Revista Nerd escrita por SumLee


Capítulo 29
Trabalho em Dobro... Triplo... Dificil!




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28. Trabalho em dobro... Triplo... Dificil!

- E volta a rotina... - vovó cantarolou, rindo, assim que eu entrei na cozinha, sendo arrastada pelos meus pés.

- Ah, nem me lembra. - eu falei, me sentando em uma cadeira. - Estava acostumada a dormir até mais tarde e ficar sem fazer nada.

Eu suspirei e encostei a cabeça no braço, fechando meus olhos, que pareciam pesar uma tonelada... Cada um.

- Pode ir se desacostumando. - Renée falou. - Pois não aprendemos nada com sono.

- Sua mãe tem razão. - Charlie concordou. - E não sei como você conseguiu se acostumar com tão pouco tempo.

- Ah, sabe como é, pai... Coisas boas nós nos acostumamos rápido. - dei de ombros e vovó riu. - Mas eu vou me desacostumar mesmo, porque não sou tão preguiçosa assim.

- Mas é preguiçosa. - vovó acusou e eu bufei.

- Só um pouco, vai. - pedi, fazendo eles rirem.

Eu tomei meu café da manhã calmamente - já que, uma raridade, eu não estava atrasada. Meus pensamentos iam a mil pensando em como seria o meu "primeiro dia de aula". Não, não era ansiedade por voltar para a escola, mas porque Edward e eu ainda não havíamos conversado sobre o que iriamos fazer. Eu não sabia o que fazer! Se o cumprimentava como cumprimentava quando nos encontrávamos em algum lugar. Ou se fazia como se nada rolasse entre nós e era um segredo nosso.

- Bella, acho que está na sua hora. - Renée falou, olhando para o relógio de ouro no pulso. - Sabe, é impressionante como mesmo adiantada aqui, você consegue se atrasar para chegar no colégio.

Eu dei um sorriso amarelo, peguei minha mochila e segui para a garagem. Dessa vez eu percebi que Mary iria lavá-la e tinha tirado meu carro, por isso eu não fiz nenhum escândalo de roubaram-o-meu-carro, e fui logo para o lado de fora. Só que me surpreendi quando do lado do meu carro tinha outro carro, um prata. E encostado nele estavam duas pessoas.

- O que vocês estão fazendo aqui? - perguntei, indo na direção dos dois.

- Ahhh, eu estava com tantas saudades que pedi para o Eddie vir te buscar! - Alice pulou em cima de mim, me abraçando. - Porque eu sei que ele não iria recusar, não é, Eddie? - ele bufou e revirou os olhos, e eu sabia que era mais por causa do apelido.

- Ah, claro. - eu falei e me aproximei dele.

Edward foi rápido quando me deu um selinho e olhou para a minha casa, com um sorriso de criança matreira. Eu olhei também, constatando que não tinha ninguém lá.

- Aiii meu Deus! - Allie pulou no lugar. - Isso é tão... Tão... Legal! - ela soltou um gritinho no estilo dela. - Vocês dois assim, tão diferente de antes. Nossa, ninguém vai acreditar quando...

Eu revirei os olhos e empurrei a baixinha na direção do carro, enquanto ela continuava falando, falando e falando. Edward só ria, já acostumado com esses ataques da irmã. Eu fui no banco do passageiro - por insistência do Edward e da Alice - e quem escolheu o que nós iriamos ouvir no caminho foi a baixinha. Claro que era algo preferido dela, uma tal de Pixie Lott, bem estilo romântica e patricinha. Dava para ouvir, como Edward falou, mesmo isso não fazendo nada o gênero dele. Alice ficou quietinha no canto dela, cantarolando a música. Assim que chegamos no colégio, Alice me puxou, falando que precisávamos encontrar Nessie para ela contar o que tinha visto. E por causa disso, não pude nem falar com Edward.

Nós encontramos a ruiva perto da entrada, com uma cara não muito boa. Alice pareceu não perceber isso, porque já chegou com toda a sua faladeira. Eu encarei ela, procurando entender o porque daquela expressão triste, mas Renesmee era do tipo que conseguia esconder o que sentia. Ao contrário de mim. Nessie nem parecia muito ligada no que Alice falava - nem eu mesma sabia - ela estava muito distante, e aquilo me incomodou. Várias suposições se formavam na minha mente, e apenas uma se repetia diversas vezes: Jacob Black.

- E então, depois que Bella apareceu, os dois se cumprimentaram de forma cute... - Alice continuou falando, até que parou quando o Jasper apareceu. - Ok, meninas, me desculpe, mas agora o assunto é importante.

Ela soltou da minha mão e foi correndo na direção do Impala, onde o loiro já estava do lado de fora. Ela praticamente pulou em cima dele, o deixando assustado, mas depois ele sorriu e abraçou ela. Eu voltei minha atenção para Nessie, que me encarava.

- Então, o que aconteceu? - já perguntei logo, sabendo que não deveria haver enrolações.

- Nada, ué. - deu de ombros, olhando na outra direção.

- Aham, claro. - revirei os olhos. - Vamos lá, Nessie. Eu já percebi, não precisa fingir.

- Claro que não. Bella, você está é paranoica. - deu uma risada forçada.

Ela me deu um tapinha no ombro e entrou no colégio. Eu encarei a ruiva sumindo pelo corredor e depois de um suspirou, eu entrei também, indo para a minha aula de Inglês. Por mais impressionante que pareça, Allie não estava tão elétrica como sempre, e nem puxou muito assunto comigo, porque ficava mais concentrada no celular, mandando torpedo para Jasper.

As outras aulas se passaram tão lentamente que eu estava me perguntando se os relógios estavam todos quebrados. Assim que o sino bateu para o almoço, eu guardei meu material rápido e segui para o refeitório. Quando entrei, meu olhar já correu para a mesa dos populares, se encontrando com o de Edward. Ele sorriu e eu retribui, antes de ir para a fila comprar apenas uma limonada e uma maçã verde. Eu tentava, mas não conseguia não olhar de vez em quando naquela direção. Foi quando eu vi Tânia indo se sentar do lado do Edward, ficando o mais próxima que podia. Eu senti uma inquietação se formar, me deixando de mal humor na hora. Eu sentei junto das meninas, como sempre, de frente para as duas e de costa para a mesa dos populares. Elas, que conversavam distraídas, se assustaram quando eu bati a garrafa com força na mesa.

Alice me encarou de olhos arregalados, procurando entender. E a lógica veio quando ela olhou para onde eu estava olhando minutos antes e viu a mesma cena que eu vi.

- Hmmm, parece que alguém está com ciúmes. - cantarolou e Nessie soltou uma risadinha.

- Não sei do que você está falando. - eu resmunguei, abrindo a limonada e tomando vários goles de uma vez. - Hm, vocês sabiam que se emendar todas as nossas veias, artérias e capilares de nosso corpo dá para dar a volta ao mundo quatro vezes?

- Er... - Nessie olhou para os lados. - Não...

- E que a maior barra de chocolate do mundo tem 5,5 toneladas. Pensa como deve ser enorme? Em quantos anos acha que demoraríamos para comê-la?

- Você está bem? - Alice perguntou.

- Mas é claro! - sorri. - Só estou colocando em prática o meu conhecimento. Sabe, faz bem. Principalmente quando você está afim de socar alguéme não pode.

- Ela não está bem. - Nessie falou e Alice assentiu.

- Meninas, eu estou ótima. Porque não estaria? 

- Porque está falando rápido e acabou de dizer que quer socar alguém, cujo nome é Edward. - Alice disse como se aquilo fosse óbvio.

O que, na verdade, era. Eu queria socar mesmo alguém, mas mais por causa do incomodo que eu sentia. Não gostava de Tânia perto do Edward nem um pouco, e eu admitia isso, porque sabia que deveria está estampado na minha testa. Ela era maluca, acreditava que os dois podiam ter algo, ele estava comigo, então eu tinha o direito, certo? Direito de sentir ciumes! Yeah, eu estava com ciumes e estava admitindo isso. Para mim, é claro. Mas a questão era que eu não conhecia esse lado meu, que parecia um tanto possessivo até demais.

Era fácil saber se você era ciumento ou não desde criança. Porque todas as crianças sentem ciumes dos pais com seus amigos, primos e se possível, até irmãos. Eu não tinha amigos, então não vinha ao caso, e também irmãos. Sobrava os primos, mas o problema é que eu não tinha ciumes deles, porque Renée não era uma tia muito prestativa. Claro que as vezes eu percebia ela dá mais atenção para eles do que para mim - antes - e isso me deixava muito triste, mas eu era criança, e isso logo passava. Ou mais ou menos, porque todos temos mania de remoer algumas coisas, e eu muitas das vezes, quando brigava com Renée - uma discussão por estar cansada - eu pensava que ela me odiava e que gostava mais dos meus primos.

Mas esses ciumes não eram iguais ao que eu sentia agora. Talvez porque o sentimento seja diferente, mas mesmo assim.

- Você não precisa se sentir assim, Bella. - Nessie falou, olhando para atrás de mim.

- Se sentir como? - bufei. - Eu não estou sentindo nada!

- Claro, claro. - Alice disse com sarcasmo. - Você quer saber o que está acontecendo?

Minha mente gritou Sim!, mas meu orgulhou falou mais alto...

- Não.

- Tem certeza? - ela ergueu uma sobrancelha e Nessie soltou uma risadinha.

- Absoluta!

- Ok, então. - deu de ombros. - Eu não vou falar que Edward acaba de empurrar Tânia com uma cara não muito boa e está vindo para cá.

