-Gostou do quarto querido?- Minha mãe perguntou, e Edward apenas balançou a cabeça concordando.

-Ficamos muito felizes que você tenha gostado, não é mesmo Renée?- Meu pai perguntou à minha mãe, que apenas concordou.

Assim que saiu do quarto ele falou para os meus pais:

-Muito obrigado mesmo. Acho que se não fosse por vocês eu, provavelmente, estaria dormindo na rua agora.

-Na rua? Mas porque querido? Aconteceu alguma coisa com a sua casa?-Renée perguntou preocupada.

-Minha mãe, ela morreu.- Ele murmurou.

-Ah ,me desculpe. Eu não sabia que...

-Tudo bem, não importa mais. Acho que agora ela está bem melhor.- disse cortando-a.

-Senhora Swan, lhe mandaram esta carta.- Uma empregada apareceu falando e entregando um envelope pardo a minha mãe, que o abriu, para logo em seguida, arregalando os olhos e fazendo uma expressão de horror.

-Renée o que foi?- Meu pai perguntou.

-Charlie, o resultado deu positivo.- Falou olhando para o chão.

-Que resultado?- Meu pai perguntou.

-O exame que eu fiz semana passada, confirmou nossas suspeitas - Ela disse com lágrimas nos olhos.

-Mãe que exame é este?- Perguntei chegando perto dela e a abraçando, vendo que Edward demonstrava querer fazer a mesma coisa que eu, mas parecia não ter coragem.

-Nada de importante Bella.

-Como não é nada? Você está chorando alguma coisa deve estar acontecendo.

-Quando chegar a hora contaremos para você, mas não se preocupe não é nada grave.- Meu pai falou me olhando e depois continuou.-Renée vamos para o nosso quarto.- Disse,enquanto minha mãe saia do meu abraço e ia com ele em direção a porta do quarto deles. Eu não sabia ,ou ser quer entendia o que estava acontecendo, mas parecia que eu ficaria assim por um bom tempo.

Edward continuava no mesmo lugar e olhava para o chão. Ele parecia estar se sentindo deslocado ,algo que fez com que -estranhamente-meu coração se apertasse.

-O que aconteceu?- Perguntei, sendo surpreendida logo em seguida, pois ele me abraçara chorando ,e eu chorei junto com ele.

-Porque está chorando?- Perguntei, me sentando no chão, e deitando a cabeça dele em meu colo ,limpando suas lágrimas.

-Eu conheço essa história.- Ele disse soluçando.

-Que história?-falei mexendo em seus cabelos

-Minha mãe havia recebido uma carta. Eu perguntei a ela o que era, mas ela não disse nada, apenas falou que na hora certa me contaria. Quando ela...-ele soluçou e depois continuou-Somente quando Esme já estava muito mal, me contou o que havia realmente acontecido. Estava com câncer, câncer de mama muito avançado, não teria chances de sobreviver se não fizesse uma cirurgia, mas acontece que a cirurgia era muito cara, e não tínhamos como paga-lá, e então ela morreu.-Finalizou.

-Então você quer dizer que a minha mãe pode estar com câncer ou com alguma doença?- Perguntei olhando-o, e começando a reparar o quanto ele era lindo.

-Acho que sim.- respondeu.

-Prefiro não acreditar nisso.

-Desculpe.- murmurou.

-Não se desculpe. Eu sei como é perder alguém, eu sei como é horrível quando você percebe que nunca mais vai ver aquela pessoa, que ela não passará de lembranças, que com o tempo você vai se esquecendo.

-Eu não sei o que te dizer.

-Não diga. Apenas pense que a sua mãe não deve estar feliz te vendo sofrer e que provavelmente faria de tudo para lhe arrancar um sorriso verdadeiro. - Falei recebendo de imediato, recebendo um sorriso dele.

-Obrigado.- Ele disse fechando os olhos assim que eu acaricie sua face.

-Sempre que precisar eu estarei aqui.- eu disse baixinho o olhando-Sempre.- completei.

