguém vai fazer mais nada na quinta, vai ficar por conta da policia.

– Ah é. - ele suspirou aliviado. - Eu tinha me esquecido.

– Como sempre. - murmurei, revirando os olhos. Emmett mostrou a língua pra mim, e eu fiz o mesmo.

– OK, chega com a infantilidade e vamos nos concentrar novamente no plano. - Jasper pediu.

Emmett e eu resmungamos do que ele falou, fazendo Jake rir.

– Tudo bem, galera, já chega mesmo! - Ylsa quem pediu dessa vez. - Todo mundo aqui já está informado e entendido do que vão fazer amanhã, certo? - assentimos e concordamos. - Por favor, meus queridos, eu estou contando com vocês como nunca contei com nenhum outro adolescente, não me deixem na mão. Bella... - ela olhou para mim.

– Ylsa, eu vou tentar, ok? Mas... Eu não sei, nunca fiz isso... - fiz uma careta. - Eu... Você não acha melhor pedir para outra pessoa que saiba mesmo?

– Eu confio em você, garota. E eu sei que vai conseguir. - ela me deu um sorriso encorajador, que me fez sorrir. - Agora... Eu preciso ir lá, porque não posso estar aqui fazendo papel de amiga.

– Como assim? - Renesmee perguntou.

– Er... - Ylsa abaixou os olhos, parecendo envergonhada. - Eu queria pedir desculpas pela forma em que tratei vocês hoje, mas era preciso. Quem quer que seja o infiltrado não pode suspeitar de nada, e como estamos chegando perto do jogo, eu tenho que voltar para o papel da inspetora chata que não da atenção para ninguém. Então, me desculpa mesmo, pessoal.

Eu sabia! Sabia que Ylsa nunca agiria daquela forma sem um verdadeiro motivo. Ela não era assim, eu a conhecia muito bem para saber que para tudo ela tem seus motivos, e eles tem que ser sérios.

– Tudo bem, Ylsa, nós entendemos. - Edward quem falou, representando todos nós.

– Ah, que bom. - ela suspirou. - Já que está tudo bem resolvido, eu vou indo mesmo, ficar de olho nas coisas com o Harry. - Ylsa caminhou até a porta, mas antes de sair parou. - Já sabem como tudo vai ser, certo? O cronograma está passado. Cheguem cedo.

Dizendo isso ela bateu a porta com força, fazendo o barulho ecoar pelo corredor e até se possível a parede tremer. Nós todos nos encaramos, sem saber o que falar.

– Isso é tão... - Rosalie começou, mas sem completar.

– História para contar pros nossos filhos! - Emmett terminou animado, fazendo nós rirmos. - É sério, meu Cullen Jr. vai me achar o super-homem quando eu falar para ele que ajudei uma policia federal e sexy. - ele sorriu malicioso. - Ai! - levou a mão ao lugar onde Rosalie tinha dado um soco - não foi nem um tapa.

– Cala a boca ou você vai se ver comigo. - ela falou como se fosse um rosnado, e ele se encolheu. - Bom mesmo!

– Que linda cena de ciumes! - Alice disse com falsa empolgação. - Ok, já passou, meu irmão já disse a burrice dele e está na hora de marcarmos nossas coisas.

Então, passamos a tarde focados no plano que teríamos que praticar amanhã, e nas noticias do jornal. Quando fomos sair da salinha, já era quase oito horas da noite, e tudo porque as coisas tinham mudado. Edward me levou até em casa, e a pedido da Renée, ele jantou conosco e assistiu um jogo com Charlie. Os dois se davam tão bem que eu ficava toda feliz, o que fazia minha mãe e vovó tirarem uma com a minha cara. Mas o que eu podia fazer se os dois homens da minha vida tinham uma boa convivência?! Ué, isso tudo era normal, mas elas não aceitavam essa desculpa.

Depois que Edward foi embora, eu arrastei vovó até meu quarto e pedi a ajuda dela. Eu não queria decepcionar ninguém amanhã, então fiquei atenta a tudo que ela me explicava. Quando fui dormir, já passava da meia noite.



– Power Ranger Pink para Rock Girl. Está na escuta? – ouvir a voz da Alice walkie-talkie e me deu vontade de me dar um tiro na testa.

– Vai se fuder, sua pigmeu. - resmunguei para ela, soltando o botão do walkie.

Edward, ao meu lado, no banco do motorista, gargalhava tanto que seus olhos já lacrimejavam. Eu o encarei com meu olhar mais furioso, mas não adiantou de nada, porque ele só riu ainda mais.

– Ouch, essa doeu na alma agora. – agora seu tom era choroso. – Eu aqui tentando me comunicar com você e é assim que me recebe?

– Alice, pelo amor de Deus, garota! - joguei as mãos para cima, suspirando. - Eu não quero essas drogas de codinomes que você inventou!

– Mas eles são tão fofinhos, Rock Girl.– ela soltou alegre e eu bufei, olhando para Edward, que agora tentava era respirar. – E é o que nós gostamos.

As vezes eu me perguntava de onde Alice tinha saído, porque não era de uma pessoa tão normal e boa como Esme. Deus, essa garota tirava cada ideia que nem mesmo a pessoa mais louca poderia pensar. Ela conseguia ser insana de forma cômica e trágica ao mesmo tempo, o que fazia meu bom humor ir lá em baixo para aguentar essas coisas.

– Ah, então é o que nós gostamos? - perguntei, sorrindo malignamente.

– Uhum, é sim!

– E você gosta de Pixie Lott, certo?

– EU AMO!

– Ok, então Pixie, a Rock Girl aqui precisa entrar no colégio. Cambio, desligo. - eu desliguei o walkie talkie para não ouvir as reclamações de Alice e comecei a rir, sendo acompanhada por Edward.

Alice odiava quando eu a chamava de baixinha, pixie, pigmeu ou qualquer outro adjetivo que a fizesse ser menor do que o normal - o que ela realmente era. E é claro que eu a tinha chamado de pixie porque eu estava tirando uma com a cara dela, não por que ela gostava da cantora lá. Isso a Alice sabia, e agora devia estar furiosa.

– Você é uma pessoa do mal, Bella. - Edward falou entre as risadas. - É por isso que eu te amo. - ele me deu um beijo estalado na bochecha.

– Eu não tenho culpa se Alice não consegue ser normal. - soltei, puxando um pouco de ar depois de ter rido. - Então, que tal nos concentrarmos em entrar logo na escola?

– Vamos lá.