Eu a fulminei com os olhos, mas não consegui evitar o sorrisinho de satisfação. As duas caíram na gargalhada e meu rosto esquentou vergonhosamente. Senti um formigamento nas minhas costas e no meu lado esquerdo quando Edward se aproximou, se sentando bem do meu lado, e me encarando.

- O que vocês fizeram? - perguntou para Alice e Nessie, que ainda riam.

- Nada. - falaram juntas. - Porque teríamos feito alguma coisa? - Alice quem perguntou dessa vez.

- Bella está vermelha. - eu o encarei. - Isso significa que vocês estão fazendo alguma brincadeira que a está deixando envergonhada.

- Ah, nós estávamos apenas falando que ela não precisava se preo...

- Pois é! - eu a cortei, rápido. - Elas não fizeram nada, não é, meninas? É só que... Que... - Edward ergueu uma sobrancelha e as meninas riram, vendo o quanto eu me enrolava. Olhei desesperada para os lados, até parar na minha garrafa de limonada que estava pela metade. Eu peguei ela e empurrei para ele. - Quer limonada? - perguntei, dando meu maior sorriso.

Alice e Nessie não se aguentaram e gargalharam mais ainda, deixando eu ainda mais vermelha e Edward mais confuso. Ele pegou a garrafinha da minha mão e me semicerrou os olhos para mim.

- Você está bem? - perguntou.

- Mas é claro! - soltei um risinho nervoso. - Porque não estaria?

- Não sei... - disse lentamente.

- O que é isso, gatinho, eu estou ótima. - revirei os olhos. - Está ficando mais paranoico que sua irmã.

- Hey! - Alice fez.

- Ok, então. - Edward deu de ombros. Ele pegou a minha maçã na minha bandeja e deu uma mordida. Encarei ele, perplexa. - Quer? - perguntou na maior cara de pau.

- Mas é claro que eu quero! - bufei.

Ele deu mais uma mordida e depois me entregou minha maçã. Nós dois dividimos ela, revezando nas mordidas. Alice e Nessie estavam conversando sobre  jornal e nós dois começamos a participar da conversa. Teve uma hora que Edward passou o braço por cima do meu ombro.

- Nossa, isso é tão estranho. - Nessie falou, fazendo uma careta. - Sabe, vocês dois juntos combinam tanto que chega a ser estranho.

- Verdade. - Alice assentiu. - Sabe, é uma combinação certa.

- Isso. - Rosalie apareceu atrás das duas. - Vocês dois estão sendo comentários. - falou, sentando-se ao lado da Nessie e pegando a barra de cereal dela.

- Que tipos de comentários? - perguntei.

- Ah, você sabe: "Será que eles estão juntos?"e coisas do tipo. O de sempre quando aparece um novo casal aqui.

- Ah, claro. - Nessie revirou os olhos. - Acho que eles sentem falta do jornal por causa da coluna de fofocas do Emmett.

- Com toda certeza. - concordei.

O sino tocou naquela hora e as pessoas começaram a se dispersar do refeitório. O pessoal continuou conversando sobre o jornal e suas fofocas, enquanto eu estava alheia aquilo. Olhei na direção da porta do refeitório e dei com olhos azuis claros, que me encaravam mortalmente. Sustentei o olhar de Tânia, até essa me dar as costas e sair do refeitório sendo seguida por suas "amigas".

- Não é verdade, Bella? - Alice perguntou, tocando meu braço.

Eu olhei para ela, sem nem saber sobre o que falava. Então, apenas assenti, concordando com o que quer que seja. Ela voltou a falar a com as meninas e eu abaixei meus olhos para a mesa, pensando no olhar que Tânia havia me mandado. Não que eu estivesse com medo dela, nunca senti e não iria sentir agora, mas a questão era que ela parecia não ter gostado mesmo do jeito que Edward e eu estávamos. Digo, se antes, sem nem fazer nada ela fazia tudo aquilo, fiquei imaginando agora.

- Você está bem? - Edward perguntou, tocando minha bochecha.

- Aham. - assenti.

- Não parece. Você ficou meio... Triste de repente.

- Que nada. - revirei os olhos e forcei um sorriso. - E então, vamos?

Ele assentiu e levantou, eu o acompanhei. Nós demos tchau para as meninas e seguimos para a nossa aula de Biologia.

- Alice está animada com o que está acontecendo. - Nessie comentou, enquanto nos trocávamos para ir para a aula de Ed. Física.

- Aquela lá fica animada com tudo. - nós rimos.

Umas garotas que estavam no vestiário saiu, ficando apenas nós duas ali. Nessie se aproximou de mim.

- Sabe o que eu percebi? - perguntou e eu neguei. - Como você ficou de repente no refeitório.

- Do que você está falando? - eu tirei minha camiseta. - Eu estava normal.

- Não, não. - negou rápido. - Você estava normal antes de olhar para Tânia. - eu paralisei no lugar, olhando para Nessie. Essa sorriu. - Eu sabia.

- Não é nada demais. - dei de ombros. - Só que... Você viu o olhar dela? Foi meio... Malvado.

- Yep! Eu vi sim. - ela sentou na pia, balançando as pernas como uma criança. - E acho que você não deveria se abalar por causa daquela garota.

- Mas eu não estou abalada. Só fiquei com um certo receio... Do que ela pode fazer, sabe. Por que Tânia não é flor que se cheire.

- Isso eu tenho que concordar.

Nós ficamos em silêncio depois disso. Eu troquei de roupa - Nessie já tinha feito isso. Então, aproveitei que não estávamos com pressa para ir pra aula e decidi que era hora de saber o que Renesmee tinha na hora da entrada. Sentei ao seu lado, ficando igualmente ela.

- E você, o que tinha? - perguntei.

- Ah, Bella, não começa. - ela desceu da pia e virou para o espelho, passando a mão no cabelo nervosamente. - Eu já disse que não tinha nada.

- Olha... - comecei. - Nessie, eu não quero dá uma de Alice e ser dramática até você começar a falar. Isso não é de mim. Sabe que eu me preocupo, e que eu posso ser insistente. Se é algo que eu possa ajudar, eu vou, mas preciso que você me conte. Não quero ser hipócrita agora, mas nós somos amigas, e acho que nosso "contrato" está escrito contar tudo uma a outra. Eu sei que não faço isso muito, mas é que eu acho que tudo não tem importância...

- Eu também acho isso. - me cortou.

- ... Só que eu sou muito curiosa, sou sua amiga, e quero saber. Me incomou ve-la como estava mais cedo. Porque ali eu não vi a Renesmee animada de sempre. E não estou acostumada com isso. Então, que tal você desabafar com a Bellinha aqui?

Renesmee me encarou por alguns minutos, até fazer uma careta e suspirar.

- Eu não sei o que acontece. - finalmente falou. - Sabe o que eu acho em relação ao Jacob, e que quero manter total distancia dele. Mas... Hoje, quando eu vi ele com uma... Garota, eu me senti mal. Digo... Ai meu Deus, eu estou tão confusa! - choramingou. - Eu quero exclui-lo totalmente da minha vida, mas tem uma parte dele que não me abandona, não importa o que eu faça. Eu achei que com o tempo longe dele as coisas iriam mudar, por que isso já aconteceu uma vez com outro garoto, mas não adiantou merda nenhuma. E eu fiz a droga daquela lista, que indicava que eu aindagostava dele. Mas é um absurdo isso! Por que... Porque... Eu não quero gostar dele! - sussurrou a ultima parte.

- Oh, minha ruivinha, vem cá. - eu puxei ela para uma abraço.

Nessie suspirou e encostou a cabeça no meu ombro. Eu parecia estar ficando boa nessa coisa de confortar as pessoas, por que dessa vez eu sabia o que fazer. E isso era bom, pois eu tinha amigas, e amigas que as vezes precisavam de mim, ou do meu ombro. Passei a mão carinhosamente nos cabelos ondulados de Nessie. E senti o que eu sempre sentia em relação a ela, era como se ela fosse a minha irmã mais nova. Eu quem cuidava da Nessie - como no caso do Jacob - e quando alguém zoava com ela. Nessie falava que recorria a mim por que Alice nunca iria ameaçar as pessoas como eu as ameaçava, então era como se eu fosse o "irmão" mais velho dela.

- Ah, Bella, eu estou confusa. - murmurou.

- Eu sei como é, Nessie. Entendo o que você está sentindo e sabe o que eu acho? - ela se afastou para me encarar. - Que está na hora de você e Jacob terem uma conversinha.

- Não! - ela tentou se afastar, mas eu a puxei. - Bella, eu não quero nem chegar perto dele. Não depois do que ele me fez.

- E você prefere ficar assim? Quero dizer, o que fala mais alto para você, Nessie? Essa raiva boba de anos atrás ou o que você sente por ele? Você sabe que não vai esquecê-lo assim tão fácil...

- Eu vou!

- E quando? Porque você mesma acabou de falar que nem com o tempo longe dele você conseguiu. Gatinha, nós temos que superar barreiras, e você tem que superar essa. Olha para mim e para Edward. Eu também não queria aceitar, mas tive, porque não sou eu quem comando no que sinto, e as coisas só aconteceram. Deixei as brigas de lado para ficar com ele. E porque você não pode fazer o mesmo? É fácil e você só precisa conversar com ele, e escutar o que ele tem para falar. Digo, resolver esse desavesso que vocês dois tem. Pois caso não perceba, Jacob ainda tenta falar com você algumas vezes. Eu percebo! Só que eu sempre estou perto, e ele... Ele tem medo de mim. - nós rimos.

