Hidden escrita por jduarte


Capítulo 7
Extasiada


Notas iniciais do capítulo

geeeeeeeeeeeeeeeeeeente perdão pela demoooooora! Não me abandonem! Please!!!!
Ok, oa leitura!
Beijoooos,
Ju*3*



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   Dei de ombros, mas meu coração se acelerou quando ele subiu os degraus do ônibus atrás de mim. Estaquei ao ver que, havia vários guardas em um mesmo mutante e que todos os de minha espécie estavam acorrentados como se fossem presidiários. Ridículo. Eles não podem ser uns monstros, pensei eu. O guarda compreensivo forçou meus ombros para frente, mas de um modo que me deu coragem para ir.

- Eles não vão lhe fazer mal algum. – sussurrou ele em meus ouvidos.

   Assenti débil. Nem o conhecia e ele já causava algo em mim. Algo bom!

- Ok.

- Hey, Bernardo. Socializando com os monstros, é? – perguntou o motorista que mordia um cigarro, tragava e assoprava no vidro da janela.

   O garoto não respondeu e continuou empurrando meus ombros. Agora com um pouco mais de brutalidade.

   Andei pelo corredor estreito e quase caí quando um dos guardas colocou o pé na frente. O tal Bernardo segurou-me pela cintura e fuzilou o homem.

- O que é Bernardo, agora fica protegendo os animaizinhos? – perguntou o guarda avançando para cima de mim. Inconscientemente, encolhi-me atrás de Bernardo como um ratinho com medo.

   Bernardo o ignorou.

- Deixa de ser idiota, Norbert, deixa que dos meus prisioneiros cuido eu. – respondeu ele ríspido.

   O tal de Norbert riu cínico.

- Claro. Boa sorte com essa daí, cara. Parece ser bem... malvada!

- Vamos... – ordenou ele puxando meus ombros até três bancos vagos. – Não dê bola para ele. Só pensa em ser idiota e nada mais. – sussurrou Bernardo só para mim, mas Rubens ouviu e riu baixo.

   Rubens se jogou no banco do lado esquerdo e apoiou a cabeça no vidro da janela cantarolando baixinho, e, por mais que pareça improvável, Bernardo se jogou no da direita, fazendo com que o único banco que sobrasse fosse o do meio.

- Quando foi pega? – perguntou ele enquanto o ônibus entrava na estrada de terra e deixava o ar empoeirado.

- Como? – perguntei não entendendo. Era a primeira vez que direcionava a palavra a ele. Somente ele.

- Quando te capturaram?

- Não lembro. Acho que hoje. – respondi.

- Hmm... Sem querer ser intrometido, mas, quantos anos você tem? – perguntou ele me olhando com aqueles olhos amendoados e puros.

   Perdi o fio da meada e tive que olhar para minhas mãos acorrentadas.

- Er... acho que quinze.

   Ele caiu na gargalhada e seus ombros balançavam com o ataque de riso. Havia uma linha na altura de seu ombro, que estava encoberta pela blusa preta justa.

- O que é isso? – perguntei levantando as duas mãos presas, com grande dificuldade, e apontando para seu ombro.

   Ele deu de ombros.

- Acidente de trabalho.

- Uhum...

- Voltando ao assunto... – começou ele. Nós tínhamos um assunto? – como assim você não sabe quantos anos têm?

- É simples. Não sabendo. – disse eu rindo e sendo acompanhada por Rubens e Bernardo. Acho que me enganei quando pensei que meu irmão estava brincando e nem prestando atenção em nossa conversa.

   Alguns guardas olharam para nós e eu abaixei a cabeça. Bernardo não ligou e encostou a cabeça no banco, parecendo ressonar.

   Seus lábios estavam entreabertos, a respiração suave, e pude ver os bíceps incharem quando ele cruzou os braços em cima do peito. Seu cabelo loiro escuro, era arrepiado e curto, as feições angulosas e pareciam ser esculpidas por anjos... Ele abriu um dos olhos e sorriu mostrando os dentes brancos. Ele era lindo. Não, lindo é pouco. Ele era... extraordinário!

- O que foi? – perguntou.

   Enrubesci e ele continuou a fitar-me.

- Nada. – respondi.

   Meu irmão tossiu falsamente escondendo uma risadinha e eu o fuzilei.

- Nada... Ah, que figura. – sussurrou ele só para mim. Dei-lhe um cutucão com o cotovelo e ele gemeu de dor. – Foi mal, Mila.

   Rubens fez cara de dor e eu revirei os olhos ainda olhando para minhas unhas da mão.

- O que foi, Mila? – perguntou Bernardo imitando meu irmão que caiu na gargalhada.

   Soltei uma risadinha sem intenção e prensei os lábios para não falar nada. O sono veio depois de algumas horas de silêncio e eu bocejei como uma forma de espantar o sono, mas fechei os olhos e deitei em algo que não pude distinguir. Todos os mutantes no ônibus já haviam dormido, e poucos guardas haviam se entregado para a inconsciência.


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Notas finais do capítulo

continuuuua?