Peguei minha mochila e meu notebook, saindo do carro quando Edward abriu a porta para mim. Nós olhamos pelo estacionamento, vendo que não tinha ninguém. Caminhamos a passos rápidos para a parte do Ginásio, aonde Ylsa provavelmente nos esperava para que assim começássemos a colocar o plano em prática. Enquanto seguíamos para lá, eu falei com Maria Fifi, que era o codi nome do Emmett. Ele não tinha gostado, claro, mas eram mais de seis votos contra um, então... O Grandão teve que aceitar. Falei também com o Jacó– que também não gostou do codi nome dele. Com a Barbie, que era Rose, e a Baby, que era a Nessie. Contei para eles o novo codi nome da Alice, e eles riram e gostaram.

O problema nisso tudo foi que hoje, as cinco da manhã, Alice me acordou me lembrando que eu tinha que ir no colégio começar tudo. Ela me contou os codi nomes, falando que ela mesmo havia escolhido. Todos nós batemos o pé para ela esquecer essa idiotice, mas Alice era Alice, e não adiantou de nada. No final, só ela tinha o codi nome que queria - que também era muito idiota -, e nós pagávamos esses papeis de idiotas. Mas eu dei meu jeitinho e agora estávamos quites. Menos Edward e Jasper que não tinham codi nomes porque eles conseguiram se livrar, já que tinham um certo poder sob Alice.

– Finalmente. - Ylsa falou baixo quando viu nós nos aproximando das portas do Ginásio. - Temos que ser rápidos, porque Hell sempre chega uma hora mais cedo para inspecionar o colégio e ver se não tem nada fora do lugar. - ela puxou o ar e sorriu. - Bom dia!

– Dia. - Edward e eu murmuramos, olhando para ela com as sobrancelhas erguidas.

– Ok, vamos logo.

O colégio não era um lugar adorável de ficar, e nós todos só ficávamos aqui porque éramos obrigados - pelos menos os mais normais funcionavam assim. Agora, ele vazio, sem nenhuma alma viva além de nós, e as seis e meia da manhã não era nem um pouco legal. Não era como ficava quando estávamos na salinha, aquilo ali até parecia abandonado. Eu estava praticamente agarrada ao braço de Edward, porque o sono ali iria a qualquer momento me fazer dormir em pé mesmo.

Nós chegamos a nossa sala alvo, que Ylsa pegou do bolso o molho de chaves que carregava consigo. Ela escolheu uma chave e colocou na fechadura, mas não rodou. Trocou a chave, mas também não deu muito certo.

– O que está acontecendo? - perguntei, estranhando.

– As chaves... Elas não abrem essa porta. - Ylsa me olhou como se sentisse culpada. - Devem ter trocado a fechadura, por causa dos roubos.

– Eu não acredito nisso. - Edward rosnou. - E agora?

Ylsa olhou para a porta, como se avaliasse. Seus olhos não eram mais de uma falsa inspetora, era de uma policial, avaliativos. Ela se afastou um pouco, mediu o comprimento da perna e do lugar aonde estava, e então deu um super chute... Que não adiantou de nada. A porta apenas tremeu, mas não quebrou a fechadura. Ao contrário, deve ter quebrado o pé dela.

– Ow! Ouch! Porra, isso dói demais! - ela resmungava, pulando em um pé só. - Quando Harry fez pareceu tão fácil... Maldita ilusão!

Eu coloquei a mão na boca para disfarçar a risada, ao contrário de Edward, que gargalhou tão alto que sua risada deve ter atingido os andares superiores. Ylsa parou de pular e nos encarou, seus olhos furiosos, e sua expressão nada amigável.

– Eu acho melhor vocês pararem! - falou com uma raiva contida, e assim nós paramos e ficamos sérios, ou tentamos, melhor dizendo. - Se eu ouvir mais uma risada que seja, mato os dois!

Ela voltou a resmungar do pé e eu continuei me forçando a ficar quieta, sem rir da coisa mais idiota que havia presenciado hoje - o que aconteceu com Alice eu apenas ouvi. Eu admito que estava ficando com medo do que podia estar vindo por ai, já que mal começou o dia e as coisas andavam fora de ordem. E torcia para que não fosse uma falha no nosso plano.

Depois de Ylsa parar de pular com um pé só, e falar muuuuuuuuuuuuuuito para nós por termos rido - não aguentamos -, ela voltou novamente a avaliar a porta.

– Dá pra abrir ela por dentro. - Edward disse, olhando pela pequena parte de vidro da porta. - O problema é saber como.

Ylsa e eu concordamos, e a morena ficou olhando por segundos para ali. Seus olhos foram da fechadura para a parte de cima, aonde eles ficaram. Havia uma pequena fenda ali, como um mini vitro de vidro, aonde passava corrente de ar. Era largo, e se uma pessoa muito magra tentasse, ela até conseguiria. Desviei meus olhos dali, olhando novamente para Ylsa, que agora me encarava, com um sorrisinho maligno nos lábios e um brilho estranho nos olhos. Olhei para Edward, que também me olhava da mesma forma: estranha.

– O que... - os dois olharam para a porta e de novo para mim. - NEM PENSAR!

– Ah, Bella, para com isso! - Ylsa pediu, com uma voz chorosa. - Sabe que precisamos fazer isso.

– Saber eu sei, Ylsa, mas eu não ouvi nada sobre eu ter que pular um vitro de porta. - cruzei os braços e me encostei a parede. - Arranjem qualquer outro jeito, mas eu não vou fazer isso!

– Bella, por favor! Por favor! Por favor! - ela começou a implorar e eu neguei com a cabeça. - Edward, me ajuda!

Olhei para meu namorado, que me encarava "daquela forma" que fazia eu ficar mole como gelatina. Desviei rápido, não querendo cair em uma armadilha, que no final resultaria em eu me ferrando, como sempre. Edward se aproximou e pegou minha mão, me puxando para longe de Ylsa.

– Nem pense em nada, Edward, eu não vou fazer isso. - avisei para que ele já desistisse.

Ao contrário do que eu imaginava, que era Edward parando de andar e suspirassem em derrota, ele fez foi me empurrar contra a parede e me prender ali entre o corpo dele. Eu ofeguei com o susto, não fazendo ideia do que ele iria fazer.

– Bella, meu amor, vai ser de grande ajuda... - ele falou baixo, me olhando nos olhos.

Eu olhei rápido para o chão, fugindo dos olhos implorativos que ele me lançava. Não podia cair em mais uma dessas, um bom exemplo foi o que fizemos com Emmett. Eu não ia, mas Edward me olhou dessa forma e pronto, a bobona apaixonada aqui estava lá. Meu namorado lindo conseguia o que queria de mim lançando esse olhar, com esses olhos verdes esmeraldas, então, eu estava aprendendo a fugir deles.