- É, você está certa. - ela assentiu. - Só que apenas quando eu me senti preparada. - eu concordei. - Mas me diga, você está mesmo, mesmo gostando do Edward?

Arregalei os olhos, olhando para a menina com cara de sapeca.

- Yeah... - balancei a cabeça. - Estou.

- Oh meu Deus, que legal! - rimos. - Ok, agora vamos para nossa aula que nós já enrolamos demais.

- Concordo.

Eu desci da pia e nós seguimos para o Ginásio. Lá, o treinador estava sentado na arquibancada apenas vendo o povo jogar nada, praticamente. Os meninos jogavam basquete e as meninas vôlei. Eu me sentei também na arquibancada, enquanto Nessie ia se juntar no vôlei. Fiquei lá olhando para o nada quando vi Edward entrar no Ginásio e olhar para os lados, até seus olhos pararem em mim. Ele sorriu e me chamou. O treinador parecia não está se preocupando com nada, então eu fui. Assim que saí, ele me puxou para o campo de futebol americano, onde os meninos do time já treinavam.

- Porque eles estão treinando? - perguntei, me sentando do lado dele.

- Vai ter jogo daqui a uma semana, e o treinador deles falou que está na hora de voltar a por os músculos para trabalhar. Porque faz tempo que eles não treinam.

- Ah sim. - olhei para o Emmett, que acenou para nós. Acenei de volta.

- E o Emmett mandou eu te avisar que se não for pedir muito, que não acabe com o time dele de novo. - Edward gargalhou e eu bufei. - Ah, Bella, não fica com raiva. - ele me deu um beijo na bochecha.

- Eu não fiz de propósito daquela vez, ok? - me virei para ele. - Era só para acabar com Mike Newton, mas as coisas saíram do controle.

- Eu sei.

- Você sabe?

- Não, eu não sabia que era para acabar com Mike, mas sabia que as coisas tinham saido do controle.

- Claro, porque eu não faria um fuzuê daquele tamanho.

- Sei não...

- Edward! - dei um soquinho no ombro dele, e ele riu.

- Estou brincando. - piscou um olho.

Nós ficamos conversando um tempo ali, até eu ver Jacob - que até então eu não sabia que era ele por causa do capacete - se aproximou um pouco, e uma idéia se formou na minha mente.

- Edward... - comecei, me virando para ele com meu sorriso mais inocente.

- O que? - me olhou desconfiado.

- Er... Sabe... Você pode me ajudar em uma coisa? - pedi, piscando os olhos.

Edward ficou me encarando, e depois suspirou.

- Espero que não seja algo que vai ferrar com nós.

- Não! É só uma coisinha para me ajudar com a Nessie. - ele me mandou prosseguir. - Você sabe da... Briga que ela tem com Jacob, certo? - assentiu. - E bem... Eu não quero me intrometer entre os dois, mas eu acho que preciso dar uma ajudinha pra ela. Nessie tem uns... Sentimentos a mais por Jacob, só que ela tem uma certa raiva dele, mas eu a convenci a acabar com isso. O problema é que eu sei que ela não vai, e acho que está na hora de fazer Jacob tentar pedir desculpas de novo.

- Ah, claro. Mas por que você não fala com ele de novo?

- Por que... - parei. - Espera ai, você sabe que eu já falei com ele?

- Bella, eu falo com Jacob porque ele é amigo do Emmett. Ele me disse que você o ameaçou. - riu. - Realmente deixou o garoto assustado.

- É por isso que eu não falo com ele! Jacob tem medo de mim. - fiz cara de perplexa. - Digo, como ele pode ter medo de uma garota como eu?

- Não é mesmo?! - Edward imitou minha expressão. - Uma garota que só sabe ameaçar.

Fechei a cara na hora.

- É porque você não me irritou o suficiente para eu perder a cabeça.

- Claro, claro. - ele revirou os olhos e riu. - Mas então, o que você quer fazer?

Senti meus planos mudarem o rumo rapidamente depois da nova informação que obtive. Edward conversava com Jacob, então ele podia me ajudar a me aproximar do moreno e eu mesma conversar com ele sobre Nessie. Eu sabia que ela iria demorar para falar com ele, então eu aproveitaria esse tempo para tentar saber se Jacob ainda sentia alguma coisa pela ruiva, ou se estava gostando da garota com que Nessie o viu.

- Edward, eu quero que você me ajude a me aproximar de Jacob.

- Hum... Sei não... - ele olhou para o moreno, que treinava. - Fazer vocês virarem amigos...?

- E porque não? - perguntei e ele não respondeu. Foi como se uma luizinha se acendesse na minha cabeça. - Você está com ciumes, Eddie? - perguntei, bem pertinho do ouvido dele.

Edward me encarou e depois bufou, o que me fez rir.

- Ok, Bella, eu te ajudo. - falou, com muito mal gosto. - Mas primeiro você tem que parar de mandar olhares do mal para ele.

- Tudo bem, eu paro. - levantei minhas mãos, como quem se rendia.

Eu olhei para os meninos treinando, até eu me lembrar de algo. Eu me virei para falar com Edward - na verdade dar uma bronca - e dei com ele me encarando, um sorrisinho metreiro brincando nos lábios.

- O que? - perguntei.

- Nada. - deu de ombros e continuou sorrindo. - Mas então, porque me olhou com cara feia?

Deixei de lado o fato de que ele estava me encarando e fiz minha cara de mal de novo.

- Não era para você está na sua aula de cálculo, gatinho? - ele abriu a boca para responder, mas eu o cortei. - E não vem com a desculpa de que não sabe, porque eu te ensinei.

- Yep. - balançou a cabeça. - E é por isso que eu não estou lá.

- O que você quer dizer?

- Pra que eu vou querer ficar em uma sala com um professor chato, quando eu tenho a minhaprofessora particular chata? - ergueu uma sobrancelha.

- É o que?!

- Estou brincando. - disse, escondendo o rosto no meu pescoço. - Mas a parte de ter a minha professora particular é verdade. - murmurou.

- Mesmo assim. Não está certo ficar matando aula.

- Eu sei. - ele riu. - Prometo que é a ultima vez.

- Bom mesmo. - bufei.

Edward se afastou um pouco para me encarar, sorrindo de canto. Eu também sorri.

- Você é responsável, o contrário de mim. - falou.

- Ainda bem. Porque já pensou dois irresponsáveis juntos?! - arregalei os olhos. - Só ia da merda.

- Concordo. - ele riu e se aproximou de mim, me dando um beijo.

Eu levei minha mão até sua nuca, o puxando para mim. O beijo foi um tanto calmo e rápido, mas que mesmo assim me fez ficar sem folego. Encostei minha cabeça no ombro do Edward e suspirei, vendo que apenas Emmett nos encarava.

O mês de janeiro se passou tão rápido como num piscar de olhos. Não houve muitas mudanças em um mês, e nem novidades. Apenas que tínhamos duas semanas para começar a publicar o novo jornal, com um assunto que iria rolar muuuuuito naquelas duas semanas que tínhamos para publicar. Valentine's Day. O famoso Dia dos Namorados. Já estavamos nos aproximando do dia 14 de fevereiro, e mesmo tendo esse tempão, o colégio já estava todo fantasiado, com corações, e muito rosa e vermelho. Até enjoava ver tudo aquilo espalhado pelas paredes e armários.

Alice era quem estava mais animada com tudo, porque ela disse que essa "edição especial" do jornal iria ser FO-DÁS-TI-CA!. A baixinha tinha tanta confiança em si e nas coisas que acabava passando isso para todos nós do jornal, fazendo tudo ficar ainda melhor.

Com Edward, as coisas estavam do mesmo jeito e pareciam que tinham evoluído mais. Ainda era uma coisa só nossa, e de quem visse e percebesse, mas ainda não tínhamos assumido mesmo. E eu nem me importava, porque o que importava era que eu estava com ele e pronto.

Já com Tânia, eu me sentia um pouco... Desconfortável. Não, ela ainda não tinha feito nada. Ainda. E era isso que mais me preocupava, porque antes eu negava que não gostava do Edward, e agora ela sabia da verdade. E não tinha feito nada ou sequer falado alguma coisa! Nessie e Alice falaram que era porque ela finalmente tinha se tocado que Edward era gamadão na minha e que não queria ela, que era hora de ir para outra. Mas mesmo assim, aquilo não era da Tânia, e eu que não iria bobear para o lado dela. Não até me sentir segura e ter a certeza que ela não queria nada e que não iria fazer nada.

Com Jacob, Edward tinha conseguido fazer o moreno perder o medo de mim e nós começamos a... Se conhecer. Quando eu ia nos Cullens e ele estava lá jogando vídeo-game com os meninos, eu conversava com ele. O garoto era legal e tinha um animo bem... Contagiante, o que o deixava ainda mais legal. Eu tinha entendido o porque de Emmett ter se tornado amigo dele tão rápido, porque ele lembrava um pouco o jeito do grandão. Cada vez que eu falava mais com Jacob, me sentia um pouco mais próxima dele. Não era isso que eu planejava, mas nós não escolhemos quem nosso coração vai se ligar no estilo amizade.

- Bella... - Alice apareceu do meu lado, quando nós todos estavamos saindo da salinha do jornal. - Amorzinho da minha vida, você pode fazer uma coisas hoje pra mim?

- Claro.

- Você pode pegar uma lista que está com o Edward e fazer algo como um desenho que tem nela?