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Meus pais haviam me convidado para jantar naquele dia- coisa que eu aceitei imediatamente-e para minha surpresa Edward iria jantar conosco.

Minha mãe ainda estava triste e meu pai estava do mesmo jeito. Eu gostaria de poder ajudá-los, mas isso fica muito difícil, quando não me contam o porque de estarem assim.

Quando o jantar foi servido, percebi que Edward estava um pouco sem jeito, mal tocava na comida, algo que não passou despercebido pela minha mãe.

-O que foi querido? Não está com fome? Não gostou da comida?- Disparou ela perguntando.

-Er... é que, eu não estou muito acostumado a comer de garfo e faca, e ..

-Não tem problema. Eu peço uma colher para você. -ela o cortou- Effie, querida, traga uma colher para Edward.- Disse à nossa cozinheira, que logo trouxe o que ela pedira.

-Aqui está a colher, senhora.- Ela disse dando a colher para minha mãe, que logo a entregou para Edward.

-Obrigado.- Renée agradeceu, e sorriu contente ao ver que Edward agora estava comendo.

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-Gostou do jantar?- Minha mãe perguntou a Edward.

-Sim, senhora Swan, estava uma delícia.- Respondeu chamando-a de senhora, o que a fez fazer uma careta.

-Não precisa me chamar de senhora, porque ainda falta uns 35 anos para eu ser uma. Então apenas me chame de Renée e eu ficarei muito grata.- Disse sorrindo.

-O jantar estava ótimo Renée.- Ele reformulou a frase, agora chamando-a somente pelo primeiro nome.

-Agora está bem melhor. - disse satisfeita- E você Bella, gostou do jantar?

-Gostei.- Respondi a primeira coisa que me veio a cabeça.

-Então está na hora da sobremesa!- Ela disse alegre,nem parecia que a pouco tempo atrás estava triste.

-Effie traga a sobremesa, por favor. -Meu pai pediu e logo em seguida, todos estavam se deliciando com o pudim de chocolate.

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Depois que todos já estavam satisfeitos, minha mãe nos chamou para irmos até a varanda de nossa casa, para como ela mesma disse "nos conhecermos mais".

Eu já ia ajudar Edward, quando vi que meu pai estava o trazendo até a varanda ,onde ele se sentou em umas das diversas cadeiras que havia ali.

Quando todos estavam reunido, minha mãe falou:

-Edward nos conte um pouco sobre você querido.- Ele pareceu um pouco estranho quando minha mãe lhe perguntou isso, mas mesmo assim disse:

-Acho que a minha vida não é muito interessante. Meu pai abandonou a mim e a minha mãe, quando descobriu que eu era cego. Ela então cuidou de mim, fazendo o papel de mãe e pai. As vezes não tínhamos o que comer, mas Esme sempre me dizia que as coisa iam ficar bem. Porém ela acabou ficando doente e falecendo.- Disse e eu percebi que Renée estava com os olhos marejados.

-Eu sinto muito querido, se eu soubesse não lhe perguntaria nada.- Falou arrependida.

-Sem problemas.- Ele disse tentando sorrir.

-Bom como você já deve saber, eu me chamo Renée.-minha mãe disse rindo,mudando de uma hora para outra - Eu e Charlie nos conhecemos na escola. No começo nos odiávamos, mas no fim vimos que todo aquele ódio era amor. E foi desse amor que a Bella nasceu. Na verdade, me lembro muito bem dos detalhes daquela noite, seu pai -falou olhando para mim- estava mais branco de que papel, mas mesmo assim ficou comigo o tempo inteiro comigo.- Terminou sorrindo.

-Eu me chamo Charlie, e sou o pai da Bella. - Meu pai falou, enquanto Renée olhava feio para ele- E pelo o que você pode deve percebido, eu não sei o que dizer.- Completou, fazendo com que todos nós rissemos.

Minha mãe olhou sugestivamente para mim, então eu disse:

-Ah, eu me chamo Isabella, e assim como o meu pai não tenho a mínima ideia do que falar. E bom, isso é tudo pessoal. - Falei e meu pai sorriu para mim.

-A garota do papai.- Ele falou.