– Não. - falei com a voz firme.

– Por favor, Bella. - ele colocou a mão no meu queixo e me fez encará-lo. - Sabe que precisamos...

E novamente aquele olhar, e novamente eu desviando.

– Não... Edward. - minha voz saiu mais fraca, mas eu ainda coloquei um pouco de firmeza. - Eu.Não.Vou.

Ele aproximou lentamente o rosto do meu, e seus lábios pousaram na pele da minha bochecha, aonde automaticamente ficou quente e formigou. Eu tentei desviar, mas ele segurava firme meu queixo. Com pequenos beijos, ele foi descendo para meu pescoço. Sua mão carinhosamente afastou meus cabelos dos meus ombros e ele depositou um singelo beijo atrás da minha orelha, o que me fez arrepiar.

– Edward, por favor, não... - pedi, já me sentindo praticamente entregue.

– Você gosta da Ylsa, não é? - ele perguntou baixinho no meu ouvido, dando outro beijinho.

– Sim. - sussurrei.

– O que custa fazer esse... - outro beijo. - Pequeno... - mais um. - Favor...?

Eu enrolei meus braços no pescoço dele e o puxei para um beijo, sabendo que ele entenderia aquela resposta. Tudo bem que eu tinha me entregado totalmente, mostrando para Edward que ele só precisava jogar sujo com chantagem emocional e beijos e já me tinha na mão, mas fazer o que? Era assim que as coisas funcionavam quando se estava no começo de um relacionamento com anos a vir pela frente. Com o tempo eu aprenderia a resistir, mas por enquanto... Pobre de mim.

Depois da seção agarramento, nós voltamos até Ylsa, que me olhava em expectativa. Concordei com a loucura, e então os dois começaram a colocá-la em prática. Edward parou atrás de mim, se abaixou, apertou minhas pernas em um abraço e me ergueu. Eu abri o pequeno vitro e como se estivesse subindo em um muro, eu me apoiei e ergui meu corpo, passando logo a cabeça e o torso. Eu perdi a força dos braços, o que fez eu praticamente me escorar na porta, e ficar com a barriga esmagada ali. Estava doendo, até demais, mas eu não conseguia voltar.

– Ok, Bella, agora é só você se esticar e abri a porta. - Ylsa explicou.

Eu desisti e louca para sair dali, me estiquei tentando alcançar a pequena trava da porta. Devo ter crescido uns cinco centímetros por ter me esticado tanto, e mesmo assim não alcancei. Balancei as pernas, me forçando mais para a frente e nada. Edward, vendo meu sofrimento, me ajudou me empurrando um pouco.

– É só se esticar, Bella. - Ylsa falou novamente.

– Como... Se... Fosse... FÁCIL! - gritei quando Edward me empurrou com tudo e eu atravessei o vitro, caindo de cara não chão.

– BELLA! - os dois gritaram.

– OW! AI! MEU NARIZ! - reclamei, com a mão no rosto.

Doía, e muito. Eu chegava a rolar no chão de tanta dor. Eu ia perder meu nariz, ai ficar feia, e Edward com certeza não iria me querer mais! Aiiiiiii, isso não podia acontecer!

– Bella, não chora! Não chora! - Edward pedia, do outro lado da porta. Sua voz estava desesperada e angustiada. - Meu amor, por favor, abre a porta para eu lhe ajudar.

Eu limpei as lágrimas e me levantei, abrindo a porta. Os dois passaram por ela, vindo até mim. Edward tirou as minhas mãos do meu rosto a base dos meus protestos. Ele verificou se não estava quebrado, me ouviu choramingar. Depois de ver que eu estava bem, e ainda com meu nariz ali, sorriu para mim. Eu retribui e logo fiz uma careta de dor. E só então me lembrei de algo. Parei ao lado dele, vendo seu tamanho para o meu.

– O que foi? - perguntou, confuso.

– Estou vendo se eu cresci alguns centímetros depois de virar a mulher elástico. - confessei, fazendo ele gargalhar.

Para minha tristeza, eu continuava do mesmo tamanho.

– Só você, Bella. - disse, balançando a cabeça.

– Chega de brincadeiras, pessoal, vamos logo. - Ylsa chamou nossa atenção, fazendo irmos logo fazer o que precisávamos.

Eu conectei meu notebook ao outro computador e comecei a fazer o que vovó havia me ensinado. Todos os números passando por mim, o conector de um computador para o outro, os HDs, as placas mães. Estavam tudo conectado, e agora eu controlava o outro computador pelo meu notebook.

– Vai dar certo, não é? - Ylsa perguntou.

– Eu espero que sim. - falei verdadeiramente, fechando tudo. - Terminei.

– Agora é só esperarmos. - Edward disse e concordamos.

Saímos da sala alvo e nos despedimos de Ylsa, que ia para a sala dos funcionários se encontrar com Harry. Nós seguimos para a nossa salinha, e lá eu contatei Alice e Emmett, falando que eles já podiam fazer a parte do plano deles. Edward e eu ficamos deitados lá no sofá, esperando finalmente dar o horário da entrada.

– Eu estou preocupada, Edward... - falei, enquanto mexia distraidamente no cordão da blusa dele. - E se não der certo? E se eu tiver feito uma coisa errada ali, e não consegui...

– Nós vamos conseguir, Bella. - ele me cortou, passando a mão carinhosamente na minha cabeça. - Você exitou em alguma parte?

– Não...

– Ficou em dúvida?

– Não, eu fiz o que vovó disse...

– Então porque está preocupada? Se você sabe que fez tudo certo, não tem o porque ficar assim.

– Mas... - subi em cima dele, o encarando. - Fui eu quem fiz, o que significa que tem 10% de chances de dar errado. - dei de ombros. - E o resto... Bem, o resto é o resto.

– Falou certo, o resto é o resto. E esse resto é 90%, então as probabilidades de dar certo é maior. Agora... - ele puxou meu rosto para perto do dele. - Vamos torcer para que der certo, e sair logo dessa bagunça para aproveitarmos a formatura do Emm e da Alice.

Eu assenti com a cabeça e encostei meus lábios nos dele, pronta para deixar o que tiver que acontecer, só rolar. Eu estava com medo de dar errado e ser uma decepção, mas não tinha mais o que eu podia fazer. Voltar naquela sala estava fora de cogitação, pois agora o diretor Hell já deveria estar aqui fazendo a ronda matinal que ele tinha costume de fazer. Eu torcia para que tivesse feito certo, e sabia que o pessoal também. Então, que dê.