- Posso.

- Ok, então. - ela me deu um beijo na bochecha e foi até na porta. - Bom trabalho para vocês dois e juízo, hein. - piscou um olho e saiu, rindo.

Eu fui até o sofá que o Edward estava sentado e me sentei do lado dele, o abraçando.

- E então, o que é a lista? - perguntei.

- Ah, você vai adorar ver a criatividade da minha irmã. - ele revirou os olhos e eu ri.

Edward me entregou uma folha rosa do caderno da Alice, e nela tinha desenhado um casal - um desenho bem infantil - e com umas setas neles que indicavam lugares e tinha algo escrito. Era como os... Sintomas do amor. Eu não me aguentei e cai na gargalhada, sendo seguida por Edward.

- Yeah, a cada dia ela me surpreende mais. - murmurei.

- Alice é surpreendente. - sussurrou, me fazendo soltar um risinho. - E então, você pode dar um jeito nisso no computador e fazer parecer menos... Alice?

- Poder eu posso... - mordi o lábio inferior. - Mas só no meu notebook, e hoje eu esqueci ele. Vou ter que ir buscar em casa...

Ele fez uma careta, que eu imitei.

- Ok, vai lá. Eu espero. Apesar de ser muita maldade sua me deixar aqui, sozinho...

- Oh meu Deus, como ele é dramático. - revirei os olhos, antes de dar um beijo nele e me levantar. - Eu não vou demorar, ok? - fui até a porta, mas antes de sair, me virei para ele de novo. - E nada de dar uma voltinha no colégio e ir parar no treino das lideres. - pisquei um olho antes de ir, deixando ele para trás com um sorriso de canto.

Eu corri até o estacionamento e lá peguei meu carro, indo o mais rápido que podia. Claro, sem quebrar nenhuma regra de trânsito, porque Charlie era o xerife e eu tinha aprendido a seguir as leis. Assim que cheguei em casa, entrei já me preparando para correr escada acima, mas parei ao ver Renée ali no meio da sala, sorrindo. Ela estava um pouco mais diferente, e eu estranhei. Fora que ela nem notou minha presença.

- Renée? – chamei.

- Bella! – ela disse alegremente.

- Oi. - acenei.

- Filha, que bom você está aqui essa hora.

- É? – perguntei, desconfiada.

- Sim. Eu tenho uma surpresa pra você. – ergui uma sobrancelha. – Quero que você conheça uma pessoa.

- Quem?

- Oi. – uma garotinha loira saiu de trás de Renée.

Arregalei os olhos para a criaturinha encostada na Renée. Seu rostinho era em formato de coração, seus lábios eram cheios e rosados, junto com as bochechas, deixando-a com um ar angelical. Principalmente pelos cabelos loiros lisos, que iam até sua cintura, cortados perfeitamente, e com uma franja. Os olhos eram tão ou mais azuis que os de Rosalie Hale. E eu julgava isso ser uma coisa impossível. Mas suas roupas... Eram roqueiras demais. Uma calça preta, uma camiseta cinza com um desenho abstrato e um All Star vermelho. Uma vampirinha roqueira... Uma que atormentou minhas noites de sonos por anos.

- Oh meu deus! – exclamei. – Isso é uma criança! Isso é uma criança! – apontei, horrorizada, para a criatura. – Renée, tem uma criança encostada em você! Bate nela. Bate. Bate!

- Isabella! – Renée me repreendeu, vendo a criatura se esconder atrás dela. – Você ainda não superou isso?

- Não é hora pra psicólogo, ok? Só tira essa... Essa... Essa criança de perto de mim.

- Não. – ela passou um braço pelo ombro da criatura maligna. – Não vou fazer isso, porque você vai ficar com ela.

- Tia Renée, sabia que Tia Mary usa quase três litros de água para la... Olá!

Arregalei mais ainda meus olhos. Outra criatura maligna apareceu na sala, vindo da cozinha. Ela era... A criatura era idêntica a outra criatura. A única mudança eram as roupas. Essa usava uma calça jeans, um suéter rosa bebê e uma sapatilha branca.

- Acho que está na hora de eu voltar a usar meus óculos... - falei. 

- Por quê? – a criatura 2 perguntou.

- Renée, eu estou piorando. – me virei para Renée. – Estou vendo duas... Criaturas. – coloquei as duas mãos na cabeça.

A criatura 2 foi até Renée e grudou do outro lado dela. A criatura 1 me encarava com um sorrisinho divertido.

- Não, Bella. Você sabe que não precisa muito. - ela soltou um risinho de divertimento. - É que elas são gêmeas.

- GÊMEAS?! – berrei. – Quer dizer que são gêmeas?!

Oh meu deus! Agora eram duas criaturas para me atormentar. Porque só eu tinha que ficar perto de criaturas do mal como essas?

- Tia Renée, porque ela está assim? – a criatura 1 perguntou.

- Eliza, isso se chama trauma infantil. Pelo que eu percebi, ela tem um trauma infantil, o que eu creio que seja por ela sofrer bullying quando criança. – a criatura 2 explicou, e sua expressão era de um adulto super esperto. - E talvez nós até a lembremos disso. Talvez no cabelo, nos olhos, ou qualquer outra coisa. É uma coisa comum ultimamente, mas como ela está... Foi um trauma muito grande.

- Ahhh. – a criatura 1, ou Eliza, fez. – O que é isso, albina? É só bater nesse povo. Se você quiser, eu posso fazer isso. – ela levantou um punho, fazendo eu voltar ao tempo de criança, o que me deixou ainda mais com medo.

- Renée! – falei, desesperada. – O que elas são?

- Isabella, essas são Eliza – apontou para a criatura 1. – e Emily – apontou para a criatura 2. – Elas são filhas adotivas de Esther.

- Como Esther pode adotar esses monstrinhos?! O que ela tem na cabeça?! – perguntei, sentindo meu desespero aumentar.

Eu tinha mesmo achado a ideia dela adotar crianças ótima, mas depois de ver essas duas... Loirinhas, olhos azuis, peles de porcelana e tão parecidas com uma que me atormentou por anos... Não era nada bom agora!

- Hey, não fale assim da mamãe. – Eliza disse, me olhando feio. – Ou eu arrebento sua cara.

Eu tremi e me encolhi.

- Para com isso, Eli. – Emily mandou e sorriu para mim. – Ela só está com medo, por isso fala coisas erradas. Mas... – ela veio na minha direção e eu dei passos para trás, até me encostar a parede. – Eu não vou machucar você. – falou. – Sou sua amiga.

- Você parece está falando com um alienígena. – Eliza falou e gargalhou, sendo acompanhada por Renée.

Eu arregalei mais ainda meus olhos, vendo Renée rir de uma piada sem graça.

- Sai daqui. – mandei, voltando minha atenção para Emily.

- Eu não vou te machucar... Bella. Posso te chamar de Bella? – ela ficou de frente para mim, e se esticou na pontinha dos pés. – Sou sua amiga.

- Não é. – neguei com a cabeça. – Crianças são do mal, não podem ser amigas.

- Ihhh, a coisa parece ser feia pra ela. – Eliza disse, arregalando os olhos.

- Olha, eu não sou assim. – Emily voltou a falar. – Quer ver? – ela tocou meu rosto e alisou. – Sua pele é lisinha. – sorriu.

Eu estava tremendo. Me lembrava muito bem de quando eu estava na creche e uma garota loirinha chegou perto e me bateu. Ela não foi a única. E não importava para qual creche ou escolinha eu fosse colocada, eu sempre acabava sozinha e sendo menosprezada pelas outras crianças. Elas poderiam ser muito más quando queriam. E muitas que eu conheci eram. E esse medo não era algo que eu controlava. Na verdade, eram poucas as vezes que eu dava um ataque desses, mas a tal de Eliza me fez lembrar de coisas desagradáveis. Mas Emily parecia ser diferente. Seu toque era delicado, e passava confiança. Mas não uma que me fizesse ficar sozinha com ela.

- Bella, você não precisa ficar com medo. Não são todas as crianças que são assim, e eu nunca encostaria um dedo em você para te machucar. Aquelas crianças eram más, mas tem as legais. E eu e Eliza somos legais. Acredita em mim.

Eu fui relaxando aos poucos, vendo que ela não era como aquelas crianças. Eliza sabia falar uma forma que me fazia lidar com o medo, ela parecia ter uma maturidade que nenhuma daquelas crianças tinham. E isso me fez perguntar se ela passava o que eu passei, porque eu me vi ali, falando daquela forma. Era por isso que as crianças me odiavam tanto.

- Viu? Passou. – sorriu docemente. – Eu sou Emily. – esticou a mãozinha gordinha para mim.

- Isabella... Bella. – sorri para ela, também. E apertei sua mão quentinha.

- E eu sou Eliza. – a outra gêmea pegou minha mão e fez um toque estranho. – Muito prazer, branquela.

- Er... Muito prazer. – murmurei.

- Agora que vocês já se entenderam, e a Bella superou o trauma nós podemos conversar. – Renée se pronunciou. – Bella, eu preciso ir urgentemente para a revista, mas não posso deixar Eliza e Emily aqui, sozinhas. Mary tem que preparar um jantar e não pode olhá-las. Charlie está no escritório e também não pode olhá-las. Esther perguntou se você podia ficar com elas, já que a babá está doente. Caiu e quebrou um braço, não sei. Eu concordei que sim e quero que você fique com elas.

- Mas... – tentei discordar.

