With Eyes Closed escrita por Carol, Thata Ferreira


Capítulo 13
Bella e Edward


Notas iniciais do capítulo

Oi quanto tempo?
Notaram que o capitulo tá bem maior?
Eu fiz ele grande assim pra compensar os dias que eu fiquei sem postar(que não foram por minha culpa,já que a minha mãe está reformando a casa,e eu tive que trocar o pc de lugar várias vezes,o que resultou em praticamente uma semana sem poder entrar direito na net. :( )
Mas chega de enrolação e vamos ao capitulo,espero que se divirtão e tenham uma boa leitura!
E no capitulo tem o Pov da Bella,e do Ed :D



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Bella pov:

Assim que entrei na cozinha notei que a mesa estava posta, com um belo café da tarde. Havia bolos, sanduíches, sucos, chás. Enfim, haviam várias coisas.

Olhei para minha mãe sem entender nada e em troca ela apenas sorriu, fazendo um gesto com as mãos para que eu me sentasse à mesa. Percebi que por trás do sorriso que ela mantinha no rosto, ela parecia estar triste, mas mesmo assim não queria que eu percebe-se (algo que não aconteceu).

–Querida. -Falou assim que já estava sentada a minha frente - Eu preciso lhe contar algo, mas antes vamos comer primeiro, ok?- Ela falava calmamente, diferente de qualquer outro momento, já que a única pessoa que falava mais que a minha mãe, estava para nascer.

Eu não falei nada, apenas tomei um pouco de café. Em qualquer situação parecida com essa eu tentaria fazer com que a minha mãe falasse o que estava acontecendo a todo o custo, mas agora algo dentro de mim me falava que o melhor a se fazer era esperar ela falar.

Observei mamãe tomar seu chá de hortelã, lembrando-me das vezes de que eu e ela passávamos a tarde conversando coisas sem sentido ou importância . Sorri me lembrando dessas coisas, mas logo minha expressão que antes poderia ser considerada alegre, ficou apreensiva, assim que minha mãe me olhou com os olhos marejados.

–Oh meu Deus!- Ela exclamou escondendo o rosto nas mão. Rapidamente levantei da cadeira e fui até ela. -É tão difícil querida, tão difícil.- Ela murmurava, enquanto eu acariciava seus cabelos.

–Mamãe o que é difícil? -Perguntei angustiada por vê-la assim, porque ela sempre sorria.

–Eu não sei se consigo, não sei... -murmurava.

–Mamãe olhe para mim.- Falei tirando delicadamente as mãos dela de seu rosto.- O que está acontecendo? - Perguntei limpando suas lágrimas.

–Bella, eu tenho pouco...pouco tempo d-e de vida...- Ela sussurrou gaguejando, e após dizer aquilo senti como se uma faca fosse cravada em meu coração. Aquilo não podia ser real, não era para ser. Ela deveria apenas estar pregando uma peça em mim.

–Isso não é verdade, não é? - Perguntei fechando os olhos.

–Infelizmente não.- Ela disse olhando para as mãos e foi aí que eu senti as grossas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, sem acreditar realmente em suas palavras e repetindo para mim mesma "não é verdade, não é verdade".

–Quanto tempo...A quanto você sabia disso? - Perguntei abrindo os olhos.

–A poucos dias...

–Mas o que você tem? Algum câncer?- Perguntei a olhando, percebendo que ela chorava assim como eu.

–Leucemia.- Ela sussurrou, quando meu pai entrou na cozinha e assim que nos viu deu um meio sorriso para minha mãe, saindo de lá rapidamente.

–Quantos meses de vida você tem?- Perguntei algo que eu nunca imaginei perguntar.

–Um mês.- Falou me olhando. E novamente parecia que alguém havia enfiado uma faca em meu coração, mas dessa vez a dor era duas vezes pior.

–O papai já sabe? - Perguntei.

–Sim, na verdade ele foi o primeiro a saber.

–Então vamos fazer deste um mês o melhor de todos. - Falei tentando sorrir, o que não deu muito certo.

–É vamos!- Ela falou tentando parecer animada.

Ficamos o resto do dia comendo besteiras, conversando, vendo tv, tentando parecer felizes, mas no fundo nós duas sabíamos que ambas estavamos sofrendo por dentro, pensando em mil e uma coisas.

–Bella, durma aqui hoje.- Ela falou enquanto estávamos deitada na cama dela, olhando para o teto. As vezes minha mãe parecia uma adolescente no corpo de uma mulher.

–Durmo sim. - Falei sorrindo.

–Ótimo!- Exclamou feliz.

A noite chegou rapidamente. Minha mãe, por mais que tentasse não demonstrar, estava triste e até Edward que não a conhecia muito bem percebeu.

–A senhora está bem? - Ele perguntou enquanto todos estávamos sentados no sofá da sala.

–Estou sim querido.- Ela respondeu e Edward pareceu não acreditar muito naquilo.

Resolvemos dormir por volta da meia-noite. Minha mãe me ajudou a arrumar o meu antigo quarto (que a propósito ficava em frente do quarto de Edward) e quando ela saiu de lá, fui direto para o banho. Onde passei a maior parte do tempo pensando em tudo.