Assim que começamos a ouvir barulho no corredor, saímos da salinha e fomos encontrar o pessoal no lugar combinado. Como Ylsa pediu, nós agimos normalmente, como sempre, assim até o horário do almoço. Quando o sino bateu, eu saí rápido da sala e segui para a salinha, aonde Alice e Renesmee já estavam.

– E então, cadê? - a baixinha perguntou para mim assim que entrei.

Tirei minha mochila e peguei o notebook dentro dela, colocando em cima da mesinha e puxando uma cadeira para sentar. As duas se postaram atrás de mim, vendo eu agilizar tudo. Logo Emm chegou com seu sorriso de covinhas e todo seu potencial para falar merda.

– É hoje que nós viramos heróis! - falou, passando um braço por cima do ombro da Nessie, que riu.

– Também não exagera. - murmurei e ele me mostrou a língua. - Como está lá fora?

– Vamos saber isso agora.

Emmett pegou o walkie-talkie da mochila e ligou.

EmmGostoso chamando Jacó. Câmbio. - ele soltou uma risadinha, ignorando nossos olhares feios por causa do codi nome que ele se auto colocou.

– Jacó para Maria Fifi, vai se fuder. Câmbio.– Jacob respondeu com a voz entediada, nos fazendo rir e Emmett bufar.

– Também não precisa exagerar. Câmbio.

– Fala logo o que você quer, porra. Câmbio.

Eu bufei irritada com tantos "câmbios" que eles estavam falando. Yeah, eu sabia que precisava falar, mas não tanto, porque chegava a ser irritante. Até demais.

– Seria lega se vocês parassem de falar cambio, afinal, não estamos exatamente em uma...

– Shiiiiiiii. - Emmett me cortou, com um olhar que com certeza tinha a intenção de dar medo. Apenas a intenção. - Não fale isso, sua criatura sem noção.

Mostrei meu dedo do meio para ele e voltei para meu notebook, tentando ignorar sua conversa com Jacob, mas eu queria saber como andavam as coisas por lá. Emmett perguntou, e Jake demorou um pouco para responder.

– Cara, por enquanto está tudo indo normal. Edward, Jasper e Rosalie estão entregando os panfletos. Ylsa está como sempre parada em um canto fingindo cuidar do local. Eu estou indo para a frente da sala da rádio para ver. Câmbio.

– Panfleto? - perguntei com as sobrancelhas juntas, sem entender.

– É, panfleto. - a pixel saltitou no lugar e depois correu até a bolsa dela. - Meu Jasper e eu fizemos panfletos para avisar ao pessoal sobre a nova mudança, já que eles estão esperando que lancemos o ultimo jornal hoje.

Alice pegou uma folha na bolsa dela e veio até mim, me entregando.

– Hm. - fiz, pegando o papel.

Ele era com um fundo de jornal, e em letras grandes estava escrito "Revista Nerd" como fazíamos em todas as capas dos jornais, e também havia o desenho do Harold, nosso nerd. E usando a antiguidade, mais ao canto - ainda assim chamando a atenção - havia uma pequena folha e uma seta do lado dela, indicando ela amassada, e com outra seta, indicava uma nuvenzinha de fumaça e mais uma seta, chegou a um pequeno rádio que tinha até os risquinhos como se desse a ilusão dele estar funcionando. E todos esses desenhos como se fossem do passado, um rádio bem antiquado. Embaixo estava escrito.

"Nerd não precisam só ler. Eles não amam só livros. Ele ouvem música também. Ele gostam de CD Player, MP3, iPod e até rádio.

E vem ai nossa nova ideia.

Hoje, fiquem com os ouvidos atentos, pois iram ter uma surpresa auditiva."

Eu comecei a rir daquela besteira ali, mas não deixava de admitir que era criativo da parte deles fazerem isso. Alice pulou de alegria quando viu que eu havia gostado, e isso só me fez rir mais ainda. Como se precisassem da minha opinião.

– Jacó para Maria Fifi. Estou aqui em frente a sala. O nerd estranho está entrando agora. Câmbio.

– Eita porra, é agora! - Emmett falou com os olhos arregalados, e isso só fez eu começar a suar frio.

Meu nervosismos de não dar certo voltou com força total e eu comecei a tremer e suar. Respirei fundo procurando calma, mas não achava nenhuma. Eu queria Edward ali comigo me dando apoio, só que... Droga, ele estava do outro lado do colégio, o que me era mais desesperador ainda.

– Bella, fica calma. - Nessie sussurrou no meu ouvido e apertou levemente meu ombro. - Isso vai dar certo.

– Yep... - minha voz saiu fraca. - Vamos lá.

Eu dei as ultimas ajeitadas, esperando ouvir a voz irritante de Jimmy, o nerd da rádio do colégio. E yeeeeeeeeeeah, a FHS tinha uma rádio. Uma rádio idiota, mas tinha. Ela não servia para porra nenhuma, só que o diretor Hell, depois que viu a evolução do nosso fantástico jornal, sentiu sede de poder e decidiu colocar essa rádio. Maaaaaas, na cabeça dele, ela seria tão foda quanto nosso jornal, e o pobrezinho quebrou a cara, porque decidiu colocar justo Jimmy, o nerd mais doido daqui. Acho que vocês até devem saber de quem estou falando, porque ele no inicio do ano me deu uma dor de cabeça pegando Edward e eu no flagra quando colocamos Ralf para fazer o plano do mal, e também aquele que ouve tudo, pois ouviu o que Nessie falou baixinho para o Edward. Mesmo ele nem sendo do outro jornal lá.

Bem... Mas agora o diretor ia ter um pouco de animação com aquela rádio, pois nós somos super legais e vamos fazer isso, já que Jimmy não faz. Quero dizer, no começo ele até fazia algo, mas tudo foi ficando entendiante para nós e para ele, e agora a rádio estava perdida e só servia para fazer anúncios dos jogos.

"- Boa tarde, alunos da FHS. – a voz do nerd se fez presente, ecoando pelos corredores. – Estou aqui mais uma vez para avisar a vocês dos jogos finais que acontecerá amanhã. E então, nosso colégio vai ganhar?"

Ele sempre falava isso, era como se lê-se um papel. Então, como nós sabíamos que ele ia esperar uma resposta...

– Bella, agora! - Emmett falou, pegando o microfone que Nessie tinha trazido.

Cruzei os dedos e apertei o enter, para então aparecer "no ar" na tela do notebook. Vovó me ensinara a integrar um programa de rádio, e eu só precisei hackear os arquivos do computador controlador da rádio, e tudo estava feito. Olhei para Emmett, indicando que ele poderia falar.