Qual é? Não é porque eu apertei a mão das criaturas que eu vou brincar com elas. Eu tenho outras coisas para fazer, como: ir pro jornal.

- Sem mas, Bella. – Renée pegou a bolsa em cima do sofá. – Olhe bem elas para mim. – e saiu pela porta.

- Uhuuu! – Eliza gritou. – Vamos fazer uma festa, Isa?

- Isa? – ergui uma sobrancelha.

- Sim. Bella é só para os normais. – ela piscou um olho. – E então? Cadê o telefone para os palhaços?

- Palhaços?

- Lógico, dãa. – ela revirou os olhos. – O que é uma festa sem palhaços?

Não sei e nem quero saber. Ok... Eu sei o que é uma festa sem palhaços, já que também tenho medo deles, porque onde tem palhaços, tem crianças.

- Não liga para ela, Bella. – Emily disse. – Eliza tem problemas psicológicos que especialista nenhum conseguiu descobri.

- Hum... – murmurei.

Meu celular tocou e eu atendi, sem nem ver quem era.

- Seja legal e me tire daqui. – falei desesperada.

- O que?– Edward perguntou confuso e eu bufei.

- Esquece. O que você quer, Edward?

Era impressionante a minha súbita mudança de humor. E tudo por causa dessas pirralhas.

- Nada, só... SABER ONDE VOCÊ ESTÁ?

- OH MEU DEUS! – pulei do lugar. – Me esqueci.

- Sério? Nem percebi isso. – falou, com uma ironia pura.

- Quem é, Isa? É seu namorado? Uhuuu, gostosão namorado da Isa!

- Cala a boca, Eliza! – mandei, empurrando a tampinha para o lado.

Charlie podia está no andar de cima, mas ele ouvia tudo que falava aqui. E ele ainda não sabia muito sobre Edward e eu, então eu teria que manter aquela pestinha calada. Não que ele iria brigar se descobrisse, mas é que eu queria fazer certo e contar por minha conta, e na hora certa.

- Quem é essa? – Edward perguntou.

- Ninguém!

- Hey! Se seu namorado quer me conhecer, me apresente! – a garota bateu o pezinho com All Star no chão. – Não vem ficar com medo dele se apaixonar por mim.

- Apaixonar por quem? – Edward estava com a voz divertida.

- Por ninguém, merda! CALA A BOCA, ELIZA! – me virei para ela, que sorriu inocentemente. – Olha, Cullen, eu já estou indo, ok? Estou ai em menos de dez minutos.

Desliguei o celular na cara dele e me virei para as criaturas que estavam ali. Eliza tentava abrir um chiclete e Emily estava sentada no sofá com um livro no colo.

- Muito bem, meninas. Eu preciso sair e...

- Vai nos levar para conhecer seu namorado?! – Eliza se empolgou.

- Se aquieta ai, garota. E ele não é meu namorado. – fiz careta. – E não, eu não vou levar vocês.

- Porque não? – ela colocou as mãozinhas na cintura.

- Tia Renée mandou você nos olhar. – Emily levantou o olhar do livro. – Ela não vai ficar feliz se você nos largar aqui para ir encontrar seu namorado.

- JÁ DISSE QUE ELE NÃO É MEU NAMORADO! – berrei. – Eu sei que Renée mandou isso, mas... Eu sei também que vocês são boazinhas e vão me ajudar com isso, não vão? – elas não responderam. – Emily, mostre que você é minha amiga. – pedi e ela deu de ombros, concordando com a cabeça.

- Nada disso! – Eliza se interferiu. – Eu quero conhecer esse Fullen e pronto.

- Fullen? – ergui uma sobrancelha e ela assentiu. – Boa essa, menina.

- Eu sei... – ela sorriu se sentindo, mas depois fez cara de confusa. – Eu acho... Por quê?

- Nada. – balancei a mão para ela esquecer. – Você não vai mesmo me ajudar? – Eliza balançou a cabeça. – Ótimo. – bufei e cruzei os braços. – Eu estou ferrada.

- Espera ai. – mandei. – Quer dizer que você é a inteligente e ela é a... Atentada? – perguntei, olhando para Eliza pelo espelho do carro.

- Isso. – ela assentiu. – Eu preferi aprender e ela preferiu se divertir.

Nós estávamos no meu carro, indo para o colégio para encontrar o Fullen. Eu iria usar muito esse novo apelidinho que Eliza sem querer arranjou para o cabeçudo. Na hora das meninas entrarem no carro, elas começaram a brigar para quem ficaria com o lugar da frente, e ao meu lado, até saírem aos tapas e puxões de cabelo. Eu levei um arranhão na cara e vários no braço, além de um mini soco no queixo. Como nenhumas das duas tinham dez anos, eu as prendi no banco de trás do Mini Cooper, contra os protestos delas. Eliza até queria fazer uma votação para vê quem iria na frente, sendo que só tinha eu pra votar.

Nesse tempo que estávamos conversando - ou mais ou menos isso - eu tinha percebido o sotaque das duas, que era do inglês londrino. Era um tanto fofo, o que deixava elas muito mais bonequinhas que já eram. Até a vampirinha.

- O que é “Eu estou ferrada”? – Eliza perguntou pela décima vez.

Depois que eu tinha falado aquilo, ela grudou a frase na cabeça e até agora perguntava o significado, porque Esther não tinha ensinado palavras assim para as meninas. Eu, toda vez, desviava da pergunta, mas já estava começando a ficar irritante. Então teria que fazer o que todo pai fazia em um momento desses...

- É querer ir ao banheiro. Está apertada, entende? – ela assentiu e eu suspirei.

- Porque você chama Tia Renée de Renée? – Emily perguntou.

- Porque esse é o nome dela, ué.

- Mas porque? – dessa vez foi Eliza.

- Porque eu quero.

- Porque? – Eliza.

- Escolha minha.

- Porque?

- MAS QUE MERDA! – parei o carro e me virei para trás. – Que tantos “porquês”. Será que podem mudar a pergunta? Caramba, eu não vou aguentar assim.

- Você se estressa rápido. – Emily falou e Eliza concordou com a cabeça.

- Oh meu deus. – encostei a cabeça no banco. – Me da paciência para não bater o carro.

- Você não pode fazer isso. – Eliza disse.

- Porque? – encarei-a pelo espelho.

- Porque eu sou linda e querida demais para morrer.

- Nossa. – Emily fez cara de impressionada. – Ela sabe explicar um porque, apesar de não ser nem um pouco modesta.

- Você está me chamando de burra? – Eliza virou para Emily, que deu de ombros. – Eu vou te pegar, sua loira burra e feia.

- Olha que nós somos gêmeas, hein. – Emily riu, se esquivando das mãos de Eliza.

Ainda bem que eu tinha colocado elas separadas, ou um pouco longe. Ou agora estaria novamente entre briga de crianças.

- Você é a parte feia. Eu sou a bonita. – Eliza estufou o peito. – Todos sabem disso.

- Aham. – Emily revirou os olhos. – E todos também sabem que você é a parte burra, também.

- Mas sua loira de farmácia...

- CHEGA VOCÊS DUAS! – gritei, assustando elas. – Dá pra parar com a briga? Eu tenho hora marcada com o Cullen e vocês estão me atrasando.

- Você que parou o carro, não foi nós. – Emily disse.

- Eu sei. – resmunguei.

Liguei o carro e segui para a escola. Lá, eu soltei as gêmeas do cinto de segurança, peguei meu notebook e guiei-as para dentro do prédio. As duas pareciam encantada com aquele lugar que eu chamava de inferno. Emily murmurava “Lindo”, “Do jeito que eu imaginei” ou “Não vejo a hora de vir para um lugar assim”, deslumbrada com o lugar. Já Eliza murmurava “Divertido”, “Da pra aprontar mais que na minha escola” ou “Nossa! Vou escorregar naquela escada”. Elas pareciam nunca ter pisado num colégio de... Adolescente.

Eu olhei para Eliza, repetindo o que tinha ouvido sobre escadas...

- ELIZAAAA, VOLTA AQUIII! – berrei para a criatura que corria em direção as escadas.

Ela gargalhava, seus olhos brilhando em direção a escada. Eu consegui alcançá-la e segurei sua mão.

- Ah, Isa, me deixa tocar o alarme de incêndio. – ela implorava, tentando, inutilmente, se soltar das minhas mãos.

- Já disse que não, criatura.

- Aff. – ela bufou e desistiu.

- Bella, onde fica a sala que vamos encontrar o Cullen? – Emily perguntou.

- Naquele corredor. – apontei para o corredor. – HEY, EMILY, VOLTE AQUI! NÃO CORRE!

Eu soltei Eliza e me preparei para ir atrás de Emily, mas então Eliza foi na minha frente, gargalhando altas enquanto seguia a irmã. Deus, por favor, me da paciência.Fiz minha prece e corri atrás das diabinhas.

- VOLTA AQUI, MENINAS! – berrei.

Eu tentava me manter em pé e segurar o notebook. As duas corriam na frente, rindo.

- NAMORADO DA ISAAAA! – Eliza gritou.

- O que eu fiz para merecer isso? – perguntei olhando para cima. – SUAS PESTES, VOLTEM AQUIIIIII!

- Isabella? – Edward saiu da salinha, com uma expressão de confuso e espanto.

- NAMORADO DA ISA! – Eliza e Emily gritaram e pularam em cima do Cullen, derrubando ele.

Eu encostei na parede, totalmente ofegante. Coloquei o notebook nas pernas e me curvei um pouco, procurando ar.