Saí do banheiro já vestida então apenas me atirei na cama, fechando os olhos logo em seguida. Por mais que eu tentasse era difícil dormir.O mais difícil ainda era ficar pensando que logo, logo ela não estaria mais conosco.

As horas passavam lentamente e eu não conseguia pregar o olho. Resolvi ir até a cozinha, mas assim que a abri a porta do quarto, percebi que Edward estava acordado (já que a luz do quarto dele estava acesa) então sem pensar muito caminhei até lá, o encontrando sentado em cima da cama.

–Posso ficar aqui? - Perguntei receosa, vendo-o olhar em minha direção.

–Pode. - Ele respondeu. Então eu caminhei até a cama dele e sentando ao seu lado.

–Já faz muito tempo que está acordado? - Perguntei vendo que ele não falaria nada.

–Já. - Ele respondeu.

–Hum. - Murmurei, logo depois sentindo seus braços me rodearem. Parecia que ele sabia que eu estava triste e isso deve ter explicado o seu ato. Então sem pensar muito em chorei, sendo "embalada" por ele, que vez ou outra se balançava.

–Vai ficar tudo bem.- Ouvi ele sussurrando em meu ouvido, fazendo-me ficar arrepiada.

–Vai... Com você vai.- Murmurei sem me dar conta do que havia dito enquanto fechava os olhos, acomodando minha cabeça em seu peito, escutando as lentas batidas de seu coração e naquela posição adormeci tendo plena consciência de que estando ao lado dele as coisas poderiam melhorar.

Abri os olhos sentindo um vento fraco bater em minha nuca, aquilo era tão bom, que se não fosse alguém bater na porta em ficaria ali para sempre.

Levantei cuidadosamente da cama e percebi que eu realmente havia dormido com Edward e ao saber disso, sorri fracamente.

Dei-lhe um beijo na testa, antes de sair dali. Abri cuidadosamente a porta e espiei ao meu redor. Vendo que não havia ninguém no corredor, caminhei até meu quarto, tomando um susto ao ver minha mãe com um sorriso sapeca, sentada em minha cama.

–A noite foi boa? - Perguntou sugestiva.

–Mamãe! - Exclamei arregalando os olhos, porque o certo seria ela me dar alguns sermões por estar dormindo com Edward e não perguntando se a noite foi boa.

–Você ainda não respondeu minha pergunta.- Falou levantando da cama.

–Foi.- Falei corando.

–Ele beija bem? - Perguntou me fazendo arregalar ainda mais os olhos.

–Claro que não ocorreu nenhum beijo, senhorita Renée. Eu não sou este tipo de pessoa, que mal conhece a outra e já sai a beijando. - Falei me lembrando do quase beijo que ocorreu na sala e pensando comigo mesma, que eu seria uma boa atriz, afinal ela parecia estar acreditando.

–Você acha que eu sou burra Belinha? Eu vi vocês na sala aquele dia. -Falou sorrindo.

–Merda. - Murmurei.

–Você é uma péssima mentirosa.Tsc,tsc,tsc. Mas quem mandou puxar o seu pai? -Perguntou me olhando e logo continuou -Ah o café já está pronto, quando quiser, é só descer.- Falou saindo do meu quarto e me deixando sozinha.

Fiz minha higiene matinal, vesti uma outra roupa e fui até o quarto de Edward. Entrei sem bater na porta e me arrependi (ou não) de ter feito isso, afinal ele estava apenas enrolado em uma toalha.

–Bella? - Perguntou, correndo para o banheiro.

–É sou eu. E me desculpa por ter entrado sem bater na porta. O café já está pronto. - Falei saindo rapidamente dali.

Edward Pov:

Confuso, mas feliz. Era assim que eu me sentia enquanto descia as escadas. As coisas pareciam finalmente estarem se encaixando de uma forma perfeita e eu não sabia dizer se tudo aquilo não passara de um sonho, ou se fora realidade.

Porque eu nunca imaginara que as coisas fossem assim, nunca havia passado pela minha cabeça que aquela mulher que me ofereçeu ajuda, fosse mudar minha vida totalmente. Eu não tinha certeza, mas acho que ela me mostrará um sentimento novo: O amor.

Assim que cheguei perto da cozinha, escutei Bella e Renée conversando, sobre... mim? É parece que elas estavam falando da minha pessoa.

–Acho que alguém está apaixonada. - Renée cantarolou.

–Mãe, é sério para com isso, vai que o Edward escuta?- Bella pergunta.

–Ele deve estar dormindo querida não se preocupe, e de qualquer forma...

Não pude mais escutar a conversa, pois escutei passos.

–Bella você quer que eu te leve até o hospital?- Charlie perguntou, passando por mim, que fingi estar amarrando os cadarços do tênis, que ele me emprestou. Pode parecer estranho, mas eu sei fazer quase tudo o que você faz.

Depois de um tempo entrei na cozinha e senti que alguém estava me olhando.