" - MAS É CLARO QUE NÓS VAMOS GANHAR! – o grandão berrou, nos fazendo rir, e bem baixinho ouvimos os gritos do pessoal no refeitório. Tinha dado certo! Nunca ouvi pergunta mais tosca do que essa, não é, galera? DA UM GRITO SE VOCÊS CONCORDA! - mais gritos do refeitório. - Ahhhh, como eu adoro essa animação de vocês! Agora... - ele limpou a garganta. Emmett estava se sentindo um locutor.– Eu estou aqui para falar algo sério para vocês. Não... Algo mais do que sério. E calma pessoa, nem começa a planejar festas pensando que aconteceu a morte do professor de calculo. - rimos. – O que eu vim falar para vocês é que... REVISTA NERD ESTÁ DIFERENTE PARA A ULTIMA EDIÇÃO! UHUUUUUUU! – ele mesmo comemorou, e ainda ouvimos gritos, o que indicava que era o pessoal da mesa dos esportistas, por ser Emmett falando ali. – Nós invadimos a rádio e agora ela é noooooossa! Eu trago para vocês, ao vivo e estéreo, as FOFOCAS DA COLUNA DO MISTER EMMETT! AEEEEEE! - ele agitou e outros gritos. Eu queria só ver a bagunça que estava naquele refeitório. Deveria ser uma zona. – Então, uhum, voltando aos assuntos sérios novamente... Por onde eu posso começar, me deixe ver... Espera ai que estou olhando no meu caderninho aonde faço minhas anotações... Ah, vou começar por aqui! Yeah, aqui é perfeito. Quero começar por todos os finais felizes que haverão aqui nesse final de ano escolar. Os futuros papais daqui vinte anos, que tem um amor que vai durar por uma vida. Podem suspirar, meninas, sei que o que falei foi bonito. Vamos lá... Primeiro, eu quero começar por Tânia Denali, que agora está do lado dos bonzinhos. É isso ai, loira, fez o certo. E Brian, cara, parabéns, aguentar essa garota não é fácil, hein? Ok, ok, brincadeirinha. Deixando de lado o novo casal, vamos falar agora de uma vergonha que eu não vou conseguir esconder. Jéssica Stanley. É isso ai, garota, se esconda porque você bem sabe o que fez... Ou melhor, o que não fez. Estudar. Quem não aguentava mais ver a cara dessa garota, e estava achando que ela iria embora esse ultimo ano, está muito enganados, pois a garota não colocou a cuca pra funcionar o ano inteiro e vai ter que fazê-lo novamente. Desculpa Jéssica, mas eu tinha que falar por causa das suas maldades. – nós olhamos para Emmett de olhos arregalados, e ele deu de ombros, murmurando algo como "mexeu com a Rosalie uma vez". - Maaaaaaaaaaas deixando de lado essas coisas sem importância, eu quero fazer um comunicado muito do importante:... Eu vou sentir falta de todos vocês. Sério, mesmo daqueles que já encrenquei, eu vou sentir falta. – Emmett olhou para cada um de nós com olhos tristes, e deu um suspiro longo. – Eu poderia vir aqui e falar da vida de todos, contar para vocês fofocas que esperam, ler todo o meu caderninho de anotações, mas... Me desculpem fofoqueiros de plantão, eu preciso é me despedir. E aproveitar que estou usando a rádio para isso. É mais fácil, porque vocês vão entender o meus sentimentos do que ler no papel.

Galera, esse ano é o meu ultimo aqui. Estudo na FHS desde muito tempo, já conheci muitas pessoas, já vi a maioria delas irem embora como eu vou, e acreditem, não é nem um pouco fácil. Cada um vai seguir para o seu lado e viver a sua vida. Talvez, quem sabe, se encontrar em algum futuro distante, indo para as mesmas universidades. Mas ninguém sabe disso, só sabe para aonde vai, e que um novo mundo os espera. Amizades vão ser distanciadas por milhas... Amores podem acabar por causa disso... Bem, o meu eu sei que não vai, pois estou acompanhando minha loira para aonde ela for. Só que muitos não vão ser assim, e vão ter que lidar com as despedidas. Esses dias finais vão ser tristes para todos, os que vão e os que ficarão. Mas não fiquem abalados, são vocês quem decidem se querem perder amigos, namorados. Estamos no futuro, existem celulares, não percam os números. Pelo menos eu já me garanti enchendo a minha agenda com praticamente o nome de todos. Quem eu não peguei ainda, pode me dar. – ele riu. – Eu sei que vai ter muitas saudades, e que não vai ser a mesma coisa do que se ver todos os dias de manhã, com a cara amassada de sono, alguns animados, outros ainda dormindo, mas pelo menos ainda vão poder se falarem, que é uma das coisas que import...

Emmett foi cortado com batidas frenéticas na porta – que estava trancada. Olhamos para lá e era Hell, ele parecia furioso. Mandava nós abrirmos a porta. Deu para ver pelo vidro sua expressão, e também que Jimmy estava com ele.

– Vai logo, Emmett! - Alice apressou, mesmo com os olhos cheios de lágrimas por causa das palavras do irmão.

O Grandão assentiu com a cabeça.

– Então, pessoal, eu só queria que vocês todos soubessem que devem aproveitar muito os finais, façam besteiras, aprontem algumas com seus amigos, porque agora é o momento. Sei que todos já pensaram nessa despedida, e agora já não é só mais um pensamento, é a realidade. Façam dela uma boa memória, pois amigos como os que vocês devem ter no colégio, vai ser impossível de encontrar. Uma amizade é única, não existe outra igual. Eu bem sei porque não tem amigos tão loucos quanto os meus, mas que mesmo assim são verdadeiros. E eu vou sentir muito a falta de todos eles...

– ABRAM LOGO ESSA PORTA! - o Diretor berrou.

– Fala logo dos jogos e dos equipamentos! - mandei.

– MAS agora, vamos voltar para a parte animada! AMANHÃ É OS JOGOS FINAIS, AEEEEEEEEEEEEEEEEE! E UMA BOA SUPER NOTICIA: TEMOS NOVOS EQUIPAMENTOS, E VAMOS VERCER! UHU! – ouvimos barulho de chave e a maçaneta rodando. - É isso pessoal, eu torço por todos vocês. Agora com um “câmbio desligo”, eu vou me ferrar aqui. Falo pra vocês!

Bem na hora que eu apertei o enter, o diretor entrou na sala. Ele olhou para cada um de nós e apontou para fora da salinha. Emm, com um sorriso enorme, saiu, sendo seguido por Alice e Nessie. Eu ainda fechei meu notebook e segui eles. Enquanto íamos para a diretoria, ouvimos nos auto falantes que era para todos irem para as salas, e na metade do caminhos, as pessoas iam nos cumprimentando, falando que tínhamos fechado com chave de ouro. Eles tinham nas mãos jornais da Revista Nerd, que Edward, Jasper e Rosalie devem ter entregado pois não foi tudo. Encontramos meu namorado na metade do caminho, com os dois loiros. E Jake já estava na porta da secretaria, pois claro que ele não iria fugir. Éramos um grupo, e nos ferrávamos todos juntos.