- Oi. Oi. Oi. – as duas falaram animadas.

- O... Que...? – ele se virou para mim, de olhos arregalados.

- Edward, essas são Eliza e Emily. – indiquei as gêmeas. – E meninas, esse é Edward Cullen.

- Caramba. – Eliza abriu a boca. – Ele é um... Gato!

- Er... Obrigada. – Edward franziu as sobrancelhas e se apoiou nas mãos com as duas ainda em cima dele.

- Sim. – Emily concordou. – Ele é de uma beleza radiante.

Edward sorriu para as duas, que sorriram de volta. Elas se olharam e fizeram cara feia.

- Pode tirando o olho. Ele é meu. – Eliza disse.

- Nada disso. Ele é meu. - Emily falou.

- Sai fora. – Eliza empurrou Emily. – Eu vi primeiro.

- Não. – Emily empurrou Eliza. – Fui eu quem o vi primeiro.

- ELE É O NAMORADO DA BELLA! – as duas falaram juntas.

- Não é não. – neguei, sentindo minhas bochechas esquentarem quando Edward virou para mim.

- ENTÃO ELE É MEU! – elas grudaram no Edward.

- Também não. Saiam daí, suas assanhadas. – puxei-as para ficarem em pé.

Edward parecia desconcertado, pois não falou nada. Eu tive que puxá-lo também, ou então ele ficaria ali, sentado, que nem um idiota. O que ele era. Empurrei as meninas para dentro da sala. O primeiro lugar que elas olharam foi a maquina de doces. Tive que dar um dólar para cada uma, para assim poder falar com o Edward.

- Quem são essas? – ele perguntou num sussurro.

- Eliza e Emily Guignard.

- Espera ai, quer dizer que Esther Guignard teve gêmeas?

- Não. Elas são adotadas. Duas capetas adotadas... – sussurrei para mim mesma. – Renée e Esther estavam muito ocupadas e Renée me ofereceu para ser babá dessas garotas, porque a babá verdadeira tinha quebrado um braço ou coisa assim. O que eu acho que foram elas que causaram. Olha como elas parecem do mal... – nós viramos para as duas, que estavam sentadas no sofá, balançando as perninhas inocentemente enquanto comiam chocolate.

- Para mim elas parecem... Do bem. – ele falou.

- Acredite, elas não são. Então eu tive que trazê-las comigo porque se não Eliza iria contar para Renée que eu as abandonei sozinhas...

- E que história é essa de “namorado da Bella”? – ele ergueu uma sobrancelha.

- Eliza entendeu errado e agora as duas insistem nisso. – revirei os olhos. – O problema é que Eliza parece ser do tipo boca grande e tenho certeza que ela vai falar para o Charlie sobre isso. Principalmente porque disse que tinha ficado "amiga" dele. E... - dei de ombros. - é por isso que eu to negando.

- Hum. - fez.

- Agora vamos trabalhar porque eu quero logo voltar para minha casa e deixar essas criaturas lá.

Nós fizemos tudo que precisávamos ali. Eu consegui desenhar uma coisa melhor que a da Alice, que até o Edward aprovou. Tivemos que lidar com as gêmeas, porque elas perguntavam toda hora o que estávamos fazendo. Depois de terminado, eu e Edward nos jogamos no sofá, cansados pelo desenho e pelas gêmeas. Eliza sentou no braço do sofá ao lado de Edward e Emily entre nós dois.

- E então, Edward, o que você faz da vida? – Emily perguntou para ele.

- Estudo.

- Gosta de palhaços? – Eliza perguntou e nós olhamos para ela, confusos. – Qual é? Eu preciso de um namorado que goste de palhaços, afinal, gosto de festas com palhaços.

- Mas quem disse que ele é seu namorado? – Emily balançou a cabeça.

- Quem disse que é seu? - Eliza ergueu uma sobrancelha.

- Ele.

- Eu? – Edward perguntou confuso.

- Você? - eu quem perguntei, ao mesmo tempo que ele.

- Viu? Ele não disse nada. Edward é meu príncipe e meu namorado, então... CAI FORA LOIRA DE FARMACIA!

- Argh! – Eliza avançou na Emily.

As duas se atracaram ali, com Edward no meio. Eu até pensei em tentar separar, mas me lembrei dos braços ardendo, do rosto ardendo, e do mini soco, então deixei Edward se virar. Ele não precisou de muito sacrifício, pois elas relaxaram sobre o toque dele.

Eu as entendia muito bem, e sabia o efeito que ele tinha.

As gêmeas se encararam, com olhares de raiva. Edward estava assustado, e eu? Eu sei lá, olhava tudo aquilo horrorizada.

Ah meu deus, eu só posso ter tacado alguns dos meus chicletes na cruz, porque dançar eu sei que não dancei. Porque tinha justamente que vir essa tarefa para mim? De cuidar de duas gêmeas loucas. Não! Elas eram loucas de modos diferentes. Uma era inteligente demais e a outra... Roqueira demais. Eu parei para analisar, vendo que estavam as minhas duas personalidades ali, separadas. Eu tinha meu lado inteligente, onde o estudo é importante. E tinha o lado “To nem ai, cai pra cima”, igual à Eliza.

- Er... Meninas... – Edward me encarou. – Vocês não querem, sei lá, fazer alguma coisa?

As duas se entreolharam, como se conversassem com os olhos, por fim, assentiram.

- Do que você está falando, Cullen? – sussurrei.

- Vou salvar a sua pele e a minha. – ele sussurrou de volta, antes de piscar um olho e sorrir.

Eu não sabia o que o Edward estava aprontando, e estava com medo. Por quê? Porque eu seguia ele com as gêmeas, indo para o estacionamento. E se ele as sequestrasse? Será que ele seria capaz disso? O Cullen? Mas se ele fizesse, eu me livraria das briguentas e poderia passar o resto do meu dia em paz. Só que se eu aparecesse em casa sem as gêmeas, com toda certeza Renée me esganaria. Eu estava entre a cruz e a espada. Pois podia deixar o Cullen sequestrá-las, mas teria que arcar com as consequências. Não que ele estivesse fazendo isso... Não. Ele não estava. Primeiro porque foram às gêmeas que imploraram para ir com ele mais na frente, me deixando para trás falando que eu iria ficar com ciumes delas. Segundo porque ele não queria levá-las lá, pois sabia que elas iriam brigar. Mas elas eram insistentes e acabaram indo com ele.

- Eu vou na frente! - Eliza bateu o All Star no chão.

- Nada disso, eu que vou! - Emily foi contra.

Eu me aproximei e parei do lado do Edward.

- Podem as duas parando por ai e indo para o banco de trás. - falei. - Lembra, são menores que dez anos...

- Ahhh. - as duas fizeram.

- Nem A nem B. - Edward que falou. - Vamos, entrem.

Elas foram para o banco de trás, ainda brigando sobre quem ficaria sentada atrás de mim para poder olhar para o Edward. Eu quase que coloquei uma cortina ali para nenhuma das duas olharem para ele. Não que eu estivesse com ciumes, porque eram crianças, mas sim para pararem com aquela briguinha. Acabou que elas se resolveram - com a ideia do Edward - de que na ida era Eliza que ia ali, e na volta a Emily. Eu sentei no banco do carona e Edward saiu do estacionamento, indo para a estrada principal.

- Aonde nós vamos? - perguntei.

- Ah, é segredo. - ele piscou um olho e sorriu.

Eu revirei os olhos e me virei para o outro lado, da janela, prendendo um sorriso. No caminho as meninas iam fazendo perguntas para Edward, e isso até que me ajudou a conhecê-lo mais um pouco. Não que eu já não soubesse metade daquilo, porque do tanto que conversávamos...

Quando percebi, nós já estávamos perto de Port Angeles.

- Aonde você está nos levando, Edward? - me virei para ele.

- Ahh, em um lugar que vai nos divertir. - ele deu de ombros. Quando paramos em um farol, ele colocou uma mão na minha perna e se aproximou de mim, até sua boca está perto do meu ouvido. - E para distrair as gêmeas só para depois ter você pra mim.

Eu não sabia se era por causa do ar condicionado ligado - mesmo que seja no quente - ou se foi a mistura da voz rouca do Edward com o halito quente dele que bateu no meu pescoço e a presença dele perto demais de mim que fez os pelinhos do meu braço se arrepiar e meu coração acelerar. Só sei que foi isso que aconteceu quando ele falou aquilo.

O sinal abriu e Edward se afastou, com um sorrisinho presunçoso nos lábios por ter percebido o que tinha acontecido comigo. As meninas estavam quietas demais, então eu olhei para trás para olhá-las, e elas estavam olhando para fora, totalmente alheia ao que tinha acontecido. Eu virei para Edward, que estava totalmente concentrado na rua, e depois para a minha janela, vendo que começava a escurecer já.

Edward parou o carro em frente ao parque de Port Angeles, e sorriu para mim, antes de sair e abrir a porta para nós. As meninas olhavam para o parque como olharam na escola. E eu me segurei para não fazer uma careta, porque aquilo não me trazia boas lembranças. Nem um pouco boas.

- Isso foi uma boa ideia. – falei ao me aproximar.

Era uma boa ideia, para distrair as meninas.

- Eu sei. – disse presunçoso.

- Idiota. – bufei.

- Isa, nós vamos lá? – Eliza se virou para mim.

- Vamos. – respondi, olhando para o Edward, que assentiu.

- Ehhhhh. – as duas comemoram.

- Que bom que gostaram. Agora vamos. – peguei na mão das duas e as puxei para a entrada, com o Edward me seguindo.