–Sente-se Edward. -Renée falou, provavelmente era ela que me olhava. Me sentia na cadeira fofa, sentindo o clima pesado no ar. Todos comiam em silêncio, mas isso durou pouco tempo.

–Senhorita Swan, há um homem querendo falar com a senhora. Eu falei que estava tomando café e pedi que ele voltasse mais tarde, mas ele não quer sair e  que só vai embora depois que conversassem.- Provavelmente uma das empregadas havia dito isto.

Pov Bella:

–Como ele é Effie?- Perguntei.

–Não sei descrevê-lo,mas sei que é muito bonito. - Ela respondeu.

–Ok, diga a ele para esperar na sala que eu já vou. -Falei e ela assentiu se retirando da cozinha.

–Uhh Bella, mais um pretendente, está podendo, hein?- Minha mãe perguntou e eu lhe lancei um olhar significativo, ela apenas mexeu os lábios como se dissesse "desculpa".

Caminhei até a sala e assim que vi quem era o tal homem, arregalei os olhos.

–Nickolas?

–Surpresa? -Perguntou sorrindo, levantando-se do sofá preto.

–Muito. - Respondi- Mas o que quer aqui? Ainda não está na hora do meu turno. - Falei olhando o relógio e constatando que ainda era seis e meia da manhã.

–Eu preciso conversar com você. -Falou mudando de expressão.

–Sobre? - Perguntei tentando faze-lo falar.

–Acho que aqui não é o lugar certo para falar sobre isso. - Ele disse olhando ao redor, especificamente para atrás de mim e quando olhei para ver o que era, vi meu pai limpando a velha espingarda, olhando-o com uma cara nada agradável.

–Está bem, eu vou pegar minhas coisas e podemos conversar em outro lugar. - Falei e ele assentiu.

Subi as escadas rapidamente, entrando em meu quarto, pegando minha bolsa logo em seguida e com a mesma velocidade que subi, desci para a sala. Nickolas estava na porta mexendo no telefone. Na cozinha minha mãe fazia gestos exagerados e eu somente ria.

–Vamos? - Perguntei já ao lado dele.

–Claro. -Falou enquanto caminhávamos para fora da casa, em direção ao seu Camaro cinza (que devia ter custado muito caro, principalmente por alguns acessórios que ele deve ter mandado colocar). Entramos no carro e ele logo deu partida.

–Então,o que queria conversar comigo? - Perguntei o olhando.

–Espere e logo saberá. -Falou desviando rapidamente os olhos da estrada e me olhando com um sorriso torto.

–Ok. -Murmurei antes de deitar a cabeça no vidro da janela e observar a paisagem.

–Chagamos! -Acordei com Nickolas gritando. Abri os olhos percebendo que eu havia dormido sem nem me dar conta.

–Onde estamos? - Perguntei observando a paisagem rural.

–Na minha fazenda.- Respondeu descendo do carro e abrindo a "minha" porta para que eu descesse dele também. -Venha comigo. -Falou caminmhando em direção a um pequena porteira, que eu não havia visto. O segui olhando tudo ao meu redor e quando notei estávamos em frente a uma casa de madeira branca.

–Bem vinda ao meu refúgio.- Falou abrindo a porta e dando passagem para que eu entrasse na casa. Assim que botei meu pés nela,pude observar uma enorme sala de teve. As paredes eram pretas,e os móveis branco. Havia uma enorme tevê de plasma,no lado esquerdo do lugar,e no direito havia algumas poltronas.

–Uau!- Exclamei.

–Isso é o que todos dizem ao ver a minha casa. U-A-U. - Falou fazendo cara de bobo ao falar a última parte.

–Modesto é o seu segundo nome. - Falei.

–É, as pessoas dizem isso também.- Ele disse em tom de riso.

–Ok, mas chega de enrolação e vamos ao que interessa. O que você tem para me falar? - Perguntei vendo-o passar a mão em seus cabelos e suspirar.

–Acho que é mais fácil eu te mostrar. Venha comigo por favor. -Falou me guiando até uma escada, onde subimos e chegamos ao segundo andar da casa. Deixei que ele fosse na minha frente, vendo-o abrir a primeira porta do segundo andar.

–É aqui que eles estão. -Falou entrando no cômodo e eu logo fiz a mesma coisa. Ao entrar lá, meus olhos foram direcionados aos dois bebês gêmeos que estavam ali. Eles aparentavam estar doentes.

–Esses são Thomas e Anthony. - Ele falou chegando perto das crianças.

–O que eles têm? - Perguntei me aproximando.

–Eu espero que você possa me responder essa pergunta Isabella. - Falou olhando para mim.

–Porque não os levou para um hospital? - Perguntei olhando para eles.

–Porque eu não posso. - Ele sussurrou olhando para mim.

–Porque não pode?

Continua...


(N/a Imaginem que o Jensen Ackles é o Nick.Ah e esse da foto seria o Nickolas)


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Notas finais do capítulo

Esse foi o maior capitulo que eu já escrevi na minha vida(e garanto que vocês devem ter ficado animadas com o tamanho do capitulo,ou não)
Se quiserem podem comentar.
Ah e antes que eu me esqueça,o capitulo foi betado :D