– Eu não quero mais que isso se repita, me ouviram? Foi uma invasão em uma área que não são de vocês, e isso ultrapassou o errado. Eu pago para vocês o jornal, então fiquem com o jornal. - Hell respirou fundo e passou um lencinho na cabeça careca dele. - Bem... É só isso. Podem sair.

Edward deu duas batidinhas no meu ombro e eu me levantei, seguindo todos para fora da sala da diretoria. Assim que Nessie fechou a porta, Alice começou a saltitar no lugar, com um sorriso enorme nos lábios.

– Nós acabamos de levar uma bronca e você está feliz? - Rosalie perguntou entendiada, olhando pra cunhada.

– Mas é claro! Só vocês não viram o quanto isso foi legal? Digo, nosso jornal em uma rádio foi mais do que demais.

Cada um começou a sair da secretaria, deixando uma Alice eufórica e falante para trás. Era loucura levar uma bronca daquelas e depois comemorar. Fora que não sabíamos ainda como ia ser agora, tínhamos feito o começo, agora precisávamos ver como o infiltrado ladrão ia reagir com a informação que Emm deu.

Eu só esperava que desse tudo certo.



Ótimo! Maravilhoso! Espetacular! Perfeito! E porra, eu ia matar o Edward se ele não parece se assoprar aquela coisa barulhenta no meu ouvido!

– Bella, você tem que ter mais animo para jogos, garota! - ele falou quando viu a minha carranca.

– Ah, fala sério, Edward. Não sei pra que essa animação toda sendo que esses jogos acontecem pelo menos umas cinco vezes por mês. É sempre a mesma coisa. Pra que repetir comemorando também? E nem ganhamos ainda para estar assim. Acho que todos vocês deve...

– AEEEEEEEEEEEEE, É HOJEEEEEEEEEEE!

– PORRA! - berrei para Emmett, que tinha chegado por trás, me assustando. - Mas que merda, Emmett!

– Ah, relaxa, Bella, que hoje é happy day, nada de estresse! - ele passou um braço por cima do meu ombro e com um sorriso enorme, encarou Edward. - Está tudo certo, por enquanto?

– Ylsa avisou que sim. - meu namorado deu de ombros. - Daqui a pouco nós vamos lá para perto da sala aonde guardam os equipamentos.

O Grandão assentiu e olhou para a frente do estacionamento, aonde estavam vário alunos pintados de azul e amarelo, com cornetas, chocalhos e o que mais fizesse barulho. Também haviam pessoas da outra escola, que era vermelho e cinza, se misturando. Um pouco mais afastada tinha um grupo de garotos - azuis e amarelos, e vermelhos e cinzas - que não pareciam ter uma conversa amigável.

– É, acho que está na minha hora. - Emm falou, se afastando de mim. - Vou lá me preparar para vencer!

– VAI LÁ, ESPARTANO! - Edward berrou e Emmett imitou ele, me fazendo revirar os olhos.

Emmett saiu correndo pelo estacionamento, cumprimentando as pessoas, recebendo apoio, boa sorte e outras coisas. Eu me virei para Edward, que me encarava com um sorrisinho divertido.

– Nem começa, ok? Eu não gosto, e você não vai me fazer mudar.

– Eu não estou falando nada. - ele me abraçou pela cintura. - Estou apenas admirando minha namorada ficar ainda mais linda nervosa.

– Ah, vai se ferrar, Edward. - eu soltei uma risada, sentindo meu rosto corar. - Vamos logo começar a assistir o primeiro tempo.



Seguimos as pessoas que estavam indo para a arquibancada. No meu do caminho eu ainda levei umas cornetadas no ouvido, quase ficando surda. Era isso que mais me incomodava quando tinham jogos, o barulho e a bagunça que ficava. E sim, eu era chata para essas coisas. Principalmente depois que eu participei de um jogo. Nunca mais eu quero reviver aquela doideira.

O jogo foi bem animado como era previsto, e fez muitos torcedores quase perderem os cabelos. Edward fazia parte desse povo. Começou com o outro time ganhando, o que já fez Edward e Jasper, que estava ao nosso lado com Alice, começarem a ficar de mal humor. Depois nossa escola conseguiu virar o jogo, para a nossa felicidade. O resto do jogo foi assim, empata e vira, vira e empata. Nessie, que torcia junto com nós, estava já sem voz de tanto gritar. Ela ficou maluca quando um dos cara do outro time atacou Jake de forma que o fizesse sair do campo. Foi então que ela desceu da arquibancada pra ir cuidar dele.

– Bella, está na escuta?– ouvi a voz de Ylsa soar pelo walkie-talkie.

Eu peguei ele do meu bolso da jaqueta, vendo a luzinha vermelha piscar.

– Fale, Ylsa. - disse, soltando o botão em seguida.

Na hora em que Ylsa começou a falar, tocou o apito avisando o final do jogo, com FHS ganhando o campeonato. Todos ao meu redor começaram a gritar, não dando para escutar o que Ylsa falava. Edward e Jasper eram os que mais gritavam. Meu namorado me abraçou apertado, falando o que eu já sabia, que tínhamos vencido. Eu tentei me desviar dele para voltar a falar com Ylsa, que estava de guarda nas câmeras do colégio atrás do suposto ladrão. Eu vi que Alice estava igualmente a mim nos braços de Jasper, e então comecei a rir dela, que me olhou com uma cara feia.

– EDWARD, POR FAVOR, ME SOLTA! - falei alto para ele, que parou de comemorar e me olhou triste, fazendo um biquinho. - Não, meu amor, não é que eu estou achando ruim, mas é que... Ylsa está na linha. - levantei um ombro.

Ele entendendo, me soltou e já ganhou outra postura, uma que não sabia o que estava por vir, mas que estava preparado pra tudo. Jasper e Alice vendo que tínhamos parado e ficado sérios, vieram logo para o nosso lado.

– O que foi? - a baixinha perguntou.

– Ylsa me chamou no walkie, só que não deu para eu ouvir o que ela queria. E ainda não dá... - murmurei, olhando para a luzinha ainda piscando avisando que ela chamava.

– Temos que sair daqui. - o loiro falou o óbvio.