Eu ia pagar a minha entrada e a das meninas, mas Edward não deixou, falando que ele tinha dado a ideia, ele que iria pagar. Protestei, mas o ele era decidido. Nós entramos no lugar, que não estava muito lotado. Tinha mais adolescentes ali do que pais com crianças. Casais estava cheio.

- Vamos aonde primeiro, Bella? – Emily perguntou.

- Vocês que decidem, meninas. – Edward respondeu por mim.

- Nós vamos no... – Eliza começou.

- EM TUDO! – Emily completou, mudando a frase. – Mas primeiro vamos ao Barco Viking.

As duas correram na direção do barco viking. E Edward e eu a seguimos, mas caminhando.

- Agora é serio, Edward. Foi uma boa ideia. – falei.

- Elas são bastante elétricas. – ele riu. – Sabia que você não ia dar conta se elas não gastassem energia.

- Eu daria conta sim. – ergui o queixo.

- Não. Você iria matá-las antes. – eu abaixei a cabeça, sabendo que era verdade. Ele passou um braço por cima do meu ombro, como consolo.

- VEM ISA!

- VEM EDDIE!

Nós entramos na fila junto das meninas. Na nossa vez, eu fui com Emily no meio e Edward com Eliza na ponta. Eu não gostava desses brinquedos e Emily parecia concordar comigo, o que significava que a minha parte medrosa era a nerd. Depois que acabou – graças ao bom deus – nós continuamos andando.

- Eddie, você sabia que a Isa tem medo de nós? – Eliza perguntou para o Edward e eu arregalei os olhos.

- É? – ele se virou para mim.

- Men-mentira. – gaguejei.

- Então porque você ficou toda louca quando me viu? – ela ergueu uma sobrancelha. – Eddie – puxou a mão dele. – Ela achou que tava ficando cega quando viu a Emily.

Os três gargalharam e eu bufei. Medo idiota!

- A Bella não tem medo de nós, Eli. – Emily disse. – Ela sofre um trauma de infância.

- Que trauma? – Edward perguntou.

- TIRO AO ALVO! – Elisa gritou e as duas saíram correndo.

- Não de ouvidos a elas, Edward. – falei e revirei os olhos.

- Que trauma? – insistiu.

- Não vou falar nada porque eu nãotenho trauma. – minha voz subiu depois do “não”.

- Isa! Eddie! Vem aqui! – Eliza nos chamou. – Tenta! Tenta! Tenta!

- Eli, as probabilidades de Bella acertar o alvo é de 40% por causa dos óculos e da falta de reflexo. Mas a de Edward é de 70%, por ele não ter problemas de vista.

- Você está me chamando de cega?! – arregalei os olhos.

- Só a verdade, Isa. – Eliza balançou a cabeça como se dissesse “Que pena” e eu grunhi. – Eddie, você pode ganhar aquele crocodilo pra mim? – ela fez uma carinha fofinha com um biquinho.

- Claro! – ele sorriu e tirou a carteira do bolso, colocando cinco dólares em cima da bancada. – Quero cinco.

- É pra já, cara. – o homem falou.

Eu encostei-me à bancada, pensando em formas de zoar Edward quando ele não conseguisse e acabasse com a felicidade de Eliza. Até Emily pediu um ursinho, só que o dela era um panda. Algo mais... Criança, do que um crocodilo. O cara colocou a espingarda falsa na frente do Edward, que a pegou com manejo e apontou, fechando um olho. Era até engraçado ver ele daquele jeito.

- Cuidado, Cullen, para não acabar com os sonhos de simples crianças. – falei.

- Vai se ferrar, Swan. – ele murmurou, rindo.

- Porque a Bella vai ao banheiro? – Eliza perguntou.

Edward abaixou a arma falsa e encarou Eliza e depois me encarou. Eu apenas fiz um sinal para ele esquecer. Edward voltou a posição que estava antes, e atirou... Errado!

- Há-há, você errou. – ri.

- Esse foi o primeiro, Isabella. – ele falou com raiva.

Eu nunca tinha reparando como Edward ficava ainda mais... Sexy com raiva. Claro que antes quando ele estava com raiva, eu também estava. Mas agora com eu me divertindo, dava para reparar. Eu mordi o lábio inferior, vendo sua expressão carrancuda.

Ele arrumou a bala de mentira e mirou no alvo. E quando atirou... Errou!

- Sei não, hein Cullen. Acho que os 40% é pra você.

- Cala a boca. – grunhiu.

Ele foi mais uma vez e mais uma vez errou. Eu não agüentei e cai na gargalhada.

- Pobre crianças... – cantarolei e ele rosnou. – Você só tem duas chances, Cullen.

- Eu vou consegui as duas. – disse e preparou outra. – Merda! – fez, quando foi errado.

- Eddie? – as meninas chamaram.

- Um minuto. – pediu, arrumando a ultima bala.

Ele se posicionou e ficou concentrado. Quando atirou...

- NÃO! – berrei. – Não acredito que você acertou!

- Qual vai ser, campeão? – o carinha perguntou.

- O crocodilo.

Ele deu o ursinho para Eliza, que abraçou o coitadinho com tanta força que se fosse de verdade teria morrido ali, e naquele momento. Emily encarou Edward com os olhinhos tristes, que até eu fiquei com dó.

- Você vai ter que se virar. – falei, balançando a cabeça.

- Mais cinco. – Edward sorriu para Emily, que sorriu de volta. – É a panda, não?

- Isso!

- Vai ser de primeira. – ele piscou um olho e ela suspirou, como se tivesse apaixonada.

- Você não vai acertar de primeira. – falei.

- Duvida? – perguntou e eu assenti. – Ok, se eu acertar, eu faço Emily feliz e você me conta seu trauma. Ah, e aceita o ursinho que eu vou ganhar para você.

Esse garoto tinha problemas. Quais eram as chances dele acertar de primeira? Eram quase nulas as chances. Então...

- Vai ai, Cullen.

Edward sorriu antes de se virar para o alvo. Ele ficou concentrado como da ultima vez, e eu sorri, torcendo para ele não acertar. Edward atirou e...

- NÃOOOOO! – choraminguei.

- Aqui está, Emi. – ele entregou o ursinho para Emily, que foi mostrar para a irmã. – Isabella?

- Eu não acredito. - falei, e ele riu.

Edward aproveitou os outros quatro tiros, e em um desses acabou ganhando um tigre para mim. Claro que fui eu quem escolhi, e mesmo que tenha achado o crocodilo da Eliza estranho, o meu tigre num era muito normal.

- Aqui está, gatinha. - Edward me entregou o ursinho. - Ou devo falar tigresa?

Eu cai na gargalhada, vendo o quando ele era idiota.

- Claro, tigrão. - pisquei um olho.

Ele riu e me deu um beijo na ponta do nariz.

- Depois falam que não são namorados. - Eliza falou, e nós viramos para ela.

- Mas não somos. - gaguejei.

- E o que foi isso? - Emily perguntou.

- Amigos fazem isso. - Edward disse, rindo. - E namorados fazem isso. - ele me roubou um selinho, e as meninas fizeram careta. - Mas nós só somos amigos.

- Ok. - as meninas deram de ombros e saíram andando.

- Seu aproveitador. - dei um tapa nele.

- Se é o único jeito hoje... - ele deu de ombros.

- ISA! ISA! – Eliza me chamava, junto com Emily. – VAMOS À MONTANHA RUSSA!

Eu me virei para o lado da montanha russa, afinal, aquilo ainda era para a diversão das meninas. Nós ficamos na fila, as meninas só falavam de seus ursinhos e que iam contar para Esther sobre o Edward, namorado das duas. Isso mesmo, eles três tinham se resolvido. Ia ser um triangulo amoroso, onde as irmãs dividiam o namorado.

- Nós vamos na frente! – as duas falaram juntas e sentaram no carrinho da frente.

Edward e eu sentamos nos bancos de trás. Ok, eu estava me cagando de medo, mas não queria demonstrar. Fui muitas poucas vezes em parques de diversões... Na verdade, fui duas vezes em toda a minha vida. E só tinha ido duas vezes à montanha russa, uma no meio, com Charlie. Com eu apertando sua mão. Mas a minha primeira vez eu não fui com ele, e era algo meio... Chato de lembrar. Mas agora eu estava no segundo carrinho, sem ninguém para apertar a mão, com o filme Premonição 3na cabeça e indo NUMA MONTANHA RUSSA NO ESCURO!

- Bella? – Edward me chamou e eu me virei para ele.

- O... – pigarreei para melhorar minha voz e tirar a bile. – O que?

- Você está bem? – assenti. – Não parece... – ele tocou minha mão. – Está gelada.

- Essa é minha temperatura. – puxei minha mão, saindo das correntes elétricas e para fugir de mais perguntas. – E... Eu estou bem. Meninas? – as chamei, para desviar a atenção de mim.

- Oi? – falaram, juntas.

- Tudo bem ai?

- Tudo ok. – Eliza respondeu.

O carinha do brinquedo fez o sinal para ligarem o carrinho, depois de terem visto se estava tudo preso. Eu grudei minhas mãos na grade, tentando não demonstrar tanto que estava com medo. Pelo canto do olho via Edward em encarando, com... Preocupação.

O carrinho subia, e eu evitava olhar para os lados para não vê a altura que estávamos. Minutos depois ele entrou em um túnel escuro, impossibilitando ver qualquer coisa. Isso era bom e ruim. Eu apertei mais ainda a barra e gemi baixinho.

- Tem certeza que você está bem? – ele insistiu.

- Te-tenho. – gaguejei. – Oh meu deus. – sussurrei.

- Isabella? – Edward pegou minha mão, puxando-a levemente. – Você está muito gelada.

Eu queria falar para ele parar de insistir, que nós estávamos num lugar onde era frio, mas minha voz sumiu, junto com minha respiração quando eu senti o carrinho para e inclinar um pouco pra frente. Ele deu um tranco e desceu.

- AHHHHH! – ouvi as meninas gritarem.

Eu não tinha voz para isso. Como Edward ainda segurava minha mão, eu a apertei com força, não pensando se era muito forte o aperto ou não. Só sabia que estava com muito medo. Fechei os olhos, para vê se melhorava, só que tudo era sempre escuro. De olhos abertos ou fechados. O carrinho subiu novamente.

- Isabella! Isabella! Bella! – Edward me cutucava.

Eu abri os olhos, mesmo sentindo o carrinho em movimento. Estávamos do lado de fora, apenas uma passada rápida. Olhei para Edward, que me encarava com espanto. Minha visão foi cortada quando entramos mais uma vez no túnel, e veio mais uma descida. Ouvi os gritos das meninas misturados com os das outras pessoas, e só sentia a mão de Edward junto da minha. Ele também apertava a minha, e eu sabia que não era de medo. A única medrosa ali era eu. Ele fazia a mesma coisa que Charlie fez, para reconfortar.

Eu tentei me concentrar na mão de Edward, e dizer para mim mesma que tudo que passava na minha mente não era real. Como a impressão de o cinto não estar preso o suficiente ou que os carrinhos estavam saindo dos trilhos. Eu só precisava me concentrar em Edward, e talvez meu coração não iria sair pela minha garganta e correndo por ai.

- Nossa! – ouvi Eliza exclamar.

- Foi sensacional. – Emily disse.

Eu ainda continuava de olhos fechados, esperando o carrinho parar para eu abri-los, mas o carrinho não parava. Ele subia e descia sem parar.

- Bella. – Edward me cutucou e eu fiquei com medo de ser mais uma vez uma parte do lado de fora. – Isabella, abre os olhos. Bells! – ele me sacudiu. – Bella. – agora com mais força.

Abri os olhos e vi que estávamos parados, no mesmo lugar que estávamos antes de entrar no carrinho. Olhei para o lado e Edward estava ali, me encarando com expectativa. Abaixei meu olhar e vi nossas mãos juntas, meus dedos entrelaçados com os dele. Puxei minha mão e levantei rápido, saindo logo dali.

- Bella? Isabella! – ouvia-o me chamando.

Sentei em um banco que tinha ali, e coloquei minha cabeça entre as mãos. Merda! Merda! Merda! Que merda eu tinha feito naquela montanha russa? Porque não podia simplesmente fazer as coisas normais? Como eu odeio tudo isso!

- Você está bem? – ele perguntou e eu o senti sentar do meu lado.

- Não. – murmurei.

- É esse o seu trauma?

- Um deles. – olhei para ele. – Eu tenho medo de crianças, ok? Tenho pavor de crianças. – ele me encarou, pensativo. Abaixei minha cabeça novamente. – E tenho medo de montanha-russa.

- Porque? – perguntou.

- Todo mundo fala que crianças são inocentes, mas é mentira. – encarei-o. – Elas não são inocentes. Quando existir uma, me mostre.

- Você... Elas eram más com você? – ele tinha entendido.

- É. Por isso que eu fiquei com medo da Eliza e da Emily. Para mim todas são iguais. – balancei a cabeça. – Elas sãos más a ponto de te colocar numa montanha russa, no primeiro carrinho, quando você não quer. – ri, sem humor. – Sozinha. Eu fui sozinha. E eu estava no parque por diversão, e acabei indo pra enfermaria por desmaio. Isso não é legal? Não é a melhor experiência?

- Isabella... – ele murmurou, sem saber o que falar.

- Eu sei. – concordei. – Achei que quando fui com Charlie, tinha superado isso, mas... Sou idiota demais para vê que não.

- Talvez você não tenha superado esse seu medo, mas superou o de crianças.

- Emily me aju... OH MEU DEUS! – pulei do banco. – CADÊ AS GÊMEAS?!

Edward arregalou os olhos. Droga! Eu fiquei tão preocupada comigo mesma que me esqueci das gêmeas. Senti o desespero subindo por saber que seria morta por duas mães. A das meninas, Esther, e Renée. Ela por que eu a fiz perder o emprego. Como eu pude fazer isso?

- Nós temos que achá-las. – Edward falou. – Vamos nos dividir.

- Ok. – assenti. – Qualquer coisa ou se achar elas, liga.

Eu fui pelo lado direito e ele pelo esquerdo. Eu tentava não me desesperar, mas era impossível. Não podia perder nenhuma das meninas, ou então eu me culparia pelo resto da minha vida. O que não iria ser longa. Perguntava para as pessoas, na esperança de algumas delas verem. Mas elas diziam que não. Era meio impossível não vê duas loiras gêmeas, uma vestida de vampirinha e a outra de nerd patricinha.

- Hey, você não viu duas garotinhas, gêmeas? – perguntei para uma garota, com o namorado.

- Loirinhas? – ela perguntou.

- Sim. – assenti.

- Vi sim, elas estavam na fila da caverna dos horrores.

- OH MEU DEUS! – berrei, assustando ela e o namorado. – Desculpe, e er... Obrigada.

- De nada.

Eu caminhei um pouco e peguei meu celular, discando para o Edward.

- Sei onde elas estão. – falei assim que ele atendeu.

- Onde?

- Na caverna dos horrores.

- O QUE?! – ele se assustou. – O que essas garotas têm na cabeça?

- Não sei. Mas nós temos que achá-las.

- Estou perto.

- Eu também.

- Até daqui a pouco.

- Tchau.

Desliguei o celular e corri para onde sabia que era a caverna dos horrores. A fila do local estava enorme, eu arfei ao ver quantas pessoas queriam ir ali A NOITE! Sim, já tinha escurecido totalmente.

- Isabella! – Edward apareceu do meu lado. – Não da para esperarmos essa fila. Elas devem sair daqui a pouco.

- Mas e se elas estiverem com medo?! E se os bichos pegarem elas?! O que eu faço sem as loirinhas?

- Bella, calma. – Edward segurou meus braços. – Olha, eu não sei o que essas pessoas tem na cabeça para deixarem crianças entrarem nesse lugar, mas elas vão sair, ok? Eu já pedi para avisarem aos “monstros” de lá de dentro que tinha duas crianças e eles avisaram. Agora só vamos esperar elas na saída.

- Ok. – assenti e abaixei a cabeça.

Edward me puxou para a saída da caverna e nós ficamos ali, esperando as gêmeas saírem. Ele me segurava pela cintura, e eu agradeci isso mentalmente, porque depois do susto da montanha-russa e do desaparecimento das gêmeas, minhas pernas estavam parecendo gelatinas. Passaram uns cinco minutos e então as portas abriram, mas o que saiu de lá não foi o que eu esperava. O que saiu foram simplesmente... OS MONSTROS! Sim, os monstros. E eles não traziam as gêmeas.

- ASSIM NÃO DÁ! – um deles, vestido de vampiro, exclamou, com a mão no tornozelo.

- Estamos ficando moles mesmo. – um zumbi falou.

- Duas crianças! Foram duas crianças! – a bruxa jogou uma mão pra cima, com a outra no nariz.

- Sinto que estão falando das gêmeas. – Edward murmurou no meu ouvido.

- Eu também. – concordei.

As portas se abriram novamente e dessa vez as gêmeas saíram. Elas tinham sorrisos enormes no rosto.

- Meninas! – corri ate elas e envolvi as duas em um abraço só. – Porque vocês sumiram assim? Sabe o quanto me preocuparam?

- Desculpa. – as duas pediram em uníssono.

- Desculpadas, mas isso não pode mais se repetir.

- Nós vimos você e Edward conversando e achamos que já íamos embora, então queríamos ir à caverna dos horrores antes. – Eliza explicou.

- O que aconteceu lá? – Edward perguntou.

- Nada! – Emily bufou. – Esses monstros não são de nada. Eliza chutou o vampiro.

- É, mas você socou a bruxa. – Eliza contou.

- Claro. Ela vem me assustar.

- Eles me assustaram também.

Revirei os olhos. Aqueles monstros não estavam lá para assustar as pessoas? Deus, essas gêmeas são demais!

 (...)


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Notas finais do capítulo

Helloooo Gatinhas :) Dessa vez eu não demorei um mês para postar, hein, kkkk. Também, queria postar bem no dia do meu aniversário, como um presente para mim mesma, kk. Esquisito, eu sei ú.ú
Esse é um dos capítulos que eu mais adorei escrever, pois quando me veio essas gêmeas na cabeça, eu me liguei a elas totalmente, kk. Tem uma segunda parte do capitulo, mas como eu estava ansiosa para apresentar para vocês as Gêmeas, coloquei logo a primeira. A segunda vai vir com mais loucuras ainda, kk.
Mas então, o que vocês acharam delas? E da Tânia está quieta demais? Huuuum... , kkk
Eu queria agradecer a M-giih pela linda recomendação *----* E bem vindas as leitoras novas! :)
É isso, gatinhas. Beijoos e até a segunda parte das confusões dessas gêmeas.
Ps.: Quem quiser me adicionar no msn para nós conversar, é : sumlee@live.com : )