Nós começamos a descer a arquibancada, empurrando o povo que ainda comemorava. Emmett e Rosalie, que estavam no meio do campo também comemorando, quando nos viram Alice avisou com a mão que era para eles entrarem no colégio. Seguimos a passos rápidos para lá, e no meio do caminho chamei Ylsa novamente no walkie-talkie.

– O que aconteceu? - perguntei para ela.

– Eu estava olhando as câmeras com Harry, e acho que pegamos nosso infiltrado...

– O QUE?! - Emmett, que apareceu naquele momento no Ginásio, berrou. - FALA QUEM É, MULHER!

– Eu... Eu não sei quem é.– ela falou apressada.– Não está dando para ver direito porque está tudo escuro. Eu vou precisar da ajuda de vocês.

– Para que? - Edward perguntou, olhando para mim.

– Harry e eu pensamos que esse infiltrado não é tão burro, e que ele só ataca nos jogos. E porque? Porque todos estão prestando atenção nisso. E ele sabe quem está. Então tivemos que colocar duas pessoas disfarçadas de jardineiro e inspetora para podermos ficar aqui na sala das câmeras. Só que não deu muito certo, e ele... Descobriu o que nós dois somos. Deixou um pequeno bilhete aqui na sala. Agora não podemos chegar perto sem que ele saiba, por nos conhecer... – ela parou. – Eu preciso da ajuda de vocês para pegar o infiltrado. Quero que vocês vão para a sala de equipamentos, pois temos que ficar de olho nele aqui na câmera, já que não sabemos pelo rosto quem é. Só quero que vocês me digam que é que está roubando, que no final pegaremos ele com a ajuda da policia federal que está vindo.

– Ah, tudo bem. - Alice quem falou dessa vez.

– Ok, então vamos fazer o seguinte...



– Você é um lindo, Edward. - falei, apertando a bochecha dele. Meu namorado fez uma careta.

– Bella, para com isso, meu amor. - ele afastou minhas mãos de seu rosto e as colocou lado a lado. - Não precisamos exagerar, não é?

– Eu sei. - suspirei e o encarei por baixo dos cílios. - É que estou nervosa para saber quem é o maldito infiltrado. - torci a boca, fazendo ele rir.

Nós estávamos no mesmo corredor dos vestiários. Yeah, aquele mesmo em que eu acabei com cinco jogadores do Emmett. Seguíamos para o banquinho que eu tinha me sentado. Fazia tudo parte do plano de Ylsa, ela queria que ficássemos ali para ver quem era o infiltrado e falar para ela. Tínhamos que agir normalmente, o que não era fácil quando eu estava nervosa.

– Relaxa. - ele beijou meus cabelos e me empurrou para o banco.

Ficamos sentados ali por uns dez minutos, até Ylsa avisar que o infiltrado estava passando por ali. Eu estava com o o fone de ouvido escondido, em uma ligação com o celular de Ylsa, para poder ouvi-la.

– É agora. - murmurei.

As portas duplas para entrarem no corredor se abriram na mesma hora, com alunos entrando, o que fez Ylsa ficar furiosa. Ela falava rápido que o infiltrado estava no meio das pessoas. Foram exatos cinco minutos ali procurando por ele. Algumas pessoas cumprimentavam nós dois, que no automático respondíamos. Até Tyler Crowley passou por nós e nos cumprimentou.

– OLHA ELE AI! Ylsa berrou no meu ouvido, fazendo eu me assustar.

– Quem?! - perguntei desesperada.

– Quem você acabou de falar!

Eu paralisei, não acreditando. Tyler? Ele quem era o infiltrado? Mas o cara tinha cara de idiota, não conseguiria entrar em uma conta estadual e roubar. Nunca!

– Bella, quem é? - Edward perguntou para mim.

– Anda, Bella, fala quem é!– Ylsa pediu desesperada.

– Tyler Crowley. - sussurrei para os dois.

– O QUE?!

Caramba... - meu namorado murmurou.

– Podem sair dai!– Ylsa voltou a falar normalmente. – A policia já está chegando. Vamos pegá-lo lá fora.

A passos lentos, Edward e eu saímos dali e fomos para o refeitório. Estávamos em silencio, ainda não acreditando em quem era o infiltrado. O resto do pessoal apareceu por ali, já sabendo de tudo por causa dos walkie-talkies. Eles começaram a falar, se expressando sobre a nova descoberta, e eu só fiquei quieta na minha, ouvindo.

Estávamos lá, quando ouvimos sirenes. Sem nem pensar, corremos para fora do colégio, aonde tinham mais de dez carros da policia federal, e também de Forks. Meu pai estava ali. Talvez chegassem aos vinte ou mais policiais, todos apontando a arma para Tyler, que estava com as mãos para cima e uma cara de desespero.

– O que está acontecendo aqui? - o diretor Hell apareceu, saindo do meio das pessoas que já estavam ali olhando a cena. - Porque estão apontando armas para um aluno meu?

– Eu posso explicar! - Ylsa apareceu também ali, ela estava ofegante. - Hell, esse é o nosso infiltrado.

Hell ficou de olhos arregalados, enquanto todos começavam a murmurar coisas, sem entender nada.

– Mas o que? Eu não acredito! - ele lançou um olhar furioso para Tyler. - Façam logo o que tem que fazer !



Depois da fúria de Hell em saber quem era o infiltrado, ele, Ylsa e Harry fizeram todos entrarem e irem para o auditório, que lá eles explicariam tudo. Eu segui para lá com o pessoal, e demorou pelo menos uma hora até eles começarem a falar. Hell estava lá, passando seu lencinho na careca.

– Bem... Alunos da FHS, antes de tudo, eu queria pedir desculpas pela falta de comemoração em nossa vitória no campeonato. Claro que ainda vamos ter, pois é mais uma vitória consecutiva, mas primeiro quero explicar a vocês sobre a confusão que teve lá fora. Bom, eu acho melhor alguém que estava mais envolvida explicar, para vocês melhore entenderem. Ylsa...

Hell deu lugar para a Ylsa, que agora tinha a postura de uma policial, e não de uma inspetora.

– Pra começar, eu quero dizer a vocês que eu sou uma policial federal, e não uma inspetora. Assim como Harry, o jardineiro. - apontou para ele, que acenou, com a expressão séria. - Nós estávamos infiltrados aqui na Forks High School por um motivo, que era o sumiço da verba para os equipamentos de esporte. Desde o fim do ano passado essas coisas andam acontecendo, e... - e então ela começou a explicar o que já havia explicado para nós sobre o porque de estar ali. Quando ela terminou, passou para o assunto que mais nos deixavam confusos: Tyler ser infiltrado. - Tyler Crowley, era nosso infiltrado, como vocês perceberam. Foi uma longa pesquisa e planos para chegar nisso. Depois que descobrimos quem era nosso infiltrado, puxamos a ficha dele e descobrimos que Tyler na verdade tem vinte a três anos, mesmo sua aparência sendo de um garoto de dezoito. Nós o interrogamos nesse tempo para podermos dar-lhes melhores explicações, e Tyler contou que estava infiltrado aqui com a intenção de impedir que nossa escola vencesse o campeonato, isso é, roubando os equipamentos e a verba. Ele estava ajudando a outra escola... Sim, a mesma que vocês acabaram de vencer. - disse, olhando para os meninos do time. - Sabemos também que ele usou nossa aluna Alice Abram para conseguir a chaves, já que seu grupo tinha cópias. Alguém tem perguntas? Vamos responder todas, se possível...

Então os alunos começaram a perguntar para poder entender tudo. Eu estava impressionada ainda com essas coisas.

– O que vai acontecer com o outro colégio? - alguém perguntou.

– Creio eu que irá sofrer as consequências desse crime. O Diretor dela irá ser preso, assim como qualquer pessoa que estiver envolvida.

As perguntas continuaram, até Ylsa começar a dar suas palavras finais e trazer a atenção para nós.

– … E eu queria agradecer ao pessoas do jornal: Alice Cullen, Isabella Swan, Emmett Cullen, Rosalie Hale, Jacob Black, Edward Cullen, Jasper Withlock e Renesmee Masen. Eles nos ajudaram a descobrir quem era o infiltrado. E aviso que foi mesmo uma grande ajuda, até se deixaram levar uma bronca para ajudar. É só isso, pessoal, qualquer mais informação que tivermos, falaremos para vocês. Agora, o diretor Hell pediu para avisar, irá ter a comemoração da vitória no campo de futebol americano.

Primeiro bateram palmas e depois as pessoas começaram a se dissipar, todas comentando, ainda não acreditando que isso aconteceu no colégio. Eu fui de encontro a Charlie, que estava perto do palco, pois como era o xerife de Forks, prestava sua presença. Assim que me viu, me deu um abraço.

– Quer dizer que alguém aqui já está ajudando a policia? - ele brincou, quando nos afastamos.

– Deve estar no sangue. - brinquei também, fazendo ele rir.

– Mas você está bem, querida? Foi corajoso vocês terem se metido nisso... - olhou para o meu pessoal, que me esperava. - Tyler podia ser bem mais esperto e perigoso.

– Acho que nem pensamos nisso. - admiti. - Mas isso não importa agora, estamos todos bem, e a verba está salva agora.

– É, isso é verdade. - ele concordou.

– Pai, eu vou indo, vou comemorar a vitória. - rimos. - Até mais tarde em casa.

– Até, querida.

Eu segui com todos para o campo, e lá nós comemoramos. Foi divertido ver Emmett no palco chorando pela sua ultima medalha e o troféu que ele garantiu para a FHS. Ele fez um discurso de quase meia hora, o que deixou Hell furioso, mas que também foi engraçado. Os dois brigaram pelo microfone, e no final o grandão conseguiu terminar o discurso.

Depois de comemorar lá, nós seguimos para os Cullens para fazermos nossa própria comemoração, com chocolate, pipoca, salgadinhos e refrigerante. Ficamos até bem tarde da noite na cozinha, rindo e conversando. Esme apareceu ali e conversou um pouco com nós, falando o quanto está orgulhosa de termos ajudado nossa escola. E seu comentário mais divertido foi:

– Com uma coisa dessas, da até pra confiar a casa em vocês na segunda noite do mês que vem.

– O que você quer dizer com isso, mamãe? - Edward perguntou.

– Vai haver uma convenção de médicos em Seattle, e seu pai, por ser um cirurgião importante no hospital de Forks, vai ter que comparecer, e eu sendo sua esposa, vou junto. Como eu sei que vocês não gostam disso, e que Tio Aro não anda fazendo as coisas meio certas como fazia antes, eu confio em vocês a nossa casa por duas noites.

– DUAS?! - os três filhos Cullens gritaram. - Ebaaaa, é festa! - Emmett comemorou.

– Nada de festas, mocinho. - ela deu um tapinha na cabeça dele. - Bem... - Esme olhou o relógio e bocejou. - Já dei os parabéns pros meus heróis, agora está na minha hora de dormir que amanhã ainda tem trabalho.

Esme deu um beijo na testa de cada um dali, e saiu da cozinha com o “Boa Noite” murmurado. Depois que ela saiu, Edward, Alice e Emmett começaram a fazerem planos para o final de semana que eles ficariam em casa sozinhos. Claro que fomos convidados para dormirmos ali.

– Mas espera... Esse dia não é o dia do show? - Alice parou para pensar.

– Yep. - Nessie assentiu.

– É nós, Edward, a casa é só nossa! - Emmett comemorou, fazendo nós rimos.

Sinto que esse final de semana vai ser beeeeeem divertido.



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Notas finais do capítulo

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, eu sei que vocês querem me matar, porque eu TAMBÉM quero me matar. Como eu pude fazer isso? Deus, são dois meses sem postar, que maldade! Sério, meninas, me desculpem por isso, mas ter um bloqueio é horrivel. E não foi só de uma fanfic não, foi de todas! Eu já estava pirando e arrancando meus cabelos a cada vez que eu parava para escrever e não vinha nada.
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Fora que o terceiro ano puuuuuuuuuxa demais, é cheio de trabalhos, lições, provas. Aiai, eu ja estava ficando louca sem tempo nenhum.
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MAS AGORA ESTOU DE VOLTA!
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Se eu ainda tiver minhas leitoras lindas que eu tanto amo *---------------* Me digam, o que vocês acharam? E é agora que eu vou começar a colocar todos os pontos em ordem, para nao deixar nenhum pedacinho faltando, pois estamos quase no fim. Se vocês perceberem algo, vão gostar, sério. Eu deixei uma idéia ai mtmt boa para algo óoootimo pra RN.
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Bem, eu queria agradecer a linda da juliana_n pela maravilhosa recomendação, sério, eu amei. E queria agradecer as meninas que me cobraram capitulos de RN e me deram algumas dicas, foram de ótima ajuda.
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É isso, gatinhas. não vou falar mais do que ja falei. Eu só queria agradecer pelos comentários, e quando eu tiver tempo eu vou respooonder todos, pois estou devendo.
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Ahh, pra quem ainda nao viu, passem lá na minha nova fanfic SEVEN REASONS (( https://www.fanfiction.com.br/historia/207456/Seven_Reasons )) ée um drama, diferente do que ja escrevi! Logo logo estou postando um capitulo novo. O primeiro!
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É isso. Beijoos :*